Estado de calamidade é reconhecido pelo Governo Federal no Rio Grande do Sul

O governo federal reconheceu, neste domingo (05), estado de calamidade em 336 municípios do estado do Rio Grande do Sul. A decisão ocorreu devido às fortes chuvas que provocaram inundações na região, considerado seu pior desastre climático.

Após o reconhecimento do estado de calamidade, os municípios poderão receber repasses de verbas federais com mais facilidade para auxílio dos locais afetados pelas chuvas que acontecem desde 29 de abril.

Visita do Presidente Lula ao estado

O presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) foi até o estado e realizou uma comitiva para conversar sobre a situação atual do estado e compartilhar medidas para auxiliar a região.

Também estavam presentes na comitiva o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), Edson Fachin, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), além de ministros do governo. Lula defendeu que os ministérios devem oferecer apoio para a reconstrução do estado.

O presidente Lula afirmou que o Rio Grande do Sul sempre ajudou o Brasil e está na hora do país retribuir. Lula também declarou que os deputados devem conversar sobre uma medida “totalmente extraordinária” que garanta o auxílio financeiro ao estado.

Já o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, destacou que a burocracia deve ser retirada para auxiliar o Rio Grande do Sul. Pacheco citou o exemplo da PEC de Guerra, que durante a pandemia autorizou o uso de dinheiro público fora das regras de controle fiscal.

Mortes e desaparecidos


Grande enchente atinge o Rio Grande do Sul. (Foto: Reprodução/X/@nexta_tv)

O Diário Oficial da União publicou a lista completa dos 336 municípios, incluindo a capital do estado, Porto Alegre. 78 mortes já foram confirmadas pela Defesa Civil do Rio Grande do Sul em boletim divulgado neste domingo. 105 pessoas também estão desaparecidas e 175 estão feridas. É estimado que 844 mil pessoas tenham sido afetadas.

Devido às inundações, muitos gaúchos ainda esperam por resgate e várias regiões estão sem acesso à energia e água. 

É previsto que a cheia do Rio Guaíba, que inundou ruas da capital, Porto Alegre, leve alguns dias para retornar a níveis seguros. O sistema antienchente da capital está em seu limite e não consegue dar conta de conter as águas do rio em alguns pontos. Em mediação realizada nesta segunda-feira (06), o patamar chegou a 5,26 m, sendo que o limite é de 3 m.

Saúde é a principal preocupação dos brasileiros segundo pesquisa

O percentual de pessoas que tem se preocupado com o assunto saúde é o maior desde o fim da pandemia de Covid-19 em 2021. Epidemia de dengue é a responsável pela preocupação da sociedade.

Informações da pesquisa

De acordo com uma pesquisa feita pelo Instituto Ipsos, a saúde coletiva se tornou uma das maiores angústias da população. No mês de abril, 42% indicaram que o assunto ainda é um desafio para o Brasil, percentual que era de 37% em março. O Instituto Ipsos realiza a pesquisa em 29 países e o Brasil é o país que possui o dobro das menções globais à saúde.

Essa aflição com o tema aumentou nos últimos meses devido aos altos casos de dengue no país, que já resultaram em 1.792 mortes confirmadas segundo dados do Ministério da Saúde. Em outro levantamento divulgado pelo Ipec, 42% da população avaliou o governo Lula como ruim ou péssimo e 29% considerou como bom ou ótimo. Apenas segurança pública e combate à inflação possuem avaliações tão negativas.


Saúde tem sido preocupação alarmante por brasileiros (foto: reprodução/Joao Paulo Burini/Getty Images Embed)


Além disso, Marcos Caliari, CEO da Ipsos, destaca que, pela segunda vez desde que Lula foi eleito, 53% da sociedade acredita que o país esteja na direção errada enquanto outros 47% enxergam que o país está no rumo certo.

