Ex-bailarina do Faustão é presa acusada de ligação ao tráfico e lavagem de dinheiro

A ex-bailarina Natacha Horana, conhecida por seu trabalho nas emissoras TV Globo e TV Band, foi presa na última quinta-feira (15) durante uma operação conjunta entre as polícias do Rio Grande do Norte e de São Paulo. A prisão aconteceu após uma investigação que a acusou de envolvimento com uma organização criminosa, lavagem de dinheiro e enriquecimento ilícito. Natacha, que foi uma das dançarinas mais famosas do programa “Domingão do Faustão”, de 2015 a 2022, agora enfrenta sérias acusações que colocaram seu nome nas páginas policiais.

Supostos crimes de Natacha Horana

A acusação contra a modelo é de lavagem de dinheiro, enriquecimento ilícito, envolvimento com tráfico e organização criminosa. Foram encontrados, em posse da influenciadora, R$ 119.650,00 em dinheiro em espécie, segundo informações de Léo Dias.

A investigação, conduzida pela Polícia do Rio Grande do Norte, contou com o apoio da polícia de São Paulo para prender a modelo, que estava na capital paulista. A defesa de Natacha solicitou um habeas corpus, mas este foi negado pela Justiça.

Além do alto valor em dinheiro, foram apreendidos com a ex-bailarina bolsas de luxo, quatro celulares, um notebook, dois relógios, um colar, um HD externo, diversos documentos e um veículo modelo Mercedes-Benz C300, que Natacha alegou ser emprestado de terceiros, conforme nota de imprensa da Secretaria de Segurança Pública (SSP).


Detalhes sobre a prisão de Natacha Horana (vídeo: reprodução/ YouTube/ SBT News/ SBT/ Ta Na Hora News)


A prisão de Natacha em 2020

Durante a pandemia de 2020, a ex-bailarina foi presa por participar de uma suposta festa clandestina em Balneário Camboriú, Santa Catarina, durante o período de isolamento social imposto devido à pandemia.

Ao chegarem à residência, os policiais encontraram Natacha escondida em um dos cômodos. Ao ser questionada, a modelo teve um embate com os agentes e foi presa por desacato às autoridades. Ela foi liberada no dia seguinte, e o caso foi arquivado em 2021.

Deolane não aparece para depor na CPI das Apostas após ser convocada por comissão do Senado

Aconteceu nesta terça-feira (29), no Senado, a sessão relacionada à CPI das apostas, um colegiado criado neste mês de outubro para apurar o vertiginoso aumento dos jogos virtuais e apostas esportivas, como também o envolvimento de organizações criminosas que fazem lavagem de dinheiro com essas apostas online.

Nomes envolvidos na investigação incluem o cantor sertanejo Gusttavo Lima e a influenciadora e advogada Deolane Bezerra, que não compareceu para depor. Com a ausência da influenciadora, o presidente da comissão autorizou a quebra de sigilo bancário e fiscal de Deolane.

O “presente de grego” e outros depoimentos

O presidente da CPI das Apostas, o senador goiano Jorge Kajuru, falou que o STF daria um presente à Deolane Bezerra. “Lamento profundamente a ausência porque quem não deve não teme, e quem não comparece sabe que está envolvido até o pescoço”, afirmou o senador. Deolane foi convocada pela no início de outubro, mas sua defesa se manifestou em nota, dizendo que iria se manifestar somente perante à Justiça.

Além de Deolane, outro nome importante para a investigação estava agendado para depor nesta quarta-feira (30) por videoconferência: o meio-campista da Seleção Brasileira, Lucas Paquetá, que teve participação declarada como obrigatória, pois a comissão de senadores aprovou requerimento para sua convocação.

Entretanto, o atleta teve seu depoimento adiado para 3 de dezembro, por conta de sua defesa perante a Federação da Inglaterra, que o investiga por forçar cartões amarelos durante as partidas para beneficiar apostadores esportivos. Paquetá é jogador do time inglês West Ham e nega as acusações de que teria propositalmente causado as punições durante quatro partidas da Premier League.


O jogador do West Ham é investigado desde o ano passado por conduta nos campos (Foto: reprodução/Richard Sellers/Getty Images embed)


O tio do jogador, Bruno Tolentino, deve ser ouvido hoje. Ele é investigado pela movimentação de 40 mil reais para o atacante botafoguense Luiz Henrique, que também é jogador da Seleção. A transferência ocorreu enquanto o jogador atuava pelo Real Betis, time espanhol, no início de 2023. O dinheiro foi transferido para a conta do jogador após ele receber três cartões amarelos, o que levanta a suspeita de manipulação de resultados de partidas desportivas. 

