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No último sábado (29), Joe Biden, presidente dos EUA, afirmou que não teve um bom desempenho no debate presidencial com o ex-presidente, Donald Trump, ocorrido na quinta-feira (27), em um evento fechado à imprensa e divulgado pela Casa Branca no domingo (30).
“Eu sei que não ando tão rápido como antes, apesar de ter apenas 40 anos (risos). Não falo tão bem como antes. Eu não debato tão bem como no passado. Mas aqui está o que eu sei: sei como dizer a verdade. Eu sei o certo do errado. Eu sei como fazer esse trabalho. Eu sei como fazer as coisas. Sei, como milhões de americanos sabem, que quando você é derrubado, você se levanta.”
Presidente dos EUA, Joe Biden, em debate eleitoral 2024 (Foto: reprodução/Andrew- Caballero-Reynolds/AFP/Getty Images embed)
Membros do partido democrata e a imprensa levantaram a hipótese de que Biden deveria desistir de concorrer à Casa Branca. Como está com 81 anos, ele deixaria o poder ao final do segundo mandato com 86 anos de idade, se fosse eleito.
Para se defender, Biden ataca Trump
Em sua defesa, Biden disse saber que o “The New York Times” pediu a saída dele da disputa, mas, o jornal também enumerou 28 mentiras de Trump em 90 minutos. Ele aproveitou para enfatizar os pontos fracos de seu adversário: ideias extremistas, opiniões sobre o aborto e o acontecido em 6 de janeiro. Na opinião do atual presidente, essa postura de Trump desagrada os eleitores.
A equipe de Biden tentou, durante todo o último final de semana, rebater as críticas midiáticas sobre o resultado do debate e voltar os holofotes para o que seria a volta de Trump. Apesar da estratégia, um questionamento crescente por parte dos eleitores se destaca: “Biden não estaria simplesmente muito enfraquecido física e cognitivamente para cumprir mais quatro anos?”
AFP faz análise do primeiro debate eleitoral de 2024 nos EUA (Reprodução/instagram/@afpnewsagency)
Os republicanos apostam na reputação bélica dos EUA
Os republicanos, por sua vez, estão aproveitando a situação para conquistar espaço. O governador da Dakota do Norte, Doug Burgum, um potencial vice-presidente de Trump, mostrou-se bastante preocupado à NBC, quanto à repercussão mundial da imagem “enfraquecida” de um possível presidente dos EUA .
“Toda a América viu isso. E sabe quem mais viu isso? Nossos adversários viram. Putin viu, Xi viu, o Aiatolá viu.”
Doug Burgum
Há um certo tempo, os eleitores de Biden já o consideram muito velho para concorrer e, apesar disso, ele tem se mantido próximo de Donald Trump nas pesquisas eleitorais. Além disso, a equipe do democrata aposta no perfil polêmico do candidato republicano, que poderá lhe tirar a vantagem: “Trump é o maior adversário de Trump”.
A noite da última sexta-feira (28/06) trouxe à tona o ponto de vista de alguns dos principais jornais dos Estados Unidos, como “Financial Times”, “The New York Times” e “The Wall Street Journal”, e também de revistas como “The Economist”, quanto à reeleição de Biden para a presidência do país, o qual está concorrendo contra Donald Trump, que atuou no cargo de 2017 a 2021; as eleições ocorrerão no dia 5 de novembro deste ano.
Esses veículos de comunicação revelaram em seus artigos, os quais representam sua posição, a apreensão da possível derrota de Biden, e o que a vitória de Trump pode significar para a democracia, que seria comprometida severamente.
A ideia de que Biden deva desistir de se reeleger surgiu na quinta-feira (27/06), após o desempenho negativo no debate eleitoral com Trump, candidato republicano. Não apenas a imprensa estadunidense pensa em sua renúncia, mas até mesmo seu partido.
Os editoriais
Financial Times
A competência de Biden para derrotar o candidato republicano é colocada em pauta neste jornal, o qual menciona que o estado do presidente aparenta estar extremamente frágil para a tarefa de vencer Donald Trump.
