Israel acusa Hezbollah de lançar 230 projéteis em novo ataque

O governo de Israel acusou o grupo Hezbollah de lançar aproximadamente 230 projéteis a partir do Líbano em direção ao território israelense nesta quinta-feira (3), em mais uma grave escalada de tensões na região. O ataque incluiu foguetes e morteiros, e, segundo as Forças de Defesa de Israel (IDF), a maioria dos projéteis foi interceptada pelo sistema Domo de Ferro. No entanto, alguns atingiram áreas civis, resultando em danos e ferimentos leves. Em resposta, Israel realizou bombardeios a alvos do Hezbollah no sul do Líbano, agravando o conflito.

Hezbollah intensifica ataques e recebe apoio de grupos iranianos

O Hezbollah confirmou ter realizado 32 ataques ao longo do dia, incluindo salvas de foguetes contra assentamentos israelenses, bases militares e tropas israelenses envolvidas em operações terrestres no sul do Líbano. A ofensiva do grupo libanês marca uma intensificação no conflito, aumentando o temor de uma guerra de maior escala entre as partes envolvidas.


Incêndio após bombardeio israelense em uma área do sul do Líbano (Reprodução/
JALAA MAREY /Getty Images Embed)


Além do Hezbollah, outros grupos apoiados pelo Irã também assumiram responsabilidade por ataques contra Israel nesta quinta-feira. A Resistência Islâmica no Iraque, por exemplo, declarou ter realizado um ataque com drones contra o sul de Israel. O exército israelense confirmou que um drone foi interceptado na região, e ninguém ficou ferido no incidente.

Comunidade internacional em alerta

A crescente participação de grupos militantes apoiados pelo Irã, como o Hezbollah e a Resistência Islâmica no Iraque, preocupa a comunidade internacional. A escalada do conflito pode desencadear uma reação em cadeia, com risco de desestabilização ainda maior no Oriente Médio. Organizações internacionais, incluindo a ONU, pedem o fim imediato das hostilidades e a retomada de negociações diplomáticas para evitar uma guerra mais ampla.

A situação continua tensa na fronteira entre Israel e Líbano, com a troca de ataques se intensificando a cada momento. O risco de novos e mais graves confrontos nas próximas horas aumenta, à medida que os bombardeios e projéteis se tornam mais frequentes, ameaçando agravar ainda mais o conflito na região.

EUA confirma envio de novos caças e navios de guerras ao Oriente Médio

Com as ameaças do Irã e sendo aliados a Israel, os Estados Unidos pretende reforçar suas capacidades defensivas no Oriente Médio. Durante a medida serão enviados caça e navios de guerra na região, buscando reduzir a possibilidade de escalada regional do Irã. 

Reforços para Israel

A ação foi confirmada pelo Pentágono nesta sexta-feira (02), após sua secretária adjunta de imprensa, Sabrina Singh, afirmar que o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, vai liderar diversas ações. O intuito é reforçar a proteção das forças americanas na região, garantir mais apoio as defesas de Israel e deixar as forças americanas estejam prontas para responder uma possível crise. 

‘’O secretário de Defesa Lloyd Austin ordenou ajustes na postura militar dos EUA projetados para melhorar a proteção da força dos EUA, aumentar o apoio à defesa de Israel e garantir que os Estados Unidos estejam preparados para responder a várias contingências.’’, afirmou Singh durante o anúncio. 

Embora os números de caças e navios que serão enviados ainda não terem sido revelados, o país já tinha enviado dezenas de aeronaves de combate, uma dúzia de navios de guerras e o porta-aviões Theodore Roosevelt, que obtém cerca de 40 aviões de ataque F/A-18 Super Hornet e F-35 e navega pela região do Golfo Pérsico. 


Porta-aviões Theodore Roosevelt (Foto: Reprodução Paul L. Archer / US NAVY)

Planos do Irã

O reforço vem dias após o Hamas e o Irã atribuir as mortes do líder do líder do grupo palestino, Ismail Haniyeh, e do comandante militar do movimento libanês Hezbollah, Fuad Shukr, a ataques das forças israelenses na terça-feira (30/07). 

Durante a semana, as forças iranianas e seus aliados prometeram represálias pelos assassinatos, buscando um conflito mais amplo na região. Recentemente, uma fonte próxima ao Hezbollah revelou ao jornal AFP que alguns funcionários iranianos e representantes do ‘’eixo da resistência’’, uma aliança informal formada por grupos apoiados pelo país e hostis a Israel, se reuniram em Teerã, na quarta-feira (31/07), para planejar suas próximas ações.  

Líder do Hamas morreu por explosão de bomba no Irã, diz jornal americano

Ismail Haniyeh, chefe do grupo terrorista, morreu devido à explosão de uma bomba plantada em sua acomodação no Irã há alguns meses, de acordo com informações divulgadas por um jornal americano.

