Ministério Público investiga Bolsonaro por possível crime contra a honra de Lula

O Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT) iniciou uma investigação preliminar para apurar se o ex-presidente Jair Bolsonaro cometeu algum crime contra a honra do atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva. A suspeita surgiu após a divulgação de um material em redes sociais que associava o presidente Lula a violações de direitos humanos praticadas pelo regime do ex-ditador sírio Bashar al-Assad. O material, que supostamente foi compartilhado por Bolsonaro, ligava o governo de Lula a execuções de pessoas da comunidade LGBTQIAPN+ ocorridas na Síria.

A investigação, que inicialmente gerou uma pequena confusão sobre qual órgão seria o responsável, agora está a cargo da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). No começo, o Ministério da Justiça e Segurança Pública, liderado por Ricardo Lewandowski, havia solicitado à Polícia Federal (PF) que abrisse um inquérito. Esse pedido, feito em 7 de julho, é um procedimento padrão, pois a lei prevê que o Ministro da Justiça pode pedir a abertura de investigações sobre possíveis crimes contra a honra do presidente da República.

Mudança de competência leva investigação para a Polícia Civil do DF

No entanto, o MPDFT interveio no caso e argumentou que a competência para investigar esse tipo de crime é da Justiça estadual. Com essa manifestação, a investigação foi transferida da Polícia Federal para a Polícia Civil de Brasília. O caso chegou ao conhecimento do Ministério da Justiça por meio de uma denúncia feita por um cidadão.

A acusação contra Bolsonaro se concentra em um conteúdo divulgado em um aplicativo de mensagens. A imagem em questão, segundo a denúncia, buscava associar o presidente Lula ao regime de Bashar al-Assad, conhecido por sua repressão e por graves violações de direitos humanos, especialmente contra minorias.


Matéria sobre investigação contra Jair Bolsonaro por associar Lula ao regime do ex-ditador Bashar Al-Assad (Vídeo: reprodução/YouTube/Rádio e TV Justiça)

A queda de Bashar al-Assad e o impacto da associação feita por Bolsonaro

É importante contextualizar a situação de Bashar al-Assad. Recentemente, em dezembro de 2024, ele deixou o poder após quase 25 anos governando a Síria. Sua saída aconteceu após uma ofensiva rebelde que resultou em um período de transição no país. Essa informação reforça a gravidade da associação que teria sido feita, ligando o atual governo brasileiro a um regime autocrático e opressor que acabou de ruir. O desdobramento da investigação da PCDF definirá se a conduta de Bolsonaro será enquadrada como crime contra a honra e qual será o futuro do processo.

Trump endurece regras e veta participação de mulheres trans no esporte feminino dos EUA

A Casa Branca revelou medidas inéditas, restringindo a presença de atletas transgênero em eventos esportivos femininos em solo estadunidense. Em outras palavras, atletas trans inscritas em campeonatos nos EUA enfrentarão barreiras de entrada, essencialmente banindo-as dessas disputas.

Comunicado

Em um comunicado divulgado na segunda-feira passada, dia 4, o Serviço de Cidadania e Imigração dos EUA (USCIS) revelou uma alteração em suas normas para a aprovação de benefícios. A nova regra impede que indivíduos reconhecidos por eles como sendo do “sexo masculino” atuem em disputas esportivas femininas dentro do território americano. A nova diretriz proíbe que estrangeiros identificados por eles como do “sexo masculino”, participem de competições femininas no país.

O USCIS está fechando a brecha para atletas estrangeiros do sexo masculino, cuja única chance de vencer esportes de elite é mudar sua identidade de gênero e usar suas vantagens “, resaltou o porta-voz da USCIS, Matthew Tragesser.

E concluiu justificando a decisão dizendo que a medida visa garantir segurança, justiça e integridade nas competições, ressaltando que apenas atletas do sexo feminino devem receber o visto para participar de esportes femininos nos Estados Unidos.

Com o anúncio da medida, o USCIS relatou que a decisão segue o lei assinada por Trump em 5 de fevereiro de 2025 (decreto 14.201), em que impede que mulheres trans paraticipem de disputas femininas. Em julho, ainda como reação ao mesmo decreto, o Comitê Olímpico dos EUA comunicou que mulheres trans estavam impedidas de competir em categorias femininas.