Segundo o jornal, os atos de Joe Biden serão recordados pela história, da vitória contra Trump em 2020, a algumas das medidas legislativas mais substanciais dos últimos tempos. Todavia, os debates têm o poder de persuadir os eleitores e as eleições como um todo, e este pode ser o momento em que Biden perde a esperança de se reeleger, por aparentar fragilidade para continuar na presidência.
Apesar de defenderem que a mente do presidente permanece aguçada, seu desempenho no debate foi desesperador.
The Wall Street Journal
O jornal declarou em seu editorial que o atual presidente não está pronto para mais quatro anos no cargo, e que o Partido Democrata precisa escolher prontamente um novo candidato, pois, Trump deseja que Biden seja seu adversário, “mas o país merece uma escolha melhor”.
Tal reeleição é um ato egoísta, visto o declínio do candidato, mesmo após diversos avisos. E o declive de Biden poderá ocasionar a vitória de Trump, uma vez que “ditadores ambiciosos agem quando sentem o cheiro de fraqueza”, segundo o The Wall Street Journal.
The New York Times
O jornal, que recebeu o maior número de visitas online mensalmente no ano passado, relata que é preciso haver um candidato democrata que possa ganhar de Trump, visto que a vitória deste é uma ameaça à democracia do País, não crendo que este candidato possa ser Biden.
É frisado que a postura de Biden no debate de quinta-feira foi a da sombra do “presidente admirável” que um dia fora, tendo inclusive dificuldade para completar frases, e que não é mais o homem de quatro anos atrás, por mais que o debate tentasse provar o oposto, e que o candidato pode repetir o feito da última eleição.
Todavia, o fato de ter vencido Trump há quatro anos, deixou de ser motivo o suficiente para que Biden seja o candidato democrata deste ano, conforme o jornal.
The Economist
O texto do jornal relata que foi agonizante assistir o comportamento do presidente durante 90 minutos, e também pede que não siga com a reeleição, pois o desempenho do debate foi demasiadamente instável para alguém que estará no emprego mais árduo do mundo durante quatro anos.
O jornal diz que, caso Biden se preocupe com sua incumbência, o maior ato que pode fazer para o povo, é renunciar sua candidatura.
Revista Time
A revista publicou uma reportagem comentando a falta de desempenho do presidente no último debate, comentando que “pânico” não é o suficiente para explanar como os eleitores democratas sentiram-se ao assistirem à performance do candidato.
A capa da revista chamou atenção pela montagem realizada, e a palavra em destaque.
Capa da revista “Times” (Foto: Reprodução/X/@BRICSinfo)
Posicionamento do presidente
Durante o comício que ocorreu nesta sexta-feira (28/06) na Carolina do Norte, a conduta de Joe Biden implica que este permanecerá como candidato democrata, e que vencerá também as próximas eleições, e a coordenadora da campanha declarou que não haverá qualquer resignação.
Conselheiros e aliados do ex-presidente, Donald Trump, o incentivaram a se concentrar fortemente na economia, criminalidade e inflação durante o debate desta quinta-feira (27), citando pesquisas que mostram sua vantagem nesses tópicos, conforme fontes disseram à CNN.
“Essas são questões que impactam as pessoas e precisam ser tratadas”, afirmou Jason Miller, conselheiro sênior de Trump, em uma chamada com repórteres na terça-feira (25), mencionando a inflação recorde recente, crimes cometidos por migrantes indocumentados e a gestão de Joe Biden na fronteira dos EUA com o México.
Alguns desses aliados também sugerem que Donald descreva o cenário internacional sobre Biden como caótico e se concentre na guerra de dois anos na Ucrânia e nos conflitos entre Israel e o Hamas, como exemplos.
“Isso não é mais teórico”, disse o deputado Mike Waltz, aliado de Trump, à CNN News Central, ao ser perguntado sobre o que espera ouvir do ex-presidente durante o debate. “A vida era assim sob a administração Trump – economicamente com a inflação, em relação à segurança na fronteira, em termos de criminalidade e do mundo… Basta olhar para o Oriente Médio… Veremos o contraste e ele ficará claro”.
