Julgamento de Trump em caso envolvendo atriz pornô começa nesta segunda

A repercussão de um escândalo sexual para um político nos Estados Unidos é bem diferente do que no Brasil. O ex-presidente – e candidato Republicano para 2024 – Donald Trump vira réu por esconder pagamentos à atriz de filmes adultos Stormy Daniels em 2016, quando ele venceu as eleições. O julgamento começa nesta segunda-feira (15). A acusação vem da promotoria de Nova York e é um dos quatro processos criminais pelos quais Trump responde na Justiça.

As acusações contra Trump

Trump responde o total de 34 acusações, cada uma punível com até quatro anos de reclusão, totalizando uma sentença de mais de 130 anos. Trump declarou-se inocente e afirmou ser vítima de perseguição política por parte dos Democratas, numa tentativa do partido rival de impedir sua volta à Casa Branca.

As eleições americanas acontecem em 5 de novembro deste ano e será uma disputa entre Donald Trump e o atual presidente, Joe Biden, que pertence ao Partido Democrata. O julgamento deve começar às 09h30 no horário local, na cidade de Nova York. As sessões devem durar até 16h30, começando hoje e terminando nesta quarta-feira (17).

De acordo com a acusação, durante a parte final de sua campanha presidencial de 2016, Trump tentou abafar uma relação sexual extraconjugal que teve dez anos antes com Stormy Daniel, uma ex-atriz pornô. O candidato teria pagado US$130 mil (cerca de R$660 mil na cotação atual) para comprar o silêncio da atriz.


O ex-presidente foi acusado de mascarar pagamentos à atriz pornô durante sua campanha (Foto: reprodução/Joe Radelle/Gabe Ginsberg/Getty Images embed/Montagem por Fernanda Eirão)

As acusações em si não configurariam um crime, mas a promotoria afirma que Trump maquiou o pagamento como se fossem os honorários de seu advogado. Portanto, o ex-presidente está sendo julgado por esconder o valor nos registros contábeis do que seria uma despesa de campanha, já que dinheiro desembolsado por Trump teria como fim esconder uma informação que poderia prejudicá-lo nas urnas.  

O pagamento foi feito a Michael Cohen, que na época era seu advogado pessoal, mas hoje, os dois são inimigos mortais. Cohen foi um dos maiores defensores de Trump por mais de uma década, mas quando uma investigação do FBI começou a fechar o cerco em Cohen, o advogado mudou seu discurso. Ele confessou ter cometido fraudes fiscais com o aval de Trump, incluindo o pagamento a uma modelo da Playboy Karen McDougal, que afirma também ter tido um caso extraconjugal com Trump.

Como havia um grupo de pessoas envolvidas no esquema, Trump também enfrenta acusações de uma conspiração “para fraudar a eleição presidencial e mentir em documentos comerciais” para encobrir a verdade, segundo o promotor distrital de Manhattan, Alvin Bragg. Os promotores são eleitos para o cargo nos Estados Unidos e Bragg faz parte do partido adversário de Trump.

A defesa afirma que Donald Trump fez os pagamentos porque estava sendo extorquido, mas a acusação diz que Trump já fez isso duas outras vezes, configurando uma prática recorrente do político e por isso, os eleitores americanos foram enganados nas eleições presidenciais de 2016.

Como será o julgamento

O processo estava em um certo “limbo” jurídico há bastante tempo na Promotoria de Manhattan. De acordo com especialistas, este é o caso mais fraco do qual Trump é acusado. Entretanto, a repercussão do julgamento pode afetar significativamente a imagem de Trump para as eleições deste ano.

Os outros processos de Trump foram adiados e provavelmente serão julgados após as eleições. Os advogados de Trump até tentaram manobras para adiar este processo também, incluindo um pedido de afastamento do juiz Juan Merchan do caso, mas não obtiveram sucesso.