O envolvimento de influenciadores e atletas

A CPI das Apostas também mira a contratação e a conduta de influenciadores digitais que promovem sites de apostas esportivas e outros jogos de azar. Segundo a senadora Soraya Thronicke, que propôs a criação da CPI, tais jogos envolvem quantias muito grandes de dinheiro, que transitam rapidamente e de forma anônima, tornando o setor ideal para a prática de lavagem de dinheiro.

A instauração desta comissão veio após a criação da CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas em abril, após o recebimento de denúncias de que jogadores de futebol estariam sendo pagos por criminosos para realizar certas ações durante partidas para beneficiar as pessoas envolvidas no esquema. Essa CPI tem previsão de encerrar os trabalhos apenas em fevereiro de 2025.

Defesa de Gusttavo Lima fala sobre a acusação do cantor envolvido em organização criminosa

Nivaldo Batista Lima, ou mais conhecido como Gusttavo Lima foi indiciado de lavagem de dinheiro e envolvimento em organização criminosa pela Polícia Civil de Pernambuco na Operação Integration, que investiga jogos ilegais, segundo revelação do Fantástico neste domingo (29). O cantor foi acusado no dia 15 de setembro, e cabe ao Ministério Público decidir se irá denunciar o artista à Justiça.

O que diz a defesa do cantor

 A defesa do cantor negou que ele tenha praticado os crimes, os advogados ressaltaram dizendo que não existem indícios de lavagem de dinheiro e nem envolvimento de Gusttavo na organização criminosa.


Reportagem do Fantástico (Vídeo: reprodução/Instagram/@showdavida)


Já em relação às 18 notas fiscais emitidas no mesmo dia em valores fracionados por outra empresa do cantor para Pix 365, também alvo da investigação, os advogados de defesa do cantor relataram que os valores foram declarados e todos os impostos pagos.


Cantor Gusttavo Lima (Reprodução/Instagram/@gusttavolima)

Em relação à venda de um mesmo avião, duas vezes, para a empresa de um dos investigados, a defesa de Gusttavo Lima disse que os contratos foram feitos em nome das empresas com os seus representantes legais, sendo assim a possibilidade de lavagem de dinheiro se torna excluída, além de alegarem que a polícia não considerou a data digital do distrato de uma das compras.

A defesa do cantor também nega que ele seja sócio oculto e dono do Vai de Bet, conforme suspeita da polícia. Segundo os advogados, o contrato apurado durante a investigação mostra que ele tem direito a 25% de cada venda da marca.

Proximidade de Rocha Neto e Gusttavo Lima

Sobre a proximidade com José André da Rocha Neto, também alvo da operação, a defesa disse que Gusttavo Lima esteve com o empresário em determinados eventos por conta de relações comerciais entre os dois.

Os advogados afirmam ainda que Rocha Neto e sua esposa Aissla, que também está sob investigação da polícia, deixaram o barco em que o cantor comemorava aniversário na Grécia no dia que operação Integration foi iniciada, e então Gustavo Lima voltou ao Brasil sozinho.  

A defesa de Rocha Neto relatou que as notas sequenciais da Pix365 emitidas à empresa de Gusttavo Lima referem-se à prestação de serviços do cantor a Vai de Bet.

Já segundo a movimentação financeira, Rocha Neto afirma que tem muitos negócios diversificados dentro de sua própria família dentro do ramo da construção civil, há algumas décadas, além da marca, Vai de Bet, onde ele e suas esposa lideram.

Em relação à participação do cantor Gusttavo Lima na empresa de Rocha Neto, a Vai de Bet, ele afirmou que o artista possui direto a 25% da marca, mas que nunca foi sócio e jamais teve participação dentro da administração da empresa.

Operação que investiga bets no Brasil entra em nova fase

A operação policial responsável por investigar um suposto esquema envolvendo lavagem de dinheiro vindo de jogos ilegais, a ‘Operação Integration”, entrou agora em uma nova fase. O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) solicitou agora novas diligências e a substituição das prisões preventivas por outras medidas. Entre os principais nomes da investigação estão Deolane Bezerra e sua mãe, que foram soltas após um habeas corpus na terça-feira (24), e o cantor sertanejo Gusttavo Lima, que teve o pedido de prisão preventiva revogado.

