Paraolimpíadas: irmãs gêmeas conquistam medalhas na natação

As irmãs gêmeas Débora e Beatriz Carneiro brilharam nos Jogos Paralímpicos de Paris, realizadas nesta segunda-feira, dia 2, ao garantirem medalhas de prata e bronze, respectivamente, na prova dos 100 metros peito da categoria SB14, destinada a atletas com deficiência intelectual. Débora conquistou medalha de prata ao completar a prova em impressionantes 1m16s02c, enquanto Beatriz alcançou a medalha de bronze com um tempo 1m16s42A. A medalha de ouro ficou com Louise Fides, representante do Reino Unido, que teve uma performance excepcional. As conquistas das gêmeas são um testemunho de sua dedicação e talento no esporte, emocionando torcedores e apoiadores ao redor do mundo.

Entrevista das gêmeas

Em uma entrevista concedida pelo ge.globo.com após Vitória, Débora disse: “Em Tóquio eu fiquei em quarto por três centésimos e agora a gente vai subir no pódio juntas. Tô mega feliz, quem sabe em Los Angeles não fico em segundo ou terceiro? É minha segunda Paraolimpíada, mas a primeira com público. E hoje meu pai tá aí, é aniversário dele e a gente queria deixar um feliz aniversário pro meu pai” falou Débora.

Sua irmã medalhista de prata também disse “É muito emocionante. Eu me sinto emocionada porque carregar uma medalha, só a gente sabe o que a gente sofre, que a gente perde festa, perde muita coisa para estar aqui. A natação é nossa vida. Eu me sinto muito honrada. Pai, feliz aniversário.” falou Beatriz.


Gêmeas Beatriz Carneiro e Débora nas Paralimpíadas de Paris 2024.
(Reprodução/CPB/Marcello Zambrana)

Carreira das irmãs

As gêmeas Débora e Beatriz Carneiro, conhecidas como “Débora” e “Bia”, destacam-se na natação paralímpica, especialmente na categoria SB14 para atletas com deficiência intelectual. Desde jovens, demonstraram talento e paixão pelo esporte, conquistando várias vitórias e recordes em competições nacionais e internacionais, incluindo os Jogos Paralímpicos. O apoio de suas famílias e equipes é fundamental em suas jornadas, fazendo delas exemplos de resiliência e inspiração para outros atletas com deficiência.

História do atletismo no Brasil: marcas, recordes e heróis

Quem vibrou com a medalha de bronze de Alison dos Santos nos 400m com barreiras nas Olimpíadas de Paris talvez não tenha dimensão do tamanho da história do atletismo no Brasil.

Essa modalidade, que engloba dezenas de provas —  desde os 100m rasos ao arremesso de peso — é a segunda que mais rendeu medalhas ao Brasil na história dos Jogos Olímpicos, 21 no total. Além de várias outras em Mundiais e Jogos Pan-Americanos.

O atletismo é considerado um dos esportes mais antigos da humanidade e começou a se desenvolver por aqui no final do século XIX, muito antes da gente pensar em sonhar em fazer aposta esportiva na Betfair.

A influência europeia era forte, com imigrantes e descendentes de europeus desempenhando um papel significativo na promoção do esporte.

Um marco importante na história do atletismo no Brasil foi a fundação da Confederação Brasileira de Desportos (CBD) em 1914, que era responsável pelo futebol e diversas outras modalidades.

A Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) foi criada somente em 1977, mas já havia bons frutos no atletismo brasileiro nestas primeiras décadas.

Os pioneiros

A trajetória do atletismo brasileiro em Jogos Olímpicos começou em 1924, também em Paris. O Brasil foi representado por uma delegação de apenas 12 atletas, todos homens. Eurico de Freitas quase alcançou a final no salto com vara, terminando a prova em 11º.

A primeira medalha olímpica do Brasil no atletismo veio em Helsinque 1952, com dois grandes nomes do esporte: o bronze de José Telles da Conceição no salto em altura e o ouro de Adhemar Ferreira da Silva, no salto triplo.

