EUA reforçam compromisso com segurança da Ucrânia após reunião com líderes europeus

O presidente Donald Trump afirmou nesta segunda-feira (18) que os Estados Unidos estão dispostos a apoiar a segurança da Ucrânia em negociações de paz no leste europeu. A fala ocorreu durante o encontro com Volodymyr Zelensky, realizado em Washington. A iniciativa faz parte dos esforços internacionais para buscar uma solução pacífica para o conflito, que se arrasta há mais de três anos.

Trump reforçou que caberia às nações europeias liderar os esforços de proteção a Kiev. Mesmo assim, ressaltou que os Estados Unidos também prestarão assistência significativa. “Quando se trata de segurança, haverá muita ajuda. Eles já estão presentes, mas nós também daremos apoio”, declarou no Salão Oval.

Reunião multilateral reforça proteção de Kiev

Depois da conversa entre os presidentes, foi realizada uma mesa de diálogo que contou com representantes do Reino Unido, Alemanha, França, Itália, Finlândia, União Europeia e Otan. O objetivo foi mostrar solidariedade à Ucrânia e discutir garantias de proteção no cenário pós-conflito. Além disso, o encontro coletivo serviu para alinhar estratégias de segurança e reforçar a cooperação internacional, considerada essencial para garantir a estabilidade regional.

Os líderes europeus destacaram a importância de manter um fluxo constante de informações e assistência militar, econômica e humanitária. A presença desses representantes reforça o compromisso do bloco em apoiar Kiev e sinaliza ao Kremlin que qualquer avanço militar será monitorado e respondido de forma coordenada. A coordenação entre diferentes países deve intensificar a pressão diplomática contra a Rússia e favorecer a possibilidade de um cessar-fogo prolongado.


Trump se reúne com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky e líderes europeus na Casa Branca (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN)

Zelensky valoriza garantias americanas

Zelensky descreveu a conversa com Trump como “muito construtiva”. Ele ressaltou a importância das garantias de segurança oferecidas pelos EUA e destacou que esse apoio fortalece a confiança mútua entre os países. Segundo o presidente ucraniano, essas medidas ajudam a criar um ambiente favorável para negociações de paz futuras e aumentam a credibilidade internacional da Ucrânia.

Zelensky também destacou que o engajamento dos Estados Unidos pode motivar outros países a intensificar a assistência à Ucrânia. Além disso, os líderes europeus enfatizaram que a cooperação estratégica entre Washington e seus aliados é crucial para proteger a integridade territorial e garantir, ao mesmo tempo, a estabilidade política ucraniana, criando assim condições mais favoráveis para um acordo de paz consistente.

Conflito e perspectivas para a segurança da Ucrânia

Desde a invasão russa em fevereiro de 2022, a guerra resultou em mais de um milhão de vítimas entre mortos e feridos e causou destruição significativa em vastas regiões da Ucrânia. Nesse cenário, a Rússia avança de forma lenta, porém contínua, explorando sua superioridade militar. Analistas afirmam que o suporte americano pode ter papel determinante nas negociações de paz, contribuindo para a manutenção da integridade territorial ucraniana.

Ao mesmo tempo, a presença de líderes europeus reforça a relevância da cooperação internacional e da diplomacia multilateral como caminhos para encerrar o confronto. Com isso, Kiev busca consolidar apoio externo e avançar nas tratativas por um acordo de paz duradouro.

Dois russos morrem após ataque aéreo ucraniano

Um lançamento de drones no território russo pela Ucrânia, na noite de quinta e na madrugada desta sexta-feira (11), deixou dois mortos, um em Lipetsk, no sudoeste da Rússia, e outro em Tula, a cerca de 200 km de Moscou.

O governador de Lipetsk, Igor Artamonov, afirmou, através do aplicativo Telegram, que um dos objetos aéreos caiu na região, provocando incêndio e matando uma pessoa, além de ferir outra. Já em Tula, o governador Dmitry Milyaev confirmou a morte de mais um indivíduo.

Drones tentam atingir Moscou

Dos 155 drones abatidos pelo Ministério da Defesa da Rússia, 11 dirigiam-se a Moscou – revelou a pasta pelo Telegram. Ainda segundo o órgão, a maior parte dos artefatos foi desmobilizada perto da fronteira com a Ucrânia.


O céu estrelado de Moscou foi alvo de ataques aéreos ucranianos (Foto: reprodução/Sefa Karacan/Anadolu/Getty Images Embed)


Na capital russa, três dos quatro aeroportos suspenderam temporariamente suas operações, mas retomaram ainda na noite de quinta-feira.