Donald Trump durante debate (Foto: reprodução/Sam Wolfe/REUTERS)
Fontes próximas ao ex-presidente afirmaram que, embora Trump esteja ciente da importância do debate desta quinta-feira e da necessidade de passar uma mensagem clara, reconheceram sua tendência a divagar em discursos longos e fora do assunto, o que pode gerar consequências para serem administradas na manhã de sexta-feira (28).
Os conselheiros do mesmo, que revisaram os debates do ex-presidente com Biden em 2020, também sabem que sua abordagem agressiva no primeiro confronto desse ciclo pode ter afastado os espectadores. Naquele debate, O Republicado atacou repetidamente Biden e falou sobre ele, além de antagonizar os moderadores. Após o ocorrido, seus números nas pesquisas caíram logo.
O próprio Trump reconheceu isso em uma entrevista ao Washington Examiner, publicada na segunda-feira (23).
“Fui muito agressivo no primeiro”, disse Trump. “No segundo, eu estava diferente e fui muito bem. Foi um pouco injusto porque, no segundo, já havia muitos votos. Então provavelmente vou dar uma olhada na cena da época. É como uma luta. Depende de qual é a situação.”
Trump ao Washington Examiner
Os seus aliados também tentaram direcionar a narrativa em torno do debate, incentivando especulações sobre diversos assuntos, em um esforço que alguns próximos ao ex-presidente descreveram como tentativas de desviar a atenção e se antecipar a discussões desfavoráveis envolvendo Donald Trump.
Entre os tópicos discutidos está a possibilidade do candidato à presidência adiantar seu cronograma e anunciar seu companheiro de chapa antes ou durante a Convenção Nacional Republicana no próximo mês, ou mesmo já nesta semana.
Vários conselheiros seniores informaram à CNN que não há planos formais para o ex-presidente fazer tal anúncio esta semana; o gerente de campanha, Chris LaCivita, desmentiu um rumor sobre isso. No entanto, eles reiteraram que Trump pode mudar de ideia e fazer o anúncio durante o debate ou em seu comício na Virgínia no dia seguinte.
Expectativas da possível eleição de Donald Trump
Os aliados de Trump têm trabalhado para moldar a narrativa do debate, promovendo especulações sobre vários tópicos para desviar a atenção de questões desfavoráveis ao ex-presidente. Há conversas sobre ele ter que antecipar o anúncio de seu companheiro de chapa, mas seus conselheiros dizem que não há planos formais para isso esta semana, embora ele possa mudar de ideia.
As discussões com conselheiros incluem como lidar com questões específicas como aborto e proteção da democracia, mas focam principalmente nos pontos fortes de Trump contra Biden, como economia e criminalidade. Apesar de minimizar a importância da preparação, Trump reconheceu a necessidade de se preparar para o debate, embora considere a preparação tediosa.
A Assessoria de Trump espera que ele se concentre nas mensagens principais, mesmo sem uma plateia para reagir, o que pode ajudá-lo a manter o foco. Regras que silenciam os microfones podem evitar confrontos como os de 2020. A equipe tentou gerenciar as expectativas, retratando Biden como um oponente forte e criticando o formato do debate e a mídia, preparando uma justificativa caso Trump não se saia bem.
A estratégia de elevação das expectativas para Biden surgiu após a descoberta de que ele estava se preparando intensamente. Substitutos de Trump, como JD Vance e Doug Burgum, ajudaram a reforçar essa narrativa, enquanto Donald, embora frequentemente crítico de Biden, admitiu a possibilidade de que ele seja um debatedor competente.
Estratégia de Trump para enfraquecer Biden
Se Biden continuar com sua estratégia de contraste, Trump pode enfraquecê-la ao mostrar moderação e apresentar planos sólidos para os eleitores preocupados com suas finanças. Karl Rove sugeriu que Trump deve evitar parecer desequilibrado ou mencionar fraudes eleitorais, embora ele raramente siga esse conselho.
