Papa Francisco morre aos 88 anos e encerra uma era histórica na Igreja Católica

A morte do Papa Francisco foi confirmada nesta segunda-feira (21), pelo Vaticano. O Papa faleceu aos 88 anos, em sua residência. Jorge Mario Bergoglio, o primeiro papa latino-americano da história, faleceu após complicações causadas por uma pneumonia bilateral, agravada durante os últimos 38 dias em que esteve internado no Hospital Gemelli, em Roma.

A última aparição pública do pontífice foi durante a bênção Urbi et Orbi, no domingo (20), quando já demonstrava sinais visíveis de fragilidade. Com a confirmação de sua morte, começa um período conhecido como Sede Vacante, que antecede o conclave para a escolha de um novo Papa.

O Para que quebrava protocolos

Jorge Mario Bergoglio nasceu em Buenos Aires, na Argentina, em 17 de dezembro de 1936. Bergoglio foi eleito Papa em 13 de março de 2013, após seu sucessor Bento XVI renunciar ao cargo. Ao escolher o nome Francisco, inspirado por São Francisco de Assis, o novo pontífice já indicava os valores que norteariam seu papado: simplicidade, humildade e atenção aos mais pobres.

Desde o início, quebrou protocolos: recusou usar trajes luxuosos, optou por morar na Casa Santa Marta em vez dos aposentos papais e circulava pelo Vaticano em carros simples. Sua postura conquistou fiéis no mundo todo, especialmente os que buscavam uma Igreja mais próxima da realidade das pessoas.


Papa Francisco I na varanda da Basílica de São Pedro — (Foto: Reprodução/Peter Macdiarmid/ Getty Images Embed)


Reformas, inclusão e coragem diante de crises

Durante seus 12 anos de pontificado, Francisco enfrentou temas delicados e promoveu mudanças significativas. Reformou a Cúria Romana, enfrentou escândalos de abusos sexuais dentro da Igreja com medidas mais duras e buscou maior transparência nas finanças do Vaticano.

Também se destacou pelo posicionamento progressista em questões sociais: defendeu o acolhimento de imigrantes, o cuidado com o meio ambiente (encíclica Laudato Si’), incentivou o diálogo inter-religioso e estendeu a mão a populações historicamente marginalizadas, como a comunidade LGBTI, mesmo em meio a críticas internas.


Papa Francisco em meio aos fiéis — (Foto: Reprodução/Franco Origlia/Getty Images Embed)


Legado de fé e humanidade

A morte de Papa Francisco marca o fim de uma era de renovação e aproximação da Igreja com os desafios do mundo contemporâneo. Seu legado permanece vivo nas palavras, atitudes e decisões que tomaram forma ao longo de seu pontificado.

Os próximos dias serão de cerimônias vindas do mundo todo, além da preparação da Igreja Católica para a escolha do sucessor de Francisco. Assim como em vida, o pontífice será lembrado pelos fiéis como o papa que teve a ousadia de mudar, sem perder sua essência.

Igreja Católica busca definir os próximos passos após a morte do Papa Francisco

O falecimento do Papa Francisco nesta segunda-feira (21), aos 88 anos, marca o início do período conhecido como “Sé vacante” na Igreja Católica. Essa fase é a qual começam os ritos para o funeral do pontífice, além dos preparativos para a eleição de seu sucessor.

Francisco liderou a Igreja por 12 anos, e sua morte provoca uma reorganização interna no Vaticano. Muitos membros da alta hierarquia do Vaticano perdem temporariamente suas funções administrativas e as decisões urgentes passam a ser responsabilidade do Colégio dos Cardeais.

Funeral do Papa

O funeral do papa segue a “Ordem das Exéquias do Sumo Pontífice”, um livro de conjunto de ritos definidos por Francisco em 2024. A cerimônia começa com a confirmação da morte, feita pelo Camerlengo, que chama o papa pelo nome três vezes. Sem resposta, o falecimento é oficialmente reconhecido.


Confirmação da morte do Papa Francisco pelo Vaticano (Foto: reprodução/X/VaticanNews)

Após a confirmação da morte, o Camerlengo remove e destrói o Anel do Pescador, marcando oficialmente o fim do papado. O quarto do Papa é lacrado e o corpo é colocado em um caixão simples, conforme desejo de Francisco, com revestimento de zinco.