Post sobre mais diversidade no esporte (Foto:reprodução|Instagram|@atletas._.trans)


Postura de Trump

Mesmo antes de ser eleito, Donald Trump já adotava um discurso contrário à pauta transgênero, prometendo “deter a loucura transgênero” desde o primeiro dia de seu mandato. Em 28 de janeiro, pouco mais de uma semana do seu começo de segundo mandato, ele já assinou um decreto que bania pessoas trans nas Forças Armadas dos EUA.

Agora, a expectativa é saber se os Estados Unidos, que sediarão os próximos Jogos Olímpicos em 2028, terão influência para pressionar por medidas de alcance global sobre o tema. O que já se sabe é que a decisão deve impactar diretamente a participação de atletas transgêneros nas competições.

“Heartstopper” chega com 100% de aprovação no Rotten Tomatoes

A tão aguardada 3ª temporada de Heartstopper está prestes a estrear e já conquistou a maior nota de aprovação da crítica especializada. A série, baseada nas webcomics e histórias em quadrinhos de Alice Oseman, já alcançou 100% de aprovação no Rotten Tomatoes, com base nas primeiras seis críticas, reforçando o sucesso contínuo da produção. A trama, que explora o relacionamento de Charlie Spring (Joe Locke) e Nick Nelson (Kit Connor), apresenta novos desafios na vida escolar e amorosa dos protagonistas.

Nas temporadas anteriores, vimos Charlie e Nick descobrirem que seu vínculo vai além da amizade, e agora, com a relação consolidada, eles enfrentam um novo dilema. A sinopse oficial indica que o casal está pronto para dar o “próximo passo”, se aproximando cada vez mais, mas tendo que encarar o maior obstáculo de seu relacionamento até agora. Essa evolução promete manter o público cativado, especialmente os fãs da temática LGBT+, que se identificam com as vivências autênticas retratadas na série.


Trecho da 3º temporada da série “Heartstopper” (reprodução/instagram/netflixbrasil)


Alta popularidade e expectativas do público

A série continua a ser uma grande produção dentro do catálogo da Netflix, especialmente para os adolescentes que procuram histórias de amor e aceitação com um toque de representatividade. Heartstopper se destacou desde a primeira temporada, e tudo indica que a 3ª temporada não vai decepcionar, elevando ainda mais a narrativa. Com personagens cativantes a série embala os telespectadores com temas importantes e atuais como: , romance na adolescência, homofobia, saúde mental e as dificuldades de lidar com a própria sexualidade.

Quando e como assistir à nova temporada

Os fãs não terão que esperar muito mais. A 3ª temporada de Heartstopper, composta por 8 episódios, será lançada na Netflix nesta quinta-feira, 3 de outubro, às 4h da manhã (horário de Brasília). Como de costume, a plataforma disponibilizará todos os episódios de uma só vez, permitindo que o público possa maratonar a temporada no tempo que desejarem.

Joaquin Phoenix pode ser processado após desistência em filme

Após abandonar o longa-metragem de romance gay (Segredos de um Escândalo), agora cancelado, Joaquin Phoenix pode ter que responder a um processo judicial.

De acordo com o Hollywood Reporter, o ator causou grande impacto em uma comunidade de produtores, e alguns deles estariam considerando seriamente a possibilidade de ingressar com uma ação contra ele na justiça. De acordo com fontes do The Hollywood Reporter, a decisão de Phoenix de abandonar o projeto representa uma violação do contrato escrito e verbal de estar envolvido no projeto. Outra fonte anônima afirma ao site que o abandono é um hábito na carreira de Phoenix.

Danny Ramirez (Top Gun: Maverick) protagonizaria o longa ao lado do ator. No longa-metragem, acompanharíamos a história dos dois amantes que deixariam a Califórnia em direção ao México. Haviam indícios de que o filme traria cenas envolvendo uma grande intimidade entre os protagonistas.


Joaquin Phoenix em cena de filme (Foto: reprodução/X/@Omelete)

Insegurança do protagonista

Diversos veículos apontam prejuízos de milhões para todos os envolvidos na produção, desde investidores até a equipe de filmagem. De acordo com relatos de pessoas próximas, o ator tomou essa decisão por estar inseguro quanto à preparação para seu papel no romance gay sem título, que se desenrolaria nos anos 1930. Contudo, nenhum dos envolvidos sequer discutiu o motivo pelo qual ele ficou inseguro. A saída pegou a todos de surpresa, pois, foi o próprio Phoenix quem apresentou o projeto para Haynes e a produtora Killer Films, de Christine Vachon e Pamela Koffler.