A seleção do júri é uma etapa de extrema importância antes do julgamento e pode selar o destino de Trump nas eleições (Foto: reprodução/Pool/Getty Images embed)


Se tudo correr como o planejado, o julgamento se inicia nesta segunda-feira com a escolha de 12 membros do júri, processo que pode durar até duas semanas. Estes cidadãos serão mantidos em anonimato, por motivos de segurança, e decidirão o destino do ex-presidente durante um julgamento que pode durar entre seis e oito semanas.

O caso não será transmitido, mas o público americano pode assistir, assim como a imprensa. O ônus da prova sempre recai sobre a acusação e pode ser difícil de provar a ligação com a campanha eleitoral. Se provado o dolo eleitoral, o candidato republicano pode enfrentar uma atribulada campanha rumo ao segundo mandato presidencial. Mas independentemente do resultado final, todos estarão acompanhando se Donald Trump sairá destas acusações fortalecido ou derrotado.

Donald Trump tem pedido negado para adiamento do julgamento em caso de suborno 

Nesta quarta-feira (03), um juiz de Nova York negou o pedido do ex-presidente, Donald Trump, de adiar o julgamento sobre o pagamento de silêncio feito para uma estrela pornô. A audiência tem previsão para começar em 15 de abril, e Trump tentava o adiamento para que sua sessão sobre a imunidade presidencial passasse pela Suprema Corte americana. 

O juiz Juan Merchan, em decisão judicial, não aprovou a solicitação e declarou que o ex-presidente e seus advogados demoraram muito para apresentarem sua ideia. “O réu teve uma série de oportunidades de apresentar a alegação de imunidade presidencial muito antes de 7 de março de 2024”, escreveu Merchan.

“Afinal, o réu já havia informado a mesma questão no tribunal federal e estava em posse e ciente de que a acusação pretendia oferecer as provas relevantes no julgamento durante todo esse tempo. As circunstâncias, vistas como um todo, testam a credulidade deste tribunal”.

Juan Merchan

Caso atual

O republicano é acusado de falsificar documentos comerciais para esconder um pagamento de 130 mil dólares, feito para a estrela pornô Stormy Daniels. O objetivo era que ela se mantivesse em silêncio nas eleições de 2016, sobre um encontro sexual com o político em 2006. 


Stormy Daniels em premiação de vídeos adultos (Foto: reprodução/Ethan Miller/Getty Images Embed)


Donald Trump nega o encontro e o pagamento, o pedido de adiantamento também visava evitar que as notícias influenciassem os jurados na sua decisão. O caso deve ser o único a ir a julgamento antes da eleição. 

Outros indiciamentos

Donald Trump também enfrenta outros casos de indiciamento, um na Georgia envolvendo o resultado da eleição de 2020, que perdeu para Joe Biden, onde o político tenta reverter o desfecho. Assim como, um processo federal de manuseio de documentos confidenciais após a saída do cargo, ambos os casos não têm datas para julgamento divulgadas ainda.


Donald Trump em discurso de campanha (Foto: reprodução/Al Drago/Bloomberg/Getty Images Embed)


O episódio da invasão do Capitólio, ocorrida em 2021, também está sendo analisado. Trump alega que teria imunidade por ser presidente do país na época, a Suprema Corte aceitou investigar e a audiência deve acontecer em 25 de abril. 

O candidato republicano se declara inocente de todos os processos e atualmente se prepara para enfrentar mais uma vez Joe Biden na corrida presidencial, as eleições dos Estados Unidos tem previsão para 5 de novembro. 

Ladrões das peças de grife Balmain são condenados a um ano em regime fechado

Foi determinado pelo tribunal da França que um dos homens envolvidos no roubo de algumas peças da grife Balmain, em setembro do ano passado, fosse condenado a um ano de prisão em regime fechado.

O julgamento

Em outro julgamento, cerca de um mês atrás, a justiça francesa havia determinado que os réus cumprissem doze a dezoito meses de cadeia em regime fechado. Porém, o Ministério Público do País, que entrou com um pedido para que as penas fossem de seis e cinco anos, recorreu e um novo julgamento foi aberto em março ao resultado oficial.

Vale ressaltar que um dos indiciados acabou inocentando seus cúmplices. Inicialmente a sua pena seria de três anos, mas após dizer ao juiz que cedeu ao crime pois estava passando por problemas financeiros, dois anos foram suspensos. 

