Iranianos vivem momentos de terror durante ataque israelense noturno

Em Teerã, iranianos relatam que vivem “um pesadelo” depois de mais uma série de ataques de Israel no Irã na noite de terça-feira (17) para quarta (18). O exército israelense lançou uma ofensiva que envolveu mais de 50 aeronaves que atacaram instalações iranianas que produzem centrífugas e mísseis.

Relatos

A CNN falou com iranianos que não quiseram ser identificados por questões de segurança.

Uma iraniana de 28 anos afirmou “viver um pesadelo”. Outro, de 32 anos, contou que uma enxurrada de bombas foi ouvida a cerca de sete quilômetros de sua casa. Ele conta que escutou de 30 a 40 explosões. “O som era insano e a rua estava destruída“, relatou. O homem ainda afirmou que ele e sua família cogitam deixar suas casas.

Alguns moradores também afirmaram que existe um clima de desconfiança entre as autoridades na capital do Irã. Um homem conta que filmava as ruas vazias de Teerã e foi parado por um policial à paisana. Ele relata que o agente pediu para ver sua identidade e olhou seu telefone.

Troca ofensiva entre os países

As ofensivas entre Israel e Irã começaram na sexta-feira (13) de madrugada. Tiveram início quando o governo de Israel coordenou ataques direcionados ao centro do programa nuclear do Irã e aos altos líderes militares do país.


Iranianos observam destroços após ataques no dia 13 de junho de 2025 (Foto: reprodução/Majedi Saeed/Getty Images Embed)


Em seguida, a capital iraniana respondeu com retaliação, o que aumentou o receio de possível eclosão de um conflito de proporções maiores no Oriente Médio.


Ofensiva do Irã contra Israel (Foto: reprodução/X/@astronomiaum)

No total, mais de 200 pessoas foram mortas desde o começo da troca ofensiva entre os dois países. As Forças de Defesa de Israel (FDI) declararam que os ataques têm o objetivo de impedir o desenvolvimento do programa nuclear iraniano, o qual a FDI considera uma ameaça à existência israelense.

Médicos dizem que ataques de Israel nas últimas 24 horas mataram 140 palestinos

A situação que envolve os ataques e disparos de tiros contra os palestinos, acabou por ser esquecida devido à guerra entre Israel e Irã. De acordo com autoridades de saúde locais, pelo menos 140 pessoas morreram em Gaza nas últimas 24 horas.

Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, das 140 pessoas que morreram no último dia, pelo menos 40 desse total morreram devido a tiros e ataques aéreos dos israelenses nesta quarta-feira (18).

Muitos palestinos morreram, quase que diariamente, em busca de ajuda humanitária nas três semanas as quais Israel suspendeu parcialmente o bloqueio total ao território.


Cidade de Gaza segue passando por necessidades devido guerra entre Israel e Hamas (Foto: reprodução/Instagram/@cnnbrasil)


A ofensiva de Israel contra Gaza

Médicos informaram que ao menos 21 pessoas foram mortas após ataques aéreos separados que atingiram casas no campo de refugiados de Maghazi, no bairro de Zeitoun e na Cidade de Gaza, somando-se ainda a região norte do território palestino. Em outra ofensiva aérea, pelo menos cinco pessoas foram mortas na região de Khanyounis, no sul de Gaza.

Israelenses dispararam contra multidão de palestinos que foram deslocados e aguardavam caminhões de ajuda trazido pelas Nações Unidas ao longo da estrada da Salahuddin, na região central de Gaza. Médicos disseram que 14 pessoas foram mortas.

As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês), informou que está investigando as mortes declaradas de pessoas que aguardavam por comida.

Em relação aos outros ataques, o IDF disse estar “operando para desmantelar as capacidades militares do Hamas” e “tomando precauções viáveis para mitigar os danos aos civis”.


Guerra sem fim: Israel segue atacando Hamas, deixando povo palestino em situação precária (Foto: reprodução/Instagram/@portalg1)


Ajuda humanitária

De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, na terça-feira (17), 397 palestinos que buscavam obter ajuda alimentar, foram mortos e mais de três mil foram feridos, a partir do final de maio, quando a distribuição de ajuda foi reiniciada.

