Recorde de imigrantes presos nos EUA é ultrapassado

Nesta segunda-feira (11), o número de imigrantes nas prisões do Serviço de Imigração e Alfândega (ICE, na sigla em inglês) bateu seu recorde, segundo o “The New York Times”. Os dados dos imigrantes presos nos Estados Unidos foram obtidos através de documentos internos do ICE.

Imigrantes presos nos EUA

O aumento ocorreu pela ordem de Donald Trump, presidente dos EUA, que intensificou a busca por imigrantes, por meio de uma agenda anti-imigração que prometeu ser a maior deportação da história do país.

Em janeiro, as prisões para imigrantes continham cerca de 39 mil pessoas, e agora passou dos 60 mil. Foi excedido não somente o número inicial desse ano, mas também do primeiro mandato de Trump, quando 55.654 imigrantes foram presos em agosto de 2019, segundo o jornal.

O ICE foi fundado em 2003, e conseguia manter 7 mil imigrantes presos ao mesmo tempo. Com o desejo de Trump, a meta é que 300 imigrantes sejam presos diariamente; um número alto para especialistas e para os agentes, que estão com dificuldade para cumprir a meta.

O desejo de Trump contra os imigrantes

Inicialmente, foi dito que apenas imigrantes que cometeram crimes seriam deportados. Contudo, para atingir o objetivo, qualquer imigrante ilegal está sendo levado por agentes do ICE, e às vezes, até mesmo pessoas que não estão no país ilegalmente.


Os Departamentos de Imigração da Flórida e do Texas são os que mais realizaram prisões (Foto: Reprodução/X/@Metropoles)

Inclusive, cidades-santuários, conhecidas por suas políticas a favor de imigrantes, além de terem sido reprovadas pelo presidente dos Estados Unidos, estão sofrendo batidas de imigração, para que o propósito de Donald Trump seja realizado.

Tom Homan, czar da fronteira, alegou nos últimos meses que as prisões dessas pessoas são viáveis, pois elas cometeram o crime de ter entrado ilegalmente no país.

Segundo a análise do “The New York Times”, os registros do ICE contam que 1.100 pessoas foram detidas desde sexta-feira, seguindo uma média de 380 pessoas por dia.

Toque de recolher: prefeita de Los Angeles dá ordem após escalada de protestos contra o ICE 

A prefeita de Los Angeles, Karen Bass, ordenou toque de recolher para parte do centro da cidade nesta terça-feira (10), após cinco dias consecutivos de protestos da população contra as incursões de agentes do Serviço de Imigração dos Estados Unidos (ICE, em inglês). O objetivo das operações é cumprir as cotas impostas pela Casa Branca para as prisões de imigrantes.

As manifestações começaram na última sexta-feira (6), após a administração Trump determinar uma série de operações migratórias em todo o território dos Estados Unidos. O ICE fez invasões em diversos lugares, incluindo locais de trabalho, e prendeu dezenas de pessoas.

Bass afirmou nesta segunda-feira (9) que a polícia e as autoridades locais têm sido mantidas no escuro quanto às batidas do ICE e não recebem notificações antes delas ocorrerem. Por isso, nunca sabem o que vai acontecer. 

O toque de recolher entrou em vigor às 20h desta terça-feira (0h de quarta-feira, horário de Brasília) e dura até as 6h. A circulação nas ruas ficou restrita para o pessoal autorizado e pessoas em situação emergencial. A medida deverá permanecer por alguns dias. 

O decreto abrange uma área aproximada de 2,5 km2 e afeta menos de 100 mil dos quatro milhões de habitantes de Los Angeles.

Intervenção federal

O presidente Donald Trump enviou aproximadamente 700 fuzileiros da Marinha dos EUA para reforçar a segurança na região. Os militares aguardam por ordens em uma base militar a 50 km de Los Angeles. 

Além dos fuzileiros navais, 4 mil integrantes da Guarda Nacional foram enviados com a mesma função, contra a vontade do governador da Califórnia, Gavin Newsom. 