Adhemar Ferreira da Silva foi um dos maiores saltadores triplo da história da modalidade. Ele repetiu o feito na edição seguinte, em Melbourne 1956, e quebrou o recorde mundial da prova cinco vezes. Seu sucesso colocou o Brasil no mapa do atletismo mundial e inspirou futuras gerações de atletas.

Após Adhemar e José Telles, o país viu surgir nomes como Nelson Prudêncio e João Carlos de Oliveira, que todo fã de esporte e bet no Brasil conhece pelo apelido “João do Pulo”.

João do Pulo foi um dos maiores saltadores do mundo na década de 1970, tendo conquistado duas medalhas de bronze olímpicas e também quebrou recordes mundiais. Ele também foi um símbolo de perseverança e superação após o grave acidente que sofreu em 1981 e que interrompeu sua carreira esportiva.

As décadas seguintes

O atletismo brasileiro continuou a crescer nas décadas de 1980 e 1990, mas também enfrentou desafios significativos. A falta de investimentos adequados, a precariedade das instalações esportivas e a ausência de uma política esportiva nacional consistente dificultaram o desenvolvimento do esporte.

Mesmo com esses obstáculos, o Brasil continuou a revelar atletas talentosos. Nesse período surgiram atletas como Robson Caetano, Zequinha Barbosa, Joaquim Cruz, e Vanderlei Cordeiro de Lima e Maurren Maggi, já nos anos 2000.

Joaquim Cruz entrou para a história ao conquistar a medalha de ouro nos 800 metros nos Jogos Olímpicos de Los Angeles em 1984, tornando-se o primeiro e único brasileiro a vencer essa prova.

Já Maurren Maggi, especialista em salto em distância, fez história ao conquistar a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Pequim em 2008, tornando-se a primeira mulher brasileira a conquistar uma medalha de ouro individual em Olimpíadas.

A vitória dela foi um marco importante para o atletismo feminino no Brasil, que até então não havia alcançado grande destaque em competições internacionais.

Entre 2007 e 2016, período em que o Rio de Janeiro sediou os Jogos Pan-Americanos e Olímpicos, o atletismo brasileiro recebeu um novo impulso, com investimentos em infraestrutura e a promoção do esporte em todo o território nacional.

Foi assim que surgiu nomes como o de Thiago Braz, ouro no salto com vara em 2016, diante de um Estádio Nilton Santos lotado; de Alison dos Santos, o Piu, que além da já citada medalha em Paris 2024 também já foi bronze em Tóquio 2020 e ouro no Mundial de 2022; e de Caio Bonfim, prata na marcha atlética.

A história do atletismo no Brasil é uma narrativa de superação e perseverança, marcada por conquistas significativas e desafios contínuos. É essencial que haja um comprometimento maior com o desenvolvimento da modalidade, garantindo que mais atletas possam também alcançar mais medalhas e recordes.

Estados Unidos passam a China no último dia e fica em primeiro no ranking de medalhas das Olimpíadas

Novamente, os Estados Unidos confirmaram a hegemonia nos Jogos Olímpicos. Pela 19ª vez na história e pela quarta edição seguida, terminaram em primeiro no ranking das medalhas. Assim como aconteceu em Tóquio 2020, os Estados Unidos ultrapassaram a China no ranking só no último dia das Olimpíadas de Paris. Mais uma vez, os Estados Unidos já tinham o maior número de medalhas, porém estavam atrás dos chineses no número de ouros.

Devido ao título da seleção feminina de basquete no domingo, os dois países empataram em ouros, porém, os americanos assumiram a liderança por terem mais medalhas. O Brasil terminou na 20ª posição, conquistando três ouros, sete pratas e dez bronzes.

Diferença pequena nas medalhas

Esta é a quarta vez na história dos Jogos Olímpicos que um país lidera o quadro de medalhas por uma diferença mínima. Nos jogos em Tóquio em 2020, os Estados Unidos superaram a China por apenas um ouro, somando 39 títulos. Antes disso, a última vez foi em 1912, quando os norte-americanos ficaram na frente da Suécia.