Isso só havia acontecido em dezembro de 2023, quando o rumo errado atingiu 51% e depois voltou a cair

Marcos Caliari

Caliari ainda acrescentou que recuo de 4 pontos percentuais das pessoas que demonstra a situação negativa em que o governo atual se encontra na visão da população brasileira.

Preocupações

Desde o final de 2023, crimes e segurança foram umas das maiores angústias da população brasileira, sendo esta última mencionada por 44% em uma pesquisa recente. Como consequência, Brasil mudou de sexta para oitava posição no ranking de países que tentam combater a violência. O país foi superado por Argentina (45%) e Colômbia (41%).

Um terceiro tema que preocupa 37% dos brasileiros é a pobreza e desigualdade social. Essa preocupação é comumente manisfestada pela Indonésia, onde 48% afirma que esse assunto é um vião no país.

No entanto, 34% da população global acredita que a inflação seja a maior das angústias. Para os argentinos, americanos e brasileiros, essa também uma questão crucial. Apenas Hungria e Canadá desmonstraram preocupação maior com a saúde em relação ao Brasil, respectivamente, em 65% e 46%.

Todos os dados desse levantamento foram coletados pela pesquisa What Worries The World realizado em 25.302 pessoas de 29 países, no período entre 22 de março a 5 de abril. No Brasil, a pesquisa contou com mil pessoas entre 16 e 74 anos. O levantameno ainda afirma que a amostra corresponde a pessoa que estão concentradas nos centros urbanos, com maior poder aquisitivo e elevado nível educacional.

Lula cria programa de renegociação de dívidas e estímulo ao crédito para pequenas empresas

O presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) irá promover o programa de criação de linhas de crédito “Acredita”, nesta segunda-feira (22), em evento no Palácio do Planalto. O projeto também contará com o “Desenrola” e será destinado a microempreendedores individuais (MEIs), microempresas e empresas de pequeno porte.

Crédito para pequenas empresas

O programa Acredita conta com a medida provisória (MP) que possibilita linhas de crédito para MEIs e microempresas com faturamento de até R$ 360 mil. Nomeada como Procred 360, os participantes do projeto terão acesso a uma linha de crédito especial com taxas de juros competitivas. 

Uma das medidas do Acredita tem como objetivo facilitar o alcance de empréstimos a inscritos no Cadastro Único (CadÚnico) para a criação ou fortalecimento de negócios administrados por pessoas de baixa renda. Capacitações e orientações aos micro empreendedores devem ser oferecidas pelo Serviço Brasileiro de apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). 


Lula pretende elevar sua aprovação nessa parcela de civis (Foto: reprodução/Andressa Anholete/Getty Images Embed)


Renegociação de dívidas

Também será proposto o Desenrola Pequenos Negócios para renegociar dívidas de MEIs, microempresas e empresas de pequeno porte. O funcionamento do programa irá se assemelhar ao Desenrola Brasil, outro projeto do governo lançado em 2023 para renegociar dívidas de pessoas físicas e limpar o nome de brasileiros endividados. O plano, que estava previsto para funcionar até dezembro do ano passado, foi estendido até maio. 

O ministro das Micro e Pequenas empresas, Márcio França, explicou que as empresas terão até seis meses de carência ao financiarem débitos pelo Desenrola, ou seja, neste período não haverá pagamento de parcelas. O limite de parcelamento não foi informado pelo ministro. 

O novo programa também propõe refinanciar dívidas oriundas do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), que permitiu empréstimos aos pequenos negócios a fim de aliviar os impactos da pandemia de Covid-19 no setor. É esperado que as taxas de juros fiquem em uma média de 8% ao ano, o que equivale à metade do que é cobrado pelo Pronampe.

A previsão é que o Fundo de Garantia de Operações (FGO) assegure o pagamento dos empréstimos.