O acusado não revelou o mandante do ato criminoso, mas acabou dizendo que passou informações sobre a entrega dos produtos. Os danos do roubos são estimados em cerca de 645 mil euros, aproximadamente R$3,5 milhões. 

O assalto

Em setembro de 2023, uma semana antes do Paris Fashion Week, Olivier Rousteing, diretor criativo da Balmain, trouxe à tona o roubo em suas redes sociais, informando que 50 peças da nova coleção da grife foram levadas durante o trajeto.

“Hoje, fui ao escritório às 9h da manhã esperando pelas últimas peças para o show da Balmain, em setembro. Comecei a criar alguns looks e o nosso motorista nos ligou dizendo que havia sido assaltado por um grupo de pessoas. Mais de 50 peças foram roubadas.’’ , disse.

‘’Estamos refazendo tudo, mas isso é tão desrespeitoso. Tantos trabalhadores, fornecedores, minha equipe e eu. Por favor, esteja seguro, este é o mundo em que vivemos.’’ complementou, Oliver.


Comunicado sobre o roubo (Foto: reprodução/Instagram/olivier_rousteing)

Na época não demorou muito para a notícia repercutir e comover aqueles que acompanham o mundo da moda. 

Julgamento acerca da cassação de Moro começa hoje

O julgamento que pode decidir o futuro político de Sergio Moro começa nesta segunda-feira (01), às 14h no Tribunal Regional Eleitoral em Curitiba. O senador enfrenta duas Ações de Investigação Judicial Eleitoral (AIJEs) pedindo a cassação de seu mandato. O TRE reservou também os dias 3 e 8 de abril para o julgamento dos processos. Portanto, o julgamento pode durar até três dias, a depender da velocidade de votos da corte. Se condenado, Moro perde o mandato e pode ficar inelegível por oito anos.

Os detalhes da acusação

O ex-juiz Sergio Moro ingressou para a política após ganhar notoriedade nacional com processos da Lava Jato, que investigou o maior esquema de desvios de recursos públicos da história do país. Ele se candidatou como senador pelo Paraná em 2022 com mais de 33% das urnas, totalizando 1,9 milhão de votos em seu favor. Como as ações são similares, serão julgadas em conjunto. O julgamento acontece após dois adiamentos.

O processo foi iniciado em novembro e dezembro de 2022 e é movido pelo Partido Liberal e pela Federação Brasil da Esperança – FÉ BRASIL, formada pelos partidos PT, PC do B e o PV. Apenas um ano depois, a Procuradoria Regional Federal Eleitoral emitiu parecer favorável à cassação do mandato de Moro.


Sergio Moro tornou-se senador pelo Paraná em 2022 e agora enfrenta acusações de abuso econômico (Foto: reprodução/Getty Images embed)


Durante o processo, Moro negou as acusações de que teria se beneficiado de recursos aplicados na pré-campanha de 2022, onde almejava a presidência do Brasil. O senador chamou as acusações de levianas e que seguiu as regras estabelecidas durante sua candidatura. A defesa de Moro disse que seu cliente não irá se manifestar e não confirmou se ele estará presente no julgamento.

Uma das ações acusa Moro de “desequilíbrio eleitoral causado pela irregular pré-campanha […] desde o momento da filiação partidária de Moro com lançamento de pré-candidatura ao cargo de presidente”, acusando o ex-juiz e seus suplentes de orquestrar uma série de ações que lhes deram vantagem e exposição para depois migrarem para a disputa de menor visibilidade, que possui menor delimitação eleitoral e teto de gastos menor. Sergio Moro se filiou ao Podemos em novembro de 2021 para concorrer à presidência, mas no ano seguinte, migrou para o União Brasil, para se candidatar ao Senado Federal.

A outra ação diz que há indícios de movimentações financeiras suspeitas, usando recursos do Fundo Partidário e do Fundo Especial de Campanha, indicando gastos excessivos durante a pré-campanha. Segundo os procuradores Marcelo Gody e Eloísa Helena Machado, o investimento foi de R$ 2.030.228,09, rotulando assim a pré-campanha como abusiva.

