Lula abre possibilidade de disputar Presidência em 2026

Durante uma entrevista concedida nesta sexta-feira (5), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comentou sobre o cenário político de 2026 e deixou aberta a possibilidade de tentar novamente a Presidência. Ele explicou que sua decisão vai depender de dois pontos principais: como estará sua saúde até lá e se terá a mesma energia que sente hoje.

O chefe do Executivo acrescentou que só deixaria a disputa se tivesse algum problema de saúde que o impedisse ou se aparecesse outra liderança que julgasse mais preparada para assumir o papel. Ele ainda ressaltou que considera a idade avançada um momento de maturidade e experiência.

Segundo Lula, se entrar no pleito, será com a intenção de vencer. Ele também declarou acreditar que o campo da extrema direita não voltará a comandar o país nos próximos anos.

Brasil e a política externa

Na mesma ocasião, Lula tratou de assuntos internacionais. Questionado sobre o impasse entre Estados Unidos e Venezuela, afirmou que o Brasil não vai escolher lados. Para ele, a posição brasileira deve ser de neutralidade, priorizando a defesa do diálogo em vez de disputas.


Luiz Inácio Lula da Silva, em 1989, comenta possibilidade de disputar a eleição de 2026 (Foto: Reprodução/Gamma-Rapho Antonio RIBEIRO/Getty Images Embed)


O presidente avaliou que confrontos armados apenas trazem mortes e aumentam dificuldades econômicas. Defendeu que conversas diretas entre governos são sempre mais baratas e produtivas do que conflitos.

Relação com os Estados Unidos

Outro ponto levantado foi a elevação de tarifas contra produtos brasileiros pelo governo norte-americano. Lula considerou a medida como uma ação política, e não apenas comercial. Ele mencionou que, em correspondência recebida, o então presidente Donald Trump citou inclusive processos judiciais que envolvem Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal.

Lula comentou que Trump não tem autoridade sobre o Brasil e que cada país deve cuidar das suas próprias questões internas. Ele reforçou que a taxação não reflete critérios econômicos, mas sim fatores políticos.

As declarações reuniram tanto aspectos da agenda política interna quanto questões diplomáticas que afetam diretamente a posição do Brasil no cenário internacional.

Lula teme aprovação de anistia a Bolsonaro e aliados no Congresso

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou, ontem (4), em uma reunião com movimentos sociais de Belo Horizonte, o “risco” de aprovação de uma anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023, por parte do Parlamento brasileiro. Ele disse também que, embora o Congresso tenha aprovado quase tudo que o governo queria, ele não é eleito pela periferia e ainda tem uma forte presença da extrema-direita.

Em paralelo ao julgamento de Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal, iniciado em 2 de setembro, a Câmara dos Deputados iniciou um debate sobre o perdão aos crimes pelos quais o ex-presidente seja eventualmente condenado. A proposta sofre, no entanto, oposição do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e do STF.

Com apoio de Tarcísio, pauta avança na Câmara

A ideia de anistia a Bolsonaro, já anteriormente levantada, ganhou força nas últimas semanas. Segundo relato do líder do Partido Liberal (PL) na Câmara, pastor Sóstenes Cavalcante, ele e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), trabalharam em conjunto desde quinta passada para negociar um projeto de anistia ampla, geral e irrestrita a Bolsonaro, aliados e demais denunciados pela trama golpista.

Tarcísio é um dos nomes cotados para canalizar os votos conservadores nas eleições presidenciais de 2026, tendo em vista que Jair Bolsonaro foi declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até 2030. O paulista, que foi ministro da Infraestrutura no governo passado, chegou a dizer que, caso eleito, seu primeiro ato seria a concessão da anistia ao aliado, mas depois desconversou.

Eu não sou candidato à Presidência, vou deixar isso bem claro. Todo governador de São Paulo é presidenciável pelo tamanho do Estado, mas na história recente só Jânio Quadros e Washington Luís chegaram à Presidência“, afirmou Tarcísio.


Jornal da Band repercute comportamento da oposição frente ao julgamento de Bolsonaro (Vídeo: reprodução/YouTube/Band Jornalismo)


Na tarde de terça-feira (2), dia que marcou o início do julgamento de Jair Bolsonaro, os partidos do Centrão, Progressistas e União Brasil, que formavam parte da base governista, partiram para a oposição, numa dança de cadeiras que, conforme Cavalcante indicou no dia seguinte, após um jantar com Tarcísio e o pastor Silas Malafaia, em Brasília, possibilitaria uma fácil aprovação da anistia na Câmara dos Deputados.