Apoiadores como Kristi Noem aconselham Trump a destacar os benefícios de suas políticas econômicas anteriores. Apesar de Trump não gostar de debates formais, ele participou de sessões de política, mas muitas vezes desvia do roteiro ao vivo.
O debate de quinta-feira pode favorecer Trump devido a microfones silenciados e à ausência de público ao vivo. Trump enfrentará Biden, a quem ele culpa por uma suposta perseguição. Sua equipe tem alternado entre retratar Biden como senil e como um hábil argumentador. Jason Miller afirmou que Biden estará bem preparado devido à sua vasta experiência.
Democratas, como Elizabeth Warren, esperam que Biden esteja à altura do desafio e destacam sua defesa das liberdades das mulheres e das famílias trabalhadoras, enquanto criticam Trump por favorecer doadores ricos e reduzir regulamentações.
A atual presidência dos Estados Unidos, Joe Biden (presidente) e Kamala Harris (vice-presidente), é declaradamente aliada da Ucrânia e de seu líder, Volodymyr Zelensky, tendo em vista que nos últimos dias, foi anunciado o envio de um auxílio de US$ 1,5 bilhão para a capital Kiev, em reunião realizada na Suíça.
Em outra reunião feita na última semana, desta vez na Itália, o presidente norte-americano, junto a seus aliados do G7, destinou um empréstimo de 50 bilhões de dólares para os ucranianos, onde existia uma preocupação para a decisão rápida desta ajuda, para que não dependesse das eleições em novembro, nos Estados Unidos.
Declarações de Donald Trump
Sob o ponto de vista do ex-presidente e candidato republicano Donald Trump, Zelensky é visto como um inimigo, basicamente. Trump o definiu como “o maior vendedor de todos os tempos”, como forma de criticar as assistências recebidas pela Ucrânia do governo Biden.
Trump falando sobre Zelensky (Vídeo: reprodução/canal JP news)
Resultado das afirmações de Trump
O candidato republicano prometeu que em caso de eleição em novembro, deve estremecer as relações com Volodymyr e a Ucrânia, já que tem apoio declarado ao líder russo, Vladimir Putin, além das críticas exacerbadas à Ucrânia.
As falas do candidato à presidência dos EUA causaram aflição não só em Volodymyr Zelensky, como também em outros países europeus envolvidos na fala de Trump. As opiniões e afirmações de Trump repercutem na imprensa norte-americana, com a colunista do “The Atlantic”, Anne Applebaum, dizendo o seguinte sobre as declarações do ex-presidente:
“É um momento realmente extraordinário. Temos um ex-presidente fora do poder ditando a política externa americanaem nome de um ditador estrangeiro ou tendo em mente os interesses de um ditador estrangeiro”
Anne Applebaum, do “The Atlantic”.
Ainda em 2023, Trump chegou a realizar algumas ameaças aos membros da Otan, que não tivessem quitado seus débitos na aliança militar ocidental, dizendo que iria estimular a Rússia a “fazer o que quiser” com os mesmos.
Em resposta a mais recente proposta de Putin para encerrar o conflito com a Ucrânia, o conselheiro de Segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan disse, neste sábado (15), que as condições se tratam de uma ‘’visão absurda’’ e que isso levaria a Rússia obter um domínio ainda maior do país.
Condições da Rússia
O comentário de Sullivan surge alguns dias após o presidente russo propor suas condições para cessar-fogo, que são: ceder a Moscou o controle das cidades de Donetsk, Kherson, Luhansk e Zaporizhzhia; a retirada de tropas ucranianas em regiões de conflito e que o país de Zelensky abandone a candidatura para entrar na Otan (a Aliança Militar do Ocidente).
“As condições são muito simples: as tropas ucranianas devem ser completamente retiradas das Repúblicas Populares de Donetsk e Luhansk, das regiões de Kherson e Zaporizhzhia. E, chamo sua atenção, de todo o território dessas regiões, dentro das fronteiras administrativas que existiam na época de sua entrada na Ucrânia’’. Disse Putin em anúncio.