O enterro deve ocorrer entre quatro e seis dias depois e a pedido do papa, será na Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma. Além disso, nos próximos nove dias serão celebradas missas que representam o período de luto pela alma do Papa.

Escolha do novo Papa

Entre 15 e 20 dias após a morte do papa, tem início o processo de escolha do novo líder da Igreja, chamado de Conclave. O Vaticano convoca o Colégio dos Cardeais, atualmente com 252 membros, incluindo oito brasileiros.

Antes do Conclave, os cardeais participam das Congregações Gerais, onde discutem e votam temas administrativos da Igreja. Uma das primeiras decisões das Congregações Gerais é definir quando e como o corpo do papa será levado à Basílica para a despedida pública.

As votações para eleger o novo papa ocorrem na Capela Sistina e são secretas, com os votos queimados após cada contagem. Quando um cardeal é eleito, a Igreja questiona se ele aceita o cargo de papa. Caso concorde, também precisa escolher um nome.

Ao final do Conclave, o novo papa é apresentado ao público na Praça de São Pedro. A decisão é sinalizada pela fumaça da Capela Sistina: se for branca indica que houve eleição; caso seja preta, significa que ainda não há consenso.

Participação do Papa Francisco em celebrações de Páscoa segue incerta

A Igreja Católica dá início, neste domingo (13), à Semana Santa, marcando a contagem regressiva para a Páscoa. Após ter sido internado por mais de um mês para tratar uma pneumonia dupla, o Papa Francisco continua afastado das aparições públicas. Até o momento, não há confirmação oficial sobre sua presença nas celebrações.

Participação reduzida na Semana Santa

Os médicos recomendaram dois meses de repouso ao pontífice de 88 anos para garantir sua plena recuperação, o que pode levá-lo a se ausentar parcial ou totalmente das aparições públicas durante a Semana Santa.

“Será, sem dúvida, uma Semana Santa bastante diferente tanto para o Papa quanto para os fiéis católicos”, afirmou Anna Rowlands, acadêmica católica da Universidade de Durham, no Reino Unido.

Apesar de já ter recebido alta médica, a participação do Papa Francisco ainda é incerta nas celebrações da Semana Santa. Diante do recente agravamento de sua saúde, ainda não se sabe se ele estará presente fisicamente nos eventos ou se acompanhará os fiéis de forma remota, por meio de transmissões online.

Ao longo da Semana Santa, é costume que o pontífice lidere diversos ritos religiosos no Vaticano, finalizando com a tradicional missa de Páscoa na Praça de São Pedro.


Papa Francisco em primeira aparição pública no Vaticano após alta hospitalar (Foto: reprodução/VATICAN MEDIA /AFP)

Saúde do Papa redefine ritmo das celebrações

Para o Reverendo Bruce Morrill, padre jesuíta e professor da Universidade de Vanderbilt, nos Estados Unidos, a forma como o papa tem lidado com sua enfermidade imprime uma nova dimensão emocional ao feriado.

Para ele, mesmo com uma participação mais discreta nos rituais da Semana Santa deste ano, o pontífice ainda pode servir de fonte de inspiração e encorajamento para os fiéis, embora de maneira distinta.

Francisco, que ocupa o papado desde 2013, fez apenas uma aparição pública desde que recebeu alta hospitalar em 23 de março, após permanecer internado por 38 dias.

Em 6 de abril, ele surgiu de surpresa no Vaticano, onde permaneceu apenas por alguns minutos na Praça de São Pedro e falou brevemente, com a voz visivelmente fraca.

A presença do Papa nos eventos da Semana Santa, segundo a assessoria de imprensa do Vaticano, será analisada caso a caso, conforme as particularidades de cada celebração.

Após fim de semana preocupante Papa Francisco tem uma boa noite de sono

O Vaticano, na manhã desta segunda-feira (24), atualizou o boletim médico do Papa Francisco, informando que o Santo Padre teve uma boa noite de sono e está descansando. No entanto, sua condição de saúde, ainda, é crítica e precisa de monitoração constante por parte da equipe médica do hospital Gemelli, em Roma, onde está internado a quase 10 dias para tratar de uma pneumonia bilateral. 