Ainda de acordo com falas recentes de Sóstenes Cavalcante, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), colocará o projeto em votação em breve.

Ideia enfrenta resistência

Embora encontre terreno fértil na Câmara dos Deputados, o projeto de anistia ampla, geral e irrestrita a Bolsonaro e aliados sofre a desconfiança de importantes setores políticos.

Em primeiro lugar, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, do União Brasil, defende um texto alternativo mais moderado, que diferencie o chamado núcleo central da trama golpista (formado por Bolsonaro e mais 7 membros do alto escalão do antigo governo) dos demais réus, além de diminuir, mas não extinguir, as penas em caso de condenação. 

O maior obstáculo ao perdão, no entanto, vem do STF, o guardião da Constituição que, nos últimos anos, assumiu um papel de defesa intransigente da democracia nacional. Uma vez aprovada no Congresso, a anistia pode ser decretada inconstitucional e, portanto, inválida pelos ministros da Corte. 

A História nos ensina que a impunidade, a omissão e a covardia não são opções para a pacificação. A pacificação do país depende do respeito à Constituição, da aplicação das leis e do fortalecimento das instituições”, disse Alexandre de Moraes, relator do processo, no primeiro dia de julgamento da trama golpista.

“É preciso ficar vigilante” : veja o que Lula pensa sobre anistia 

Nesta quinta-feira (4), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT), declarou acreditar ser um “risco” a aprovação do projeto de lei que trata sobre a anistia aos condenados pela tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. O chefe do executivo brasileiro acredita que deve haver “vigilância” sobre a pauta que tramita no Congresso Nacional. 

Durante conversa com jornalistas e ativistas em Belo Horizonte, Lula  declarou: “ […] outra coisa que nós temos que saber: se for votar no Congresso, nós corremos o risco da anistia, porque o Congresso, vocês sabem, não é um Congresso eleito pela periferia. O Congresso tem ajudado o governo, aprovou quase tudo que o governo queria, mas a extrema-direita tem muita força ainda”, confessou o presidente em bate papo transmitido ao vivo nas redes sociais. 

Tarcísio de Freitas é apoiador da proposta

O atual governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, do Republicanos, foi à Brasília nesta semana e conversou com Hugo Motta, presidente da Câmara dos Deputados, demonstrando interesse na aprovação do projeto que prevê a anistia dos condenados pelos atos do dia 8 de janeiro. 


Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, articula aprovação da anistia no Congresso Nacional (Foto: reprodução/on Molina/Getty Images Embed)


Além disso, na noite da última quarta-feira (3), o governador se reuniu para um jantar com o deputado e líder do PL, Sóstenes Cavalcante, e o pastor Silas Malafaia com o intuito de angariar votos para a tramitação do projeto no Congresso Nacional.

Para eles, com a inevitável aprovação na Câmara com mais de 300 votos, é possível que o Senado seja pressionado para iniciar a votação na Casa.

Senado é resistente a aprovação da anistia

Ao contrário da Câmara de Deputados, a pauta sobre a anistia dos condenados pela tentativa de golpe de Estado sofre maior resistência no Senado Federal. Isso porque, o presidente da Casa, Davi Alcolumbre, do União Brasil, é relutante em relação à aprovação do projeto.

Lula e Alcolumbre se encontraram na última quarta-feira (4), durante a conversa, a pauta sobre a anistia não chegou a ser citada pelo presidente do Senado. No entanto, o petista enfatizou que, a aprovação do projeto colabora para a perpetuação de ideias antidemocráticas e contrárias à soberania do país. 

União Europeia e Mercosul avançam em acordo comercial histórico

A União Europeia deu um passo significativo em direção à consolidação de um dos maiores acordos comerciais do mundo ao apresentar formalmente o pacto com o Mercosul para aprovação. Este movimento estratégico visa não apenas fortalecer os laços econômicos entre os blocos, mas também responder a um cenário global de crescente protecionismo e dependência de mercados específicos. O acordo, que foi finalmente alcançado em dezembro passado após mais de duas décadas de negociações, representa uma oportunidade de ouro para impulsionar o comércio, atrair investimentos e gerar empregos e renda para ambas as regiões.