Diretora se pronuncia após saída de Phoenix

Christine Vachon, diretora do então filme, usou seu Facebook para falar sobre a situação, além de rebater as críticas de alguns internautas sobre produção ter escalado “inadequadamente” o ator para um papel gay. A produtora do longa afirmou que a saída de Joaquin Phoenix foi um pesadelo, e que se alguém estiver tentando apontar o dedo ou advertir que “é isso que se ganha por escalar um ator hetero para um papel gay”, que era melhor evitar esses comentários, afirmando também que este era um projeto que ele mesmo havia trago e que o histórico da Killer Films em trabalhar com atores, equipes e diretores LGBTQ+ fala por si só.

Grindr: aplicativo para a comunidade LGBTQIAP+, bloqueia funções na Vila Olímpica

O começo desta semana foi marcado pela chegada dos atletas na Vila Olímpica em Paris, contudo, um acontecimento inusitado se mesclou com o episódio e chamou a atenção: o bloqueio de algumas funções do aplicativo Grindr, especialmente na área localizada aos arredores da Vila Olímpica.

Novo funcionamento do Grindr

No início desta semana, o relato de vários usuários do X, antigo Twitter, revelou que o aplicativo voltado para a comunidade LGBTQIAP+, Grindr, apresentou bloqueio e novas funções que causaram certa curiosidade e polêmica.


Postagem de um dos usuários do Grindr em outra rede social após a mudança do funcionamento do App (foto: reprodução/X/ @LouisPisano)


O aplicativo tornou indisponível a possibilidade de explorar a localização de outros usuários pelo mapa, principalmente na Vila Olímpica e seus arredores, além de bloquear a opção de ver quem está usando o aplicativo dentro do lugar. Fora estas alternativas, outros controles foram anunciados e disponibilizados para os usuários como o envio de mensagens ilimitadas que podem desaparecer ou ser canceladas após envio independente do plano do indivíduo. A desativação de capturas de tela para imagens de perfil, mídia e bate-papo também fazem parte das novas regras de funcionamento, além da também desativação de vídeos privados destinado à Vila. Recursos de denúncia de bate-papos recentes agora fazem parte das funções juntamente com outros recursos de segurança.

Justificativa da plataforma

Toda a nova estratégia de segurança se deu em prevenção a possíveis exposições criminosas para atletas e usuários comuns, especialmente após um famoso caso acontecido nas Olímpiadas do Rio em 2016, quando um jornalista britânico usou do aplicativo para escrever um artigo expondo os atletas homossexuais. Outras prevenções já tinham sido tomadas após o grande caso, como a desabilitação de recursos baseado em localização dentro da Vila Olímpica das Olimpíadas de Inverno de Pequim em 2022.

Em declaração no site, o Grindr justificou: “Se um atleta não for assumido ou vier de um país onde ser LGBTQ+ é perigoso ou ilegal, usar o Grindr pode colocá-lo em risco de ser exposto por indivíduos curiosos que podem tentar identificá-lo e expô-lo no aplicativo” .

Por mais que haja tais restrições, os atletas ainda podem usar o aplicativo normalmente, inclusive entrando em contato com outros usuários próximos. A plataforma ainda salientou que esta foi uma maneira segura de garantir que atletas da comunidade pudessem se conectar com outras pessoas de forma autêntica e sem se preocupar com olhares curiosos ou atenção indesejada.

Chappell Roan alcança Top 10 em sua primeira aparição na Billboard Hot 100 

A nova queridinha da indústria musical está deixando sua marca por onde quer que passa e todo o seu barulho está dando um resultado especialmente positivo. Chappell Roan, de apenas 26 anos, amplifica o cenário para figuras queer e engrandece mais uma vez a comunidade LGBTQIAP+. 

“Good Luck, Babe!” na Billboard Hot 100

Após estourar nas redes sociais com a música “Good Luck, Babe!”, só se ouve falar de Chappell Roan. O single que já passa dos 290 milhões streams apenas no Spotify foi responsável pela entrada da cantora no Top 10 do Hot 100, tornando-se sua primeira presença na parada musical americana de maior sucesso. 