Retomada das investigações

Com o pedido do MPPE, agora o esperado é que a polícia retome as investigações à medida que o órgão detalhe as diligências restantes. De acordo com Durval Lins, professor de Direito Penal e Direito Penal Processual, o opinativo do Ministério Público se refere a duas necessidades diferentes: a da prisão e a de complementar as informações contidas no inquérito.

“A juíza [Andréa Calado da Cruz] não seguiu [o parecer do MPPE] quanto à desnecessidade da prisão, mas certamente vai seguir em relação à determinação da realização de diligências”, disse o professor Lins. Então, segundo ele, existe a possibilidade da juíza pedir que o MPPE por especificações das diligências antes da retomada das investigações.


As apostas esportivas e jogos de azar online se proliferaram no Brasil, movimentando bilhões de reais (Foto: reprodução/Hirurg/Getty Images embed)


O especialista lembra que dois processos diferentes foram tramitados em relação ao caso. Um deles se refere ao inquérito policial e outro aos recentes pedidos de habeas corpus dos envolvidos. O primeiro é analisado pela juíza Andréa Calado da Cruz e o segundo pelo desembargador Eduardo Guilliod Maranhão.

Divergências no processo

No processo referente ao inquérito policial, a juíza recebe o relatório da investigação e pede o parecer do MP, podendo acatar ou negar o pedido do Ministério Público de Pernambuco. A juíza optou por manter as prisões decretadas e ordenou também a prisão preventiva do cantor Gusttavo Lima, que foi implicado nas investigações da Operação Integration. O cantor teria ocultado capital de quase R$10 milhões recebido de dois depósitos de jogos ilegais.

Mas as decisões judiciais dos últimos dias causaram divergências entre as instituições jurídicas. A principal foi o pedido de prisão preventiva contra o cantor e a influencer Deolane Bezerra, o nome principal apontado nas investigações.

Gusttavo Lima teve a prisão revogada pelo desembargador Eduardo Guilliod Maranhão, o redator do caso, e Deolane Bezerra já se encontra em liberdade graças a um habeas corpus. De acordo com o professor Durval Lins a grande pergunta é se há necessidade de prisão de indivíduos com profissões lícitas, endereço e por um crime não-violento. “Será que, indisponibilizando os bens, impedindo a veiculação de propaganda em relação a bets e outras condutas, isso não seria suficiente para se resguardar a investigação e o futuro resultado da ação penal?”, indaga ele.

No início de setembro, quando a prisão de Deolane foi decretada, a Justiça decretou o bloqueio de bens da influencer e de vários alvos da investigação, incluindo aeronaves, carros de luxo e ativos financeiros no valor de R$2 bilhões.

Deolane Bezerra profere sua inocência à imprensa após ida ao Fórum de Recife

A influenciadora Deolane Bezerra, alvo de investigações da operação policial que apura esquema de lavagem de dinheiro e jogos ilegais, foi ao Fórum de Recife nesta quarta-feira (25), um dia após ter habeas corpus decretado. Deolane falou com a imprensa ao deixar o edifício e se declarou inocente.

O que disse Deolane

A influenciadora digital e advogada declarou que se sentia bem e usou a oportunidade para agradecer às pessoas que tiveram um trabalho honesto, pois, segundo ela, muitas mentiras foram espalhadas a seu respeito. 

Confio muito no Senhor Jesus Cristo que a Justiça será feita, graças a Deus o desembargador Eduardo Maranhão viu as flagrantes ilegalidades do processo. Tudo vai dar certo, eu sou inocente, agradeço aos que me apoiaram”, disse a influenciadora.


Deolane foi recebida por fãs na saída do Fórum Rodolfo Aureliano em Recife (Foto: Reprodução/Genival Paparazzi/AgNews)


Deolane, que voltou à prisão após violar os termos de seu primeiro habeas corpus, não entrou em detalhes sobre o caso, que se encontra sob segredo de Justiça. Quando questionada pelos jornalistas sobre as publicidades às quais fazia parte nas redes sociais, a influencer apenas respondeu: “Não tenho a dizer nada, tenho a dizer que eu faço publicidade, que eu sou inocente e que a Justiça será feita”. 