Com a guerra entre Israel e Irã iniciada faz cinco dias, algumas pessoas de Gaza começam a expressar preocupação diante da possibilidade de haver negligência, e lembram que a guerra entre Israel e Hamas começou em outubro de 2023.

Adel, morador da cidade de Gaza, disse que as pessoas estão sendo massacradas, dia e noite, mas que a atenção foi desviada para a guerra entre Irã e Israel. Há poucas notícias sobre Gaza atualmente.

Grupo de políticos brasileiros que estava em Israel chega ao Brasil

Chegou ao Brasil nesta quarta-feira (18), a comitiva de políticos que estava em Israel, vieram em dois voos diferentes. O prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, cedeu uma aeronave. Desta aeronave, desembarcaram em Natal, capital do Rio Grande do Norte, nove pessoas nesta manhã. Na última segunda-feira (16), o grupo deixou o território israelense com destino a Jordânia, onde conseguiram chegar com segurança. Israel e Irã estão em guerra. A comitiva se deslocou para Arábia Saudita, onde passaram a noite. A seguir, partiram para Cabo Verde, na África. Em seguida, embarcaram em avião particular rumo ao Brasil.

Na segunda-feira (16), 12 autoridades brasileiras deixaram Israel pela fronteira com a Jordânia. Desses doze, nove embarcaram na aeronave de Lucena, os outros três partiram da Arábia Saudita rumo a Doha, no Qatar, e embarcaram em um voo comercial, que pousou no Aeroporto Internacional de Guarulhos, São Paulo, próximo das 10h40 desta quarta-feira.

A comitiva foi a Israel para participar de uma feira de tecnologia, porém, com o avanço do combate entre Irã e Israel, optaram por deixar o país. A volta do grupo estava prevista para o dia 20 de junho.


Cícero Lucena, prefeito de João Pessoa (PB), está de volta ao Brasil, após fazer parte de comitiva de políticos brasileiros que foram para uma feira de tecnologia em Israel (Foto: reprodução/Instagram/@cicerolucena)


Os nove que desembarcaram em Natal

  • Álvaro Damião, prefeito de Belo Horizonte (MG)
  • Cícero Lucena, prefeito de João Pessoa (PB)
  • Cláudia da Silva, vice-prefeita de Goiânia (GO)
  • Francisco Nélio, tesoureiro da CNM
  • Francisco Vagner, secretário de Planejamento de Natal (RN)
  • Janete Aparecida, vice-prefeita de Divinópolis (MG)
  • Johnny Maycon, prefeito de Nova Friburgo (RJ)
  • Márcio Lobato, secretário municipal de Segurança Pública de Belo Horizonte (MG)
  • Welberth Porto, prefeito de Macaé (RJ)

Quem também voltou para o Brasil em voo fretado foi o filho do prefeito Cícero Lucena, o deputado federal Mersinho Lucena (PP -PB). Ele viajou ao Oriente Médio para participar da remoção do pai e das demais autoridades.


Segue o conflito entre Irã e Israel (Foto: reprodução/Instagram/@cnnbrasil)


Quais foram as três autoridades que pousaram em Guarulhos

Desembarcaram no Aeroporto de Guarulhos: Davi de Matos, chefe executivo do Centro de Inteligência, Vigilância e Tecnologia de Segurança Pública do Rio de Janeiro (Civitas); Flávio Guimarães, vereador do Rio de Janeiro (RJ) e Gilson Chagas, secretário de Segurança Pública de Niterói.

Nas últimas horas, o clima de tensão aumentou diante da possibilidade dos EUA atacar o Irã. O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei afirmou nesta quarta-feira (18) que qualquer ataque direto dos EUA ao país terá “consequências sérias e irreparáveis”.

Trump afirma que fim do conflito entre Israel e Irã é a melhor opção

O presidente dos EUA, Donald Trump, declarou que um fim real ao conflito entre Israel e Irã é a melhor opção para resolver a questão, ao contrário de um cessar-fogo, que seria apenas uma solução temporária. Ele também não descartou a possibilidade de desistir completamente das negociações. Além disso, o presidente contou sobre o papel dos americanos na guerra, afirmando que os iranianos não deveriam atacá-los, senão eles também iriam entrar em conflito.