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços do Brasil, Geraldo Alckmin, celebrou a notícia como um “passo concreto para o Brasil e a nossa região terem acesso a um grande mercado”. Ele destacou que o acordo envia um “sinal claro para o mundo” sobre o potencial de integração e colaboração, ressaltando que a união das economias do Mercosul e da UE resultará em maior força e prosperidade mútua. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçou essa visão, expressando o desejo de finalizar o acordo ainda este ano, durante a presidência brasileira do Mercosul.

Superando obstáculos e garantindo segurança para agricultores

A aprovação do acordo, no entanto, ainda enfrenta um processo formal dentro da União Europeia, que inclui a votação no Parlamento Europeu e a obtenção de uma maioria qualificada entre os governos dos 27 Estados-membros. A França, tradicionalmente um dos maiores produtores agrícolas da UE e uma voz influente no bloco, havia expressado forte oposição ao acordo, considerando-o “inaceitável”. Outros países, como a Polônia, também manifestaram preocupações, principalmente em relação ao impacto sobre seus setores agrícolas.


Grelado Alckmin fala sobre o acordo com a comissão europeia (Vídeo: reprodução/X/@geraldoalckmin)

Para mitigar essas objeções e garantir o avanço do acordo, a Comissão Europeia propôs um mecanismo de salvaguarda. Essa medida prevê a possibilidade de impor limites temporários às importações de produtos agrícolas do Mercosul, como a carne bovina, caso os volumes de importação aumentem mais de 10% ou os preços caiam na mesma proporção em um, ou mais países membros. A Comissão se comprometeu a monitorar de perto as importações e a agir rapidamente para restringir o acesso caso os gatilhos sejam acionados.

Além disso, um fundo de crise de €6,3 bilhões (aproximadamente US$7,38 bilhões) foi anunciado para apoiar os agricultores da UE. Essas medidas parecem ter surtido efeito, com o ministro do Comércio da França reconhecendo a cláusula de salvaguarda como um “passo na direção certa”, e o primeiro-ministro polonês indicando que, embora seu país ainda se oponha ao acordo, não há mais parceiros suficientes para bloqueá-lo.

Diversificação comercial e minerais estratégicos

A importância estratégica deste acordo para a UE é amplificada pelo atual contexto geopolítico. A Comissão Europeia vê o pacto com o Mercosul como uma forma de compensar as perdas comerciais decorrentes das tarifas impostas pelos Estados Unidos sob a administração de Donald Trump e de reduzir a dependência excessiva da China, especialmente no fornecimento de minerais essenciais para a transição energética. A busca por diversificar as relações comerciais tornou-se uma prioridade, levando a UE a acelerar negociações com outros países e a aprofundar laços com parceiros existentes.


Matéria sobre o acordo da Comissão Europeia e Mercosul (Vídeo: reprodução/YouTube/SBT News)

Os defensores do acordo destacam o potencial do Mercosul como um mercado em crescimento para produtos europeus como carros, máquinas e produtos químicos, além de ser uma fonte confiável de minerais cruciais, como o lítio, para a fabricação de baterias. Por outro lado, os benefícios para os países do Mercosul incluem maior acesso a tarifas reduzidas para produtos como queijos, presuntos e vinhos europeus.

Apesar das preocupações de alguns setores agrícolas europeus e de grupos ambientalistas sobre a conformidade com os padrões de segurança alimentar e ecológica, a Comissão Europeia refuta essas alegações. Com as salvaguardas em vigor e a diminuição da oposição organizada, o acordo comercial UE-Mercosul avança em direção a uma nova era de cooperação econômica global.

Novo programa social é lançado: “Gás do povo” 

Nesta quinta-feira (04), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou um novo auxílio conhecido como o “Gás do Povo” Lula foi à Pampulha, em Belo Horizonte, fazer o anúncio. O novo benefício pretende beneficiar o equivalente a 50 milhões de pessoas com a compra de botijões de 13kg. 

O atual (Auxílio Gás dos brasileiros), que o valor é creditado com o Bolsa Família, atinge mais ou menos 5,1 milhões de famílias. A ideia de Lula neste novo programa é atingir ainda mais pessoas (cerca de 10,4 milhões de famílias) que o programa anterior, com o auxílio. A principal mudança é que em vez de receber um valor, hoje de R$ 108 a cada dois meses que poderia ser usado para outras finalidades que não comprar gás, as famílias vão ganhar um voucher exclusivo para a compra de gás em pontos de revenda credenciados pelo governo. O programa deve iniciar entre novembro e dezembro, até a emissão dos primeiros vouchers vale o antigo modelo.