Vladimir Putin revelou suas condições para encerrar guerra (Foto: Reprodução/AP Photo/Alexander Zemlianichenko)
Segundo o Kremlin, assim que a governo ucraniano cedesse suas condições, o governo russo iria iniciar suas negociações para encerrar os bombardeiros.
Ucrânia não concorda
Desde início, a Ucrânia se viu contra o termo enviado. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirma que a oferta não é confiável e, que mesmo cumprindo as exigências, Putin continuaria atacando Kiev.
Já o assessor presidencial ucraniano, Mykhailo Podolyak, já foi mais enfático a sua crítica pois, em uma declaração a Reuters, disse que o país não terá a menor possibilidade de aceitar o atual acordo.
Mykhailo Podolyak critica proposta de Putin (Foto: Reprodução/CNS photo/ The Presidential Office of Ukraine)
“Ele está oferecendo à Ucrânia que admita a derrota. Ele está oferecendo à Ucrânia que legalmente entregue seus territórios à Rússia. Ele está oferecendo à Ucrânia que assine sua soberania geopolítica”. Falou Podolyak.
Busca de nova proposta
Atualmente alguns líderes mundiais se reuniram em resort nas montanhas da Suíça para desenvolverem uma nova proposta de paz na Ucrânia, constando com a participação de representantes de 100 países no local.
Entretanto, a cúpula é vista como uma perda de tempo para Moscou. O governo Chinês e o presidente Lula decidiram não participar por conta da falta de representantes russos, enquanto Joe Biden, presidente dos EUA, enviou sua vice Kamala Harris para representá-lo.
Nesta quinta-feira (6), Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, participou da celebração oficial dos 80 anos do Dia D, na França. Em seu discurso de abertura, Biden disse não ter futuro para a Rússia e declarou apoio à Ucrânia.
Dia D
Em 6 de junho 2024 comemoram-se os 80 anos do Dia D, dia que marca o desembarque e a histórica invasão das tropas aliadas (Reino Unido, Estados Unidos e França) à Normandia, na França, para libertar a Europa das tropas nazistas em 1944. Essa operação teve um grande efeito na história mundial e foi fundamental para pôr um fim na Segunda Guerra Mundial.
Tropas aliadas invadindo a França dominada por nazistas em 1944 (foto: reprodução/Keystone/Getty Images Embed)
Nesta quinta-feira (6), houve a celebração oficial das oito décadas do Dia D, em uma praia da Normandia, na França e contou com a presença dos representantes dos países aliados e do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fez um discurso de abertura direcionado à Rússia. Em sua fala, Biden disse que continuará dando apoio à Ucrânia até a vitória.
“Não se enganem, nós não nos curvaremos, não nos renderemos aos agressores, isso é simplesmente impensável. Se fizermos isso, toda a Europa estará ameaçada“
Joe Biden, em discurso de abertura do Dia D
Outras figuras importantes presentes no evento foram o rei Charles III, do Reino Unido, e Justin Trudeau, primeiro-ministro canadense. Junto com Biden, eles representaram as três grandes potências que participaram da invasão às praias normandas no dia 6 de junho de 1944.
A Rússia, antiga União Soviética, não foi convidada para o evento, mesmo que na época tenha lutado ao lado dos aliados (Reino Unido, Estados Unidos e França) contra os nazistas. Assim, o presidente russo, Vladimir Putin, representantes da oposição russa e da sociedade civil não estiveram presentes, sendo este um sinal de isolamento da Rússia pelos países do Ocidente.
De acordo com alguns dissidentes russos que estiveram presentes na comemoração do Dia D, a exclusão dos representantes de Vladimir Putin foi fundamentada, porém eles não concordaram com a falta de convite aos membros da oposição russa.
