São Paulo registra primeiro caso de nova cepa de Mpox no Brasil

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP) confirmou nesta sexta-feira (7) o primeiro caso da nova cepa do mpox vírus (MPXV) no Brasil. Uma mulher, de 29 anos, residente em uma cidade da região metropolitana do estado, começou a apresentar os sintomas da doença em 16 de fevereiro. 

A paciente, que contraiu o vírus mesmo sem ter viajado para fora do país, manteve contato com um familiar que veio da República Democrática do Congo, na África, onde o vírus circula endemicamente. A secretaria informa que a mulher “está internada em isolamento no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, referência no tratamento de doenças infectocontagiosas, apresentando boa evolução do quadro clínico”.  

A equipe de Vigilância em Saúde não identificou casos secundários, mas notificou o registro ao Centro de Operações de Emergência em Saúde para Mpox, do Ministério da Saúde. Devido à entrada da Clado 1B no território brasileiro, a vigilância municipal está rastreando outros possíveis contatos. O Ministério da Saúde afirma que está acompanhando a investigação de perto e mantendo contato com as Secretarias de Saúde Municipal e Estadual de São Paulo.

Com a primeira confirmação desta cepa no país, o monitoramento da doença é fundamental, o que leva à necessidade da população se manter alerta para evitar novos casos. Por essa razão, é essencial reforçar a vigilância epidemiológica para uma resposta imediata e eficaz. O estado de São Paulo contabilizou 1.126 casos da doença em 2024, sem nenhum registro de morte. Desde o início de 2025, a secretaria registrou 115 casos até a última sexta-feira (7). 

Transmissão e sintomas

A transmissão do vírus entre seres humanos se dá por meio de contato com lesões na pele, fluidos corporais, sangue ou mucosas de pessoas infectadas. Por isso, é preciso estar atento e evitar o uso de objetos recentemente contaminados com fluidos ou materiais infectantes, pois eles também transmitem a doença.

A Mpox provoca manifestações cutâneas, febre, fraqueza, linfonodos inchados, dores musculares, dores nas costas, dor de cabeça, dor de garganta, congestão ou tosse. Alguns dos sintomas podem ser facilmente confundidos com os sintomas de um resfriado ou uma gripe. 


Médico infectologista ensina a reconhecer ferida característica de Mpox (Vídeo: reprodução/X/@DoutorMaravilha)

A recomendação em caso de suspeita é ir até a unidade de saúde mais próxima para uma avaliação. Caso o diagnóstico seja confirmado, será preciso adotar medidas de prevenção para conter a transmissão do vírus e iniciar o acompanhamento clínico do paciente. 

Para prevenir a transmissão da Mpox, a orientação básica é: 

  • Lavar as mãos com água e sabão e higienizar com álcool em gel;
  • Não compartilhar itens de uso pessoal como roupas de cama e banho, talheres e copos, objetos pessoais ou brinquedos sexuais;
  • Não manter contato íntimo ou sexual com pessoas que apresentem lesões na pele;
  • Isolar-se imediatamente caso haja suspeita ou confirmação da doença.

Mpox preocupa OMS

Em 2022, a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou emergência de saúde internacional, o status mais alto de alerta da instituição, quando o vírus se disseminou de maneira global. Em agosto de 2024, a OMS decretou o status novamente por causa da identificação de uma cepa mais grave e com potencial maior de propagação dentro e além das fronteiras do continente africano.


Tudo o que você precisa saber sobre a Mpox (Vídeo: reprodução/YouTube/Jornal O Globo)

O diágnostico da doença é clínico, baseado em sinais e sintomas do paciente. O teste PCR é o que confirma a presença do vírus e o desenvolvimento da doença. O tratamento é feito de acordo com os sintomas, além do uso de medicamentos antivirais. Crianças e imunossuprimidos correm maior risco de complicações devido à Mpox. No caso de gestantes, o risco é transmitir o vírus para o bebê, podendo levá-lo a óbito. 

Imigrante é retido em aeroporto de São Paulo por suspeita de mpox

Nesta segunda (26), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) confirmou que um imigrante retido no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, foi isolado em um hotel na região devido à suspeita de mpox. A notificação sobre o caso foi feita na tarde do domingo (25).