Como será o julgamento

Para o julgamento, o TRE providenciou 70 lugares para o público, mediante cadastro prévio para poder acompanhar as sessões. A corte que julgará Moro conta com sete membros. São eles os desembargadores Sigurd Roberto Bengtsson, Luciano Carrasco Falavinha e Claudia Cristina Cristofani serão o presidente, relator e juíza federal efetiva, respectivamente. Os juízes de Direito efetivo serão os doutores Anderson Ricardo Fogaça e Guilherme Frederico Hernandes Denz e os advogados efetivos serão Julio Jacob Junior e José Rodrigo Sade.


O julgamento contará com seis votos e pode decidir se Moro perde o cargo ou não (Foto: reprodução/Freepik)

Durante as sessões os pontos a serem debatidos são as considerações do relatório de Luciano Carrasco Falavinha, que reúne as denúncias contra Sergio Moro, e as manifestações feitas no decorrer dos processos e defesas. Ao fim dos trabalhos, seis membros votam. Em caso de empate, o presidente também votará. A decisão no tribunal poderá ter recurso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A expectativa é que o julgamento de Moro dure mais que o normal. Como o presidente Sigurd Roberto Bengtsson avisou que o relator Luciano Carrasco Falavinha não iria compartilhar seu voto previamente, todos conhecerão a posição e os argumentos dele no momento de leitura do parecer. O TRE-PR também informou que todos os desembargadores irão ler seus votos.

Caso Daniel: saiba a setença para Edison Luiz acusado de assassinar o jogador

O desfecho de um dos casos mais chocantes da história recente do Brasil foi decidido após três intensos dias de julgamento. Edison Luiz Brittes Júnior, reconhecido como o principal responsável pelo brutal assassinato do jogador de futebol Daniel Corrêa Freitas, recebeu uma sentença severa, enquanto outros réus enfrentaram suas próprias consequências legais.

Sentença para Edison Luiz Brittes Júnior

Edison Luiz Brittes Júnior, réu confesso da morte de Daniel Corrêa Freitas, foi condenado a 42 anos, 5 meses e 25 dias de prisão em regime inicialmente fechado por homicídio triplamente qualificado, além de mais 2 anos e 5 meses de detenção, pena que poderá ser cumprida em regime aberto.

As acusações contra ele incluíam homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual, corrupção de menores e coação ao curso do processo. A decisão do juiz Thiago Flores foi lida após a deliberação do Conselho de Sentença, proporcionando um alívio para aqueles que buscavam justiça para Daniel e sua família.


Edison Luiz Brittes Júnior (Foto: Reprodução/Tribuna)

Consequências para os cúmplices

A esposa de Edison, Cristiana Brittes, e sua filha, Allana Brittes, também enfrentaram o peso da justiça. Cristiana foi sentenciada a 6 meses de prisão e 1 ano de reclusão em regime aberto, enquanto Allana enfrentará 6 anos, 5 meses e 6 dias de prisão em regime fechado.

Ambas foram consideradas culpadas por fraude processual e corrupção de menores, embora a autoria de outros crimes não tenha sido reconhecida. Essas sentenças refletem o envolvimento delas nas tentativas de obstrução da justiça durante o processo.

Absolvições de David Willian Vollero Silva e Ygor King

Em uma reviravolta surpreendente, David Willian Vollero Silva e Ygor King foram absolvidos de todas as acusações que enfrentavam, incluindo homicídio qualificado, ocultação de cadáver e fraude processual.

Essas decisões destacam a complexidade do caso e as diferentes percepções de responsabilidade entre os réus. A absolvição oferece algum alívio para eles e suas famílias, mas também levanta questões sobre o processo judicial e a busca contínua pela verdade.

Com as sentenças proferidas e as absolvições decididas, este capítulo do caso do assassinato de Daniel Corrêa Freitas chega ao fim. No entanto, a dor e o impacto dessa tragédia continuarão a ser sentidos pela família de Daniel e pela comunidade em geral. Enquanto a justiça foi feita para alguns, a busca por respostas e consolo persistirá para aqueles que foram afetados por essa terrível perda.