“Não é normal que representantes da Rússia, que sacrificou milhões de soldados nesta guerra, não estejam presentes. Os representantes da Rússia fascista não têm lugar lá, mas acredito que a oposição poderia e deveria ter estado lá”
Lev Ponomarev, co-fundador da ONG russa de direitos humanos
Em abril, as autoridades francesas mencionaram que convidariam as autoridades russas, sem incluir Putin, devido a contribuição soviética na luta contra a Alemanha na Segunda Guerra Mundial. Porém, esse convite não aconteceu por causa da guerra contra a Ucrânia.
A França indicou que a ajuda da URSS na vitória contra o nazismo seria citada durante as cerimônias e nos eventos que ocorrerão em cemitérios onde os soldados russos estão enterrados em terras francesas.
Argumento russo
Ao contrário do que foi relatado pela França, Dmitri Peskov negou que tenha havido qualquer conversa ou menção sobre a participação russa nas cerimônias do Dia D. O porta-voz do Kremlin disse que não houve contato sobre o assunto nos últimos meses.
Para Dmitri Muratov, co-fundador do jornal independente Novaya Gazeta e jornalista russo, a única presença russa importante nas comemorações dos 80 anos do Dia D foi estimada de ser a dos veteranos da Segunda Guerra Mundial. Além disso, ele implorou para que os veteranos peçam um cessar-fogo na guerra contra a Ucrânia.
Volodymyr Zelensky, presidente ucraniano, chegou à Normandia nesta quinta-feira (6) marcando o 80º ano desde os desembarques do Dia D quando mais de 150.000 soldados invadiram a França pelo mar e pelo ar para expulsar a força militar da Alemanha nazista, em 6 de junho de 1944.
Em meio ao cenário da guerra na Ucrânia acontecendo nas fronteiras do continente europeu, a comemoração deste ano celebrando esse momento de virada da Segunda Guerra Mundial tem um significado especial.
Dia D
Também conhecido como “Operação Overlord” ou “Operação Netuno” aconteceu na manhã do dia 6 de junho de 1944, tendo sido planejado com um ano de antecedência. As tropas aliadas responsáveis por invadir o território francês ocupado pelos nazistas eram formadas por tropas dos Estados Unidos, Grã-Bretanha e do Canadá.
A tropa utilizada durante a invasão incluia milhares de navios, aviões e milhões de soldados que atravessaram o Canal da Mancha, localizado entre a Inglaterra e a França para atacar a costa da Normandia.
Soldados ameicanos desembarcam na Normandia no Dia D (Foto: reprodução/Exército dos EUA/AFP/Arquivo)
O conflito durou várias semanas com bombardeios até o início de agosto, porém a rendição nazista só aconteceu em maio do ano seguinte após a morte de Adolf Hitler e da queda do Muro de Berlim poucos meses antes.
80 anos depois
Para a celebração da data histórica, diversos líderes mundiais se reúnem na Normandia, na França para homenagear a data marcante e que foi um ponto de virada no conflito mundial da época.
Entre esses líderes, está o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, principal aliado da Ucrânia na guerra contra a Rússia. Apesar de ser a principal celebração, a Inglaterra também comemora a data com a presença da família real britânica e de veteranos de guerra.
Nesta terça-feira (04), uma série de normas marcam uma mudança controversa das políticas migratórias apresentadas por Joe Biden no início de seu mandato. Através das alterações, Biden pode barrar a chegada de novos imigrantes na fronteira mexicana.
Migração de pensamento
A série de mudanças representa uma reviravolta conflitante com as políticas de Biden, que no início se mostravam, em parte, contrárias às de seu antecessor, o ex-presidente Donald Trump.
Com as novas implantações, há um viés para tornar as fronteiras temporariamente inoperantes, não permitindo a entrada de novos imigrantes. As normas ainda garantem às autoridades permissão para expulsar do país novos imigrantes, sem ao menos ter seu pedido de asilo atendido, o que contraria o Estatuto dos Refugiados das Nações Unidas, documento que conta com a assinatura dos Estados Unidos.
A procura por medidas mais severas quanto às imigrações e a notável mudança de jogo, levam Biden aos comentários populacionais, que classificam as novas normas como uma medida “desesperada” para atrair mais votos.