De acordo com o comunicado da Anvisa, uma equipe do Posto da agência no Aeroporto de Guarulhos foi acionada pelo serviço de saúde local após a identificação de sintomas compatíveis com a mpox. O imigrante, que chegou ao aeroporto em 14 de agosto, estava na área destinada a pessoas que aguardam a concessão de refúgio no Brasil.

“Em conformidade com o plano de contingência estabelecido, o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do Estado de São Paulo (CIEVS-SP) foi imediatamente notificado e o caso foi encaminhado para isolamento e realização de exames no serviço de saúde do município de Guarulhos. Posteriormente, o paciente foi transferido para o Instituto de Infectologia Emílio Ribas, na capital paulista”.

A Secretaria de Saúde de São Paulo informou, no final da tarde de segunda, que a principal hipótese é que o paciente esteja com varicela.

Anvisa

A Anvisa informou que, até agora, 507 imigrantes continuam à espera de entrar no Brasil.  As autoridades entrevistaram os outros viajantes no local, aplicaram 397 questionários, mediram a temperatura e verificaram sinais de doença na pele. Segundo eles, nenhum outro caso foi identificado. Além disso, foram implementadas medidas de limpeza e desinfecção no aeroporto.

A Defensoria Pública da União solicitou a criação de uma sala de situação para monitorar em tempo o fluxo de entrada e saída do país, como uma medida para proteger a saúde pública e garantir a segurança nos aeroportos.

Sobre a mpox

A OMS (Organização Mundial da Saúde) declarou a mpox, antes chamada de varíola dos macacos, como uma emergência de saúde pública global. Os casos da doença estão sob vigilância internacional. O surto atual é causado por uma cepa mais transmissível e letal, que afeta principalmente países da África.


Paciente com feridas causadas pela mpox (Foto: reprodução/Ernesto Benavides/AFP/Getty Images Embed)


A transmissão da mpox ocorre por contato direto com pele ou lesões infectadas, incluindo órgãos genitais e boca, ou por gotículas respiratórias. Também pode ocorrer por mordidas ou arranhões de animais infectados, ou durante a caça, manipulação e consumo de animais contaminados.

Os principais sintomas da mpox incluem febre, dor de cabeça, mal-estar e erupções cutâneas que surgem em qualquer parte do corpo, geralmente resultantes do contato pele a pele com uma pessoa infectada.

A confirmação do diagnóstico é feita por meio de um teste PCR, que detecta o vírus de forma rápida e precisa, semelhante aos testes usados na pandemia de COVID-19.

Mpox: entenda os sintomas e o teste feito para diagnosticar a Mpox

Depois da declaração da OMS (Organização Mundial de Saúde) sobre a mpox ou monkeypox ser uma doença de caso de emergência de saúde pública global, os casos estão sob vigilância internacional. O surto atual é causado por uma cepa ainda mais transmissível e letal, que atinge principalmente países africanos, embora tenham sido detectados casos na Suécia e Tailândia.

Sintomas da mpox

Os principais sintomas que caracterizam a monkeypox são: febre, dor de cabeça, mal-estar e algumas alergias que aparecem na pele, em qualquer lugar do corpo, resultante do contato pele a pele com uma pessoa infectada. 

Em entrevista à CNN, um médico infectologista e patologista clínico da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial, Celso Granato, disse que o período de incubação do vírus mpox pode variar de 5 a 21 dias. 

Como outras doenças também podem causar sintomas parecidos, fazer um teste é crucial para que se tenha certeza do diagnóstico de mpox, e certificar-se que não se trata de outras infecções de pele, reações alérgicas, herpes-zoster e herpes simples. 


Mpox (Vídeo: reprodução/YouTube/Governo do Estado de São Paulo)


A confirmação do diagnóstico é laboratorial, conduzida por meio de um teste PCR, ou seja, com reação em cadeia da polimerase, em tempo real. Semelhante aos testes feitos para a pandemia de COVID-19, é uma técnica que permite a detecção do vírus de interesse rápida e precisamente.

Transmissão da doença e cuidados

Segundo informações divulgadas pela OMS, a transmissão da monkeypox pode acontecer de três maneiras:

  • Por contato direto com pele infectada ou outras lesões, como em órgãos genitais ou na boca
  • Por toque pele com pele, boca com pele, boca a boca e gotículas respiratórias da pessoa contaminada
  • Por mordidas ou arranhões de animais infectados com o vírus da mpox e/ou durante atividades de caça, captura, cozimento e ingestão de animais contaminados.

