Violência doméstica: MP pede aumento de pena para DJ Ivis

Ministério Público do Ceará fez, nesta semana, pedido de aumento de pena ao recém condenado DJ Ivis. O músico e compositor foi alvo de duas denúncias de agressão e violência doméstica contra sua ex-esposa, a influenciadora Pâmela Holanda.

Iverson de Souza Araújo recebeu a condenação em 6 de março deste ano a cumprir pena de prisão de oito meses e oito dias. Porém, a pena pode ser maior, caso a juíza acate o pedido feito pelo órgão de acusação.

A promotoria entende que a pena não é proporcional à gravidade dos crimes pelo DJ Ivis, que envolvem ameaça com uma faca, violência doméstica, psicológica e física contra sua ex-esposa. Foi a ela 2ª Procuradoria de Justiça do Município de Eusébio quem apresentou o pedido de aumento de pena.

Recentemente, Ivis e Pâmela apareceram nas redes socais em eventos familiares, mas entendimento de instâncias de justiça em outros casos diz que a responsabilidade criminal ocorre independente da relação atual entre os envolvidos.

No começo do mês, Ivis e Pâmella apareceram publicamente nas redes em comemoração de aniversário de quatro anos da filha dos dois, Mel Holanda. Eles chegaram a compartilhar o momento nas redes sociais.

Relembre o caso

No ano de 2021, Pâmella Holanda denunciou seu companheiro por agressão. As denúncias ocorreram depois que ela postou vídeo nas redes sociais. Ivis aparecia em algumas das imagens em cenas de agressões físicas e tensão, na frente de Mel, filha do casal que na época tinha somente nove meses.

A vítima também sofreu ameaça com uma faca, fato esse que se tornou agravante do caso e levou à decretação de prisão ao Ivis naquela época. Entretanto, o músico ficou preso por três meses e aguardou julgamento em liberdade desde outubro daquele ano.

Algum tempo depois, em vídeo, Ivis chegou a se declarar publicamente culpado pelas agressões. “Eu errei, assumo meu erro”, declarou o cantor em suas redes sociais. Para o Ministério Público, o reconhecimento público não o isenta de sofrer responsabilização pelos seus atos e defende que a pena deve ser proporcional aos seus atos.

Grande repercussão na época

As imagens e denúncias feitas por Pâmela na época repercutiram por todo o país. Na época, várias figuras públicas ficaram horrorizadas pelas cenas de violência. Erika Hilton, atualmente deputada federal, condenou como chocante as imagens da denúncia feita pela influencer na época.


Erika Hilton apontou na época que Ivis estava ganhando seguidores após as denúncias (Reprodução X/@ErikaHilton)

Dados e informação sobre violência doméstica no Brasil

Episódios de violência doméstica fazem parte de cruel estatística em nosso país. Conforme a 10ª Pesquisa Nacional de Violência contra a mulher (2023), 3 em cada 10 brasileiras já sofreram com agressões no lar. Os dados são coletados e divulgados bi-anualmente pelo Observatório da Mulher contra a Violência (OMV) e Instituto Data Senado.


Campanha: “em briga de marido e mulher, a gente salva a mulher” (Reprodução X/@maisbrasil)

Violência contra a mulher é crime e desde 2025 o Governo mantém serviço que atende mulheres em situação de vulnerabilidade. O número para denúncia propicia acolhimento das mulheres que sofrem agressões e está disponível sem custo 24 horas por dia. Caso conheça alguém que esteja passando por situação parecida, saiba que elas não estão sozinhas. Então, Disque 180 e denuncie!

STF estende a lei Maria da Penha para casais homoafetivos

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por unanimidade, estender a Lei Maria da Penha para casais homoafetivos formados por homens e mulheres travestis e transexuais. A decisão foi realizada em plenário na noite da sexta-feira, 21 de fevereiro. Os ministros acolheram a ação da Associação Brasileira de Famílias HomoTransAfetivas(ABRAFH), que de acordo com eles, o Congresso Nacional se omite ao não regulamentar sobre o assunto.

A expansão da Lei

Nesta semana o STF determinou que “todos os tipos de entidades familiares” devem ser protegidos pela lei.  Conforme a avaliação dos ministros, a lei vale para todas as mulheres com identidade social feminina, ou seja, para o sexo feminino quanto para o gênero feminino.
O ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo relatório do processo, expressou seu argumento em voto: “A conformação física externa é somente uma, mas não a única das características definidoras do gênero”.