Relembre o caso

Deolane Bezerra, influenciadora conhecida nas redes por divulgar sorteios de carros de luxo e de ostentar um estilo de vida suntuoso, foi presa pela polícia no dia 04 de setembro, sob acusações de participar de um esquema de lavagem de dinheiro de jogos de azar. A influenciadora fundou uma empresa de apostas chamada Zeroumbet, que possui capital avaliado em R$ 30 milhões. A Operação Integration, responsável por deflagrar o esquema, revelou movimentação de 3 bilhões de reais feita pela empresa.

Até o momento, mais de dez pessoas foram presas, incluindo Deolane, sua mãe e seu empresário, dono da casa de apostas Esportes da Sorte. Deolane ficou em uma cela reservada em Buíque, penitenciária feminina localizada no Agreste de Pernambuco, longe da capital. Ela foi levada para esta unidade prisional após revogar os termos de seu primeiro habeas corpus, que a impedia de se pronunciar publicamente sobre o caso.

A influenciadora foi solta novamente no dia 23 de setembro, no mesmo dia em que a juíza Andréa Calado da Cruz decretou a prisão preventiva do cantor Gusttavo Lima, que já foi revogada na tarde de ontem (24).

Justiça de Pernambuco decreta prisão preventiva de Gusttavo Lima por suspeita de lavagem de dinheiro

A Justiça de Pernambuco decretou nesta segunda-feira (23/9) a prisão preventiva de Gusttavo Lima, sob a suspeita de envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro relacionado a casas de apostas online. A decisão foi proferida pela juíza Andréa Calado da Cruz, que apontou indícios de ocultação de valores pelas empresas do cantor, Balada Eventos e Produções Ltda. e GSA Empreendimentos e Participações Ltda., provenientes de plataformas de apostas investigadas pela Operação Integration.

Operação Integration mira plataformas de apostas e influenciadores

Conforme apuração do G1, as empresas de Gusttavo Lima teriam recebido cerca de R$ 49,4 milhões das casas de apostas Esportes da Sorte e Vai de Bet desde 2023. Essas plataformas estão sob investigação pela Operação Integration, uma ação da Polícia Civil de Pernambuco que mira um esquema de lavagem de dinheiro envolvendo influenciadores digitais contratados para promover as apostas.

Entre os alvos da operação está a influenciadora e advogada Deolane Bezerra, que foi presa durante a investigação. As autoridades acreditam que Gusttavo Lima e outros envolvidos ocultaram milhões de reais recebidos por meio dessas plataformas, configurando um suposto crime financeiro.


Dono e co-ceo da VaideBet, André e Aislla Rocha, ao lado do casal Gusttavo Lima e Andressa Suíte em festa na Grécia (Foto: reprodução/Redes Sociais)

Depósitos milionários e suspeita de ocultação

A investigação revelou que as empresas ligadas ao cantor receberam depósitos milionários relacionados à venda de um avião para a J.M.J Participações Ltda., empresa controlada por José André da Rocha, considerado foragido até ser beneficiado com um habeas corpus. Entre os valores apurados estão:

  • R$ 16 milhões em fevereiro de 2024
  • R$ 2 milhões em março de 2024
  • Mais de R$ 1 milhão em julho de 2024

Além disso, a Balada Eventos é acusada de ocultar recursos ilícitos de outras empresas investigadas, como Sports Entretenimento Promoção de Eventos e Pix 365 Soluções Tecnológicas. Em um cofre da empresa, foram encontrados montantes em reais e diversas moedas estrangeiras.

A Justiça também investiga a GSA Empreendimentos, que teria recebido mais de R$ 18,7 milhões em 2023, com parte dos recursos sendo transferidos diretamente para a conta pessoal de Gusttavo Lima, reforçando as suspeitas de lavagem de dinheiro.

Deolane Bezerra é solta após habeas corpus concedido pelo TJPE

A influenciadora digital e advogada Deolane Bezerra foi liberada na tarde desta terça-feira (24), da Colônia Penal Feminina de Buíque, localizada no Agreste de Pernambuco. A soltura ocorreu após o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) conceder um habeas corpus que beneficiou 18 pessoas investigadas em uma operação que apura um esquema de lavagem de dinheiro e práticas de jogos ilegais. Deolane estava presa desde o dia 10 de setembro.

Prisão revogada após descumprimento de ordem judicial

Inicialmente, a Justiça havia determinado prisão domiciliar para Deolane, que seria monitorada por tornozeleira eletrônica. No entanto, a influenciadora teve o benefício revogado por descumprir a ordem judicial de não se manifestar em redes sociais ou pela imprensa. Ela foi transferida para o presídio em Buíque, distante cerca de 280 km de Recife, após ser presa durante a “Operação Integration”, que investiga um suposto esquema de lavagem de R$ 3 bilhões.