Conforme o Ministério da Saúde brasileiro, a melhor maneira de prevenção é evitar contato com pessoas com suspeitas ou diagnosticadas com a doença e lavar as mãos regularmente. Além disso, a vacinação contra mpox é fundamental para prevenir a doença.

As pessoas infectadas deverão cumprir um período de isolamento social, sem compartilhar toalhas, escovas, lençóis, roupas ou outros objetos de uso pessoal. 

Ministério da Saúde lança campanha de amamentação afim de garantir sobrevivência infantil

Nesta quinta-feira (1), foi anunciado pelo Ministério da Saúde a Campanha da Semana Mundial da Amamentação 2024. Intitulada por “Amamentação, apoie em todas as situações”, o objetivo da iniciativa se deve à promessa de cumprir com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável estabelecido pela ONU além de garantir sobrevivência e bem-estar infantil.

Amamentação, apoie em todas as situações

O projeto de conscientização apresentado pelo Ministério da Saúde nesta quinta-feira(1) foca na redução de desigualdades voltadas ao apoio à amamentação. Considerando que a amamentação é o único elemento que, de forma isolada, reduz em até 13% causas evitáveis de mortalidade infantil, a campanha trabalha para que haja um número de sucesso eficiente causando assim a possibilidade de mais segurança na sobrevivência infantil por meio, principalmente, da amamentação.

Em declaração no evento de lançamento, a ministra Nísia Trindade salientou o compromisso do Ministério ao fazer uma campanha considerada vitoriosa que promete uma meta de 70% de aleitamento com leito materno até os seis meses, ainda ressaltando a referência do Brasil em sua gestão com saúde pública. É de conhecimento do governo federal os diferentes cenários e contextos passados por famílias no dia a dia, estes que também impactam a amamentação e por isso a campanha “Amamentação, apoie em todas as situações” procura atestar o direito à amamentação, em especial para lactantes em situação de vulnerabilidade.

É de interesse e compromisso do governo também apoiar a amamentação em situações de calamidade pública, desastres naturais e estados de emergência. O Ministério ainda coordena nacionalmente a iniciativa global, a mais importante ação de aliança social em prol da seguridade amamentar.

Em julho, associado com o trabalho feito pelo governo federal no estado do Rio Grande do Sul após as intensas enchentes, o Ministério enviou cerca de 63 litros de leite humano ao estado. De acordo com a Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano, um pote de 300mL chega a alimentar 10 prematuros ou bebês de baixo peso. Por isso, a doação é considerada imprescindível para ajudar na alimentação e recuperação de bebês internados nas UTIs (Unidades Neonatais) do estado. Tal ação fortifica o propósito do projeto afim de sensibilizar a sociedade sobre a necessidade de apoio à amamentação.


Evento de lançamento da nova campanha “Amamentação, apoie em todas as situações” (Foto: reprodução/Rafael Nascimento/MS/gov.br)

De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde) e Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância, cerca de deis milhões de vidas infantis são salvas todo ano por meio do aumento nas taxas de amamentação exclusiva até o sexto mês de vida. Em conjunto com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a atuação da Semana Mundial da Amamentação melhora a comunicação com a sociedade e assim informa a população sobre as desigualdades no apoio e prevalência da amamentação.

Programa Nacional de Promoção, Proteção e Apoio à Amamentação

A pasta também anunciou o desenvolvimento do Programa Nacional de Promoção, Proteção e Apoio à Amamentação. Com o programa, existe o alavancamento da amamentação por todo o território nacional, conseguindo cumprir com a meta estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), onde, até 2025, pelo menos 50% das crianças de até seis meses de vida tenham a possibilidade de serem amamentadas exclusivamente. Até 2030, a expectativa é de que o índice chegue a 70%.

O objetivo do novo programa, este que se encontra na finalização de pactuação com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), é melhorar e integrar ações voltadas ao assunto em todo o Brasil, incentivando que a amamentação tenha início logo na primeira hora do bebê e seja continuada até os dois anos, no mínimo, sendo exclusivamente até os seis meses. O programa irá estimular ações integradas, transversais e intersetoriais de amamentação nos estados e municípios.