A seleção feminina de basquete norte-americana superou a França por 66 a 67, levando o país para o topo do quadro só no último jogo das Olimpíadas. Após conquistar o ouro, os Estados Unidos encerraram, os Jogos Olímpicos de Paris em primeiro no ranking, somando 40 ouros, 44 pratas e 42 bronzes, totalizando 125 medalhas. A China também teve 40 ouros, porém teve 27 pratas e 24 bronzes, somando 91 medalhas.

Quatro vezes em primeiro no ranking das medalhas

A última vez que os norte-americanos não terminaram na liderança no quadro de ouros, foi em Pequim 2008, quando a China conquistou 48 contra 36 dos americanos. No total em relação as medalhas, os Estados Unidos não são superados desde 1992, quando a Comunidade dos Estados Independentes que reunia repúblicas recentemente separadas da União Soviética, somou 112 medalhas, contra 108 dos Estados Unidos.

Nas olimpíadas de Londres em 2012, os Estados Unidos conquistaram 104 medalhas, sendo 48 ouros, 26 pratas e 30 bronzes. No Rio em 2016, o norte-americanos conquistaram 46 ouros, 37 pratas e 38 bronzes, totalizando 121 medalhas. E em Tóquio de 2020, os americanos conquistaram 113 medalhas, sendo 39 ouros, 41 pratas e 33 bronzes.

Conheça Tatiana Weston-Webb surfista brasileira medalhista em Paris

Com 28 anos, a surfista brasileira nasceu no Rio Grande do Sul e se mudou para o Havaí ainda pequena, aos dois meses de vida. Filha do surfista inglês Douglas Weston-Webb e da bodyboarder Tanira Guimarães. 

Tatiana Weston-Webb fez história nas Olimpíadas de Paris, a atleta possui dupla nacionalidade e escolheu representar o Brasil nas competições de surfe desde 2018. 

Sua primeira competição de surfe foi nas Olimpíadas de Tóquio, a surfista entregou muita garra e vontade de ganhar, mas deixou a competição nas oitavas de final.


Foto destaque: Tati Weston-Webb conquista medalha de prata para o Brasil (Foto: reprodução/William Lucas/COB)

Sua história

Nascida em 1996, em Porto Alegre, a gaucha pratica surfe desde a infância. A estreia profissional de Tati aconteceu em 2015, aos 19 anos, onde conquistou seu primeiro título de “estreante do ano”. Em 2016, mais um título, em Huntington Beach, na Califórnia,Tati venceu a havaiana Malia Manuel e recebeu seu primeiro troféu da WSL. 

Em 2021, o segundo título da carreira veio, a surfista ganhou a etapa Margaret River do Circuito Mundial derrotando a atual octacampeã mundial da época, a australiana Stephanie Gilmore. 

Na elite do surfe desde 2015, seu melhor desempenho da carreira foi em 2021, onde foi vice-campeã mundial. Na época, Tati defendia o Havaí, chegou aos Finals, mas foi derrotada por Clarissa Moore na decisão, ficando em segundo lugar e levando a medalha de prata. 

Olimpíadas de Paris 

Em abril de 2023, Tatiana foi a primeira brasileira a conseguir a classificação pela posição no ranking mundial. A surfista era a quinta colocada. 

No início dos jogos olímpicos, o mar de Teahupo’o não estava favorável para a brasileira. Em sua estreia na bateria, Tati ficou em segundo lugar e precisou disputar a repescagem antes de ir de fato para às oitavas. Já na repescagem, a surfista venceu a nicaraguense Candelaria Resano.

Se o mar não estava favorável na classificação, na fase eliminatória a surfista brasileira achou a onda perfeita. Tati começou dominando a bateria contra a americana Caitlin Simmer nas oitavas. Garantiu um 12.34 a 1.93. 