STJD define sentença contra Sport após atos de sua torcida contra o Fortaleza

Nesta terça-feira (12), o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), levou ao júri o caso extra campo que ocorreu depois da partida entre Fortaleza x Sport, em partida válida pela Copa do Nordeste.

Como ocorreu

O ocorrido aconteceu na madrugada do dia 22 de fevereiro. Após o empate com o Sport, a delegação do Fortaleza estava voltando em um ônibus particular da equipe, pois iriam retornar para a capital cearense. Mas durante o trajeto da equipe, eles foram surpreendidos com pedras e bombas caseiras de vândalos que se passaram por torcedores do plantel pernambucano.

O resultado foi que atingiu gravemente alguns jogadores, de modo que, eles foram encaminhados urgentemente para o hospital mais próximo da BR-232. Tudo isso, com o acompanhamento do presidente do Sport, dado que prestou grande suporte naquela situação.


Alguns jogadores tiveram que levar pontos em algumas partes do corpo (Foto: reprodução/Instagram/@fortalezaec)

Resultado do júri sobre a equipe pernambucana

O julgamento aconteceu na sede do STJD, no Rio de Janeiro. Tendo em vista que aconteceu em primeira instância, o Sport poderá recorrer da sentença que lhe foi colocada.

A equipe pernambucana, vai pagar um preço alto por tal ato extra campo, pois dada a sentença, o time terá de pagar uma multa de 80 mil reais. Além de que também ficará sem torcida em suas partidas por oito jogos, de modo que não terão direito a ter incentivo dos torcedores em jogos como visitantes. Isso tudo enquanto durar a pena dos oitos jogos como mandante.

O esporte brasileiro nos últimos anos vem acumulando atos de vandalismo como esse. De modo que dos últimos casos como esse, a maioria teve uma penalidade para tal ato. Algo que cada vez mais se acumulando, uma punição mais severa aos clubes, em que eles tem de se responsabilizar por atos fora do campo de futebol.

Hannah Gutierrez-Reed é condenada por morte de diretora de fotografia em set de gravação

Nesta quarta-feira (06), foi executada e anunciada num tribunal do Novo México (EUA), a condenação de Hannah Gutierrez-Reed, por homicídio culposo. Hannah era responsável pelo fornecimento de armas ao filme “Rust”, lançado em 2023 e recheado por um elenco de diversas estrelas do cinema mundial.

Detalhes da condenação

Em 2021, durante as gravações do filme “Rust”, um acidente fatal ocorreu no set de gravação. O ator Alec Baldwin segurava uma arma que, por alguma razão, estava carregada com munição real e não cenográfica, sendo que de alguma forma a mesma disparou e atingiu Halyna Hutchins, diretora de fotografia do filme. Baldwin afirma não ter puxado o gatilho e, após processos e investigações, nesta quinta-feira (07), foi decretada a condenação de Hannah Gutierrez-Reed por negligência. A mesma pode pegar até 18 meses de prisão.


Alec Baldwin em entrevista (foto: reprodução/bbc)

Os promotores definiram a sentença em cima de determinado fator afirmando que Reed não teria tomado os cuidados necessários com o local onde teria deixado o armamento e municiamento armazenados, assim como também não tomou o devido cuidado com a checagem dos itens. Vale lembrar que Hannah também foi acusada de ter adulterado as provas do crime, porém foi considerada inocente.

Os advogados da armeira responsabilizam a produção do filme por não ter solicitado a presença de Hannah no momento em que Baldwin realizava o manuseio da arma para uma testagem de ângulos da câmera. É válido lembrar que o diretor Joel Souza também foi ferido pelo disparo.

Continuação do processo

Mesmo com a condenação de Reed, Alec Baldwin ainda é acusado por homicídio culposo (quando não há intenção de matar). Por mais que uma acusação contra o ator tenha sido arquivada em abril de 2023, uma decisão do júri em janeiro deste ano argumentou ter novas provas sobre o caso e assim, Baldwin deve ser julgado novamente em julho.