No último domingo (23), o pontífice foi diagnosticado com insuficiência renal leve, além de apresentar “crise respiratória prolongada”, semelhante a asma, precisando de aplicação de oxigênio de alto fluxo. Vale ressaltar que no dia anterior passou por uma transfusão de sangue devido a baixa contagem de plaquetas apontada em exames.

Um próximo boletim médico com atualizações sobre a saúde do líder da Igreja Católica está previsto para esta tarde.

Saúde frágil 

O Papa Francisco, 88, possui saúde frágil desde quando era jovem, devido a uma pleurisia, inflamação da membrana que reveste os pulmões e, por isso, precisou ter parte do seu pulmão removido. Nos últimos dois anos, o pontífice tem sofrido com problemas de saúde constantes. 

Desta vez, de acordo com fontes oficiais, contraiu pneumonia dupla causada por dois ou mais microrganismos. Esse tipo de inflamação causada pela infecção ocorre nas duas áreas pulmonares, podendo dificultar ainda mais a respiração. Além de causar fadiga, dor no peito e tosse. 

A pneumonia bilateral pode ser causada por bactérias, fungos ou vírus. No caso do Papa Francisco, foi desencadeada por bronquite, uma inflamação das vias aéreas superiores. 

Orações pelo mundo

Ao redor do mundo, pedidos de orações e preces têm sido feitos pela pronta recuperação do Papa Francisco. Em especial em Roma e nas áreas onde Sua Santidade tem maior influência. São missas especiais, vigílias e até campanhas de orações intercedendo pela saúde do pontífice. 

No último sábado (22), um grupo de padres e freiras se reuniram em frente ao hospital onde o papa está internado, rezando por sua saúde e recuperação. Além de membros da Igreja Católica e fieis, o Papa Francisco recebe apoio e orações de políticos e demais religiosos. 


Papa Francisco (Foto: reprodução/Vatican Pool/Getty Images Embed)


O Papa Francisco assumiu seu ministério em 13 de março de 2013 e, mesmo com a saúde fragilizada, descartou a possibilidade de renunciar de seu papado.

Papa Francisco critica política de deportação de Donald Trump 

O Papa Francisco declarou que as promessas feitas por Donald Trump em relação aos imigrantes ilegais no país são uma “vergonha”. Em entrevista para o programa “Che tempo che fa”, em uma emissora italiana, o pontífice afirmou que a medida é uma desgraça e que faz com que os pobres paguem pelo desequilíbrio econômico do país.

Na entrevista, Papa Francisco afirmou que as políticas adotadas por Trump não resolvem as coisas e que não vai dar certo. Desde 2016, período do primeiro mandato do republicano, Papa Francisco critica as medidas do político em relação a imigração e chegou a declarar que Trump não era cristão por suas visões anti-imigração.

A Igreja Católica e a imigração

Eleito em 2013, Papa Francisco é o primeiro papa latino-americano e jesuíta. Desde que assumiu o comando da Igreja Católica, o Papa sempre pautou a questão da imigração como um dos assuntos principais da igreja e sempre persistiu na defesa da integração e da inclusão dos imigrantes na sociedade.


Papa Francisco no Vaticano (Foto: reprodução/Yara Nardi/Terra)

Durante seus 11 anos de papado, o Papa tem defendido constantemente os imigrantes. Em agosto de 2024, ao abordar o problema dos imigrantes do Oriente Médio e do Norte da África no Mar Mediterrâneo, o Papa chegou a declarar que recusar ajuda aos imigrantes era considerado um pecado grave. 

Sobre a nova política de Trump, o pontífice afirmou que está pronto para tomar uma posição mais dura e crítica com a nomeação do cardeal Robert McElroy como novo arcebispo de Washington. 

Política de imigração de Donald Trump 

Na campanha para seu segundo mandato como presidente dos EUA, o republicano Donald Trump colocou a pauta da imigração como uma das prioridades do início de seu governo. O republicano prometeu deportar milhões de imigrantes em situação irregular no país. 

Entre as medidas que pretende realizar durante seu mandato na presidência, Donald Trump afirmou que pretende deportar até 1 milhão de imigrantes por ano dos EUA, e, segundo o Wall Street Journal, Trump declarará estado de emergência na fronteira com o México.