O Ministério da Saúde ainda salienta que a amamentação é o meio de proteção mais econômico e seguro para redução da morbimortalidade infantil, impactando a saúde da criança, como ao diminuir o quadro de diarreias, afecções perinatais e infecções — principais causas de mortes em bebês recém-nascidos. A ação também traz benefício para a saúde de mulheres ao reduzir as chances de desenvolver câncer de mama e de ovário.

Investimento de quase um bilhão em cuidados paliativos é anunciado pelo Ministério da Saúde 

Nesta quinta-feira (23), foi apresentado pelo Ministério de Saúde uma proposta voltada à cuidados paliativos, onde haverá um investimento de quase um bilhão — 887 milhões de reais — destinado para a área anualmente. Na nova política nacional relacionada com estes cuidados, tem-se como objetivo atender pacientes com doenças graves, seus familiares e cuidadores.  

Política Nacional voltada à Cuidados Paliativos

Foi também exposto pela equipe da pasta que um grupo com 1300 profissionais de saúde se encarregará de aplicar os cuidados paliativos. Em declaração, a ministra Nísia Trindade expôs que tal política tem importante dimensão de educação e formação além de que espera-se que toma a comunidade de saúde se mobilize em detrimento de uma política “tão humana”.  

“[…] que mostra bem do que o SUS é capaz como grande instrumento da cidadania no nosso país a partir da Constituição de 1988“, anunciou a ministra da saúde.


Cuidados Paliativos (Foto: reprodução/Freepik)

Na quarta-feira (22), já havia sido assinado por ela uma portaria que tinha como propósito implementar a Política Nacional de Cuidados Paliativos, dentro do âmbito do SUS (Sistema Único de Saúde). Com isso, o SUS atuará em ações para alívio da dor, sofrimento e outros sintomas em pessoas com doenças ou condições de saúde que ameaçam a continuidade da vida. Com a iniciativa do governo, espera-se que famílias e cuidadores também estejam incluídos no programa de cuidados. Segundo Adriano Massuda, Secretário de Atenção Especializada do ministério, todos os municípios brasileiros devem ser beneficiados com o plano.  

Essa política foi pensada para atender todos os municípios brasileiros, mas com desenho regional. São equipes que têm a abrangência de atender vários municípios em uma macroregião. Essa é a perspectiva, de atender a todos.” , salientou em discurso. 

O tratamento ainda prevê investigações para compreendimento maior e controle de situações clínicas que ameacem a continuidade da vida e a ação precoce para cuidados paliativos, juntamente com o tratamento para doença.  

Cuidados Paliativos

Cuidados Paliativos, também conhecido como Paliativismo, é o conjunto de práticas de assistência ao paciente lido como incurável visando oferecer dignidade e diminuição do sofrimento dos pacientes. Comumente visto em pacientes em estágios terminais ou estágio avançado de determinada doença. 

Na apresentação de quinta-feira, o governo também citou dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), mostrando a existência de mais de 625 mil pessoas do Brasil necessitadas de cuidados paliativos. Segundo a portaria publicada um dia antes, na quarta-feira, um dos princípios do plano é a valorização da vida e a consideração da morte como um processo natural, além do destaque ao respeito por crenças, práticas culturais e religiosas do paciente e à autonomia individual, com atenção especial concedida na tomada de decisão substituta no caso de crianças e pessoas tuteladas ou curateladas. 

A oferta de atos paliativos em todo ciclo de vida precisa ser “de forma indistinta para pessoas em sofrimento por qualquer situação clínica que ameace a continuidade da vida”, como assinado pela ministra Nísia Trindade. 

Campanha de vacinação contra gripe fica a baixo da meta

Quase um mês após o início da campanha de vacinação contra a gripe no Brasil, apenas 21% do público-alvo recebeu a imunização, gerando preocupação entre as autoridades de saúde. Os dados divulgados pelo Ministério da Saúde revelam que pouco mais de 14 milhões de pessoas foram vacinadas, num país que tem cuja meta é imunizar 75 milhões de brasileiros.

A antecipação da campanha, usualmente realizada entre abril e maio, foi uma medida adotada devido ao aumento da circulação de vírus respiratórios no país. No entanto, a baixa adesão se tornou um desafio, especialmente em estados como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia, Rio de Janeiro e Distrito Federal, onde a cobertura vacinal não ultrapassa os 17%.

O público-alvo da campanha abrange uma ampla gama de pessoas, desde crianças até idosos, gestantes, profissionais da saúde, professores, entre outros grupos específicos. A vacina está disponível gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mas também pode ser encontrada em clínicas particulares.