A explosão ocorreu em uma residência que estava sendo usada pelo líder do grupo, e a morte só foi confirmada recentemente por fontes próximas ao Hamas. A identidade do líder morto não foi divulgada, mas fontes afirmam que ele era uma figura proeminente dentro do grupo.

A explosão e a morte subsequente são vistas como um golpe significativo para o Hamas, que tem enfrentado crescente pressão internacional e conflitos internos.

Explosão mortal no Irã

A bomba que causou a morte do líder do Hamas foi plantada meses atrás em uma acomodação no Irã. A origem da bomba e os responsáveis pela sua colocação ainda não foram identificados. No entanto, a morte do líder do Hamas no Irã levanta questões sobre a segurança e as operações do grupo fora dos territórios palestinos. A notícia provocou diversas reações no Oriente Médio, com alguns analistas sugerindo que a explosão pode ter sido resultado de uma operação de inteligência estrangeira.


Ismail Haniyeh, líder do Hamas, foi morto em uma explosão de bomba escondida na casa em que estava no Irã (Foto: Reprodução/AFP/Getty Images Embed)


A morte do líder do Hamas ocorre em um momento de tensão crescente entre o Irã e várias nações ocidentais, bem como entre o Hamas e Israel. O grupo Hamas, que controla a Faixa de Gaza, tem sido alvo de críticas e ações militares por parte de Israel, que considera o grupo uma organização terrorista. A relação do Hamas com o Irã tem sido complexa, com o Irã frequentemente fornecendo apoio financeiro e militar ao grupo.

Consequências para o Hamas

A perda de um líder pode afetar significativamente as operações do Hamas, tanto em termos de moral quanto de capacidade operacional. O grupo já enfrenta desafios internos e externos, e essa morte pode exacerbar as dificuldades. Observadores internacionais estarão atentos às próximas movimentações do Hamas e às respostas do Irã e de outras nações envolvidas.

A morte do líder é uma adição recente a uma série de eventos tumultuados que têm impactado a organização. A pressão internacional sobre o Hamas tem aumentado, com muitos países intensificando suas sanções e ações contra o grupo. Além disso, o Hamas tem lutado para manter o controle interno e a coesão em face de desafios econômicos e sociais significativos na Faixa de Gaza.

Serviço Secreto possui informações sobre plano iraniano para executar Donald Trump, revelam fontes

Fontes revelaram a CNN que o Serviço Secreto dos Estados Unidos da América recebeu informações de que o Irã estaria arquitetando um plano para matar Donald Trump, ex-presidente e candidato pelo Republicanos. Munidos dessa informação, o Serviço Secreto reforçou a segurança de Trump e de seu entorno nas últimas semanas, garantiram as fontes.

Em comunicado, a equipe da campanha de Trump disse que não comentaria sobre os detalhes da segurança do ex-presidente e que as perguntas deveriam ser dirigidas ao Serviço Secreto. Logo, não fica claro se a campanha possui as informações sobre o plano iraniano e se a segurança do evento de sábado (13) já estaria contando com essa ameaça.

Pessoas informadas sobre o assunto disseram também para a CNN que as autoridades do Serviço Secreto alertaram veementemente a campanha de Donald Trump sobre os comícios realizados ao ar livre, pois representam maiores riscos.

Envolvimento do Irã

A missão permanente da República Islâmica do Irã na ONU negou que haja uma conspiração iraniana para assassinar o ex-presidente Donald Trump. “Essas acusações são infundadas e maliciosas. Da perspectiva da República Islâmica do Irã, Trump é um criminoso que deve ser processado e punido em um tribunal por ordenar o assassinato do general Soleimani. O Irã escolheu o caminho legal para levá-lo à Justiça”, disse um porta-voz da missão à CNN.

Há de se lembrar que o Irã jurou vingança pela morte de Qasem Soleimani, comandante do Corpo de Guarda Revolucionária Islâmica, cujo assassinato ocorreu em janeiro de 2020. Desde então, os ex-funcionários da Segurança Nacional que atuaram no governo de Trump têm segurança reforçada.


Donald Trump sofre atentado em comício do partido Republicano (Foto: reprodução/Getty Images Embed)


Durante meses, autoridades policiais têm se preocupado com a ameaça persistente de o Irã potencialmente tentar assassinar ex-funcionários de Trump e o próprio ex-presidente, de acordo com várias fontes familiarizadas com o assunto. À CNN, estas disseram que a inteligência recente sugeriu um aumento significativo na ameaça.

Atentado a Donald Trump

No último sábado (13), o ex-presidente sofreu um atentado enquanto participava de uma convenção do partido Republicano. Trump foi acertado na orelha por um tiro. Ainda não há indicações de que o atirador, Thomas Matthew Crooks, estaria envolvido com o plano do Irã.