Entenda as medidas
As novas medidas implementadas trazem consigo alterações detalhistas quanto à entrada e permanência dos imigrantes nos Estados Unidos.
A entrada ilegal acarretará em expulsão, sem ao menos garantir o auxílio asilo; o imigrante pode ser deportado de volta à fronteira mexicana ou ao seu país de origem. O prazo de deportação pode ser imediato ou até mesmo levar dias.
Com as novas regras, a fronteira terá um limite diário para a passagem de pessoas, sendo ele de 2.500. Quando esse número estiver completo, a imigração será temporariamente suspensa.
Momentaneamente, a solicitação de asilo pode ter sua aprovação aguardada dentro das fronteiras do país norte-americano.
A Casa Branca se manifestou quanto às novas regras, afirmando que só entrarão em funcionamento quando os limites das fronteiras ultrapassarem a capacidade.
Repercussão
As novas implantações não foram bem recebidas, principalmente, por órgãos de defensores dos direitos migratórios, como ONGs, que contestaram as ideias de Biden e demonstraram sua insatisfação.
Conforme apuração da Associated Press, o texto já estava quase finalizado; entretanto, ainda não havia sido lançado por razões eleitorais, uma vez que Biden estava no aguardo dos resultados prévios do México, onde a candidata Claudia Sheinbaum saiu vitoriosa.
O documento em questão teria sua assinatura executiva validada nesta tarde, em um cerimônia na moradia oficial do presidente dos Estados Unidos e contaria com a presença de diversos nomes políticos de cidades texanas, inclusive republicanos.
Biden afirma que o propósito das novas medidas é impedir a entrada de imigrantes ilegais pela fronteira e que aqueles dentro dos trâmites ainda poderão receber asilo no país.
Quanto à vitória de Cláudia nas terras mexicanas, Biden a parabenizou e afirmou que espera trabalhar em conjunto com Sheinbaum. Biden também discursou, citando o atual presidente, Andrés Manuel López Obrador e também Claudia.
“Com os acordos [que os EUA fizeram com o México], o número de imigrantes caiu drasticamente, mas não foi o suficiente”, afirmou o presidente dos EUA. “Se não houver uma mudança na política de fronteira, não haverá limites para o número de pessoas que vão entrar”, afirmou Joe Biden.
Diferenças entre a política imigratória de Biden e Trump
Entenda a seguir as partes notáveis nas diferenças de pensamento quanto a imigração entre Joe Biden e o ex-presidente Donald Trump.
Imigrantes aguardam travessia na fronteira, em 2023 (reprodução/Getty Images)
As desconexões de pensamento entre os dois líderes começam prontamente na abordagem empregada. Enquanto Biden tinha o foco mais humanitário, com o principio de garantir os direitos imigratórios e a unificação das famílias que deixaram seus países em uma busca por melhora, Trump era visivelmente mais restritivo, implementando medidas para restringir a entrada de refugiados no país. Uma das medidas foi a construção do muro divisório, para garantir freio nas tentativas de refúgio.
Outro ponto notável que difere os líderes é em relação à política do “Migrant Protection Protocols” ( Protocolos de Proteção ao Migrante, em inglês), que no governo Trump bloqueava a permanência nos Estados Unidos a quem aguardava a aprovação do asilo;
Ainda no viés humanitário, Biden implementou um mecanismo para reunir familiares que foram separados na fronteira, diferente de Trump, que os tratava com indiferença.
Uso de prisões privadas, permitidas no governo Trump e encerradas no governo Biden.
A dessemelhança entre os dois líderes, que outrora serviam para diferir os governos, agora são postas à prova, gerando pensamento crítico e também movimentações por parte daqueles que discordam fervorosamente das novas medidas do governo Biden.
O julgamento de Hunter Biden começou na última segunda-feira (03/06) em Delaware, o filho do presidente dos Estados Unidos enfrenta três acusações federais. Biden declara que é inocente nas três acusações.