Nas quartas de final, o mar não estava bom, mas mesmo assim a brasileira levou a bateria da espanhola Nadia Erostarde e avançou para semifinal, onde venceu a costa-riquenha Brisa Hennessy com muita calma, por 13.66 a 6.17.

Na final, a decisão ficou bastante acirrada. Tati lutou e brigou até o fim pelo ouro, quase conseguindo virar na última onda. Mas, a americana conseguiu uma onda com direito a tubo e teve vantagem na bateria. A surfista brasileira terminou a decisão com 10.33 contra 10.50 da americana Caroline Marks. Sendo assim, conquistando a medalha de Prata para o Brasil. 


Tatiana Weston-Webb medalhista em Paris (Reprodução/Instagram/@timebrasil)


Essa foi sua segunda participação em Jogos Olímpicos, Tatiana se tornou a primeira brasileira medalhista na modalidade. As outras medalhas conquistadas vieram do Ítalo Ferreira em Tóquio 2020, e do Gabriel Medina, inclusive um bronze conquistado nas ondas de Teahupo’o.

Confira a lista de chances reais que o Brasil ainda tem de medalhas na Olimpíadas

Quando se fala em chances de medalhas nas Olimpíadas, existe uma conta bem clara: a cada três ou quatro possibilidades de pódio, uma se concretiza. Com base nisso, o Brasil, que tem 44 chances reais de conquistar medalhas, deve garantir pelo menos mais 13 pódios até o final das competições.

Atualmente, os brasileiros já asseguraram sete medalhas: um ouro de Bia Souza no judô; pratas de Willian Lima (judô), Caio Bonfim (marcha atlética) e Rebeca Andrade (ginástica individual geral); além de três bronzes, sendo um da equipe de ginástica, um de Larissa Pimenta (judô) e um de Rayssa Leal (skate). No início das Olimpíadas, o site do GE fez uma lista de atletas favoritos e candidatos ao pódio. Confira a seguir a lista:

Super chances de pódio


Rebeca Andrade já ganhou medalha de prata na categoria Individual Geral (Reprodução/Naomi Baker/Getty Images embed)


  • Rebeca Andrade (solo e salto)
  • Gabriel Medina (surfe)
  • Alison dos Santos (400m com barreiras)
  • Beatriz Ferreira (boxe 60kg)
  • Isaquias Queiroz (C1 1000m)

Chances de pódio 

  • Ana Patrícia/Duda (vôlei de praia)
  • Tatiana Weston Webb (surfe)
  • Ana Marcela (águas abertas)
  • Seleção de Vôlei Feminino
  • Marcus D´Almeida (tiro com arco)
  • Augusto Akio (skate park)
  • Jucielen Romeu (boxe até 57kg)

Candidatos ao Pódio

  • Pepê Gonçalves (caiaque cross)
  • Equipe Mista de Judô
  • Rebeca Andrade (Trave)
  • Hugo Calderano (tênis de mesa)
  • Bárbara/Carol (vôlei de praia)
  • André/George (vôlei de praia)
  • Conjunto de Ginástica Rítmica
  • Marcha Atlética por Equipes
  • Seleção Masculina de Vôlei
  • Bruno Lobo (vela classe kite)
  • Luigi Cini (skate park)
  • Pedro Barros (skate park)
  • Maria Clara (taekwondo)
  • Carol Santos “Juma” (taekwondo)
  • Seleção Feminina de Futebol

Podem Surpreender

  • Revezamento 4x400m Atletismo Masculino
  • Almir Cunha (salto triplo)
  • Luis Maurício (lançamento do dardo)
  • Pedro Henrique (lançamento do dardo)
  • Isabela Rodrigues (lançamento do disco)
  • Laura Amaro (levantamento de peso até 81kg)
  • Arthur/Evandro (vôlei de praia)
  • Seleção Feminina de Handebol
  • Ingrid Oliveira (saltos ornamentais, 10m)
  • Viviane Jungblut (águas abertas)
  • Isaquias/Jacky (canoagem c2 1000m)
  • Ana Sátila (caiaque cross)
  • Giulia Penalber (wrestling até 57kg)
  • Raicca Ventura (skate park)
  • Henrique Marques (taekwondo até 80kg)
  • Edival Pontes (taekwondo até 68kg)

Rebeca Andrade mostra medalha de prata nas redes sociais

A maior medalhista feminina na história do Brasil nos Jogos Olímpicos, Rebeca Andrade, compartilhou um vídeo nas redes sociais mostrando a medalha de prata que conquistou na disputa do individual geral da ginástica artística.