Top 10 da Billboard Hot 100 (Foto: reprodução/ X/ @billboardcharts


Com um sabor de pop nostálgico, passeando pela memória de um ambiente dos anos 2000, “Good Luck, Babe!” te encanta com uma batida frenética viciante e vocais impecáveis de Chappell Roan. Em uma narrativa dramática, mascarada pela energia agitada da música, o eu-lírico conta a experiência sáfica de não querer esperar pela percepção alheia de estar perdendo o amor de sua vida apenas por não aceitar quem realmente é, alguém parte da comunidade LGBTQIAP+. Na trajetória contada na música, o eu-lírico apenas se cansa de esperar pelo florescimento de uma relação praticamente unilateral e deseja “boa sorte” na busca de autoconhecimento e assimilação para a parceira.  

O hit se tornou febre em redes como o Tiktok, onde um trecho da música viralizou e fez com que várias pessoas da comunidade, especialmente mulheres sáficas (sejam cisgênero, transgênero ou gênero fluido), se sentiram acolhidas após passarem por experiências parecidas. A força da música e a destreza da letra cativaram não só o público-alvo da canção como muito além disso, transformando o single em um majestoso estouro para Chappell Roan.  

Um pouco sobre Chappell Roan

Com apenas 26 anos, a cantora pop já acumula cerca de 30 milhões de ouvintes mensais além de ter tido destaque no Top 10 do Spotify Global, parada do Spotify onde mostra as músicas do momento no mundo.  

Conhecida como Chappell Roan, Kayleigh Rose Amstutz é o nome por trás de toda a arte que compõe Roan. Nascida em Willard, Missouri, nos Estados Unidos, Chappell iniciou sua carreira aos 17 anos ao assinar com uma gravadora de prestígio, porém, suas atividades para com a indústria foram estagnadas por um tempo após rejeitar a gravadora cinco anos mais tarde. Nesse tempo, Roan começou a trabalhar como barista e juntou meios para continuar com sua vida artística até seu caminho se encontrar com a Island Records and Amusement, de Daniel Nigro.  


Chappell Roan em fotos promocionais em seu Spotify (Foto: reprodução/ Chappell Roan/ Spotify)

Tal parceria rendeu o lançamento do seu álbum de estreia “The Rise and Fall of a Midwest Princess”, em 2023. O álbum com 14 músicas já tem todas as faixas passando dos dez milhões de reproduções e duas delas batendo na marca de mais de 100 milhões.  

Alguns de seus outros trabalhos foram seu single “Good Hurt”, de 2017 além do o EP “School Nights” do mesmo ano. Os singles “Bitter” e “School Nights” de 2018, e os singles “Love Me Anyway” e “California”. Outros singles também fazem parte de sua discografia.  

Reynaldo Gianecchini comenta críticas que recebeu após escalação no musical ‘Priscilla’

Neste domingo (30), Reynaldo Gianecchini participou do quadro “Dança dos Famosos” durante o “Domingão com Huck” e comentou sobre as críticas que recebeu quando foi escalado no musical “Priscilla, a Rainha do Deserto”. O ator vive uma drag queen na peça que está em cartaz em São Paulo atualmente e falou também sobre o processo de composição do personagem e como o papel é um marco na sua carreira. 

Críticas pela escalação

Reynaldo foi um dos convidados do programa para integrar o júri artístico da semana do “Dança dos Famosos” e contou que enfrentou seus medos no musical. “Foi um processo de me desafiar, de enfrentar os meus piores medos, isso de me sentir acolhido, potente, com fragilidades e limitações, mas sendo eu”, declarou o ator, admitindo que o papel é um dos mais importantes que já fez na sua carreira. 


Reynaldo Gianecchini ao lado de Luciano Huck e Juliana Paes no programa (Foto: reprodução/Instagram/@reynaldogianecchini)


A escalação de Reynaldo na peça causou polêmicas e muitas críticas vindo do público, “tinham os homofóbicos, que não queriam o galã da TV naquele papel; a galera dos musicais, que achava que eu estava roubando o lugar de um deles; e da galera LGBT, que dizia que eu não era um bom representante.” O artista admite que, hoje, após a estreia da peça, é gratificante ver a recepção das pessoas, ele também afirma que toda a equipe trabalha para oferecer um espetáculo e que, quando isso acontece, todo o preconceito desaparece. 

“Porque quando você vai ver lá, é isso: é sobre a gente estar lá. Artista exaltando essa arte!”

Reynaldo Gianecchini

O ator Diego Martins, que também está no elenco do musical, defendeu o colega e elogiou como Reynaldo vem se arriscando com o papel. “Sua humildade em aprender e sua paixão em mostrar ao mundo a beleza da cultura drag são inspiradoras”, afirmou Diego, dizendo ainda que Gianecchini tira a arte drag de um local marginalizado. 