Ministra revela que epidemia de dengue e gripe comum podem trazer alta demanda ao sistema de saúde (Foto: reprodução/Marcelo Bernardes/ACS/SES)

Estratégias

Para incentivar a adesão à vacinação, diversas estratégias estão sendo adotadas em todo o país. Mutirões de vacinação foram organizados em várias cidades brasileiras. Em Belo Horizonte, por exemplo, a prefeitura estabeleceu parcerias com redes de drogarias, disponibilizando a vacina em parques e praças em várias regiões da cidade durante todo o fim de semana.

Em Salvador, esta é a segunda semana consecutiva em que postos de vacinação estão abertos aos sábados. Mais de 40 unidades de saúde na cidade estão vacinando a população até as 16h00. A capital baiana conseguiu imunizar cerca de 10% do público-alvo até o momento.

Outras ações para aumentar a cobertura vacinal estão sendo realizadas em todo o país. No Ceará e em todo o estado do Mato Grosso, por exemplo, postos de vacinação estão abertos até as 16h30.

Meta nacional

A Ministra da Saúde, Nísia Trindade, enfatizou a importância de vacinar 75 milhões de pessoas prioritárias através do SUS, incluindo idosos, gestantes, crianças e profissionais da saúde, entre outros grupos. A mudança na estratégia de vacinação desde 2023 considera as particularidades climáticas de cada região, com a vacinação ocorrendo em diferentes períodos em todo o país.

A composição da vacina deste ano visa proteger contra três cepas do vírus da gripe: Influenza A (H1N1), Influenza A (H3N2) e Influenza B. A baixa adesão à vacinação até o momento é preocupante, salientando a importância da vacinação para prevenir casos graves de gripe e reduzir a sobrecarga nos sistemas de saúde.

Ministério da Saúde amplia faixa etária para vacinação da dengue com doses próximas ao vencimento


O Ministério da Saúde adotou nesta quinta-feira (16), uma estratégia para o aproveitamento das vacinas de dengue que estão próximas ao vencimento. A Câmara Técnica de Imunizações tomou a decisão de liberar a ampliação das faixas etárias para a vacina da dengue no Sistema Único de Saúde (SUS) em municípios que têm um número alto de doses para vencer em 30 de abril.

Expansão da faixa etária

As vacinas, que têm validade próxima, agora poderão ser aplicadas em pessoas de 4 a 59 anos, o que pode variar com o critério do município. Os imunizantes fazem parte de uma doação feita ao Brasil em fevereiro.

 O objetivo dessa estratégia é reduzir a perda de doses com vencimento próximo somente para esse grupo, com vencimento no final do mês de abril. Segundo o Ministério da Saúde, essa medida é temporária e é restrita para os lotes de Qdenga que se enquadrem no requisito.


Faixa etária é ampliada pelo Ministério de Saúde (Foto: reprodução/Youtube/ Band Jornalismo)

Baixa adesão

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, revelou pouco tempo antes da publicação da nova medida que já havia um Plano B em curso que buscava redistribuir as doses para 154 novos municípios.


Ministra da Saúde comenta baixa adesão de vacinas da dengue (Foto: reprodução/Youtube/ Rede TVT)

Já estamos fazendo a redistribuição, mas, se não houvesse um negacionismo às vacinas, certamente as famílias estariam levando suas crianças e jovens para serem vacinados. Esse é o ponto fundamental que eu queria colocar“, reforçou a ministra ao participar da reunião da Comissão de Assuntos Sociais no Senado.

A baixa adesão foi o que fez com que as doses estocadas nos municípios chegassem próximo da data de validade, portanto, a estratégia de expansão visou diminuir a perda de imunizantes nesses municípios onde há excesso de doses.

Medida temporária

Além de esclarecer que o público que decidir por se vacinar nesta antecipação terá a segunda dose garantida, o ministério reforçou que ainda deverá ser priorizada a faixa etária de 10 a 14 anos – público-alvo o qual as doses estão liberadas desde março.

Também foi pedido que a comunicação sobre a vacinação e sobre a estratégia em si seja intensificada nos estados e municípios a fim de atrair o público para a imunização.