Como funciona

Para retirar os botijões não haverá intermediários é só o beneficiário ir diretamente nos pontos de revenda credenciados pelo governo mais próximos de sua moradia. A autorização para a retirada se dará por algumas possibilidades ainda em fase final: por um aplicativo, portanto um vale digital, cartão específico do programa, QR code (via cartão do Bolsa Família ou Caixa Econômica Federal) e cartão do Bolsa Família. Vale lembrar que tudo é feito no nome do responsável pela família, ademais, precisa ter seu CPF regularizado.


 Presidente Lula no lançamento do no auxílio “Gás do Povo” (Vídeo: reprodução/YouTube/Veja+) 

O novo auxílio que vai ser gerido pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS). Serão beneficiados os inscritos no Cadastro Único de Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) com renda mensal per capita (por pessoa da casa) de até meio salário mínimo (R$ 759), com prioridade para aqueles que recebem o Bolsa Família (renda per capita de até R$ 218). Será levado em consideração o preço médio do botijão em cada estado, também vai ser levado em conta o tamanho da família, por exemplo: famílias com 2 integrantes receberão até 3 botijões por ano. Validade de 4 meses, cada vale. Famílias com 3 integrantes receberão até 4 botijões por ano. Validade de 3 meses, cada vale. Famílias com 4 ou mais integrantes receberão até 6 botijões por ano. Validade de 4 meses para cada vale. Todo o programa será financiado pelo governo para 2025, R$ 3,57 bilhões serão destinados para esse fim. Em 2026, está prevista uma necessidade orçamentária de R$ 5,1 bilhões, portanto os beneficiários não devem pagar nada, será tudo totalmente grátis. 

Principal objetivo do “Gás do povo”

Garantir que famílias vulneráveis tenham acesso gratuito ao botijão de 13kg de GLP (Gás de Cozinha). A ideia é atingir 15,5 milhões de famílias e distribuir cerca de 65 milhões de botijões por ano. Em 2026, a expectativa é de 58 milhões de botijões entregues. Outro objetivo é a redução da chamada pobreza energética, diminuindo a exposição dessas famílias à fumaça causada pela queima de lenha. Com isso, a intenção é proteger a saúde dessas famílias e tirar um pouco do sufoco do Sistema Único de Saúde (SUS).


Poste do presidente Lula sobre o novo auxílio “Gás do Povo” (Foto: reprodução/X/@LulaOficial) 

Em caso de dúvidas, as famílias poderão ligar para o telefone 121. O serviço estará disponível 24 horas por dia, sete dias por semana. Também será possível entrar em contato pelo canal FalaBR, do Governo Federal. 

Mudanças no vale-refeição: teto de taxas e portabilidade em estudo

Na última segunda-feira (1º), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, encontrou-se com ministros para debater novas diretrizes para compras realizadas com vale-refeição e vale-alimentação. A reunião, que aconteceu no Palácio do Planalto, contou com a presença de Fernando Haddad, ministro da Fazenda, Rui Costa, da Casa Civil, e Luiz Marinho, ministro do Trabalho.

O governo já estuda há mais de dois anos a regulamentação do uso do benefício. No entanto, só no começo do ano a discussão voltou a ganhar notoriedade, em meio a busca por medidas que poderiam conter o aumento do preço dos alimentos.

Regulamentação do benefício alimentar

Mesmo com a inflação sob controle, o governo planeja concluir as alterações no Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) e apresentou a proposta ao presidente. A ideia é estabelecer um limite máximo para as taxas cobradas pelas empresas de vale-alimentação, diminuir o tempo de repasse dos valores aos comerciantes (como donos restaurantes e mercados) e portabilidade de cartão do benefício.

Essa redução sobre as taxas está sendo estudada, pois, segundo a avaliação, é de que o índice praticado hoje leva muitos estabelecimentos a não aceitarem o recurso. O valor máximo de teto poderá ficar próximo de 3,5%. Em alguns casos, as operadoras do benefício chegam a cobrar bem mais de 5%, segundo integrantes do governo.


Segundo estudos as atuais medidas encarecem os preços dos alimentos (Foto:reprodução/Instagram/@jornaljangadeiro)


Outras medidas para o vale-refeição

Uma pesquisa adicional aborda a questão da diminuição do período de espera para a obtenção dos pagamentos. Proprietários de negócios frequentemente expressam descontentamento com a longa espera, que pode se estender por até dois meses após a transação efetuada pelo empregado, e acreditam que um prazo menor beneficiaria a liquidez financeira das companhias.

