Ataque a tiros em praia de Bondi deixa mortos e feridos na Austrália

Um ataque a tiros na praia de Bondi, em Sydney, deixou ao menos 11 mortos e 11 feridos neste domingo (14). À primeira vista, entre os feridos estão dois policiais, segundo informações divulgadas pelas autoridades australianas pela manhã. De acordo com a polícia, um dos atiradores morreu durante a ação, enquanto outro permanece em estado crítico. Testemunhas relataram disparos múltiplos na praia, que estava movimentada no momento do ataque.

Evento comunitário ocorria no local do ataque

A princípio, no momento dos tiros, acontecia na praia um evento da comunidade judaica em celebração ao Hanukkah. O festival religioso havia começado ao pôr do sol, segundo informou Alex Ryvchin, líder comunitário australiano. Ainda assim, as autoridades não divulgaram a motivação oficial do ataque até o momento.

A polícia trabalha com a hipótese de terrorismo e investiga possível direcionamento contra a comunidade judaica local. Pouco depois, o primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, classificou as imagens como chocantes e angustiantes. Além disso, ele afirmou que a operação policial segue ativa e pediu que a população evite a região.

Investigação trata o caso como terrorismo

Em entrevista coletiva, o premiê de Nova Gales do Sul, Chris Minns, confirmou ao menos 12 mortes. Segundo ele, o ataque destruiu uma noite que deveria ser de paz e celebração religiosa. Além disso, Minns afirmou que os corações do país estão com a comunidade judaica australiana neste momento.


Tiroteio e correria durante ataque em praia australiana (Vídeo: reprodução/YouTube/UOL)


Ao mesmo tempo, autoridades reforçaram a segurança em pontos sensíveis de Sydney. O comissário de polícia Mal Lanyon confirmou que dois suspeitos foram identificados até agora. Um deles morreu no local, enquanto o outro permanece internado sob custódia policial. Entretanto, a polícia investiga a possível participação de um terceiro envolvido no ataque. Até o momento, nenhuma prisão adicional foi confirmada pelas autoridades.

Dispositivo explosivo amplia alerta das autoridades

Ocasionalmente, durante as buscas, a polícia encontrou um dispositivo explosivo improvisado em um carro ligado ao suspeito morto. Por isso, equipes especializadas em desativação de bombas foram enviadas imediatamente ao local. O agente Lanyon pediu calma à população e afirmou que a investigação será extensa e minuciosa. Segundo ele, a prioridade é garantir a segurança pública e esclarecer todos os detalhes do crime.

O ataque ocorre em meio a um cenário internacional de forte tensão geopolítica. Recentemente, novos confrontos foram registrados no Oriente Médio após o rompimento de um cessar-fogo. Embora sem relação direta confirmada, autoridades monitoram possíveis conexões ideológicas. Até agora, a polícia australiana afirma não haver risco imediato de novos ataques.

Harvard é notificada por governo americano após investigação

Uma investigação realizada pelo governo americano apurou que a Universidade de Harvard teria violado direitos civis de estudantes judeus e israelenses. Alan Garber, atual Presidente da Universidade, recebeu hoje (30/6) uma carta assinada pelos Departamentos de Justiça, Educação e Saúde e Direitos Humanos e pela Administração de Serviços Gerais do Governo Trump, noticiando que a ausência de mudanças imediatas nas políticas internas da Universidade implicará no bloqueio imediato do repasse de verbas provenientes do governo federal.

Meta com Trump

A principal meta do governo Trump, seja com a investigação realizada na Universidade, seja com o envio da carta ao seu atual Presidente, é combater o antissemitismo, bem como o alastramento de pensamentos contrários à sua política de governo, disseminados pelos campi de Harvard.

Linda McMahon, secretária de educação do Governo Americano, postou a íntegra da carta enviada à Universidade em sua rede social X, dizendo que o Escritório de Direitos Civis do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA descobriu que Harvard estaria indiferente ao antissemitismo praticado em seu interior e que o governo Trump continua trabalhando para a aplicação igualitária dos direitos civis nos campi da Universidade.