A declaração de Trump

Após deixar a Cúpula do G7, no Canadá, que começou a ser organizada antes dos conflitos no Oriente Médio, o atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a bordo da aeronave Air Force One, deu depoimentos a repórteres sobre o conflito entre Israel e Irã. De acordo com o americano, o cessar-fogo não seria uma boa opção para a guerra. Ao invés disso, ele sugere um fim real em toda a situação.


Donald Trump em reunião do G7 (Foto: reprodução/SUZANNE PLUNKETT/POOL/AFP/Getty Images Embed)


Trump também deu a entender que deixar de apoiar qualquer um dos dois lados também é uma opção viável para os EUA. Ele diz que o melhor é esperar pelas próximas 48 horas para averiguar como Israel irá se posicionar diante desta situação.

O papel dos EUA no conflito

Quando questionado sobre o envolvimento militar dos Estados Unidos no embate entre Israel e Irã, o presidente Donald Trump garantiu que as forças armadas iranianas não teriam armas nucleares, desejando inclusive, que os planos de programas nucleares do Irã fossem eliminados antes mesmo da intervenção militar americana.


Donald Trump dando entrevistas em avião (Foto: reprodução/BRENDAN SMIALOWSKI/AFP/Getty Images Embed)


Sobre o seu apelo para a saída de Teerã, Trump informou que não havia nenhum motivo específico para a atitude, somente uma questão de segurança.

Ele também aproveitou para elogiar as tropas militares americanas no Irã e afirmar que, caso os iranianos interferissem com eles, os estadunidenses não teriam problema em exercer força contra o exército iraniano. Além disso, Trump declarou que, dependendo do prosseguimento da situação, ele enviará seu vice-presidente J. D. Vance, junto de Steve Witkoff, para se encontrar com os iranianos, ainda esta semana.

Ali Khamenei afirma que Israel iniciou guerra e alerta Irã

O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, afirmou nesta sexta‑feira (13) que Israel iniciou uma guerra aberta contra seu país. Segundo ele, o regime sionista não sairá ileso “das consequências de seu crime”.

Em comunicado oficial, Khamenei alertou que Teerã não aceitará ataques no estilo “atacar e fugir” sem responder com ações duras e estratégicas. O objetivo é resguardar sua soberania e demonstrar sua força regional.

Israel teria iniciado ação ofensiva

Khamenei acusou Israel de iniciar uma guerra direta contra o Irã ao realizar ataques a alvos iranianos sem sofrer consequências imediatas por suas ações. Em discurso enfático, ele afirmou que o regime sionista “não sairá ileso das consequências de seu crime”. Khamenei deixou claro que tais agressões não serão toleradas pelo governo iraniano.


Momento da declaração de Ali Khamenei contra Israel (Vídeo: reprodução/X/@GloboNews)


Com essa declaração contundente, o aiatolá sinaliza que futuros ataques israelenses contra interesses iranianos terão respostas severas. Essas reações podem incluir medidas militares de grande impacto, sanções ou ações diplomáticas fortes. O Irã busca, assim, manter pressão constante sobre o adversário e reforçar sua posição geopolítica na região.

Alerta sobre retaliação firme do Irã

Ao afirmar que sua resposta não será “mediana”, o líder supremo reforça que Teerã não aceitará provocações tímidas ou limitadas. Ele também indica que o país está em estado de máxima prontidão diante do que chama de ameaças e provocações do regime sionista.

Esse posicionamento firme aumenta as tensões na região e serve como alerta ao Ocidente. A mensagem de Teerã é clara: qualquer ataque a alvos iranianos, sejam militares, econômicos ou simbólicos, terá respostas à altura. A escalada do conflito poderá afetar a estabilidade regional e gerar repercussões no cenário internacional.

Com a retórica forte de Khamenei, o Irã assume postura assertiva na disputa com Israel. Mesmo sem anunciar ações específicas, o discurso serve de alerta estratégico. O mundo observa atentamente o desenrolar dessa tensão, pois qualquer incidente pode deflagrar respostas com impacto regional.