Através da portabilidade, o governo almeja possibilitar que o empregado possa mudar, sem custos, de operadora do cartão de benefícios. Consequentemente, espera-se que haja um incremento na competitividade do mercado, levando à diminuição dos gastos para mercados e restaurantes e tornando os alimentos mais acessíveis.

Não é a primeira vez que auxilio sofre alteração

Em agosto de 2022 foi aprovada uma lei que alterou as regras para a concessão do auxílio-alimentação para os trabalhadores, no entanto, até agora regulamentação tinha ficado travada nas discussão entre empresas e governo, também há dispositivo para proibir a concessão de descontos na contratação de empresas fornecedoras de auxílio-alimentação.

Antes, era comum que as empresas comprassem cartões de alimentação de um fornecedor, adquirindo, por exemplo, R$ 100 mil em vales e pagando algo em torno de R$ 90 mil. O governo avalia que essa prática encarecia a alimentação dos trabalhadores. Além disso, as redes de supermercados frequentemente reclamam das taxas elevadas que as operadoras de cartões cobram nas transações com vale-alimentação.

Lula critica Eduardo Bolsonaro e pede análise do Congresso sobre conduta do deputado

Nesta terça-feira (26), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez duras críticas ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), afirmando que o parlamentar já deveria ter perdido o mandato na Câmara. A declaração foi feita durante a abertura da reunião ministerial no Palácio do Planalto, diante de ministros e assessores.

Lula descreveu o comportamento do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro como uma das maiores traições que uma nação pode sofrer de seus próprios filhos. Segundo o presidente, é grave que alguém sustentado pela própria família aja de forma a prejudicar o país e fomente tensões internacionais. “Um cidadão que já deveria ter sido afastado da Câmara, espalhando mentiras e manipulando informações para colocar outro Estado contra o Brasil”, disse.

O deputado Eduardo Bolsonaro foi indiciado pela Polícia Federal na última quarta-feira (20), acusado de atuar nos Estados Unidos com o objetivo de obstruir as investigações sobre a tentativa de golpe de estado. A PF aponta que suas ações poderiam comprometer o andamento dos processos legais contra os envolvidos na trama.

Durante a reunião, Lula se dirigiu à ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, pedindo que o Congresso Nacional analise a conduta do parlamentar. O presidente classificou a atuação de Eduardo Bolsonaro como “inaceitável” e ressaltou que não existem precedentes na história brasileira de um traidor da pátria que adote outro país como referência, tentando ainda criar antagonismo contra seu próprio povo.

Segundo Lula, o parlamentar estaria tentando fomentar ressentimento entre governantes americanos e a população brasileira, o que agrava ainda mais sua conduta e demonstra um desvio de lealdade para com o país.

O caso tem gerado repercussão no Congresso Nacional e entre líderes políticos, que agora avaliam como lidar com a situação do deputado à luz das acusações e das declarações do Presidente da República.

Pedido de intervenção do Congresso

Lula pediu formalmente que o Congresso avalie medidas sobre o comportamento do parlamentar e discuta a gravidade de suas ações. O presidente destacou a necessidade de responsabilidade e fiscalização sobre condutas que possam comprometer a soberania nacional.


Lula chama Eduardo de “traidor da pátria” (Vídeo: reprodução/Instagram/@geny6742)


Histórico de acusações

Eduardo Bolsonaro cumpre medidas legais determinadas pela Polícia Federal e aguarda desdobramentos do inquérito sobre a tentativa de golpe de estado, enquanto sua atuação política segue sendo alvo de críticas e avaliações de autoridades federais.

Brasil responde os EUA sobre acusação de deslealdade no comércio

O governo do Brasil enviou, nesta segunda-feira (18), uma resposta oficial ao Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR), sobre a investigação aberta, pelo órgão americano, de descumprimento de acordos comerciais entre os países. A acusação dos EUA, aberta pelo atual presidente, Donald Trump, seria de que o Brasil estaria adotando políticas econômicas discriminatórias contra os Estados Unidos. Na carta resposta, o Brasil afirma que não pratica nenhuma medida restritiva contra nenhum país e que não existe nenhuma base jurídica para a imposição das sanções econômicas, pelos EUA.