STF mantém multa de R$ 70 mil ao Bolsonaro por impulsionar vídeo contra Lula

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) negou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para anular uma multa de R$ 70 mil imposta pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que alegou irregularidades no impulsionamento de um vídeo com críticas ao então candidato Luiz Inácio Lula da Silva durante a campanha eleitoral de 2022. O ministro Flávio Dino, relator do caso, fundamentou sua decisão destacando que o STF não pode revisar as provas apresentadas na decisão do TSE.

Irregularidades no impulsionamento

Durante a campanha eleitoral de 2022, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) impôs uma multa de R$ 70 mil a Jair Bolsonaro por ter impulsionado um vídeo com ataques a Luiz Inácio Lula da Silva, então candidato. Segundo a Justiça Eleitoral, a ação configurou irregularidade, pois apenas publicações que promovam uma candidatura são permitidas, não críticas.


Adicionalmente, o TSE destacou a ausência de identificação clara da campanha do ex-presidente, que concorria à reeleição, justificando a aplicação da multa, cujo valor foi o dobro do montante gasto no impulsionamento (R$ 35 mil).


Saiba mais sobre o recurso de Bolsonaro (Vídeo:reprodução/YouTube/Uol)


Decisão do STF e análise do relator

A decisão da Primeira Turma do STF, confirmada pelo relator Flávio Dino, foi baseada no entendimento de que a Corte não possui competência para revisar as provas apresentadas no processo do TSE. Dino ressaltou que, para considerar a alegação da defesa de Bolsonaro sobre a “desproporcionalidade” da punição, seria necessário reavaliar o conjunto probatório dos autos, o que não é competência do STF nesse contexto.

Segundo o ministro Flávio Dino, “para concluir de forma diversa, no sentido de que não ocorreram a publicidade negativa e as demais irregularidades, bem como avaliar a proporcionalidade, ou não, entre as condutas censuradas e a sanção aplicada seria necessário revisitar o caderno probatório dos autos”.

Além do relator, os ministros Alexandre de Moraes, Carmen Lúcia e Luiz Fux acompanharam a decisão de manter a multa. Cristiano Zanin, ex-advogado do presidente Lula, se declarou impedido de analisar o recurso da defesa de Bolsonaro.

Fux autoriza investigação contra Nikolas Ferreira por declarações contra Lula durante evento da ONU

O Ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a abertura de um inquérito pela Polícia Federal para investigar o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) por declarações feitas durante a Cúpula Transatlântica da ONU em novembro de 2023, onde ele chamou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de “ladrão”. A decisão veio após um pedido do Ministério da Justiça, atendendo a uma solicitação de Lula, que se sentiu ofendido pelas declarações do parlamentar.

A medida foi tomada no mesmo dia em que o empresário Elon Musk elogiou Ferreira por criticar o STF e o presidente Lula, aumentando a repercussão do caso.

Fux concedeu um prazo de 60 dias para a Polícia Federal realizar as diligências iniciais no caso, que visa investigar se houve crime de injúria por parte do deputado.


Deputado Nikolas discursa na ONU e critica figuras artísticas que apoiaram Lula durante as eleições de 2022 (Foto: reprodução/Instagram/nikolasferreiradm)

Questão de injúria ou liberdade de expressão

A controvérsia em torno do caso trata a questão da imunidade parlamentar, já que a Procuradoria-Geral da República (PGR) considera que as declarações de Nikolas podem constituir injúria ao presidente. A PGR argumenta que a imunidade parlamentar não se estende a situações fora do escopo das funções legislativas do deputado.

O inquérito autorizado por Luiz Fux contra Nikolas Ferreira abre debates sobre a liberdade de expressão e a independência das instituições democráticas no Brasil, enquanto investiga as declarações do deputado durante um evento internacional.

Argumentação do deputado

Nikolas reagiu à decisão de Fux, alegando que a abertura do inquérito ocorreu após ele começar a pedir mais informações sobre as denúncias do empresário Elon Musk. Em contra-argumento, o deputado a possibilidade de um cidadão comum não poder criticar um político condenado em três instâncias por corrupção.