Correspondente da Globo em Washington repercute fala do governador da Califórnia (Reprodução/X/@Rkrahenbuhl)

Newsom alertou que o presidente americano estava promovendo deportações em massa indiscriminadas e que mobilizar a Guarda Nacional coloca a segurança pública em risco. O governador da Califórnia afirmou que a democracia estava sob ataque do governo Trump. 

Donald Trump afirmou durante um discurso em uma base militar na Carolina do Norte que os protestos são uma ameaça à soberania nacional. O presidente norte-americano defendeu a operação militar na região e fez a promessa de “libertar Los Angeles”. 

Ilegalidade da operação

Desde sábado, mais de 180 prisões foram realizadas. Helicópteros da polícia sobrevoaram a cidade e oficiais de polícia intensificaram a segurança do centro de detenção onde os imigrantes estão presos. 


Los Angeles vira campo de batalha após Trump enviar tropas federais para conter manifestações (Reprodução/YouTube/Band Jornalismo)

A decisão de Trump de enviar a Guarda Nacional para Los Angeles despertou críticas das autoridades locais e estaduais. Os protestos são pacíficos em sua maioria e não justificam o envio de força militar para a cidade. 

Os protestos acontecem com mais intensidade à noite e durante a madrugada, com confrontos com a polícia, vandalismo e saques. Contudo, a prefeita Karen Bass afirma que atos violentos são casos pontuais em um pequeno grupo. 

Os senadores da Califórnia, Adam Schiff e Alex Padilla, publicaram uma nota conjunta que informa que as tropas em serviço ativo só deverão ser mobilizadas em casos de extrema necessidade, o que não é o cenário do momento. 

A Procuradoria da Califórnia protocolou uma ação na Justiça no intuito de impedir a operação militar na região. O procurador-geral Rob Bonta entende que proteger o patrimônio federal é compreensível, porém lembra que o uso das Forças Armadas para a aplicação da lei civil nas operações dos agentes do ICE é violação da lei.

Protestos em todo o país

Além de Los Angeles, outras manifestações aconteceram em outras cidades americanas, como Nova York, Chicago, Seattle, Denver, São Francisco, Atlanta, entre outras. Cartazes dos manifestantes traziam mensagens como “O povo diz: fora ICE” e “Imigrantes construíram os EUA”. 

Mesmo que mandem a polícia, cachorros ou o que for, a gente vai continuar aqui.

Marquise Howard, manifestante

Segundo o governador do Texas, Greg Abbott, membros da Guarda Nacional também foram mobilizados para vários lugares do estado nesta terça-feira (9), em resposta aos atos de protesto anunciados para esta semana. Dentre elas, o protesto “No Kings”, programado para o próximo sábado (14), em San Antonio. 

Ice Spice anuncia lançamento do álbum “Y2K”

A rapper estadunidense Ice Spice anunciou, nesta quarta-feira (5), o lançamento do seu primeiro álbum de estúdio chamado “Y2K”. A data de lançamento está marcada para o dia 26 de julho.


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Anúncio do álbum via X (Reprodução/X/@icespicee_)

A cantora também fez o anúncio e revelou datas da sua turnê “Y2K! World Tour”. O primeiro show será no dia 4 de julho, em um festival em Roskilde, na Dinamarca. Os shows da tour  serão, até o momento, na América do Norte e em alguns festivais na Europa.

As cidades de Washington, Filadélfia, Nova Iorque, Chicago, Los Angeles, Dallas e outras receberão a cantora entre os meses de julho e agosto.


Datas da turnê “Y2K! World Tour” (Foto: reprodução/Instagram/@icespice)

O disco de estreia de Ice Spice contará com 10 músicas, incluindo os sucessos “Think U The Shit (Fart)” e “Gimme a Light”. A rapper disponibilizou o link para o pré-salvamento na Apple Music.