A jovem atleta de 25 anos mostrou aos mais de 6 milhões de seguidores a nova conquista da sua carreira. No vídeo, Rebeca diz que precisa mostrar a prata. “Que lindeza! Eu ‘tô’ tão feliz, cara! Eu ‘tô’ muito feliz!”, disse nos stories.


Rebeca mostrando a medalha nas redes sociais (Foto: reprodução/Instagram/@rebecarandrade)

Rebeca também fez o mesmo registro após ganhar a medalha de bronze inédita por equipes para o Brasil. Junto com Flavia Saraiva, Jade Barbosa, Lorrane Oliveira e Julia Soares, conquistaram a primeira medalha por equipe nos Jogos Olímpicos.

Mais disputas

Rebeca Andrade relembrou no vídeo publicado que ainda estará na disputa de mais três pódios para o Brasil. Julia Soares também ainda tem chances de trazer mais uma medalha para a ginástica brasileira.

No próximo sábado (3), às 11h20 no horário de Brasília, Rebeca terá a final do salto. Na manhã de segunda-feira (5), às 7h30, Julia e Rebeca disputam a final da trave. Na última final por aparelhos, no mesmo dia, Rebeca tentará a medalha com o solo às 9h20.


Bandeira do Brasil na comemoração de Rebeca (Foto: reprodução/Instagram/@timeflamengo)

Rebeca Andrade tem grandes chances de subir ao pódio novamente em Paris. Na disputa direta com a melhor ginasta do mundo, Simone Biles, a brasileira tem boas pontuações nos aparelhos. Na final individual, cravou 15.100 no salto. Na trave, após um desequilíbrio, conseguiu 14.566 e, no solo, tirou 14.133.

Na história

Em caso de pódio em todos os três pódios, Rebeca Andrade se tornará a brasileira, entre atletas masculinos e femininos, com mais medalhas na história do Brasil nos Jogos Olímpicos. Atualmente o recorde pertence a Torben Grael e Robert Scheidt, veleiros, com 5 medalhas.

Em entrevista à TV Globo, Rebeca disse que pensa na possibilidade de ser a maior medalhista do Brasil. “Para eu ser a maior brasileira da história olímpica, eu preciso fazer a minha parte”, informou a ginasta.

Com a prata conquistada no individual geral, Rebeca tornou-se a atleta com o maior número de medalhas do Brasil e ultrapassou a judoca Mayra Aguiar e a ex-jogadora de vôlei Fofão, ambas com 3 medalhas.

Brasil conquista bronze inédito por equipes na ginástica artística feminina

O Brasil conquistou nesta terça-feira (30), pela primeira vez na história dos Jogos Olímpicos, uma medalha com a equipe de ginástica artística feminina. As ginastas Flávia Saraiva, Jade Barbosa, Julia Soares, Lorrane Oliveira e Rebeca Andrade ficaram com o bronze.

Em uma competição acirrada, a equipe brasileira garantiu o bronze apenas na disputa do último aparelho. As cinco estavam ocupando a sexta posição até a disputa do salto. Com as notas e, principalmente, os 15.100 de Rebeca Andrade, as ginastas ultrapassaram a China, o Canadá e a Grã-Bretanha.

As pontuações finais

Rebeca Andrade, atual campeã olímpica no salto, e Flavia Saraiva, que caiu durante o aquecimento e cortou o supercílio, competiram em todos os quatro aparelhos: barras assimétricas, trave, solo e salto. Lorrane fez uma apresentação nas barras, Jade competiu no salto e Julia participou da trave e solo.