“Entendo que, independentemente da orientação sexual da mulher, a proteção especial da lei vale tanto para as mulheres vítimas de violência doméstica quanto para lésbicas, travestis e transexuais com identidade social feminina que mantêm relação de afeto em ambiente familiar”, declarou o ministro.
Já no contexto dos casais homoafetivos compostos por homens, o STF concluiu que, frequentemente, essas relações apresentam uma dinâmica de dependência que reflete a violência presente em relacionamentos heterossexuais. Os magistrados adotaram o conceito de “pesquisa sociológica de gênero”, relacionado à distinção social entre os papéis atribuídos a homens e mulheres.

“Considerando que a Lei Maria da Penha foi editada para proteger a mulher contra violência doméstica, a partir da compreensão de subordinação cultural da mulher na sociedade, é possível estender a incidência da norma aos casais homoafetivos do sexo masculino, se estiverem presentes fatores contextuais que insiram o homem vítima da violência na posição de subalternidade na relação”, votou Moraes.

O supremo tribunal federal determinou que existe negligência por parte do congresso nacional em regulamentar o tema, o que, na opinião dos magistrados, pode resultar em uma falha da garantia de proteção e punição da violência domestica.


Foto destaque: Ministro Alexandre de Moraes (Foto: reprodução/Agência Brasil)

Lei Maria da Penha

Sancionada em 2006, a Lei Maria da Penha, criada em homenagem à Maria da Penha Fernandes, vítima de violência doméstica pelo ex-marido, estabelece medidas para proteger mulheres em situação de violência. Entre as ações previstas estão criar juizados especiais, a concessão de medidas protetivas de urgência, a fundação de casas de acolhimento e a oferta de assistência especializada para as vítimas.



Rafael Cardoso manda possível indireta para ex-sogra Sonia Bridi

O ator Rafael Cardoso compartilhou um vídeo em seu perfil no Instagram, nesta sexta-feira (06), com possível indireta para a ex-sogra, a jornalista Sonia Bridi, mãe de Mari Bridi, ex-esposa do ator. No vídeo, uma mulher simula ter sido agredida, no entanto, a câmera mostra a situação, a narração do vídeo alerta sobre ouvir os dois lados da história.

“Nem tudo é como pensamos… A narrativa contada por um lado só… pode ser aumentada ou distorcida”, escreveu o ator na legenda. Na publicação, Rafael deixou um link de um perfil que critica a situação referente às “injustiças” que envolvem términos de relacionamentos.


Vídeo que o ator compartilhou em seu perfil no Instagram (vídeo: reprodução/Instagram/@paivanasruas/@iddhbrasil)


O processo de Sônia Bridi contra Rafael

A jornalista Sonia Bridi entrou com uma ação judicial contra Rafael, o processo foi movido por violência patrimonial e psicológica. Segundo ela, em agosto do ano passado, o ator teria invadido sua residência e, durante um suposto ataque de fúria, teria destruído o veículo e objetos de valor de Sonia. Além disso, a jornalista afirmou que o pai de seus netos teria proferido ameaças contra ela.

Sonia teria citado a Lei Maria da Penha, com pedido de medida protetiva. Ela alega que Rafael apresenta risco para a família por supostamente fazer uso exagerado de álcool e drogas ilícitas, as informações são do colunista Gabriel Perline.

Rafael usou seu perfil no Instagram para se posicionar. Ele afirmou que o assunto era sobre um acontecimento do ano passado, e revelou que se trata de uma ação que está em segredo de justiça, e está fazendo o que precisa ser feito. Para finalizar, declarou que tudo serviu de aprendizado.

 “O que ficou lá atrás fica como aprendizado para a gente. Tudo que acontece com a gente na vida é aprendizado. Segue o baile porque não está morto quem peleia!”, disse ele.

O término do casamento 

Rafael e Mari tiveram um término conturbado, com acusações por meio de seus perfis no Instagram. O casamento acabou em dezembro de 2022. Eles tiveram dois filhos, Aurora, de 10, e Valentim, de 6 anos, frutos da união que durou 15 anos.

Rafael chegou a ficar mais de um ano longe sem ver os filhos pessoalmente, devido a uma medida protetiva solicitada por Mari.