“Imagine como vai ser com um simples cidadão brasileiro, que não pode chamar um político condenado em três instâncias de ladrão e envolvido até o pescoço em casos de corrupção. Hoje sou eu, amanhã é você”, declarou Nikolas em sua própria defesa.

No Brasil, a liberdade de expressão é protegida, mas limitada quando entra em conflito com direitos fundamentais. A imunidade parlamentar protege políticos de certas acusações, mas não de críticas justificadas.

O direito à honra se aplica a todos os cidadãos, exigindo evidências para acusações graves. Contexto e provas são essenciais ao avaliar declarações públicas. A responsabilidade legal pode ser buscada por difamação ou injúria. Assim, a liberdade de expressão deve ser exercida com responsabilidade, evitando danos à reputação alheia e baseando-se em fatos concretos.

Após ataques de Elon Musk a Moraes, a PF pretende convocar representantes do X para depor

Após os recentes ataques virtuais, o último nesta segunda-feira (8), de Elon Musk a Lula e ao ministro Alexandre de Moraes, a Polícia Federal (PF) decidiu convocar os representantes do atual X (ex-Twitter) para prestar esclarecimentos. Os depoimentos ainda não possuem datas confirmadas. 

Os últimos acontecimentos 

Nos últimos dias, o atual dono do antigo Twitter, Elon Musk, se mostrou bastante contrário ao ministro Alexandre de Moraes e mais recentemente ao presidente Lula. Musk afirma que as medidas tomadas por Moares são inconstitucionais quanto ao próprio governo brasileiro. O empresário demonstrou bastante incômodo com as exigências do ministro para a plataforma pela qual Musk é líder. 

Os ataques do empresário acarretaram no pedido, por parte do ministro, que Elon Musk fosse incluído no inquérito das milícias digitais, tramitado no Supremo Tribunal Federal (STF), tornando Moraes o relator do caso. 

Nesta segunda-feira (8), Elon Musk se mostrou ainda mais reativo, atacando diretamente Luis Inácio Lula da Silva, atual presidente do Brasil. Na publicação feita através do X – a própria rede de Musk – o empresário afirmou que Moraes tem Lula “na coleira”


Elon Musk via X (em tradução livre): “como foi para Alexandre de Moraes se tornar ditador? Ele tem Lula na coleira” (Foto: reprodução/x/@elonmusk)

Através de fontes internas no governo Lula, a CNN compartilhou que auxiliares do presidente já reagiram a série de ataques do empresário, afirmando que ele é um “lunático” e que não se comporta como um empresário, mas sim, como um “militante extremista”.

Reações 

O embate entre Elon Musk e o Supremo Tribunal Federal teve seu estopim após o bilionário anunciar a liberação das contas bloqueadas por decisão judicial, afirmando que as altas multas aplicadas a rede social estariam acarretando na perda de receitas no Brasil. 

Moraes, sem citação direta ao bilionário, disse que decisões judiciais estão abertas a contestação, mas não a descumprimento. 

“Decisões judiciais podem ser objeto de recursos, mas jamais de descumprimento deliberado. Essa é uma regra mundial do Estado de Direito e que faremos prevalecer no Brasil.”

Ainda se tratando das reações, o ministro Luis Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), publicou em nota que toda e qualquer empresa dentro dos limites brasileiros está sujeita à Constituição Federal.

“O Supremo Tribunal Federal atuou e continuará a atuar na proteção das instituições, sendo certo que toda e qualquer empresa que opere no Brasil está sujeita à Constituição Federal, às leis e às decisões das autoridades brasileiras”, afirmou o ministro. 

Lula, nesta terça-feira (9), também deixando a título de suspense sobre à quem foi direcionado, disse que há “bilionários fazendo foguetes” para ir ao espaço, entretanto, deveriam aprender a viver aqui e “usar o muito dinheiro que tem para ajudar a preservar” a Terra. 