Papa Francisco sofre queda e machuca braço

O Papa Francisco sofreu uma queda em sua residência na Casa de Santa Marta, no Vaticano, na manhã desta quinta-feira (16). Segundo comunicado oficial divulgado pelo Vaticano, o pontífice de 88 anos sofreu uma contusão no antebraço direito, mas não apresentou fraturas. Como medida de precaução, o braço foi imobilizado. Segundo comunicado:

Esta manhã, devido a uma queda na casa de Santa Marta, o Papa Francisco sofreu uma contusão no antebraço direito, sem fraturas. O braço foi imobilizado como medida de precaução.


Papa Francisco (Foto: reprodução/Reuters/Remo Casilli)

Saúde estável e agenda mantida

Apesar do incidente, o Papa Francisco manteve suas atividades programadas, demonstrando otimismo e disposição sobre a situação. Na manhã da quarta-feira (15), ele participou da audiência geral semanal na Basílica de São Pedro, onde estava sorridente e interagiu com artistas de circo que se apresentaram no evento.

O Vaticano afirmou que o estado de saúde do pontífice permanece estável e a imobilização do braço é uma medida preventiva. Essa abordagem é essencial, considerando especialmente o histórico recente de saúde de Francisco, que enfrentou episódios de bronquite, resfriados e dores no joelho.

Histórico de desafios de saúde

Nos últimos anos, o Papa tem lidado com algumas condições que demandaram cuidados médicos mais intensos. No fim de 2023, ele cancelou uma viagem aos Emirados Árabes devido a uma inflamação pulmonar. Durante o inverno rigoroso na Itália, sofreu crises de bronquite e, em setembro, uma gripe o levou a desmarcar compromissos. Em algumas ocasiões, Francisco utilizou cadeira de rodas para se locomover, resultado de dores persistentes nos joelhos e nas costas.

Liderança resiliente

Mesmo diante de desafios físicos, o Papa Francisco mantém sua liderança ativa. Em março, ele reforçou, em entrevista, que sua renúncia não é uma possibilidade no momento, classificando-a como uma “hipótese distante”.

O episódio mais recente reforça o cuidado necessário com a saúde do papa, mas também evidencia sua determinação em seguir cumprindo sua agenda de compromissos. Enquanto isso, fiéis da igreja ao redor do mundo expressam suas orações e votos de rápida recuperação.

Papa Francisco afirma ter sido alvo de uma tentativa de atentado durante visita ao Iraque

O Papa Francisco revelou nesta terça-feira (17) que teria sido alvo de um ataque suicida com bomba em 2021, quando visitava o Iraque. A visita ocorreu no dia 5 de março e durou até o dia 8 do mesmo mês, sendo a viagem mais arriscada do Papa Francisco.

A visita também foi a primeira a ser realizada por um líder católico ao país do Oriente Médio. As informações foram reveladas em trechos de uma autobiografia do Papa Francisco, que ainda será lançada. No texto, ele afirma que havia dois homens-bomba mirando em eventos que teriam a presença do líder religioso.

Visita importante

A visita do Papa Francisco ao Iraque foi extremamente simbólica. O líder católico esteve na cidade de Mossul, que esteve sob comando do Estado Islâmico por pelo menos 3 anos. Entre os locais visitados estavam as ruínas de igrejas.


Autores da tentativa de atentado contra o Papa Francisco foram neutralizados pela polícia. (Foto: reprodução/ X/ @PopCrave)

Uma mulher carregada de explosivos, uma jovem kamikaze, estava a caminho de Mossul para se explodir durante a visita papal. E uma van também havia partido em alta velocidade com a mesma intenção”.

Papa Francisco, em trecho do livro publicado no jornal italiano “Corriere della Sera”

O Papa Francisco soube da tentativa de atentado por membros da inteligência britânica. De acordo com as informações, a polícia iraquiana conseguiu impedir o plano e eliminou os envolvidos. Sabe-se que o Iraque mobilizou diversas forças de segurança para proteger Francisco.

Autobiografia

O livro intitulado “Esperança” será lançado em 14 de janeiro de 2025 e deve trazer mais detalhes e reflexões do Papa Francisco. Em março de 2024 já havia sido lançado um livro de memórias do pontífice, “Vida: A minha história através da História”, escrito com o apoio do jornalista italiano Fabio Marchese Ragona e publicado pela HarperCollins. Francisco tem hoje 88 anos e está há 11 anos à frente da igreja católica.  