As cláusulas polêmicas do contrato de divórcio de Cíntia Chagas são reveladas

A influenciadora mineira Cíntia Chagas, aproveitou o boletim de ocorrência, que fez contra o ex-marido, o deputado estadual Lucas Bove, como um meio para não precisar arcar com a multa contratual do divórcio, que está avaliada em 750 mil reais. A influenciadora alegou que estava sendo forçada por meio de chantagens a cumprir as cláusulas.

O contrato foi redigido no mês de agosto deste ano e exigia sigilo absoluto sobre tudo que fosse vivido na vida do casal.

As cláusulas 

O que surpreendeu foram as cláusulas impostas à empresária pelo então deputado estadual do Partido Liberal (PL), entre elas estava proibido que ambas as partes falassem uma sobre a outra, em especial sobre tudo que envolvesse a separação.



Outra cláusula também proibia Cíntia de usar sua equipe para editar vídeos antigos de Bove como forma de tentar manchar sua reputação, além de não pode usar o ex-ministro Ricardo Salles, para formar frente de direita.  

A influenciadora também estava proibida de discutir, apoiar, comentar e até mesmo se envolver nos assuntos políticos nos próximos 10 anos. Ainda nos autos do contrato, Lucas pede que não sejam criadas informações falsas sobre ele, ou que áudios sejam vazados, nos quais o mesmo esteja proferindo palavrões, e nada relacionado que possa lhe trazer danos à sua imagem.

O fato mais chocante que consta no documento é o fato de haver uma proibição inclusive de processá-lo de forma criminal.

Entenda o caso

O casamento de Cíntia Chagas com o deputado estadual Lucas Bove, durou apenas 3 meses, e a mesma precisou recorrer à Lei Maria da Penha, porém o deputado nega qualquer violência contra a influencer.

A influenciadora se pronunciou sobre o caso, em entrevista para o Purepeople: 

“Quando eu vi que já fazia quase dois meses que tinha me separado e que o ataque não cessava, e muitas pessoas estavam dando força para esse discurso, eu falei: ‘Bem, vou ter que dizer a verdade, porque, senão, vai ser muito complicado. O motivo da minha separação, conforme eu disse, é que tive de expor a situação. O que eu quis, inicialmente, foi ser uma pessoa discreta”.

A influencer também relatou que no boletim prestado contra o deputado, constam alegações de momentos em que o deputado a apertava com força em partes do seu corpo como os ombros e as pernas.

Lei Maria da Penha completa 18 anos com desafios persistentes

A Lei Maria da Penha, que se destaca como um marco na proteção dos direitos das mulheres, completa 18 anos nesta quarta-feira (7). Embora a legislação tenha avançado significativamente, a opressão contra as mulheres continua sendo um grave problema social no Brasil. Ao contrário de outros tipos de violência, a violência contra a mulher tem aumentado.

Dados oficiais indicam que o serviço Ligue 180, do governo federal, tem registrado um aumento constante nas denúncias de violência contra a mulher. Em 2021, foram 82.872 denúncias; em 2022, 87.794; e em 2023, 114.848. No primeiro semestre de 2024, o aumento continua em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo o Ministério das Mulheres, embora os números ainda não estejam consolidados.

O 18º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado em julho pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, revelou dados alarmantes sobre a violência contra a mulher. Em 2023, os casos de estupro aumentaram 6,5% em relação ao ano anterior, com um total de 83.988 ocorrências, o que equivale a um estupro a cada 6 minutos no Brasil. Esse é o maior número da série histórica iniciada em 2011, com as principais vítimas sendo meninas negras de até 13 anos. Esse aumento contrasta com a queda nas mortes violentas intencionais em 2023.

Especialistas apontam que a mistura de machismo e misoginia — o ódio e a repulsa às mulheres e tudo relacionado ao universo feminino — é um dos principais fatores para o aumento da violência contra a mulher. A advogada especialista em questões de gênero, Maíra Recchia, afirma que o Brasil ainda é um país extremamente machista e misógino.

O que é a Lei Maria da Penha?

Sancionada em 2006, a Lei Maria da Penha foi criada para combater a violência doméstica e familiar contra a mulher no Brasil. Nomeada em homenagem à farmacêutica Maria da Penha, que sobreviveu a uma tentativa de homicídio cometida pelo marido, a lei prevê medidas para proteger as vítimas, incluindo a criação de juizados especiais de violência doméstica, concessão de medidas protetivas de urgência e garantia de assistência às vítimas.