Equipe brasileira de ginástica medalhista (Foto: reprodução/Instagram/@rebecarandrade)

A pontuação final do Brasil foi de 164.497 para garantir o bronze. A medalha de ouro ficou com a equipe dos Estados Unidos, comandada por Simone Biles, que terminou com 171.296 pontos. A prata foi conquistada pelas italianas com 165.494 pontos.

Apresentações das brasileiras

Para abrir a participação das brasileiras na competição, Lorrane Oliveira fez uma apresentação nas barras assimétricas, aparelho em que é especialista, e pontuou 13.000. Flavinha foi a segunda brasileira nas barras e somou 13.666 após uma apresentação equilibrada. Para fechar, Rebeca fez uma linda performance e finalizou com 14.533.

Na trave, Julia Soares fez uma apresentação quase perfeita, mas caiu durante uma sequência. A queda diminuiu a pontuação da atleta, que fez 12.400. Flavia garantiu 13.433 para a equipe após uma apresentação com um desequilíbrio significativo. Rebeca encerrou o aparelho com 14.133.


Julia Soares, medalhista olímpica com apenas 18 anos (Foto: reprodução/Instagram/@timebrasil)

No solo, Julia fez uma boa apresentação, mas não cravou a chegada final e recebeu 13.233 pontos. Flavinha realizou um bom solo e garantiu 13.533 para a somatória. Rebeca Andrade teve algumas dificuldades no solo, mas conquistou 14.200 pontos.

No salto, o último aparelho que deu a medalha de bronze ao Brasil, Jade teve boa performance, mas apresentou dificuldades na chegada e somou 13.366. Flavinha fez um ótimo salto e aumentou a esperança de medalha com os 13.900. Com um salto bem executado, Rebeca fez 15.100.

Susto

Antes do início da disputa, Flavinha Saraiva foi para o aquecimento nas barras assimétricas. Durante a realização de sua apresentação para aquecer, a mão da atleta escorregou e resultou em uma queda.

Flavia caiu com o rosto no chão e rolou para fora da área do aparelho. Durante a transmissão, o sangue era visível em seu supercílio. A atleta foi atendida pela equipe médica e colocou um curativo no corte.


Flavia Saraiva com curativo após uma queda (Foto: reprodução/Instagram/@timebrasil)

Mais disputa de medalhas

O Brasil ainda disputa medalhas nos Jogos de Paris com a ginástica artística feminina. Rebeca Andrade, Flavia Saraiva e Julia Soares terão apresentações a partir desta quinta-feira (1). As ginastas não se classificaram para a final das barras assimétricas.

Rebeca tentará o pódio em quatro aparelhos: final do individual geral, final do salto, final da trave e final do solo. Flávia Saraiva estará presente na disputa da final do individual geral e Julia Soares busca medalha na trave.

Resumo Olímpico: confira os resultados dos brasileiros nesta segunda

Após a conquista das primeiras medalhas olímpicas por Willian Lima (judô), Larissa Pimenta (judô) e Rayssa Leal (skate street), os atletas brasileiros competiram com grandes expectativas nesta segunda-feira (29).

Judô

As eliminatórias do judô começaram cedo, logo pela manhã, com Rafaela Silva representando o Brasil na categoria feminina até 57 kg e Daniel Cargnin no masculino até 73 kg. Rafaela Silva superou Maysa Pardayeva, do Turcomenistão, e Eteri Liparteliani, da Geórgia, avançando para a semifinal. Na disputa contra a sul-coreana Mimi Huh, Rafaela foi derrotada. Na luta pelo bronze, a judoca brasileira enfrentou Haruka Funakubo, do Japão, mas foi eliminada por penalidade em um combate acirrado.

Daniel Cargnin, medalhista de bronze em Tóquio, competiu na categoria masculina até 73 kg, mas foi derrotado no primeiro combate por ippon pelo kosovar Akil Gjakova.