As investidas foram realizadas das 23h dessa quinta até 7h de sexta.

Ofensiva ocorre após Rússia realizar o maior ataque de drones desde início da guerra

A ação ucraniana foi uma resposta à intensificação da agressão russa ao país vizinho. Na noite dessa quarta feira (9), foram abatidos 728 drones russos no espaço aéreo ucraniano – um número recorde desde o início da guerra, em fevereiro de 2022.

A quantidade ultrapassou a marca máxima anterior de 539 dispositivos, lançados em 4 de julho. Naquela ocasião, os EUA, na figura do presidente Donald Trump, reavaliaram a diminuição de ajuda militar à Ucrânia, comprometendo-se a continuar ajudando o país invadido.

O alvo principal dos ataques russos de quarta-feira foi a cidade ucraniana de Lutsk, próxima à fronteira com a Polônia. A situação ameaçadora fez com que Varsóvia reforçasse sua própria defesa.

Segundo Kiev, a represália teve como objetivo destruir infraestrutura de guerra russa e não atingir civis.

Trump não foi informado a respeito da decisão de suspender o envio de armas para a Ucrânia

Conforme informado por veículos de imprensa dos EUA, o Pentágono teria tomado uma decisão acerca de suspender envios de armas para a Ucrânia, sendo que alguns assessores da Casa Branca só haviam recebido a informação por terceiros a respeito dessa questão. O presidente achou que não houve uma coordenação adequada quanto ao ocorrido. A agência Associated Press citou três membros do governo, e uma das fontes trouxe a revelação de que Donald Trump foi pego de surpresa quando soube da situação da suspensão e buscou entender o porquê do acontecimento.

Não avisaram a eles

Alguns dos integrantes do governo informaram à CNN que o enviado especial dos Estados Unidos na Ucrânia, Keith Kellogg, e o Secretário de Estado Marco Rubio só ficaram sabendo da situação pela imprensa, e não teriam sido informados pelos canais usuais e sigilosos que fazem parte do governo. O porta-voz do Pentágono informou ao Secretário de Defesa, Pete Hegseth, o fornecimento de uma estrutura para o presidente fazer a avaliação dos envios, e da ajuda militar nos estoques já existentes, informou ainda que isso foi organizado junto a todo o governo.

O presidente da Ucrânia já havia informado que tanto ele quanto Donald Trump, entraram em concordância quanto a ter um reforço na defesa do país ucraniano, após ter havido ataque massivo dos russos com drones e mísseis, a ligação ocorreu alguns dias depois da capital americana ter interrompido parcialmente o envio de apoio para as terras ucranianas, ele disse ainda que houve discussões sobre, possibilidade de inserir defesas antiaéreas, e que os dois durante a conversa concordaram em fazer um trabalho em conjunto para trazer reforços de proteção para os céus.


Donald Trump no dia 8 de julho de 2025 em reunião (Foto: reprodução/Aaron Schwartz/Getty Images Embed)


A conversa entre Trump e Putin

Após o anúncio de que a Casa Branca havia suspendido, parcialmente, o envio de apoio para o país presidido por Volodymyr Zelensky, o Kremlin comemorou, e informou que essa decisão iria facilitar para a guerra finalizar, pois o conflito se resolveria mais rápido com menos armamento em Kiev. Porém, conforme a agência de notícias russa Ria Novasti, disse, Trump e Putin não tocaram no assunto de interrupção parcial quando estiveram conversando dias depois do ocorrido.

Foi citado pelo governo americano, que houve razões de “interesse internacional” no anúncio de suspensão, mediante a uma revisão dos estoques das munições pertencentes a terra do tio Sam, a questão é que os níveis de armas estariam bem baixa, e algumas que eram de suma importância para a Ucrânia. Donald Trump, quando se tornou novamente presidente dos Estados Unidos da América, deixou bem claro que iria encerrar rapidamente o conflito que esta acontecendo entre a Rússia e a Ucrânia, ele havia prometido na ocasião em que assumiu o cargo quanto a isso.

Ataque russo com mísseis atinge Kiev e deixa mortos e feridos

A Rússia realizou um ataque com mísseis e drones que atingiu Kiev, capital da Ucrânia, na madrugada desta quinta-feira (24). Ao menos nove pessoas morreram e cerca de 63 ficaram feridas, segundo as autoridades locais. Entre os feridos estão crianças e mulheres, e a ofensiva causou destruição em pelo menos quatro bairros da cidade.

O míssil utilizado no ataque foi identificado como um modelo balístico norte-coreano do tipo KN-23, segundo fontes militares ucranianas. Pelo menos 42 pessoas foram hospitalizadas, conforme informou o Serviço Estadual de Emergência da Ucrânia.