Musk, além do X, também é dono do SpaceX, que tem lançado veículos tripulados ao espaço e da Starlink, empresa que atua na área de internet via satélite, dando entrada no Brasil em 2022, marcada por irregularidades e polêmicas envolvendo promessas de internet para escolas em áreas remotas do Brasil, como a Amazônia, que não foram cumpridas.

SUS se aproxima da casa do paciente por meio de programa do governo

O governo lança um programa visando aproximar o atendimento do SUS à residência do paciente. Com ênfase da telessaúde, essa nova política busca diminuir os locais que o paciente necessita frequentar durante seu tratamento.

Entenda o modelo de integração do SUS

O Ministério da Saúde apresentou um novo modelo de integração de serviços do Sistema Único de Saúde (SUS), focalizado na telessaúde, com o intuito de encurtar os tempos de espera e reduzir as filas. A declaração foi feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pela ministra da saúde, Nísia Trindade, nesta segunda-feira (8), durante uma entrevista coletiva para jornalistas.

A ministra ressalta que o programa Mais Acesso a Especialistas pretende diminuir a quantidade de deslocamentos necessários para o paciente durante seu tratamento no SUS, concentrando os exames e consultas em unidades de saúde próximas à residência do atendido.

Dependendo do procedimento, o paciente poderá ser atendido por meio da telessaúde. Na prática, o programa está programado para iniciar em 1º de julho. Trindade disse que não estão buscando eliminar filas, mas sim reduzir o tempo de espera. A diferença é que o atendimento será direcionado às necessidades do paciente, não aos serviços de forma isolada.


Lula e Trindade na sua posse. (Foto: reprodução/Ricardo Stuckert)

A telessaúde faz parte do programa SUS Digital. Segundo o ministério, entre março e abril, todos os 26 estados, o Distrito Federal e os 5.566 municípios aderiram ao programa. Serão disponibilizados R$ 460 milhões aos entes federativos para a adaptação ao digital.

O anúncio ocorre após um mês em que as pressões sobre Trindade aumentaram, devido à crise nos hospitais federais no Rio de Janeiro e ao crescimento dos casos de dengue. Denúncias de irregularidades e negligência nas seis unidades federais do Rio provocaram uma série de demissões no ministério e na gestão hospitalar, incluindo a do secretário nacional de Atenção Especializada à Saúde, Helvético Miranda.

O orçamento previsto para 2024 para hospitais ultrapassa R$ 800 milhões, porém há problemas estruturais na rede. Além de suspeitas de mau uso de recursos públicos e corrupção, com direcionamento de licitações e compras com preços exorbitantes, conforme uma nota técnica do DGH, as unidades enfrentam condições precárias e dificuldades para atender os pacientes.

Veja as cobranças que Trindade vem sofrendo

Trindade também é alvo de cobranças por melhores resultados na luta contra a dengue, que já acumula 2,7 milhões de casos e mais de mil mortes somente neste ano. O evento desta segunda-feira faz parte de um esforço do governo para aprimorar a comunicação sobre as ações e realizações dos ministérios de Lula. Antes da saúde, eventos semelhantes ocorreram voltados para os ministérios da Justiça e da Educação.

Tribunal determina afastamento de filho de Lula após acusação de violência doméstica

O Tribunal de Justiça de São Paulo emitiu uma ordem determinando que Luís Cláudio Lula da Silva, filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, se afaste de sua ex-mulher, a médica Natália Schincariol. A decisão veio após Natália registrar um boletim de ocorrência acusando Luís Cláudio de violência doméstica.

Segundo relatos de Natália, ela teria sido agredida fisicamente por Luís Cláudio durante uma briga ocorrida em janeiro deste ano.