Papa Francisco aparece com hematoma no queixo durante cerimônia no Vaticano

Neste sábado (7), o Papa Francisco chamou a atenção ao aparecer com um hematoma roxo no queixo durante a cerimônia de 21 novos cardeais, realizada na Basílica de São Pedro, no Vaticano. O roxo no queixo do Papa causou preocupação e gerou especulações entre os fiéis e a comunidade internacional. Apesar do incidente, Francisco manteve a agenda, conduzindo a celebração com serenidade.

Acidente do Papa Francisco

De acordo com o porta-voz do Vaticano, o Papa sofreu uma queda em sua residência, na manhã do dia anterior à cerimônia, batendo o queixo em uma mesa de cabeceira. Apesar do susto, foi confirmado que a saúde do líder religioso não foi comprometida. A situação gerou discussões sobre a saúde do Papa, que passou por recentes cirurgias e enfrenta os desafios naturais da idade avançada. Ainda assim, sua disposição em manter o compromisso, demonstra seu comprometimento com a liderança da Igreja.


O Papa Francisco celebrou um consistório para a nomeação de 21 novos Cardeais de todo o mundo (Foto: reprodução/Alessandra Benedetti/AFP//Getty Images Embed)


Dom Jaime Spengler e os novos cardeais

O evento destacou a intenção do Papa Francisco de tornar a Igreja Católica mais global e inclusiva e evidenciou a deficação do Papa, que segue sendo uma inspiração para milhões de fiéis ao redor do mundo. A cerimônia de novos cardeais é um evento importante para a Igreja, pois esses religiosos ajudam a estruturar o futuro da Igreja.

A nomeação de cardeais é um evento significativo para a Igreja Católica, uma vez que esses religiosos ajudam a moldar o futuro da instituição. Entre os 21 cardeais nomeados, a cerimônia contou com a presença de Dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre/RS. A cerimônia também contou com representantes de países como Argentina, Japão, Costa do Marfim e Filipinas.

Descubra o significado do feriado de Corpus Christi

Corpus Christi, em latim, significa “O corpo de Cristo”. É uma das celebrações mais antigas realizadas pela Igreja Católica no mundo. A celebração acontece sempre 60 dias após o domingo de Páscoa e na quinta-feira seguinte ao domingo da Santíssima Trindade.

Este dia celebra a instituição do sacramento da Eucaristia.


“Santíssimo Sacramento” a representação do Corpo de Cristo dentro do ostensório. (Foto: reprodução/Pexels)


A festa litúrgica foi instituída no século XIII, no dia 8 de setembro de 1264, pelo papa Urbano IV. O papa publicou uma bula papal sobre o tema, chamada de “Transiturus”. O papa incumbiu a São Tomás de Aquino (1255-1274) de redigir um ofício para a celebração da data. Quando o papa ainda era padre, conheceu uma freira chamada Juliana de Mont Cornillon – conhecida como Santa Juliana -, o encontro aconteceu na Bélgica. Santa Juliana teria o dom extraordinário de ter visões, e em uma dessas visões, ela afirmou que Jesus lhe dizia que a eucaristia fosse celebrada com honra. Essa visão da Santa ficou na cabeça de Urbano IV. Outro ponto importante para a instituição da festa litúrgica é o “milagre eucarístico de bolsena“.

Porém o papa Urbano IV morreu naquele mesmo ano que instituiu a festa, com isso, a celebração litúrgica só passou a ser “comemorada” de fato quando a data foi modificada pelo Concílio de Vienne, em 1311. Podemos encontrar na Bíblia a origem da festa litúrgica, em Mateus 26:26-29.

A forma bastante tradicional para a celebração da festa é a procissão em um tapete, é uma alusão à caminhada para a Terra Prometida. Podemos ver uma ilustração na foto (abaixo).


Fiéis celebram o feriado com um tapete de sal em várias cidades do Brasil. (Foto: reprodução/UOL)


Vale ressaltar que o feriado de Corpus Christi não é considerado um feriado nacional, mas sim um ponto facultativo. Isso significa que, em grande parte do território nacional, fica a critério das empresas decidirem se irão manter suas atividades em funcionamento ou não. Os empregadores não são obrigados a dispensarem seus funcionários. Nos municípios do Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Maceió (AL) e Vitória (ES) é considerado feriado municipal.