O habeas corpus foi concedido pelo desembargador Eduardo Guilliod Maranhão, relator do caso, que atendeu ao pedido da defesa de Darwin Henrique da Silva Filho, empresário também investigado no esquema. A decisão foi estendida aos demais envolvidos. Com a nova decisão, Deolane não precisará usar a tornozeleira eletrônica, mas deve cumprir uma série de restrições.


Deolane saindo da prisão sendo acompanhada pelo programaBalanço Geral (Foto: reprodução/Record)

Restrições impostas pela Justiça

Entre as condições estabelecidas para a liberdade provisória, Deolane e os outros investigados não podem mudar de endereço ou se ausentar da comarca onde residem sem autorização judicial. Além disso, estão proibidos de frequentar empresas relacionadas à investigação ou participar de qualquer atividade econômica ligada ao esquema investigado. Os investigados também não podem fazer publicidade de plataformas de jogos.

A Justiça manteve o bloqueio de bens e ativos financeiros dos envolvidos, incluindo carros de luxo e aeronaves, como parte das investigações da “Operação Integration”. Além disso, a influenciadora e os demais investigados devem comparecer ao tribunal para assinar o Termo de Compromisso e tomar ciência das medidas cautelares.

A prisão de Deolane, ocorrida no início de setembro, foi um desdobramento das investigações que também envolvem a mãe da influenciadora, Solange Bezerra, e outros empresários, como o dono da casa de apostas Esportes da Sorte.

STJ rejeita novo habeas corpus de Deolane Bezerra e influenciadora segue presa

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) recusou, na manhã desta quarta-feira (18), mais um pedido de habeas corpus da advogada e influenciadora Deolane Bezerra, presa desde o dia 4 de setembro em decorrência de investigações da operação “Integration”. O pedido foi feito por sua nova equipe de defesa, formada no dia 13 de setembro, mas nem chegou a ser apreciado pelo desembargador Otávio de Almeida Toledo, que alegou que a solicitação não cumpria os requisitos exigidos pela lei.

Deolane Bezerra está presa na Colônia Penal Feminina de Buíque, em Pernambuco, enquanto sua mãe, Solange Bezerra, também detida na mesma operação, encontra-se na Colônia Penal Bom Pastor, em Recife. Ambas foram presas sob suspeita de envolvimento em uma organização criminosa dedicada à lavagem de dinheiro e a atividades de jogos ilegais.

Recurso negado e prisão preventiva

Essa foi a segunda vez que a defesa de Deolane Bezerra, agora representada pelos advogados Rafael Adamek e Luiz Eduardo Monte, tentou reverter a prisão da influenciadora. O primeiro pedido também foi negado pela Justiça de Pernambuco em instância inferior. A defesa alega que Deolane não tem envolvimento com as atividades ilícitas investigadas e que seu patrimônio, muitas vezes exibido nas redes sociais, foi adquirido de forma lícita, principalmente por meio de publicidade digital.

O caso ganhou repercussão nacional após a operação “Integration”, que revelou que a influenciadora teria utilizado sua empresa para abrir uma plataforma de apostas online. A investigação sugere que o serviço foi criado como um meio de lavar dinheiro oriundo de jogos ilegais.

Violação de medida cautelar

Anteriormente, Deolane havia conseguido um benefício de prisão domiciliar, mas teve o direito revogado no dia 10 de setembro por descumprir medidas impostas pela Justiça. Entre as condições que deveria seguir, estava a proibição de fazer qualquer manifestação pública, incluindo entrevistas e postagens em redes sociais. Logo após sair do Instituto Penal Bom Pastor, onde estava inicialmente detida, a influenciadora deu uma entrevista criticando sua prisão e postou nas redes sociais uma imagem com uma tarja na boca, o que foi considerado uma violação da medida.


Deolane em post após saída da prisão (Foto: reprodução/Instagram/@dra.deolanebezerra)

Agora, a influenciadora segue aguardando novos desdobramentos judiciais, enquanto sua defesa tenta reverter a situação e assegurar sua liberdade.

STJ recebe novo pedido de habeas corpus de advogados de Deolane

A equipe de defesa de Deolane Bezerra protocolou um novo pedido de habeas corpus junto ao STJ (Tribunal Superior de Justiça), nesta terça-feira (17). A influenciadora está detida desde o último dia 10 em Pernambuco. Após descumprir as medidas cautelares exigidas pela Justiça, ela teve a prisão domiciliar revogada.