Além das agressões físicas, Natália também alegou ter sido vítima de abusos verbais e psicológicos por parte do ex-companheiro. Ela afirmou ter sido chamada de “vagabunda, gorda, feia e doente mental” por Luís Cláudio.


Aos 39 anos, filho do presidente Lula publicou foto no Instagram dizendo que está vivendo sua melhor fase (Foto: reprodução/Instagram/Luís Cláudio Lula da Silva)

Ordem de distanciamento

A decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo inclui a proibição de Luís Cláudio de se aproximar de Natália a menos de 200 metros, além de não frequentar seus locais de trabalho, estudo ou culto religioso. Ele também está proibido de entrar em contato com ela por qualquer meio, incluindo telefonemas, mensagens e redes sociais. Além disso, Luís Cláudio foi ordenado a deixar o apartamento onde vivia com Natália, podendo retornar apenas para retirar seus pertences pessoais.

A defesa de Luís Cláudio negou veementemente as acusações, classificando-as como “fantasiosas” e ameaçou buscar medidas legais contra Natália. Enquanto isso, a defesa da médica enfatizou sua coragem em enfrentar a violência doméstica e sua determinação em buscar justiça, ressaltando que não busca vantagens financeiras com a exposição do caso.

Processo judicial

Normalmente, casos de violência doméstica passam por uma série de procedimentos legais, incluindo investigações policiais, coleta de evidências e depoimentos de testemunhas. Em muitos países, são concedidas medidas protetivas às vítimas enquanto o processo está em andamento, visando garantir sua segurança.

Os acusados têm o direito de se defender e apresentar evidências em sua defesa. O processo judicial pode incluir audiências, julgamentos e, em casos mais complexos, apelações. As medidas protetivas concedidas pelo Tribunal visam garantir a segurança e integridade física e psicológica de Natália enquanto aguardam o processo judicial.

Conforme Alexandre Silveira, Lula aprova MP para redução da tarifa de energia

Em entrevista à CNN, nesta terça-feira (2), o ministro de Minas e Energia (MME) , Alexandre Silveira, afirmou que o presidente Lula permitiu uma medida provisória (MP) para a redução da tarifa de energia elétrica. 

Redução das tarifas 

Alexandre Silveira contou à CNN que a medida é provisória e será enviada ao Congresso Nacional com ativação automática e se reuniu nesta segunda-feira (1) com Fernando Haddad, o ministro da Fazenda, Lula e Rui Costa, ministro da Casa Civil. O atual presidente evidenciou se preocupar com as projeções das tarifas de luz, que devem aumentar mais de 5% em 2024.


Presidente Lula e Ministro Alexandre Silveira (Foto: reprodução/Instagram/@alexandresilveira)

 Conforme o ministro Alexandre Silveira, a dissertação enviada à Casa Civil – que a encontra em magistrado de Rui Costa – possui três pontos de interesse. O mais pertinente deles é definido como “estruturante”, conforme o texto, permitirá instrumentalizar os valores recebíveis da Eletrobrás, que permeia o valor de R$25 bilhões, em débito até o ano de 2047, convertendo-o a um prazo maior, aplicando esses recursos na diminuição das tarifas. 

Com taxas provavelmente baixas, o valor dos recursos será usado para quitar com antecedência dois empréstimos de maior peso para o bolso dos brasileiros, sendo eles: a Conta COVID e a Conta Escassez Hídrica.

O aumento das tarifas possui ampla relação com a privatização, de 2022, quando a Eletrobras firmou um acordo de R$32 bilhões para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) nos próximos 25 anos. O acordo faz se útil como um fundo para bancar subsídios elétricos, como as Tarifas Sociais – programa do governo que oferece descontos na tarifa para famílias de baixa renda. Relativo ao consumo, o desconto pode alcançar a totalidade -, Luz Para Todos, entre outros. O valor do acordo é dividido entre os consumidores, acarretando no aumento tarifário.