Equipes de resgate relataram à agência Associated Press que corpos foram retirados dos escombros, enquanto sobreviventes eram socorridos.

Oksana Bilozir, estudante que estava próxima a um dos locais onde ocorreu a explosão, relatou o medo após o ataque. “Honestamente, eu nem sei como tudo isso vai acabar, é muito assustador”, disse.

Nenhuma diplomacia funciona aqui.”
Oksana Bilozir

Anastasiia Zhuravlova, de 33 anos, mãe de dois filhos, relatou ter se abrigado com a família em um porão após a explosão lançar eletrodomésticos pela cozinha e estilhaçar janelas.

Impasse diplomático

Em visita oficial à África do Sul, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky retornou ao seu país antes do determinado, após os ataques. E lançou críticas em suas redes sociais à Rússia, por violar o cessar-fogo aéreo no Mar Negro acordado com os EUA em março. No entanto, o governo russo respondeu que o acordo expirou, embora declare que continua trabalhando em conjunto com os EUA por paz.


 Ataque Russo na Ucrânia (Vídeo: Reprodução/YouTube/O POVO)

Zelensky voltou a afirmar que não reconhecerá a Crimeia como território russo e que qualquer negociação dependeria de um cessar-fogo total. “Seguiremos nossa Constituição”, declarou.

EUA ameaça abandonar mediação

O ataque aconteceu logo após novas tensões diplomáticas e estagnação do acordo de paz. O presidente norte-americano Donald Trump criticou Zelensky por, segundo ele, “prolongar o campo de matança” ao se recusar a ceder a Crimeia à Rússia em um plano de paz. Para Trump, “a Crimeia foi perdida há anos e nem sequer é mais um ponto de discussão”.

Trump afirmou a repórteres que um acordo entre Zelensky e o presidente russo Vladimir Putin depende de que ambas as partes, fortes e inteligentes, se entendam. “Assim que isso acontecer, a matança vai parar”, disse.

Devido às circunstâncias, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, informou que o país pode abandonar os esforços de mediação caso não haja sinais concretos de avanço.

Não vamos continuar com esse esforço por semanas e meses a fio. Então, precisamos determinar muito rapidamente agora — e estou falando de questão de dias — se isso é viável nas próximas semanas. Se for, estamos dentro. Se não, então temos outras prioridades para focar também
Marco Rubio

A escalada da guerra

Além de Kiev, a segunda maior cidade da Ucrânia, Kharkiv, e outras localidades também foram atingidas pelos ataques russos nesta quinta-feira. O prefeito da capital, Kiev, Vitali Klitschko, confirmou que casas e veículos foram incendiados, e que muitos danos foram causados pela queda de destroços em diferentes bairros da cidade.

Após conversa por telefone entre Putin e Trump, Rússia diz que cancelou ataque na Ucrânia

Nessa quarta-feira(19), a Rússia comunicou a suspensão de ataques que ia fazer na infraestrutura da Ucrânia. Segundo informado pelo governo Russo, essa desistência ocorreu devido a uma conversa entre os presidentes Donald Trump e Vladimir Putin, que aconteceu na última terça-feira(18). Putin teria concordado durante a conversa em parar com os ataques proferidos as instalações energéticas ucranianas, além disso, ele ainda mandou derrubar os drones que estavam a caminho da Ucrânia.

Acusação

Nessa quarta-feira(19), os militares da Rússia acusaram Kiev de sabotagem. De acordo com eles, o local teria enviado drones para um depósito de petróleo localizado no sul da Rússia, sabotando, consequentemente, a trégua entre os países. Peskov disse que os ucranianos, não respeitaram o cessar-fogo de 30 dias. Apesar disso, o porta-voz russo indicou que irá cumprir com o acordo a respeito de não atacarem a infraestrutura ucraniana, tendo em vista a conversa ocorrida entre Donald Trump e Vladimir Putin.


Vladimir Putin durante sessão plenária na Rússia (Foto:reprodução/contributor/ Getty Images Embed)


Situação

Zelensky, o então presidente da Ucrânia atual, disse que a conversa com Donald Trump foi relevante e franca., na qual havia uma preparação para que as equipes fossem instruídas com o intuito de que ocorra a expansão do cessar-fogo parcial.

Ainda de acordo com a fonte, terá uma reunião na Arábia Saudita entre os países para que ambos sigam em direção à paz. A Casa Branca informou também a respeito do contato que houve entre os presidentes e disse que foi

Putin

Vladimir Putin, Presidente da Rússia, está aceitando um cessar-fogo parcial, mas não pretende finalizar a guerra enquanto a Ucrânia não ceder alguns territórios ao país em questão. Após essa recusa, as conversas entre os Estados Unidos e a Ucrânia ficaram um pouco tensas. Zelensky aceitou essa trégua de 30 dias e vai prosseguir dessa forma.