Apesar de a pena ser de 25 anos para as acusações que correm contra ele, o Departamento de Justiça nos Estados Unidos já concederem penas menores em casos como esse.
Acusações sobre drogas e porte ilegal de armas
O filho do presidente dos Estados Unidos está sendo julgado por estar sobre efeito de drogas no momento em que adquiriu um revólver. A outra acusação que pesa contra Hunter Biden é a de ter portado um revólver Colt Cobra durante um período de 11 dias em outubro de 2018.
O procurador desse processo é David Weiss, que foi indicado ao cargo por Trump, quando era presidente. David Weiss cuida de dois dos três processos criminais que Hunter Biden, o terceiro processo ocorre na California por evasão fiscal.
Hunter Biden chegando para seu julgamento em Delaware (Foto: reprodução/Reuters/Eduardo Munoz)
O vício
A acusação que está pesando contra Hunter Biden aconteceu em outubro de 2018, quando na época Hunter ainda era viciado em crack. O vício em drogas ganha ainda mais relevância no julgamento uma vez que foi selecionado para o júri várias pessoas com experiências com drogas. Podemos ressaltar que um dos jurados titulares teve um amigo que faleceu por overdose.
Outro detalhe para se saber sobre os jurados, é que todos os 12 do corpo de júri que foram nomeados devem ter uma opinião unanime para condenar Hunter Biden.
Consequências políticas
Os acontecimentos do julgamento podem gerar um efeito negativo na campanha presidencial de seu pai, Joe Biden, ainda mais com a recente condenação do rival político, Donald Trump que foi considerado culpado em 34 acusações no caso de suborno a uma atriz pornô.
Após o presidente norte-americano, Joe Biden anunciar o novo acordo de cessar-fogo em Gaza, Benjamin Netanyahu, o primeiro-ministro israelense, confirmou nesta sexta-feira (31), que autorizou a proposta para encerrar o conflito, porém ele afirma que o conflito realmente acabaria somente com a ‘’eliminação’’ militar e política do Grupo Hamas.
Comunicado de Netanyahu
Em comunicado para seu gabinete, Netanyahu afirmou que nesse momento o governo busca uma forma de liberarem os reféns o mais rápido por possível, assim explicando a negociação de cessar-fogo no momento
“O governo israelense está unido pelo desejo de conseguir o retorno de nossos reféns o mais cedo possível e está trabalhando para atingir esse objetivo”, comentou o primeiro-ministro.
Netanyahu visita soldados em Gaza (Foto: reprodução/X/Benjamin Netanyahu)
“O primeiro-ministro autorizou a equipe negociadora a apresentar um projeto para alcançar esse objetivo, ao mesmo tempo em que insiste que a guerra não terminará até que todos os objetivos sejam alcançados, incluindo o retorno de todos os nossos reféns e a eliminação das capacidades militares e governamentais do Hamas”, continuou Netanyahu.
Plano de Biden
Em pronunciamento na casa branca, Joe Biden apresentou a proposta para encerrar o conflito, que consistirá em três fases, a primeira etapa prevê um cessar-fogo que duraria seis semanas, onde ocorrerá uma retirada das forças israelenses de áreas povoadas do território palestino.
Durante o período de um mês e meio, começariam as negociações para iniciar à segunda fase, que buscaria o fim dos combates em conjunto a troca de reféns israelenses por prisioneiros palestinos, em adição da libertação de mulheres e crianças, com a possibilidade de o cessar-fogo durar mais tempo se as negociações continuarem. A terceira e última fase buscaria a libertação de todos os reféns que estão em Gaza.
Joe Biden em entrevista (Foto: reprodução/AP Photo/Matt Rourke)
Resposta do Hamas
Durante o pronunciamento, o Presidente dos Estados Unidos pediu para que o Hamas, aceitasse o acordo. “É hora de esta guerra acabar”, comentou Biden. “Não podemos deixar passar esta oportunidade”, continuou.
Algumas horas depois, o Grupo revelou em um comunicado em que está avaliando a proposta de cessar-fogo de maneira positiva.