EUA posiciona bombardeiro B‑2, pronto para lançar bomba contra Irã

Os Estados Unidos enviaram o bombardeiro stealth B-2 Spirit, equipado com a poderosa bomba penetrante GBU-57A/B, conhecida como “bunker-buster”, para o Oriente Médio. A arma é a única capaz de atingir profundamente instalações subterrâneas como a central nuclear de Fordow, no Irã.

O envio ocorre enquanto o governo de Donald Trump reforça apoio a Israel por meio de dispositivos militares no Golfo e no Mar Mediterrâneo. A medida, porém, não confirma uso da bomba — apenas põe de prontidão capacidades que Israel não possui.


Modelo de B‑2 Spirit usado para guerra entre Israel e Irã (Foto: reprodução/Who/What/Getty Images Embed)


Por que a GBU‑57A/B é crucial

A GBU‑57A/B é uma munição convencional de 15 toneladas desenvolvida pela Boeing. Seu poder reside na capacidade de penetrar centenas de metros antes de explodir, ideal para destruir estruturas subterrâneas profundamente enterradas como Fordow, construída sob uma montanha perto de Qom.

Israel não tem jatos capazes de transportar esse tipo de bomba, enquanto os EUA controlam totalmente sua distribuição. Assim, apenas o B‑2 da Força Aérea americana pode operá-la com eficácia.

Contexto regional e risco estratégico

O movimento de caças F‑22, F‑35 e porta‑aviões pelos EUA no Golfo acompanha a estratégia americana. Apesar de reforçar a defesa de Israel, ainda não há sinal de uso ativo do B‑2 ou da bomba.


Simulação do B‑2 Spirit com a bomba penetrante GBU‑57A/B (Vídeo: reprodução/Instagram/@flyingtopics)


Analistas advertem, porém, que qualquer ataque a Fordow com essa bomba poderia aumentar significativamente a tensão na região. Mesmo sendo convencional, seu impacto subterrâneo pode gerar tremores, danos ambientais ou riscos radiológicos — embora o risco de explosão nuclear seja considerado baixo.

Com o B‑2 em posição e a GBU‑57A/B disponível, os EUA mostram capacidade singular de intervir em instalações altamente protegidas. Para muitos, é uma demonstração de força; para outros, é uma escalada que pode provocar reação iraniana e reação internacional.

Trump diz saber onde Khamenei está escondido e exige rendição do Irã

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira (17) que sabe onde o líder supremo do Irã, Ali Khamenei, está escondido desde o início do atual conflito com Israel. Embora não tenha revelado a localização, o mandatário alertou que o país persa deve se render imediatamente para evitar novas ações militares.

“Sabemos exatamente onde o chamado ‘líder supremo’ está se escondendo. Ele é um alvo fácil, mas está seguro lá — não vamos eliminá-lo (matar!), pelo menos não por enquanto. Mas não queremos que mísseis sejam disparados contra civis ou soldados americanos. Nossa paciência está se esgotando”, escreveu o presidente em uma publicação na Truth Social.

Logo em seguida, ainda reforçou: “Rendição incondicional!

Israel intensifica ofensiva

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, foi questionado pela emissora americana ABC News sobre um suposto veto da Casa Branca a uma possível ação direta contra Khamenei. Netanyahu negou: “Há tantas notícias falsas que nunca aconteceram e não vou entrar nesse assunto. Nós fazemos o que precisamos fazer”.

“O Irã quer uma guerra eterna”, acrescentou o premiê israelense. “Tivemos meio século de conflito espalhado por esse regime.”

Na última sexta-feira, ataques israelenses mataram membros da alta cúpula militar iraniana e diversos cientistas envolvidos no programa nuclear do país. Nem Khamenei, nem o presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, estavam entre os alvos atingidos.


Donald Trump falando com a imprensa durante a reunião do G7 no último dia 16 (Foto: reprodução/Brendan Smialowksi/Getty Images embed)


Teerã busca cessar-fogo

De acordo com os militares israelenses, o objetivo da ofensiva é eliminar a ameaça representada pelo programa nuclear iraniano e pelos mísseis balísticos do regime.