STF revisa políticas sobre porte de drogas para consumo pessoal

O Supremo Tribunal Federal (STF) retomou, nesta quarta-feira (6), o julgamento de um recurso que questiona se é crime portar drogas para consumo pessoal. Iniciado em 20 de agosto de 2015, o julgamento já tem maioria de votos a favor de estabelecer um critério que diferencie usuários de traficantes.

Até agora, cinco ministros se posicionaram contra criminalizar o porte de maconha para uso pessoal, enquanto um divergiu desse entendimento. O caso voltou à pauta com o voto do ministro André Mendonça, que solicitou mais tempo de análise em agosto do ano passado.

A decisão do STF terá amplo impacto, afetando mais de 6.345 processos relacionados ao tema. O tribunal está encarregado de determinar se é crime ter drogas para consumo próprio, fixando as quantidades consideradas de uso individual.


Através de regulações a Cannabis é tratada para a produção de medicamentos (Foto: reprodução/JFRJ — Justiça Federal do Rio de Janeiro)

Lei em torno da criminalização

A Lei de Drogas de 2006, embora estabeleça punições como advertência, prestação de serviços à comunidade e medidas educativas, não prevê pena de prisão para essa conduta.

O debate em questão não aborda o tráfico de drogas, que permanece como crime, sujeito a uma pena de 5 a 20 anos de prisão. A decisão do STF, uma vez estabelecida, terá uma repercussão geral, aplicando-se a outras instâncias da Justiça em processos semelhantes.

Atualmente, a Lei de Drogas vigente atualiza a legislação de 1976, que punia o porte para uso individual com prisão. O foco do STF não está na despenalização ou legalização, mas sim no estabelecimento de um critério diferenciador claro entre usuário e traficante.

Situação dos votos

Os ministros que defendem a descriminalização do porte de maconha propõem critérios distintos. O julgamento aguarda ainda mais quatro votos, incluindo os dos ministros Nunes Marques, Luiz Fux, Dias Toffoli e Cármen Lúcia. O novo ministro, Flávio Dino, não participa da votação.

Paralelamente, o Senado brasileiro discute uma proposta para considerar crime a posse e o porte de qualquer droga, independentemente da quantidade. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, anunciou que aguardará a decisão do STF antes de discutir o tema no Congresso.

Tribunal de Barcelona condena Daniel Alves por estupro

Nesta quinta-feira (22), foi decretada e anunciada pelo Tribunal de Barcelona a condenação do ex-jogador de futebol Daniel Alves, de 40 anos. Daniel já se encontrava retido há 13 meses e agora deverá cumprir 4 anos e 6 meses de prisão – com possibilidade de recurso.

Termos da condenação

Daniel Alves foi condenado pela justiça espanhola por ter estuprado uma jovem de 23 anos numa boate localizada em Barcelona, no mês de dezembro de 2022. Após cumprir sua prisão preventiva, que teve início no dia 20 de janeiro do ano passado, somando 13 meses, Daniel Alves agora deverá cumprir mais 4 anos e 6 meses de prisão, além de ter liberdade vigiada durante 5 anos após cumprir sua pena em regime fechado. Neste período de 5 anos em liberdade vigiada, o jogador será proibido de se comunicar ou se aproximar da vítima.


Daniel Alves em julgamento (foto: reprodução/cnnbrasil)

Com o intuito de assistir qual seria o destino do jogador, estavam presentes no Tribunal de Barcelona sua advogada Inés Guardiola, a advogada da vítima Ester García e a promotora Elisabet Jiménez, além do próprio Daniel, que chegou ao local por volta das 10 horas (horário local).

Considerações do tribunal

Foi considerado, pelos magistrados, que Daniel Alves “agarrou abruptamente a denunciante, a atirou ao chão e, impedindo-a de se mexer, a penetrou pela vagina” e, assim, entendendo a existência de “ausência de consentimento, com uso de violência, e com acesso carnal”.