Brasil x Quênia (reprodução/NATALIA KOLESNIKOVA/Getty Images Embed)


Vôlei

O Brasil estreou no vôlei feminino contra o Quênia e dominou a partida, vencendo por 3 sets a 0. As parciais foram 25/14, 25/13 e 25/12, demonstrando a superioridade técnica e tática das brasileiras. Com esta vitória, o Brasil lidera o Grupo B e enfrentará o Japão na próxima quinta-feira (01/08), às 8h (horário de Brasília).

Rugby

O time feminino de rugby do Brasil se despediu das Olimpíadas de Paris 2024 após a derrota para o Japão por 39 a 12, na manhã desta segunda-feira (29). A equipe brasileira terminou na última colocação do Grupo C da competição.


Juliana Viana Viera (reprodução/DAVID GRAY/Getty Images Embed)


Badminton

A jovem atleta Juliana Viana, de 19 anos, realizou um feito histórico conquistado a 1ª vitória feminina do Brasil no badminton em Olimpíadas. A vitória veio após Juliana derrotar a atleta Lo Sin Yan Happy, de Hong Kong, por 2 games a 0. Muito emocionada, a atleta olímpica expressou o seu estado de choque pelo resultado e completou afirmando que a ficha ainda não tinha caído.

Natação

Na natação, Guilherme Costa, conhecido como Cachorrão, competiu na eliminatória dos 800 m livre, terminando em 6º lugar com o tempo de 7m 54s. Esta posição não foi suficiente para qualificá-lo para a disputa da medalha nas Olimpíadas de Paris 2024.


Vitor Ishiy (reprodução/WANG ZHAO/Getty Images Embed)


Tênis de mesa

No tênis de mesa, Vitor Ishiy iniciou sua jornada no individual masculino com uma vitória convincente sobre o australiano Nicholas Lum, vencendo por 4 a 0 com parciais de 11/7, 11/5, 11/7 e 11/6. Vitor enfrentará o alemão Dimitrij Ovtcharov pela segunda fase da competição.

Já no feminino, Bruna Takahashi não conseguiu superar a americana Lily Zhang, sendo derrotada por 4 sets a 2, com parciais de 11/8, 11/7, 9/11, 8/11, 11/8 e 11/8.

Skate

Kelvin Hoefler terminou em sexto lugar na prova de skate street masculino nas Olimpíadas de Paris 2024, com 270.27 pontos, sendo o único brasileiro na final. O ouro foi conquistado pelo japonês Yuto Horigome, que somou 281.14 pontos, garantindo a vitória na última manobra com a maior nota da competição, 97.08. Kelvin, que havia terminado a fase classificatória na quinta posição, já tinha conquistado a medalha de prata nas Olimpíadas de Tóquio 2021.


Bia Haddad (reprodução/Daniel Kopatsch/Getty Images Embed)


Tenis

Beatriz Haddad Maia teve um dia misto nas Olimpíadas de Paris 2024. No torneio individual de tênis, ela foi eliminada pela eslovaca Anna Karolina Schmiedlova, perdendo por 2 sets a 0 com parciais de 6-4 e 6-3. No entanto, Bia se recuperou na competição de duplas ao lado de Luisa Stefani, vencendo as chinesas Yuan Yue e Zhang Shuai por 2 sets a 0, com parciais de 6/4 e 6/4. Bia e Luisa avançam para as oitavas nas duplas, terão pela frente as vencedoras do duelo entre as britânicas Watson e Boulter e as alemãs Siegemund e Kerberonde.

Esgrima

Guilherme Toldo foi eliminado na segunda fase na disputa do florete pelo chinês Mo Ziwei, por 15 a 7. Com o resultado, o atleta se despede da competição.


Bia Ferreira (reprodução/MOHD RASFAN/Getty Images Embed)


Boxe

Bia Ferreira conquistou a vitória na categoria de boxe feminino até 60 kg ao derrotar a norte-americana Jajaira Gonzalez. Com amplo domínio na luta, Bia foi superior nos três rounds e venceu por unanimidade (5-0). Classificada para as quartas de final, a brasileira enfrentará a holandesa Chelsey Heijnen nesta quarta-feira (31).