A peça Priscilla 

O musical “Priscilla, a Rainha do Deserto” foi baseado no filme, de mesmo nome, do diretor Stephan Elliott, produzido em 1994. Na história, duas drag queens e uma mulher transexual são contratadas para fazer um show no deserto australiano, elas embarcam numa van chamada Priscilla e passam por desafios até chegarem ao local do show. 


Reynaldo Gianecchini caracterizado como Mitzi no musical (Foto: reprodução/Instagram/@priscillaarainhadodesertobr)


O filme ganhou uma adaptação para o teatro em 2006 e já foi performado em diversos países do mundo, no Brasil, sua primeira montagem aconteceu no ano de 2012 e tinha no elenco os atores Luciano Andrey, André Torquato e Ruben Gabira. 

A montagem do ano de 2024, além de Reynaldo Gianecchini, possui também os atores Wallie Ruy, Diego Martins e a atriz Verónica Valenttino. O espetáculo está em cartaz no Teatro Bradesco em São Paulo e deverá encerrar suas apresentações no dia 1 de setembro.  

Saiba o significado de LGBTQIAPN+ e motivos de mudanças ao longo dos anos

O Dia do Orgulho LGBTQIAPN+, comemorado nesta sexta-feira (28), reforça a importância do respeito e luta pelos direitos das pessoas desse grupo. A sigla, que começou sendo GLS (gays, lésbicas e simpatizantes), passou por mudanças ao longo dos anos até chegar ao que é atualmente. A troca foi feita para incluir todo tipo de diversidade que existe.

Mudanças ao longo dos anos

Até 2008 era comum utilizar a sigla GLS, mas ela não era considerada inclusiva. Após discussões, optou-se por usar LGBT. As letras B e T foram adicionadas para incluir pessoas bissexuais, trans e travestis. Além disso, o L foi colocado na primeira posição, para dar mais visibilidade às lésbicas. 


Sigla LGBTQIAPN+ representa a luta por direitos dessa comunidade (Reprodução/Alexander Grey/Unsplash)

Essa forma foi utilizada até 2013, quando pessoas que não se consideravam representadas lutaram por sua inclusão, fazendo com que letras fossem adicionadas.

Significado de cada letra

L =  Lésbicas – mulheres atraídas sexual ou afetivamente por mulheres

G = Gays – homens atraídos sexual ou afetivamente por homens

B = Bissexuais – pessoas atraídas sexual ou afetivamente por mais de um gênero

T = Transgêneros e travestis = pessoas que não se identificam com o gênero que nasceram

Q = Queer – pessoas que não se identificam com expressões de gênero e sexualidade heteronormativas.

I = Intersexo – pessoas que não se identificam com as características biológicas típicas dos sexos masculino ou feminino.

A = Assexuais, agênero ou arromânticos – pessoas que não sentem atração sexual por outras

P = Pansexuais e polissexuais – pessoas atraídas por outras, sem considerar o gênero.

N = Não-binários –  pessoas que não se identificam totalmente com um único gênero ou se identificam com vários.

+ = outras identidades e orientações sexuais não mencionadas, reconhecendo a diversidade dentro da comunidade. 

Escolha da data 

A escolha do dia 28 de junho é uma homenagem à Revolta de Stonewall, que ocorreu em Nova Iorque no ano 1969. Na ocasião, policiais invadiram violentamente um bar frequentado por pessoas da comunidade LGBTQIAPN+ e prenderam uma lésbica. 

A situação indignou as pessoas e motivou protestos que duraram dias. Marsha P., mulher trans negra, foi um nome de destaque nessa luta e uma das organizadoras da primeira Parada do Orgulho Gay, evento que ocorre até os dias de hoje em diversos lugares do mundo. 

Sexo homossexual é descriminalizado pela Justiça da Namíbia

Nesta sexta-feira (21), o Tribunal Superior da Namíbia decidiu que as leis coloniais eram inconstitucionais, já que proibiam e criminalizavam o sexo entre dois homens. Essa decisão foi uma grande vitória para a comunidade LGBTQIA + da Namíbia. 

O ativista namibiano Fredel Dausab, apresentou o caso para a corte juntamente com o apoio da organização não governamental britânica Human Dignity Trust. 