França presta apoio à Ucrânia após EUA anunciar suspensão do compartilhamento de inteligência

A França anunciou que está fornecendo inteligência à Ucrânia, conforme declarou o Ministro da Defesa francês, Sébastien Lecornu, nesta quinta-feira (6). A informação surge um dia após os Estados Unidos informarem que estavam suspendendo o compartilhamento de dados de inteligência com Kiev.

Temos recursos de inteligência que usamos para ajudar os ucranianos”, afirma Lecornu. A ação da França visa compensar a ausência de apoio dos Estados Unidos, essencial para a Ucrânia monitorar os movimentos das tropas russas e identificar alvos no campo de batalha.

Encontro na Casa Branca

Em uma reunião transmitida ao vivo na última sexta-feira (28), Donald Trump acusou Zelensky de ser desrespeitoso com os Estados Unidos, de demonstrar ingratidão pelo apoio recebido e de colocar em risco uma possível Terceira Guerra Mundial.

Na reunião, Trump criticou duramente Zelensky, levando a relação entre os Estados Unidos, principal aliado da Ucrânia na guerra, a um momento de deterioração histórica. De acordo com uma autoridade dos EUA, o presidente ucraniano foi orientado a deixar a Casa Branca.

Na ocasião, segundo o site G1, um funcionário da Casa Branca havia informado que o presidente dos Estados Unidos, estava focado na paz, e que os parceiros também precisam estar comprometidos com o mesmo objetivo.


Zelensky e Trump na Casa Branca (Foto: reprodução/Brian Snyder/InfoMoney)

França negociando pela Ucrânia

O presidente francês, Emmanuel Macron, solicitou a aceleração dos pacotes de ajuda francesa e convocou os líderes europeus para uma nova reunião sobre Kiev na próxima semana. Em um discurso recente, Macron alertou sobre a “ameaça russa” à Europa e anunciou sua intenção de iniciar um debate sobre a proteção do continente sob a égide nuclear francesa.

Lecornu revelou que as remessas de ajuda à Ucrânia partindo da Polônia também foram suspensas, mas destacou que os ucranianos aprenderam a lutar nessa guerra há 3 anos e sabem como estocar.

Lula comenta embate entre Trump e Zelensky

Em meio a uma viagem ao Uruguai, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva mencionou a discussão entre o presidente dos EUA, Donald Trump, seu vice, James David Vance, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. De acordo com Lula, Zelensky teria sido humilhado por Trump.

“Não sou diplomata, mas acho que, desde que o planeta Terra foi criado, desde que a diplomacia foi criada, não se via uma cena tão grotesca, tão desrespeitosa como aquela que aconteceu no Salão Oval da Casa Branca”, declarou Lula.

Mais uma vez, Lula reforçou a importância do diálogo para um tratado de cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia, que já se estende há três anos.

“Não há paz se não houver participação dos dois presidentes que estão em conflito. O que é preciso é tomar uma decisão correta se o mundo quer paz. Acho que o mundo precisa de paz”, ressaltou o presidente.

Zelensky e Donald Trump

Na última sexta-feira, 28 de fevereiro, o presidente ucraniano teria ido a Washington para assinar um acordo sobre a exploração de terras raras, que daria aos Estados Unidos parte desses recursos. A negociação é considerada pelos EUA como uma contrapartida ao suporte financeiro e militar de bilhões de dólares destinados à Ucrânia.

No entanto, após o bate-boca, perante as câmeras, entre os presidentes, ficou definitiva a separação entre Washington e Kiev. Donald Trump teria acusado Zelensky de estar “jogando com a Terceira Guerra Mundial” ao não colaborar com um acordo de paz com a Rússia. Zelensky desmentiu a acusação, porém Trump afirmou que ele estava sendo ingrato e desrespeitoso com os EUA.

O presidente ucraniano teria sido orientado a se retirar da Casa Branca.


Discussão de Zelensky e Trump na íntegra (Vídeo: reprodução / YouTube / @MetrópolesTV)


Rússia e Ucrânia

A guerra entre os dois países completou, no último mês, três anos. Segundo a ONU, mais de 12.000 civis foram mortos na Ucrânia desde o início do conflito, e 10 milhões de ucranianos estão deslocados de forma forçada, sendo 3,7 milhões deslocados internos e 6,8 milhões refugiados em países como Polônia, Alemanha, República Tcheca, Itália, Espanha e Reino Unido.