O não saber dos direitos

A ministra da Mulher, Cida Gonçalves, atribui o crescimento da violência a esses fatores e também ao desconhecimento dos direitos. Segundo ela, a Lei Maria da Penha ainda não chega a todas as partes do país. Em entrevista ao g1, a ministra destacou o momento de misoginia e ódio, a polarização no Brasil e a dificuldade em implementar a lei em todo o território nacional.

Um levantamento do Observatório da Mulher contra a Violência revelou que oito em cada dez mulheres se consideram mal informadas sobre a Lei Maria da Penha. Para ampliar o combate à violência, o Ministério da Mulher lançou o novo serviço 180, visando maior agilidade e integração com órgãos de polícia. Ellen Costa, coordenadora-geral do Ligue 180, afirmou que as atendentes estão sendo constantemente capacitadas para melhorar o atendimento e encaminhamento das denúncias.


Mulher em protesto contra o feminicídio, ano de 2016 (Foto: reprodução/Paulo Pinto/Agência PT)



Violência ‘constante e generalizada’

A promotora de Justiça do Ministério Público de São Paulo, Silvia Chakian, ressalta que a Lei Maria da Penha trouxe à tona uma forma de violência que permaneceu oculta por anos. Ela afirma que a violência contra as mulheres é persistente e endêmica, com índices alarmantes no Brasil e no mundo. A Lei Maria da Penha quebra a tradição de tolerância e omissão do Estado, da sociedade e da Justiça em relação a esse tipo de violência.

Ao longo dos anos, a lei passou por atualizações. Em 2023, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou mudanças para garantir que medidas protetivas de urgência sejam concedidas no momento da denúncia.

Especialistas destacam a necessidade de reduzir a desigualdade de gênero e ampliar o debate sobre o tema para solucionar o problema a longo prazo. Maíra Recchia enfatiza a importância da reeducação dos agressores para evitar a repetição de comportamentos agressivos. A promotora Silvia Chakian conclui que a violência contra a mulher é um fenômeno social que exige a participação masculina na solução do problema.

Em pré-candidatura para vereador, Alexandre Correa, ex de Ana Hickmann, fala sobre violência contra homens

Ex-marido da apresentadora Ana Hickmann, Alexandre Correa, divulgou em suas redes no final do mês de maio, sua pré-candidatura para vereador da cidade de São Paulo. Entre suas principais pautas, o empresário destaca à luta contra a falsa denúncia e alienação parental.


Alexandre Correa no vídeo publicado para sua pré-candidatura (reprodução/Instagram/@alexandrebellocorrea)

Em vídeo publicado no seu Instagram, Alexandre apresentou mais sobre sua pauta de violência contra os homens: “A violência contra homens em relacionamentos é um problema real, mas muitas vezes subnotificado. No vídeo de hoje, discutimos a dificuldade em obter estatísticas precisas sobre este tema. É crucial trazer mais visibilidade e apoio para todos que enfrentam essa realidade“, escreveu na legenda.

O fim do casamento com Ana Hickmann

Vale ressaltar que o empresário foi denunciado, em novembro do ano passado, pela apresentadora Ana Hickmann, por lesão corporal e violência doméstica, com base na Lei Maria da Penha. A justiça concedeu o divórcio para a apresentadora em maio deste ano.


Alexandre Correa e Ana Hickmann durante evento em São Paulo, em 2014 (reprodução/Bruno Poletti/F5Uol)

O crime aconteceu na antiga residência do casal em Itu, São Paulo. Conforme o boletim de ocorrência, realizado no dia da agressão, Ana Hickmann relatou à polícia que teve o braço pressionado contra uma porta e que o marido a ameaçou atingir na cabeça. Na mesma ocasião, ela requisitou uma medida protetiva contra o empresário, que segue vigente por tempo indeterminado.

As reações nas redes sociais 

A publicação do candidato gerou inúmeras e diversas reações. Em um mar de revolta por parte dos internautas, ainda houve um pequeno, e impressionante, apoio às pautas, e consequentemente, a candidatura de Alexandre.