Carta enviada ao Presidente de Harvard (Foto: reprodução/X/@EDSecMcMahon)

Entrave de Trump

O Presidente americano está neste entrave com Harvard desde abril deste ano. Antes, já havia se insurgido contra a também prestigiada Universidade de Columbia, em Nova York.

Para continuar enviando verbas federais à Universidade localizada em Cambridge, Massachusetts, Trump enviou uma primeira carta, solicitando adequações nas políticas internas, em diversos temas, como, por exemplo, nos poderes concedidos aos professores, nas contratações baseadas em mérito, nos critérios relacionados à admissão de alunos internacionais, nas punições aplicadas aos estudantes que cometem faltas, alteração de programas antissemitas, na eliminação da autonomia da Universidade em relação à livre contratação de profissionais, exigindo quantidade igual de membros com opiniões distintas.

Harvard não acatou, invocando sua independência enquanto instituição privada, não obstante, receber recursos do governo federal, que têm o intuito de custear bolsas de estudo direcionadas a pesquisas que beneficiam indiretamente o governo americano.

Herança sombria: porão da Suprema Corte argentina revela acervo de propaganda nazista

Mais de 83 caixas com material nazistas foram redescobertas pela Suprema Corte argentina ontem (11), após oitenta e quatro anos guardada, funcionários do local encontraram as caixas enquanto separavam materiais para o museu da Suprema Corte.

Autoridades investigam como o acervo chegou ao local

Neste período de 1941, a Argentina ficava em neutralidade na Segunda Guerra, por isso as autoridades ficaram surpresas com o grande volume de materiais enviados ao país, visto que isso poderia comprometer o seu posicionamento diante das circunstâncias da época.

Os representantes alemães alegaram que as caixas não passavam de artigos pessoais, as autoridades alfandegárias inspecionaram cinco caixas aleatórias e nelas encontram cartões-postais, fotografias e material de propaganda do regime nazista e uma grande quantidade de cadernos usados pelo partido. Um juiz federal confiscou os materiais e enviou direto para a Suprema Corte.

Ainda não está claro o motivo que levou um país neutro a receber centenas de itens nazistas e se a Suprema Corte tomou alguma medida na época.

O Museu Do Holocausto de Buenos Aires foi convidado para participar da preservação e do inventário do arquivo. As caixas foram enviadas para uma sala de segurança reforçada onde essas pesquisas acontecerão.


Discurso nazista (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Hulton Archive)


A pressão externa e declaração de guerra

Em 1944 a Argentina rompe as relações diplomáticas com o Eixo e quase no fim da guerra ela declarou guerra à Alemanha e Japão. Isso se deve a alguns fatores como a pressão dos Estados Unidos e a chance de ser um dos membros fundadores da ONU, ser membro fundador só seria possível se o país declarasse guerra ao Eixo.

No período de pré e pós-Segunda Guerra (1933-1954), segundo o Museu do Holocausto, mais de 40 mil judeus entraram na argentina fugindo das perseguições na Europa. É a maior população judaica da América Latina.

Trump causa polêmica ao sugerir que judeus americanos que votam em democratas nutrem ódio por Israel

Os recentes comentários de Donald Trump, o candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, provocaram uma onda de indignação não apenas na Casa Branca, mas também entre os democratas e líderes de grupos judaicos. Em uma entrevista divulgada em seu site, Trump fez declarações controversas ao lado de seu ex-conselheiro Sebastian Gorka, sugerindo que qualquer judeu que vota nos democratas odeia a própria religião e tudo sobre Israel.

Grupos como a Liga Anti-Difamação e o Comitê Judaico Americano expressaram forte reprovação aos comentários de Trump, os quais tentaram conectar a religião às inclinações eleitorais. Em contrapartida, a Casa Branca, representada pelo porta-voz Andrew Bates, emitiu um comunicado enfatizando que não há desculpas para propagar estereótipos falsos e prejudiciais que colocam em risco a segurança dos cidadãos.