Em contraste, Abner Teixeira não conseguiu superar o equatoriano Gilmar Congo Chalá na categoria masculino acima de 62kg. Bronze nas Olimpíadas em Tóquio 2020, Abner dá adeus a competição.


Gabriel Medina (reprodução/ED SLOANE/Getty Images Embed)


Surfe

A competição olímpica de surfe teve um início amargo para Filipe Toledo, que viu seu sonho de medalha terminar prematuramente ao ser eliminado nas oitavas de final. Toledo não conseguiu encontrar a onda ideal, obtendo uma nota de apenas 2,46, enquanto seu adversário, o japonês Reo Inaba, fechou a bateria com 6,00.

A decepção com a eliminação de Toledo foi revertida logo em seguida pela esperança renovada com João Chianca, conhecido como ‘Chumbinho’, que garantiu sua vaga nas quartas de final ao superar o marroquino Ramzi Boukhiam com um apertado 18,10 a 17,80. Chumbinho enfrentará Gabriel Medina por uma vaga na semifinal, depois que o tricampeão mundial derrotou o japonês Kanoa Igarashi por 17,40 a 6,44. A bateria foi marcada por um recorde histórico, com Medina recebendo a maior nota já atribuída na história do surfe olímpico: um impressionante 9,90, após um tubo espetacular.

Zion Bethonico conquista a primeira medalha do Brasil em Olimpíadas de Inverno

Na madrugada deste sábado (20), o Brasil conquistou sua primeira medalha em Olimpíadas de Inverno. O resultado veio com o catarinense Zion Bethonico, que conseguiu o bronze na disputa do snowboard cross nos Jogos Olímpicos da Juventude de Gangwon 2024, na Coreia do Sul.

Brasil nos Jogos de Olímpicos de Inverno da Juventude

Até a conquista do catarinense, o melhor resultado brasileiro em Jogos de Inverno da Juventude era oitavo lugar de Marley Linhares no monobob em Lillehammer 2016. Nos jogos Olímpicos de Inverno, a versão principal da competição, Isabel Clark tinha o melhor desempenho do país com o nono lugar no snowboard cross em Turim 2006.

Bronze de Zion

A medalha do catarinense surpreendeu, uma vez que Zion não estava entre os favoritos a um lugar no pódio. Sua campanha começou de forma discreta, com uma terceira colocação na primeira bateria. Mas, a partir dai, Zion brilhou vencendo as quatro provas que faltava, conseguindo 18 dos 20 pontos em jogo.

Durante a semifinal, Zion estava em terceiro lugar, resultado que o classificaria apenas à final B, porém, conseguiu ultrapassar um adversário no último salto para garantir vaga na final.



Na decisão, também entrou em desvantagem, porém, conseguiu ultrapassar Boden Gerry para garantir o terceiro lugar e a inédita medalha de bronze. Quem ficou com as medalhas de ouro e prata foram respectivamente: o francês Jonas Chollet; e o canadense Anthony Shelly.

Depois da conquista, Zion falou: “eu dedico a minha medalha ao meu irmão Noah, que foi o meu diferencial. Ele esteve comigo o tempo todo. Durante a competição, depois de todas as minhas descidas, ele subiu comigo na gôndola fazendo uma revisão do percurso, procurando-me ajudar a melhorar a cada nova bateria. Eu queria um pouco mais, tive que enfrentar alguns obstáculos no final, mas estou muito satisfeito. Essa medalha é para ele que é quem sempre esteve mais próximo”.

A vaga de Zion em Gagwon foi conquistada por seu Noah Bethonico, seu irmão mais velho, que depois da classificação completou 20 anos, idade limite para participar dos Jogos Olímpicos de Inverno da Juventude. Assim, a vaga foi para Zion, que era o próximo atleta com idade elegível.