A resposta do governo brasileiro

O presidente Trump iniciou a apuração das políticas econômicas brasileiras em julho, com a ideia de que empresas norte-americanas estariam sendo prejudicadas em diversas áreas, como nos sistemas de pagamentos digitais (PIX), etanol, propriedade intelectual e medidas ambientais ligadas ao desmatamento.


Donald Trump em evento com líderes europeus na Casa Branca (Foto: reprodução/ANDREW CABALLERO-REYNOLDS/AFP/Getty Images Embed)


No documento oficial da resposta aos Estados Unidos, o governo do Brasil pediu um diálogo mais aberto e construtivo entre as duas nações e deu explicações para cada tópico abordado.

O Brasil insta o USTR a reconsiderar o início desta investigação e a iniciar um diálogo construtivo. Medidas unilaterais previstas na Seção 301 podem comprometer o sistema multilateral de comércio e ter consequências adversas para as relações bilaterais”, declarou o governo brasileiro.

Em relação ao PIX, o governo explicou que as regras de operação deste sistema buscam a segurança, estabilidade e a proteção do consumidor. Eles ainda destacaram que empresas estrangeiras não são prejudicadas nas transações.

Sobre a propriedade intelectual, o governo afirmou que segue os padrões internacionais e mantém os marcos regulatórios na mesma direção dos acordos da OMC.

Sobre o etanol, foi confirmado, pelo governo, que adota políticas que andam junto de compromissos multilaterais. No caso do desmatamento, eles deixaram claro que a política ambiental brasileira não coloca barreiras comerciais sobre empresas estrangeiras, permitindo, então, a competitividade.

O governo também informou que nenhuma medida do Supremo Tribunal Federal (STF), impacta nos negócios de empresas norte-americanas no Brasil.

O tarifaço de Trump

A ação dos Estados Unidos vem em meio à decretação de um tarifaço de 50% a diversos produtos brasileiros, pelo presidente Donald Trump. A justificativa do americano seria de que o Brasil está descumprindo as medidas relacionadas à democracia, por conta da perseguição e julgamento do ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, que foi acusado de tentativa de golpe de estado.

O governo do Brasil, junto com o presidente Lula, enxergaram as ações de Trump como sendo movidas por motivações ideológicas, rebatendo a legalidade da medida de taxação. Agora há uma tentativa de comunicação mais aberta e clara entre os dois países, para tentar resolver a situação.

Lula recebe telefonema de Putin na manhã desta segunda-feira

O presidente russo Vladimir Putin telefonou para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na manhã desta segunda-feira (18), para compartilhar informações sobre sua recente reunião com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, realizada na última sexta-feira (15) em Anchorage, Alasca. A duração da ligação foi de aproximadamente 30 minutos e tratou dos esforços conjuntos para a paz na Ucrânia, com destaque para a participação do Brasil e da China no grupo de amigos da paz.

Reunião entre Putin e Trump: avanços e desafios

O encontro entre Putin e Trump teve como principal objetivo manter um diálogo sobre possíveis soluções para o conflito na Ucrânia, que já dura três anos. Após a reunião, Putin declarou que o encontro foi avaliado como positivo e reconheceu os esforços de paz envolvendo o Brasil. No entanto, fontes indicam que a Rússia propôs condições que incluem a cessão do território de Donetsk e Lugansk e a aceitação de garantias de segurança para a Rússia, sem um cessar-fogo imediato. Essas propostas geraram preocupações entre líderes europeus e ucranianos, que temem concessões territoriais que possam enfraquecer a soberania da Ucrânia.


Encontro de Donald Trump e Vladimir Putin em Anchorage, Alasca (Foto: reprodução/Andrew Harnik/Getty Images embed)


A posição do Brasil e os próximos passos

O presidente Lula agradeceu a ligação e expressou o desejo de uma resolução pacífica para o conflito. O Brasil, juntamente com a China, tem atuado como mediador, buscando uma solução que respeite a integridade territorial da Ucrânia e promova a estabilidade regional. Próximo passo será a reunião entre os presidentes Trump e Zelensky, marcada para hoje (18) em Washington, onde se espera discutir as propostas apresentadas e buscar um consenso que envolva todas as partes interessadas.

Expectativa pela paz

O telefonema entre Putin e Lula reflete o papel ativo do Brasil na busca por uma solução pacífica para o conflito na Ucrânia. Embora as negociações avancem, os desafios permanecem, especialmente em relação às propostas de concessões territoriais. A comunidade internacional observa atentamente os próximos passos, aguardando um acordo que garanta a paz duradoura e respeite a soberania dos países envolvidos.