Nova terapia para hemofilia beneficia pacientes, trazendo resposta imunológica

A coagulação do sangue representa uma das defesas fundamentais do corpo humano. Ao nos ferirmos, o organismo entra em ação, interrompendo o sangramento para evitar hemorragias. Entretanto, para cerca de 14 mil pessoas no Brasil, cada pequena lesão implica um perigo iminente devido à falta dessa habilidade natural de coagulação. Esses indivíduos enfrentam a hemofilia, uma condição rara, hereditária e incurável que afeta o processo de coagulação sanguínea, tornando o corpo suscetível a sangramentos descontrolados.

A hemofilia representa uma luta constante para aqueles que vivenciam essa condição. Atividades simples, como caminhar, podem desencadear pequenos sangramentos internos que, para a maioria, são prontamente estancados pelo organismo. No entanto, para os hemofílicos, tais lesões passam despercebidas pelo sistema de coagulação, resultando em sangramentos persistentes que podem ocasionar danos significativos às articulações e até mesmo comprometer a mobilidade.

Entenda o que é a hemofilia

A falha genética nos cromossomos ligados à coagulação do sangue é responsável por essa condição, transmitida de mãe para filho. Dois tipos principais de hemofilia existem: A e B, cada uma associada à deficiência de uma proteína específica necessária para a coagulação. Geralmente, o diagnóstico ocorre na infância, quando os pacientes começam a apresentar facilmente inchaços e hematomas após pequenos traumas.

Tratamentos da doença

Ao longo dos anos, houve uma evolução no tratamento da hemofilia. No passado, os pacientes precisavam de transfusões sanguíneas para receber o fator de coagulação necessário, o que frequentemente resultava em complicações, como infecções por HIV e hepatite. Atualmente, a medicina avançou, e os pacientes podem receber o fator de coagulação de maneira mais segura, muitas vezes através de um medicamento injetável.


Hemofilia é uma condição genética rara, herdada geneticamente (Fotografia: Reprodução/Freepik/Stefamerpik)

Entretanto, alguns pacientes desenvolvem uma resposta imunológica ao tratamento, o que os torna dependentes de medicamentos mais caros e complexos. Um desses medicamentos é o emicizumabe, que age como um substituto do fator de coagulação e é administrado por injeção subcutânea semanalmente.

Embora esteja disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) para pacientes com essa resposta imunológica específica, há uma demanda para que seja acessível a todos os que sofrem de hemofilia, devido à sua conveniência e menor frequência de administração em comparação com outras opções de tratamento.

Emicizumabe como forma de tratamento

Uma ampliação recente no acesso ao emicizumabe foi esclarecida pelo Ministério da Saúde, tornando-o disponível para uma gama mais ampla de pacientes com hemofilia. Entretanto, ainda é dada prioridade aos pacientes que não respondem adequadamente a outras formas de tratamento, garantindo-lhes acesso a opções eficazes e seguras para gerenciar sua condição, enquanto os recursos do sistema de saúde são alocados de forma eficiente.

SUS se aproxima da casa do paciente por meio de programa do governo

O governo lança um programa visando aproximar o atendimento do SUS à residência do paciente. Com ênfase da telessaúde, essa nova política busca diminuir os locais que o paciente necessita frequentar durante seu tratamento.

Entenda o modelo de integração do SUS

O Ministério da Saúde apresentou um novo modelo de integração de serviços do Sistema Único de Saúde (SUS), focalizado na telessaúde, com o intuito de encurtar os tempos de espera e reduzir as filas. A declaração foi feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pela ministra da saúde, Nísia Trindade, nesta segunda-feira (8), durante uma entrevista coletiva para jornalistas.

A ministra ressalta que o programa Mais Acesso a Especialistas pretende diminuir a quantidade de deslocamentos necessários para o paciente durante seu tratamento no SUS, concentrando os exames e consultas em unidades de saúde próximas à residência do atendido.

Dependendo do procedimento, o paciente poderá ser atendido por meio da telessaúde. Na prática, o programa está programado para iniciar em 1º de julho. Trindade disse que não estão buscando eliminar filas, mas sim reduzir o tempo de espera. A diferença é que o atendimento será direcionado às necessidades do paciente, não aos serviços de forma isolada.


Lula e Trindade na sua posse. (Foto: reprodução/Ricardo Stuckert)

A telessaúde faz parte do programa SUS Digital. Segundo o ministério, entre março e abril, todos os 26 estados, o Distrito Federal e os 5.566 municípios aderiram ao programa. Serão disponibilizados R$ 460 milhões aos entes federativos para a adaptação ao digital.