“Mulheres usam Maria da Penha pra contar mentiras e perseguir seu ex. Isto tem que acabar”, comentou um dos usuários no post. “Ale, você é um dos homens que estão iniciando uma nova era! Infelizmente, mulheres mal intencionadas estão distorcendo a lei Maria da Penha para proveito próprio!”, afirmou outro. 

Mas, felizmente, a maioria dos comentários eram com sentimento de revolta e indignação: “Não é possível que esse cara é tão fora da realidade (…) Que palhaçada isso”, comentou um usuário abismado com o vídeo de candidatura de Alexandre. 

Diretrizes Jurídicas para Homens Sob Medidas Protetivas: Uma Visão Especializada

A Lei Maria da Penha representa um divisor de águas na luta contra a violência doméstica no Brasil, estabelecendo medidas protetivas de urgência para as vítimas. Contudo, a aplicação dessa lei também pode gerar questionamentos, especialmente quando um homem é intimado sobre tais medidas.

Para lançar luz sobre este delicado assunto e orientar os passos a seguir, conversamos com o Dr. Júlio Konkowski, CEO do Grupo KWS e referência nacional em defesas na Lei Maria da Penha.

Confira a entrevista na íntegra:

Dr. Júlio, quando um homem recebe a intimação de medidas protetivas, qual deve ser sua primeira reação?

— A primeira providência a fazer é respeitar a ordem judicial. As medidas protetivas são concedidas para garantir a segurança da vítima, e descumpri-las pode acarretar consequências graves, como a prisão preventiva. É essencial que o homem intimado compreenda a seriedade da situação e sempre respeite a autoridade judicial.

E após reconhecer a seriedade das medidas, qual seria o próximo passo?

— Sem dúvida, procurar um advogado especializado na Lei Maria da Penha. Comparo sempre à procura de um médico: se temos um problema de visão, buscamos um oftalmologista, não um cardiologista. Da mesma forma, frente a uma intimação de medidas protetivas, o ideal é buscar sempre um advogado com profundo conhecimento e experiência na lei Maria da Penha.

Há espaço para a defesa nesses casos? Como isso é feito?

— Certamente. A terceira providência é apresentar uma defesa de maneira rápida e consistente. É crucial não deixar de se defender. A pessoa inocente sempre tem algo a dizer, e deixar de se defender rapidamente pode transparecer indicativo de culpa, o que não é nada favorável à defesa. Uma defesa bem estruturada e apresentada de forma célere pode fazer toda a diferença, inclusive para a revogação das restrições.

Dr. Júlio, o senhor lidera o Grupo KWS, um dos maiores escritórios especializados na defesa sob a Lei Maria da Penha no Brasil. Como a especialização contribui para uma defesa mais eficaz?

— A experiência e o foco em casos atraídos pela Lei Maria da Penha permitem uma compreensão mais aprofundada tanto da legislação quanto da jurisprudência relacionada. Nosso trabalho é direcionado para entender cada caso em sua singularidade, garantindo uma defesa rápida, personalizada e eficaz. Além disso, a digitalização dos processos nos permite atuar em todo o território nacional, ampliando nosso alcance e capacidade de atendimento.

Em alguns casos, é verdade que as medidas protetivas vêm sendo aplicadas indevidamente. Como o senhor vê essa questão?

— A Lei Maria da Penha é um necessário instrumento de proteção das mulheres contra a violência doméstica. No entanto, em alguns casos é verdade que as medidas protetivas podem ser aplicadas de forma desproporcional e indevidas. Por isso, é importante que haja espaço para a defesa adequada, assegurando que os direitos de todas as partes envolvidas sejam respeitados e preservados.

Por fim, qual mensagem o senhor gostaria de deixar para quem for intimado de medidas protetivas?

— Minha principal mensagem é: respeite a lei, a justiça e busque orientação especializada. A defesa é um direito, e agir de forma rápida e informada é fundamental.

Sobre o Entrevistado:

Com quase duas décadas de advocacia, das quais quinze dedicadas especificamente à defesa na Lei Maria da Penha, Dr. Júlio Konkowski lidera o Grupo KWS, o maior e mais renomado escritório do Brasil especializado neste segmento.

Seu compromisso com a justiça e a defesa eficaz é reconhecido nacionalmente, estendendo-se por todo o território brasileiro graças à digitalização dos processos judiciais. Para mais informações ou consultas, Dr. Konkowski pode ser contatado através do e-mail: dr.julio@grupokws.com.br e 11.9.4013-7646.