Enquanto o confronto se intensifica, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, enviou uma mensagem ao governo dos EUA pedindo que Trump interfira para forçar Israel a encerrar os ataques, um apelo que, segundo diplomatas, já circula entre interlocutores internacionais.

Por enquanto, os Estados Unidos não responderam oficialmente ao pedido iraniano. Segundo fontes diplomáticas, a situação segue em ritmo acelerado, com negociações sendo feitas nos bastidores. A expectativa é de que novas declarações sejam feitas nos próximos dias.

Em meio à conflitos, Trump alerta: “Todos deveriam se retirar de Teerã”

Nesta segunda-feira (16) em meio a escalada do conflito entre Irã e Israel, o presidente dos Estados Unidos Donald Trump fez um pronunciamento forte em suas redes sociais, onde ele alerta que todos deveriam se retirar de Teerã imediatamente. Foi dito pelo presidente americano que o país iraniano deveria ter firmado acordo nuclear com os EUA. O Irã comunicou que não haverá negociação enquanto estiver sob ataque.

O conflito entre Israel e Irã se iniciou na noite da última quinta-feira (12), pois de acordo com Israel, o objetivo dos ataques seria para impedir um avanço no programa nuclear do pais iraniano. Porém, os países vivenciam esses conflitos a alguns anos, muito por conta de rivalidades impostas ainda no período da guerra fria.

A medida em que o conflito entre Israel e Irã continua escalando, as lideranças mundiais se posicionam em relação a acordos e possíveis tratativas. As ofensivas dos países seguem devastando e afetando toda a população das regiões afetadas, além da economia global.

Fala de Trump

Em publicação no Truth Social, o presidente americano comenta sobre o momento de tensão que o conflito vem gerando. Pouco tempo após a publicação, foi confirmado por uma autoridade da Casa Branca que o post refletia sobre a urgência nas tratativas e que o Irã deveria se sentar na mesa de negociações. Para Trump, o país iraniano deveria ter assinado o acordo que previa limitar atividades nucleares. Ainda segundo o presidente, o Irã não pode ter uma arma nuclear e pede para que todos evacuem a capital do Irã, Teerã.

Desde abril, Estados Unidos e Irã realizaram um total de cinco negociações indiretas referente ao programa nuclear iraniano. No último sábado (14), o ministro das Relações Exteriores de Omã anunciou o cancelamento da sexta rodada de conversas O Irã comunicou a Omã e Catar que não irá negociar com os americanos enquanto seu território estiver sob ataques israelenses e até que a resposta de Teerã seja concluída.


Post da Casa Branca ressaltando as palavras do presidente Donald Trump. (Foto: Reprodução/X/@WhiteHouse)

Netanyahu seria responsável

O atual ministro das relações exteriores do Irã, Abbas Araghchi, utilizou suas redes sociais para se pronunciar sobre os ataques que o país vem sofrendo. Na visão dele, as ofensivas israelitas tem como objetivo frear as negociações entre Estados Unidos e Irã. As conversas entre os países tinha como objetivo firmar acordo que limitava atividades nucleares realizadas pelos iranianos. Para Araghchi, os ataques de Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, são criminosos.

No último sábado (14) aconteceria mais um encontro para negociar as tratativas de um possível acordo entre Irã e Estados Unidos, porém, os ataques fizeram com que a sexta reunião entre os dirigentes dos países fosse cancelada. Araghchi afirmou que, caso Trump seja sincero em relação à diplomacia e esteja interessado em interromper esta guerra, os próximos passos serão importantes.

Políticos ignoram recomendação do Itamaraty e viajam a Israel

O Ministério das Relações Exteriores informou, por meio de um comunicado divulgado nesta segunda-feira (16), que os prefeitos brasileiros que foram a Israel desconsideraram uma recomendação do Itamaraty para evitarem viagens ao país do Oriente Médio, devido à situação de conflito na região.

Além dos enfrentamentos com o grupo Hamas, que domina a Faixa de Gaza, e com o Hezbollah, baseado no Líbano, Israel também está em confronto com o Irã, após ataques realizados pelo governo de Benjamin Netanyahu contra instalações iranianas.