Ativistas comemoram nas ruas após decisão da corte namibiana (Foto: reprodução/Nyasha Nyaungwa/Reuters)

Em entrevista à Reuters, o ativista destacou sua satisfação e alegria após saber da decisão do tribunal à favor da descriminalização do sexo entre dois homens: “Não será mais um crime amar”, afirmou ele. 

Sobre a lei 

De acordo com a ILGA, organização internacional que apoia os direitos da comunidade LGBTQIA + , a relação consensual entre dois homens é proibida em mais da metade dos 54 países do continente africano. 

De acordo com Téo Braun, diretora da Dignity Trust, essa vitória traz uma energia renovada para que haja esforços para a descriminalização de outros casos como este no continente africano. 

Os defensores dos direitos humanos afirmam que apesar da sodomia e crimes sexuais não naturais serem raros na Namíbia, a discriminação contra a comunidade LGBTQIA+ foi perpetuada por essa lei e criaram um medo em homens gays de serem presos. 

O professor da Universidade da Namíbia, John Nakuta, afirma que a ordem do tribunal pode ser apressada pelo governo da Namíbia por 21 dias. 

Herança das leis coloniais

Após a sua independência da África do Sul em 1990, a Namíbia herdou suas leis coloniais, onde o sexo entre dois homens eram crime. 

A África do Sul desde então descriminalizou o ato sexual entre duas pessoas do mesmo sexo e é o único país da África que permite que casais homossexuais adotem crianças, se casem e se unam de forma civil. 

Em 2023, a Uganda fez a promulgação de leis severas contra a comunidade LGBTQIA+, onde incluíam a pena de morte para a homossexualidade agravada, apesar do Ocidente condenar tais decisões. 

O co-fundador do Movimento pela Igualdade dos Direitos da Namíbia, Omar Van Reenen, comemorou a decisão do tribunal, afirmando que a comunidade LGBTQI+ poderia finalmente conquistar sua cidadania. 

Tailândia legaliza casamento homoafetivo: um marco na igualdade de direitos

Nesta terça-feira (18), a Tailândia se tornou o primeiro país do sudeste asiático a legalizar o casamento homoafetivo. O Senado aprovou a lei com 130 votos favoráveis, quatro contrários e 18 abstenções. A lei entrará em vigor após 120 dias de sua publicação no Diário Oficial da Tailândia.

Essa decisão histórica coloca a Tailândia na vanguarda dos direitos LGBTQ+ na região, destacando-se em um contexto em que muitos países asiáticos ainda mantêm leis restritivas em relação à comunidade LGBTQ+. A legalização do casamento homoafetivo na Tailândia é vista como um marco significativo para a igualdade de direitos e um passo importante no combate à discriminação e ao preconceito.


Ativistas nas ruas da Bangkok (foto: reproduçao/Getty imagens)


Reação dos Ativistas e Reformas Sociais

O ativista Plaifah Kyoka Shodladd, que trabalhou na comissão de análise do texto enviado aos senadores, disse estar muito orgulhoso de todos que estão participando deste momento histórico, e completou dizendo: “Hoje o amor derrotou o preconceito.”

O país, que vive sob uma monarquia governada pelo rei Maha Vajiralongkorn, tem passado por várias reformas sociais e políticas. Em 2023, o porta-voz do governo, Chai Wacharonke, afirmou que o Ministério da Justiça estava se preparando para submeter ao gabinete um projeto de lei sobre antidiscriminação para aprovação, com o objetivo de reduzir a desigualdade na sociedade. O avanço nos direitos LGBTQ+ é parte de um movimento mais amplo de modernização e progresso, refletindo mudanças nas atitudes e valores da sociedade tailandesa contemporânea.


Tunyawaj Kamolwongwat (foto: reprodução/acom.org)

Impacto e futuro das reformas

Tunyawaj Kamolwongwat, deputado do partido político tailandês Movimento em Frente, já vinha lutando pela necessidade de alterar o artigo 1448.º do Código Civil e Comercial no que diz respeito à igualdade no casamento. Hoje, diante dos repórteres, ele declarou que a reforma é uma vitória para os tailandeses.

Este evento marca uma vitória importante para os ativistas de direitos humanos e grupos LGBTQ+ que têm lutado por anos para alcançar a igualdade. A promulgação desta lei não apenas garante direitos legais aos casais do mesmo sexo, mas também envia uma mensagem poderosa de aceitação e respeito para toda a comunidade LGBTQ+ no sudeste asiático e além.