Entenda os empréstimos

O governo realizou dois empréstimos de urgência em momentos de incertezas quanto ao abastecimento. Sendo eles:

Conta COVID

A conta foi um empréstimo de emergência realizado durante a pandemia pelo Ministério da Economia, na época nas mãos de Paulo Guedes e o Ministério de Minas e Energia, aprovado em 2020. O valor total chega a R$14,8 bilhões distribuídos entre 61 empresas de energia. Os empréstimos tiveram como foco tapar o buraco financeiro causado pela queda no consumo de energia e aumento da inadimplência ocorridos durante a pandemia de covid-19. O valor do empréstimo vem sendo repassado nas contas de energia desde 2021, acarretando no aumento das tarifas e impactando diretamente o bolso do consumidor.

Escassez Hídrica

Como resposta a piora da crise hídrica no país, o governo encontrou como saída a ativação da medida de escassez, adicionando uma nova bandeira – superior a vermelha, já acionada -, com o custo de 6,78% na tarifa dos consumidores. Com a tarifa da escassez hídrica, o valor de R$14,20 foi adicionado a cada 100kWh, impactando diretamente o valor pago pelo consumidor e contribuindo para os altos desembolsos realizados por quem consome para manter o fornecimento de energia em sua residência ou comércio.

É de pretensão do atual governo sanar ambos os empréstimos com os valores dos recursos supracitados.

Lula e Macron se reúnem em Brasília para discutir questões internacionais

Ao som de bossa nova, uma troca de medalhas e um cardápio eclético, o encontro entre o presidente da França, Emmanuel Macron, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto nesta quinta-feira (28), foi marcado por uma mistura de elementos culturais e diplomáticos.

Acordos e parcerias firmadas

Macron, recebido na Praça dos Três Poderes ao som de “A chegada dos candangos”, de Tom Jobim, chegou ao Palácio do Planalto em meio a uma cerimônia formal, acompanhado pelos Dragões da Independência. Após a recepção, a reunião bilateral entre os líderes começou, focando em questões como o acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia e a situação na Ucrânia.
Dentre os acordos assinados durante o encontro estão um plano de ação estratégica entre Brasil e França, uma declaração de intenções sobre a retomada do centro franco-brasileiro de biodiversidade amazônica e um acordo de cooperação internacional em matéria penal. Também foram discutidas medidas para combater o garimpo ilegal e reforçar a integridade do espaço informativo.


Acompanhe a visita de Macron ao Palácio do Planalto (Vídeo: reprodução/YouTube/UOL)



Troca de honrarias e um almoço brasileiro

Durante o encontro, houve um momento solene de troca de honrarias, com Lula concedendo a Macron a medalha da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul, enquanto Macron condecorou a primeira-dama Janja com a Ordem Nacional da Legião de Honra. Além disso, Lula presenteou Macron com uma caixa de queijos e um espumante nacional premiado da serra gaúcha.

O almoço oferecido por Lula ao presidente francês contou com um menu diversificado, destacando pratos típicos brasileiros como moqueca de ovo, robalo assado, galinhada e ancho na brasa. A chef responsável pelo cardápio foi Morena Leite, do restaurante Capim Santo, que também incluiu petiscos como coxinha de batata-doce com galinha d’angola e mini acarajé com vatapá de frutos do mar.

Em sua visita ao Brasil, o presidente francês Emmanuel Macron passou por diversas cidades, encontrando-se com diferentes autoridades e grupos de interesse. Macron iniciou sua visita em Belém, onde se reuniu para discutir questões relacionadas à Amazônia. Em seguida, ele seguiu para o Rio de Janeiro, onde participou da inauguração do terceiro submarino franco-brasileiro. Posteriormente, o presidente francês esteve em São Paulo, onde se encontrou com empresários e teve um jantar com celebridades. No total, Macron permaneceu no Brasil por três dias, participando de uma série de eventos e reuniões de cunho diplomático e empresarial.