Autoridades viajaram mesmo sob alertas

Desde outubro de 2023, a Embaixada do Brasil em Israel mantém um alerta orientando que apenas viagens essenciais sejam feitas ao país. Na época, também foi sugerido que os cidadãos brasileiros que já estavam em território israelense considerassem a possibilidade de deixá-lo.

A manifestação do Itamaraty veio após a confirmação de que um grupo composto por 12 autoridades do Brasil deixou Israel com destino à Jordânia, de onde seguirão viagem de volta ao Brasil. O retorno será feito por meio de um voo fretado, com partida prevista da Arábia Saudita.


Nota do Itamaraty sobre autoridades brasileiras que estão em Israel (Foto: reprodução/X/Itamaraty.gov.br)

Segundo a nota divulgada pelo Itamaraty nesta segunda-feira, a retirada das 12 autoridades brasileiras foi viabilizada por meio de uma estreita coordenação entre o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, e o chanceler da Jordânia, Ayman Safadi.

Possíveis golpes

A Embaixada do Brasil em Tel Aviv fez um alerta nas redes sociais nesta segunda-feira, orientando os brasileiros que estão em Israel a tomarem cuidado com possíveis golpes divulgados online, que prometem voos de saída do país. A recomendação foi feita devido ao fechamento do espaço aéreo, devido ao conflito com o Irã.

Já o comunicado mais recente, publicado na última sexta-feira (13), reforça que não é recomendável viajar nem para Israel, nem para o Irã. A orientação também pede que os brasileiros que já se encontram nesses países evitem participar de manifestações.

Irã recusa diálogo nuclear enquanto Israel mantiver ofensiva

O presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, afirmou nesta segunda-feira (16) que, por enquanto, não negociará um acordo nuclear com os Estados Unidos. Uma das exigências do iraniano para o diálogo é que Israel pare imediatamente os ataques contra o país. Ele reiterou essa posição hoje, durante uma conversa telefônica com o presidente da França, Emmanuel Macron.

“O Irã não aceitará exigências irracionais sob pressão e não participará de negociações enquanto o regime sionista seguir com seus ataques”, declarou Pezeshkian, segundo a agência AFP. Irã e EUA negociavam um acordo nuclear desde abril, com nova rodada prevista para junho, porém os recentes ataques de Israel cancelaram as tratativas.


Presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, fala sobre resposta recíproca (Foto: reprodução/X/@drpezeshkian)

Tensões entre Irã e Israel agravam conflito

Israel bombardeou o Irã em 12 de junho, atingindo instalações militares e bases nucleares. Segundo forças israelenses, 78 pessoas morreram, incluindo o chefe da Guarda Revolucionária, Hossein Salami, e o comandante do Estado-Maior, Mohamed Bagheri. Além disso, nove cientistas nucleares também morreram nos ataques.

No mesmo dia, o Irã revidou com drones e mísseis, conseguindo atravessar o “Domo de Ferro”, sistema de defesa israelense. Como resultado, há relatos de dois mortos e dezenas de feridos. Contudo, neste sábado, outro ataque iraniano tirou a vida de mais um cidadão de Israel. Enquanto isso, milhares de pessoas buscaram abrigo em abrigos subterrâneos para se proteger dos bombardeios.


Benjamin Netanyahu diz que o programa nuclear iraniano ameaça a existência de Israel (Vídeo: reprodução/X/@netanyahu)

Israel justifica ataque com alerta nuclear

O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu justificou o ataque ao suposto programa nuclear iraniano, alegando que Teerã está cada vez mais próximo de desenvolver uma bomba atômica. Enquanto o Irã afirma enriquecer urânio apenas para fins energéticos, Israel, EUA e ONU discordam e apontam riscos militares.

Diante disso, as Forças de Defesa de Israel (FDI) classificaram a ofensiva como um “ataque preventivo” para conter o avanço nuclear iraniano. Segundo o governo israelense, o Irã está no “ponto de não retorno” em seu programa nuclear. O bombardeio aconteceu logo após a AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) acusar Teerã de descumprir o compromisso de não enriquecer urânio para fins militares.