Carreira

Indicada ao Grammy como “Artista Revelação” em 2024, Ice viralizou nas redes sociais em agosto de 2022 com a música “Munch (Feelin’ U). A cantora já acumula quase 17 milhões de ouvintes mensais no Spotify.


Músicas mais tocadas da cantora (Reprodução/Spotify)


O primeiro lançamento da cantora na plataforma foi o single “Bully Freestyle”, em 2021. No ano passado, estreou seu EP “Like..?” com 7 músicas, incluindo o hit que viralizou. A faixa “Princess Diana” conta com a participação da renomada rapper Nicki Minaj.


A rapper Ice Spice (Foto: reprodução/Instagram/@icespice)

As rappers fizeram outra colaboração na canção “Barbie World”, do filme Barbie. Ice também fez parceria com a cantora Taylor Swift no remix da música “Karma”, lançado em 2023.

A cantora foi indicada quatro vezes ao Grammy 2024: Melhor Artista Revelação; Melhor Performance Pop Solo ou Grupo, com “Karma”; Melhor Canção Escrita para Mídia Visual, com “Barbie World”; e Melhor Canção de Rap, também com o feat com Nicki Minaj.

Ice Spice na Billboard Hot 100

Com 8 músicas na Hot 100, a rapper fez história no cenário musical. A artista conquistou o Top 10 quatro vezes, com o remix de “Karma”, “Boy’s a Liar, pt. 2”, feat. PinkPantheress, e com as duas colaborações com Nicki Minaj, “Barbie World” e “Princess Diana”.


Ice Spice e a rapper Nicki Minaj (Foto: reprodução/Instagram/@icespice/@nickiminaj)

O single “Think U the Shit (Fart)” alcançou a 37º posição na Hot 100. O EP da cantora estreou em 15º lugar nas paradas da Billboard 200.

Dona da Bolsa de NY multada em US$ 10 milhões por falha em reportar invasão

A Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) anunciou nesta quarta-feira (22) uma multa de US$ 10 milhões para a Intercontinental Exchange (ICE), operadora de bolsas, por falha em relatar uma invasão de sistema.

Alegações da SEC

SEC alega que a ICE teria feito suas nove empresas subordinadas, incluindo a principal bolsa de Nova York (NYSE), não informarem apropriadamente uma invasão cibernética que ocorreu em abril de 2021.

É provável que a ICE tenha sido avisada sobre a intrusão por terceiros, e mesmo com o risco potencial de um ataque cibernético à VPN (Rede Privada Virtual), ainda assim não notificou a regulação .Essa versão dos fatos foi divulgada por meio de investigações da SEC.

Versão da ICE

A empresa reconheceu que um dos agentes acessou remotamente sua rede corporativa através do VPN da multinacional.

No entanto, o colaborador postergou a informação por dias, e informou tardiamente, fazendo com que as empresas subsidiárias (ou na linguagem popular, os “braços” da ICE) não ficassem em conformidade com todas as regras e regulamentos estabelecidos pela empresa matriz, e que não avaliassem corretamente a invasão, deixando de notificar imediatamente ao órgão regulador, a SEC.


ICE aceitou a multa em comum acordo com a SEC (Foto: reprodução/Getty Images Embed)


A empresa matriz e as subsidiárias concordaram em pagar a multa sem maiores questionamentos, assumindo a problemática do ocorrido.

Entre os “braços” da ICE, estão grandes empresas como Archipelago Trading Services, New York Stock Exchange, NYSE American, NYSE Arca, ICE Clear Credit ICE Clear Europe, NYSE Chicago, NYSE National, e a Securities Industry Automation Corporation.

A omissão poderia resultar em riscos de segurança para os dados e informações sensíveis das empresas e dos investidores. Em caso de uma invasão real, poderia permitir que os invasores continuassem a acessar e comprometer os sistemas da empresa, potencialmente causando danos adicionais e aumentando os custos de recuperação.

Além disso, a falta de transparência pode prejudicar a capacidade da SEC de proteger os interesses dos investidores e manter a estabilidade e confiança do mercado.