Os advogados teriam acrescentado ao pedido de habeas corpus, uma solicitação da cassação à medida cautelar que impõe a não manifestação de Deolane nas redes e na imprensa. A justificativa é que a influenciadora teria falado a seus seguidores sobre a prisão, não sobre as investigações.

Acesso às redes não interfere nas investigações

A defesa de Deolane continua argumentando que não existe nenhuma relação entre o uso das redes sociais e lavagem dinheiro, motivo pelo qual ela está sendo investigada.

Paciente está sendo investigada por suposta lavagem de dinheiro, sendo certo que o cometimento ou não deste crime, não guarda qualquer relação com a utilização de suas redes sociais, tampouco sua liberdade de expressão. Vale dizer, não fosse ela uma pessoa pública, certamente não se cogitaria discutir acerca da necessidade de impedir a utilização de redes sociais ou manifestações públicas acerca das circunstâncias que a envolvem.”

Equipe de defesa

Deolane não tem como se defender dos haters

A defesa enfatizou que a Justiça estaria violando o direito de Deolane à defesa, ao proibir que ela se manifeste sobre a prisão. Ela está sendo acusada publicamente de crime de lavagem de dinheiro, sem ter como se defender.


Deolane Bezerra e sua filha (Foto: reprodução/Instagram/@dradeolanebezerra)

A filha de oito anos de Deolane voltou a ser mencionada. De acordo com os argumentos, o constrangimento estaria se agravando a cada dia, “a ponto de violar a garantia constitucional do estado de inocência, estando sua filha menor ademais, sem os cuidados de sua única genitora”.

Solange Bezerra, mãe de Deolane, também teve o pedido de habeas corpus negado e continua detida na Colônia Penal Feminina Bom Pastor em Recife.

Equipe de Gusttavo Lima esclarece que avião apreendido já foi vendido

A Polícia Civil de São Paulo apreendeu, na manhã de 4 de setembro de 2024, um avião registrado em nome da empresa Balada Eventos e Produções LTDA, associada ao cantor Gusttavo Lima. A ação faz parte da “Operação Integration”, uma investigação complexa que visa desmantelar uma organização criminosa envolvida em lavagem de dinheiro e jogos ilegais. Esse esquema criminoso teria movimentado aproximadamente R$ 3 bilhões em transações ilícitas por meio de várias frentes, incluindo a compra de aeronaves, imóveis de luxo e veículos de alto padrão. A aeronave em questão, um modelo Cessna 560XLS avaliado em cerca de R$ 39 milhões, foi recolhida enquanto passava por manutenção no aeroporto de Jundiaí, no interior de São Paulo.

Nota de esclarecimento

Apesar do avião estar registrado na Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) como propriedade da empresa de Gusttavo Lima, a equipe do cantor esclareceu rapidamente a situação. Em nota oficial, os representantes de Gusttavo Lima informaram que a aeronave já havia sido vendida anteriormente para a empresa J.M.J Participações, embora a transferência oficial ainda conste nos registros em nome da Balada Eventos e Produções. A documentação da transação foi devidamente registrada junto à ANAC, o que sugere que a apreensão pode ter sido um mal-entendido ou resultado de questões burocráticas.

A operação continua em andamento, com a possibilidade de novos desdobramentos e revelações à medida que as investigações progridem.

Outros desdobramentos da operação

Além da apreensão do avião, a operação policial também resultou na confiscação de um carro de luxo em um condomínio de alto padrão localizado em Barueri, na região metropolitana de São Paulo. A “Operação Integration” foi iniciada em abril de 2023 e abrange investigações em diversos estados brasileiros, incluindo Pernambuco, Paraná, Paraíba e Goiás. No total, foram expedidos 19 mandados de prisão e 24 mandados de busca e apreensão, abrangendo várias cidades como Recife, Campina Grande, Curitiba e Goiânia. A influenciadora digital e advogada Deolane Bezerra, figura conhecida nas redes sociais, também foi detida como parte dessa operação.


Dra. Deolane Bezerra apreendida (Foto: Reprodução/O Globo)

Gusttavo Lima, que recentemente comemorou seu aniversário de 35 anos com uma festa luxuosa em Mykonos, na Grécia, ao lado de sua esposa Andressa Suita, ainda não se pronunciou publicamente sobre a apreensão da aeronave.