O anúncio ocorre após um mês em que as pressões sobre Trindade aumentaram, devido à crise nos hospitais federais no Rio de Janeiro e ao crescimento dos casos de dengue. Denúncias de irregularidades e negligência nas seis unidades federais do Rio provocaram uma série de demissões no ministério e na gestão hospitalar, incluindo a do secretário nacional de Atenção Especializada à Saúde, Helvético Miranda.

O orçamento previsto para 2024 para hospitais ultrapassa R$ 800 milhões, porém há problemas estruturais na rede. Além de suspeitas de mau uso de recursos públicos e corrupção, com direcionamento de licitações e compras com preços exorbitantes, conforme uma nota técnica do DGH, as unidades enfrentam condições precárias e dificuldades para atender os pacientes.

Veja as cobranças que Trindade vem sofrendo

Trindade também é alvo de cobranças por melhores resultados na luta contra a dengue, que já acumula 2,7 milhões de casos e mais de mil mortes somente neste ano. O evento desta segunda-feira faz parte de um esforço do governo para aprimorar a comunicação sobre as ações e realizações dos ministérios de Lula. Antes da saúde, eventos semelhantes ocorreram voltados para os ministérios da Justiça e da Educação.

Nova estratégia de vacinação contra HPV é anunciada pelo Ministério da Saúde

Foi revelada pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, uma importante atualização no esquema de vacinação contra o HPV, um vírus associado a uma parcela significativa dos casos de câncer de colo do útero. A partir de agora, a vacina será administrada em dose única pelo Sistema Único de Saúde (SUS), com foco específico em crianças e adolescentes com idades entre 9 e 14 anos.

O público-alvo compreende, principalmente, meninas e meninos nessa faixa etária. No entanto, indivíduos imunossuprimidos, vítimas de violência sexual e aqueles diagnosticados com papilomatose respiratória recorrente (PPR) poderão continuar seguindo o esquema anterior, que previa até três doses da vacina.

A iniciativa também engloba um esforço coordenado para identificar jovens de até 19 anos que ainda não tenham recebido nenhuma dose da vacina, com o objetivo de garantir a atualização da imunização. Ademais, a nota técnica do ministério passa agora a incorporar pessoas diagnosticadas com PPR em idade variada ao Programa Nacional de Imunizações (PNI).

Grupos contemplados

Os grupos elegíveis para receber a vacina gratuitamente pelo SUS abrangem não somente crianças e adolescentes de 9 a 14 anos, mas também indivíduos com condições clínicas especiais até os 45 anos, como aqueles com HIV/Aids, transplantados e pacientes oncológicos. Ademais, estão contemplados também vítimas de abuso sexual e pessoas com PPR.

Essa alteração no programa de vacinação segue uma recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), embasada em evidências que apontam para a significativa eficácia de uma dose da vacina contra o HPV. O intuito é ampliar a cobertura vacinal, incorporar mais grupos prioritários e facilitar a implementação da vacinação em países com recursos limitados.

Renato Kfouri, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), salienta que diversos estudos corroboram a eficácia de uma dose da vacina, o que levou diversos países, incluindo o Brasil, a adotarem o esquema de dose única para jovens até 20 anos.

Vacina ajuda a reduzir os casos de câncer do colo de útero


Pessoas imunossuprimidas e vítimas de abuso sexual, que têm direito à vacinação na rede pública, continuarão seguindo o esquema anterior (Foto: reprodução/Freepik)

Uma parcela significativa dos casos de câncer de colo do útero é atribuída ao HPV, podendo sua erradicação ser viabilizada por meio da vacinação, rastreamento e tratamento das lesões. A imunização não apenas oferece proteção contra o câncer de colo do útero, mas também contra outros tipos de câncer, como os de pênis, ânus, orofaringe, vagina e vulva.

Embora mais de 80% das pessoas possam ser infectadas pelo HPV em algum momento da vida, a vacinação é essencial para prevenir complicações, dado que alguns tipos de vírus apresentam potencial oncogênico. A vacina disponível pelo SUS protege contra quatro tipos de vírus, enquanto a versão nonavalente, disponível na rede privada, amplia essa proteção para mais cinco tipos de vírus, aumentando a eficácia contra os cânceres de colo do útero.