Equipe de Trump sai em defesa dele


Donald Trump causou indignação ao subentender que judeus americanos que apoiam os democratas odeiam a própria religião e Israel (Reprodução: David Becker/CNN)

Karoline Leavitt, porta-voz da campanha de Trump, defendeu suas declarações ao classificar o Partido Democrata como hostil a Israel, antissemita e simpático ao terrorismo. Apesar das críticas recebidas, a Coalizão Judaica Republicana endossou os comentários de Trump, destacando suas preocupações em relação às posições democratas.

A polêmica traz à tona críticas anteriores sobre a abordagem de Trump em questões delicadas, como sua postura diante dos protestos em Charlottesville em 2017 e suas medidas em relação a Israel durante sua gestão presidencial. À medida que as eleições presidenciais de 2024 se aproximam, a retórica de Trump continua dividindo opiniões, especialmente entre os membros da comunidade judaico-americana, que tradicionalmente tendem a se alinhar com o Partido Democrata.

Respostas políticas

Chuck Schumer, líder democrata no Senado, recorreu às plataformas digitais para criticar veementemente os comentários de Trump, os quais classificou como profundamente repugnantes, reafirmando seu compromisso com a cooperação bipartidária visando à manutenção dos laços sólidos entre os Estados Unidos e Israel. Por sua vez, Alex Floyd, porta-voz do Comitê Nacional Democrata, expressou que os judeus americanos merecem mais do que os ataques ofensivos e terríveis que Trump insiste em direcionar à comunidade judaica.

Elon Musk visita Auschwitz após ser acusado de antissemitismo

Elon Musk fez uma visita ao campo de concentração de Auschwitz-Birkenau nesta segunda-feira (22). O magnata, proprietário da plataforma X (conhecida anteriormente como Twitter), tem enfrentado críticas por conteúdos considerados antissemitas na rede social. Musk, acompanhado de seu filho, prestou homenagens no local, depositando uma coroa de flores no muro da morte e participando de uma breve cerimônia no memorial de Birkenau, conforme relatado pela Associação Judaica Europeia (EJA).

Veja o que Elon Musk fará na Polônia

O bilionário ainda está programado para realizar uma coletiva de imprensa na Cracóvia, na Polônia, abordando o aumento do antissemitismo desde o conflito Israel-Hamas em outubro. A plataforma X viu alguns de seus principais anunciantes pausarem patrocínios ou se retirarem, especialmente após Elon Musk endossar um post que promovia uma teoria da conspiração antissemita.

A Media Matters, um grupo liberal, relatou a situação, levando à saída de anunciantes que alegaram terem seus anúncios ao lado de conteúdos que apoiavam o nazismo. A plataforma processou a Media Matters por difamação em resposta a esse incidente.

Após Musk dar respaldo a uma publicação de teor antissemita, gigantes corporativos como Apple, Disney e IBM suspenderam suas campanhas publicitárias na plataforma X. Em resposta o empresário acusou os anunciantes de tentarem “chantageá-lo” com recursos financeiros, expressando seu descontentamento com a linguagem.


Elon Musk em Auschwitz. (Foto: reprodução/Associação Europeia Judaica)

Elon Musk, em sua viagem a Israel em novembro no ano passado, manifestou-se contra o antissemitismo e qualquer forma de discurso de ódio, garantindo que a plataforma X não promoveria tais conteúdos. Durante a visita, Musk também esteve no local do ataque do Hamas em outubro.

O Memorial de Auschwitz, que preserva o local do campo de extermínio nazista na Polônia ocupada durante a Segunda Guerra Mundial, anteriormente criticou a plataforma de Elon Musk por não remover um post antissemita em suas instalações em agosto do ano passado.

Relembre o ocorrido

Proeminentes líderes judaicos instaram Musk a testemunhar pessoalmente um dos lugares mais emblemáticos do Holocausto. O magnata também abordará a problemática do antissemitismo online durante uma conferência promovida pela (EJA). Ao longo da Segunda Guerra Mundial, o regime nazista alemão ceifou a vida de pelo menos 1,1 milhão de indivíduos no campo de concentração de Auschwitz, localizado na Polônia, sendo quase um milhão deles judeus. O museu destaca que mais de 200 mil eram crianças e jovens.