Ponte da Crimeia: possível ataque ucraniano provocará retaliação da Rússia

Nesta sexta-feira (3), a Rússia declarou que qualquer ação agressiva contra a Crimeia não só estará fadada ao fracasso, mas também será recebida com um devastador ataque de vingança. Porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, apresentou publicações de autoridades ucranianas e de países da União Europeia, sugerindo que Kiev atacaria a Ponte.

Moscou acredita que os Estados Unidos teriam doado sistemas de mísseis guiados de longo alcance para Ucrânia. Com esse armamento, os ucranianos estariam planejando um ataque à ponte no dia 9 de maio, data em que a Rússia comemora a vitória da União Soviética contra a Alemanha, na Segunda Guerra Mundial.

Tudo começou no século XVIII

A Crimeia pertencia ao Império Russo, e depois à União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (1783 a 1954). Então, Moscou deu-a de presente para Ucrânia. Em 2014, A Rússia tomou e anexou de volta a Crimeia. Os Ucranianos têm demonstrado que consideram ilegal a construção da ponte rodoviária e ferroviária. Eles querem a Crimeia de volta.


Ponte da Crimeia (Foto: reprodução/Stringer/AFP/Getty Images embed)


Conforme Zakharova, David Cameron, secretário de Relações Exteriores britânico, havia dito que a Ucrânia tinha o direito de usar armas fornecidas pelo Reino Unido para atingir alvos dentro da Rússia, na última quinta-feira. Para ela, isso é uma comprovação de que o Ocidente estaria travando uma guerra híbrida contra Moscou.

A Crimeia tem muito a oferecer

A Crimeia tem uma posição geográfica privilegiada. Ela é uma via de acesso ao mar Negro a partir do mar de Azov, o qual banha parte da Ucrânia e o sudoeste do território russo. É uma área de águas quentes, favorecendo o transporte marítimo para fins comerciais, além de ser base de defesa territorial russa.

É, também, uma região de grande produção de grãos, alimentos e bebidas como o vinho. Os portos marítimos são ainda responsáveis pelo escoamento e distribuição de parte da produção agropecuária dos países vizinhos para outras nações europeias. Além disso, são utilizados para a importação de mercadorias e matérias-primas, principalmente pela Ucrânia.

O conflito entre os países não começou agora. Vem de um passado não muito distante.  Abrange aspectos étnico-culturais da população que vive na Crimeia, assim como a importância estratégica que a península apresenta para a Rússia e a Ucrânia, e também para a região na totalidade.

Rússia muda tática e Ucrânia é surpreendida com ataque de mísseis

Nesta terça-feira (23), ucranianos foram surpreendidos com um ataque de mísseis russos. As autoridades do país falam em ao menos 4 mortos e 60 feridos. Os ataques foram feitos contra as cidades de Kiev (capital) e Kharkiv, a primeira e segunda maior cidade da Ucrânia, respectivamente. Metade dos mísseis lançados foram destruídos.

Mudança de tática

Desde o início do ano, os russos mudaram a tática de guerra contra os ucranianos, propagando ondas com mísseis diversos, o que enfraquece o sistema de defesa aérea ucraniano. De acordo com a Força Aérea ucraniana, na madrugada desta terça-feira (23), os russos lançaram 41 mísseis de modelo cruzeiro e balísticos, sendo 21 deles destruídos pela defesa aérea.

Neste ataque não foram empregados drones, frequentemente utilizados para saturar o sistema de defesa antes do lançamento dos mísseis. Até setembro de 2023, Kiev afirmava abater cerca de 80% dos mísseis, percentual que está mudando desde a mudança da ofensiva russa.



Contudo, na semana passada os russos tiveram uma derrota significativa. Um avião radar A-50, extremamente caro e de difícil reposição, foi abatido sobre o mar de Azov por um míssil ucraniano.

Dezenas de feridos

Em Kharkiv, região mais atingida pelos ataques, pelo menos três pessoas morreram e 42 ficaram feridas, de acordo com o governador, Oleg Sinebugov, e um gasoduto foi atingido e explodiu. Já em Pavlograd, na região central de Dnipropetrovsk, houve uma pessoa ferida e outra morta, conforme informações de autoridades locais.

O prefeito de Kharkiv, Ihor Terekhov, disse à televisão local que 30 prédios residenciais foram atingidos. As buscas por sobreviventes também estão acontecendo, informou Terekhov. Já o prefeito de Kiev, Vitalii Klitschko, informou que 20 pessoas, entre elas três crianças, ficaram feridas e que edifícios não residenciais pegaram fogo.