Ainda é explicado que “para a existência de agressão sexual não é necessário que ocorram lesões físicas nem que haja provas de oposição por parte da vítima a ter relações sexuais (…) no presente caso encontramos também lesões na vítima que tornam mais do que evidente a existência de violência para forçar a sua vontade, com posterior acesso carnal que não é negado pelo acusado”.

Além de todas as justificativas, o veredito ainda exprime que os fatos foram concluídos dessa forma pelo tribunal por conta de ter avaliado positivamente o depoimento da vítima no julgamento, somado a outras provas que também contribuíram para a decisão final.

É dito que, foi considerado essencial para os magistrados a vítima ter sido “coerente e persistente” em sua versão no decorrer de toda a investigação e na audiência ocorrida no dia 5 de fevereiro. É válido citar que, ao longo do tempo em que ficou detido, Daniel alterou diversas vezes sua versão do caso, além de ter trocado de defesa e ter três pedidos de liberdade provisória negados, por conta do risco de fuga.

Daniel Alves é convocado a comparecer no tribunal, diz jornal

De acordo com informação concedida pelo jornal espanhol “La Vanguardia”, Daniel Alves foi convocado pela juíza Isabel Delgado Péres, responsável pelo seu caso,  a comparecer no tribunal de Barcelona nesta quinta-feira (22). A data prevista para a leitura da sentença é 7 de março, no entanto, há possibilidade da juíza antecipá-la para esta quinta-feira (22). 

Além do jogador, também foram convocadas todas as partes movidas no processo que o acusam de agressão sexual: a promotoria, comandada por Elisabet Jiménez; a advogada da denunciante, Ester García; e a advogada da defesa, Inés Guardiola.

O processo

Daniel Alves é acusado de estupro contra uma mulher; o crime teria acontecido na boate Sutton, em Barcelona, no dia 30 de dezembro de 2022. O jogador teve sua prisão preventiva decretada em 20 de janeiro de 2023 e permanecerá preso até a finalização do processo. Caso seja declarado culpado, Daniel poderá pegar até 12 anos de reclusão, pena que os advogados da denunciante solicitaram à Justiça espanhola. 

O julgamento, que durou três dias, foi finalizado no último dia 7 de fevereiro e contou com depoimentos de 28 testemunhas ao todo, inclusive Daniel Alves, que negou ter cometido o crime, e a denunciante que o acusou de estupro, que manteve a mesma versão desde a origem do processo.  


Daniel Alves durante julgamento que o acusa de agressão sexual contra uma mulher em uma boate de Barcelona. (Foto: reprodução/Alberto Estévez/AFP)

O julgamento

O julgamento teve início no último dia 5 de fevereiro e contou com a apresentação da juíza Isabel Delgado Péres, a qual decidirá ou não pela condenação do atleta. Além disso, Daniel Alves também compareceu ao júri no primeiro dia, mas não prestou depoimento. 

O primeiro dia de julgamento ficou marcado pelo depoimento da denunciante, que falou durante cerca de uma hora e quinze minutos, a portas fechadas e sem contato visual com Daniel Alves. Além disso, outras cinco testemunhas também falaram aos autos do processo, são eles: uma amiga e uma prima da denunciante que estavam presentes na boate em que o crime teria acontecido, além do porteiro e dois garçons que trabalhavam no estabelecimento no dia 30 de dezembro de 2022. 

Já o segundo dia de julgamento, concluído em 6 de fevereiro, contou com a presença de 22 testemunhas no total. Entre elas, a esposa de Daniel Alves, Joana Sanz, e amigos do jogador que estavam presentes na noite em que o crime teria acontecido. 

O terceiro e último dia do julgamento contou com o depoimento do acusado. De acordo com o jornal “Marca”, Daniel Alves teria chorado bastante e confessado que bebeu muito na noite em que o crime teria sido cometido. 

De acordo com a versão contada durante o depoimento do jogador, a relação sexual entre ele e a denunciante teria sido consensual e, de acordo com o relato de Daniel,   ele não a teria forçado a acompanhá-lo até o banheiro da boate, local em que a suposta agressão sexual teria sido cometida.