Autoridade da Casa Branca afirma que mísseis do Paquistão são uma ameaça aos EUA

O vice- conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jon Finer, afirmou nesta quinta-feira (19) que o Paquistão está desenvolvendo mísseis de longo alcance capazes de atingir alvos fora da Ásia.

Em sua fala, Finer também disse que os mísseis podem representar uma “crescente ameaça aos Estados Unidos”.

Pronunciamentos do vice- conselheiro

O Paquistão tem desenvolvido uma tecnologia de mísseis cada vez mais sofisticada, que vão de mísseis de longo alcance a equipamentos, que permitiriam o teste de motores de foguete bem maiores

Vice- conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, em pronunciamento

Este depoimento do vice- conselheiro de Segurança Nacional revelou o quanto a relação entre os EUA e o Paquistão se deteriorou desde 2021. Segundo ele, esse desgaste é efeito de quando os EUA retiraram suas tropas da outra república islâmica Afeganistão, após 20 anos de ocupação no país.

Este movimento foi gradual e se iniciou ainda na presidência de Donald Trump.

O Paquistão terá a capacidade de atingir alvos muito além do sul da Ásia, incluindo os Estados Unidos

Jon Finer finalizou:

“Então, francamente, é difícil para nós enxergar estas ações do Paquistão como algo senão uma crescente ameaça aos Estados Unidos”

O discurso veio um dia após Washington anunciar uma nova rodada de sanções relacionadas ao programa de desenvolvimento de mísseis balísticos do Paquistão. 


Forças militares Paquistanesas em Islamabad em 2017, durante a comemoração do Dia Nacional do Paquistão (Reprodução/Amjad Khan/Getty Images Embed)


Paquistão e Índia

Por mais que a possibilidade de uso das armas contra os Estados Unidos tenha sido ressaltada, outra hipótese é de que o Paquistão as tenha desenvolvido em uma tentativa de aproximar seu poderio militar ao da Índia.

A relação de tensão entre estes dois países é histórica e vem desde 1947, ano em que a Índia se tornou independente da Grã-Bretanha. Quando conquistada esta independência, o território que antes era inteiramente colônia inglesa ficou dividido entre Índia e Paquistão.

A grande divisão religiosa, principalmente entre o hinduísmo e o islamismo foi um ponto fundamental para os conflitos que existiram entre os países.

Desde então, os países já guerrearam entre si em algumas ocasiões. Assim, se destacam as guerras de 1947 e 1965, travada pelo controle da região da Caxemira.

Israel se prepara para atacar alvos militares do Irã antes das eleições dos EUA, afirma jornal

Israel está planejando uma retaliação militar contra alvos do Irã antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, segundo o The Washington Post. O ataque seria uma resposta ao bombardeio com mísseis iranianos que atingiu o território israelense em 1º de outubro. A ofensiva teria como objetivo alvos militares iranianos, evitando instalações nucleares e de petróleo, o que poderia desencadear um conflito de maiores proporções, de acordo com autoridades americanas.

Resposta calibrada para evitar escalada

Fontes ouvidas pelo jornal afirmaram que a intenção de Israel é realizar uma ação militar “calibrada” para evitar uma guerra total com o Irã. O ataque, com alvos limitados e focado em evitar uma escalada maior, foi discutido em uma conversa entre o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e o presidente dos EUA, Joe Biden, na semana passada.

A decisão de focar em alvos militares, e não em estruturas mais sensíveis como as nucleares, aliviou preocupações dentro do governo americano, que tenta evitar um conflito de larga escala no Oriente Médio. Desde o ataque de mísseis, as tensões entre Israel e o Irã aumentaram, especialmente por conta do envolvimento de grupos armados aliados de Teerã, como o Hezbollah.


Joe Biden e Benjamin Netanyahu (Foto: reprodução/Miriam Alster/G1)

Temor de guerra entre Israel e Irã

O governo israelense teme que uma retaliação mal calculada, especialmente contra instalações nucleares ou de petróleo do Irã, poderia gerar uma resposta iraniana capaz de arrastar outras potências globais para o conflito. O presidente Biden já expressou sua oposição a ataques desse tipo, que poderiam provocar uma guerra ampla na região.

Israel, no entanto, reiterou que sua resposta será “letal, precisa e surpreendente”, segundo Yoav Gallant, ministro da Defesa de Israel. O Irã, por sua vez, prometeu represálias caso seja alvo de ataques diretos, aumentando os temores de uma guerra entre os dois países.

Apesar das preocupações americanas com a instabilidade da região, Biden afirmou que apoia as ações israelenses contra alvos iranianos aliados, como o Hezbollah e o Hamas. Contudo, o presidente tem alertado para os riscos de uma escalada maior que envolva outros países no conflito.

China realiza maiores manobras militares ao redor de Taiwan, aumentando tensões na região

Nesta segunda-feira (14), a China realizou as maiores manobras militares já registradas em torno de Taiwan, conforme o Ministro da Defesa taiwanês. Durante os exercícios, foram detectados 125 aeronaves e 17 navios de guerra chineses, incluindo bombardeiros H-6K carregados com munição. Apesar de o governo chinês afirmar que não houve exercícios de fogo real e que não houve invasão do espaço aéreo taiwanês, as manobras sinalizam um aumento nas tensões entre Pequim e Taipei.

Críticas a militarização da China

Os Estados Unidos e a União Europeia criticaram as ações da China, destacando preocupações sobre a escalada militar na região. Paralelamente, a Rússia enviou seu ministro da Defesa a Pequim no mesmo dia, embora não tenha esclarecido se a visita estava ligada aos exercícios militares. Essa nova fase de manobras representa um desafio significativo para a segurança regional e as relações entre as potências envolvidas.


Guarda Costeira de Taiwan observa um navio da Guarda Costeira chinesa à distância (reprodução/Guarda Costeira de Taiwan/AFP Photo)

O Departamento de Defesa dos Estados Unidos qualificou os exercícios militares chineses em torno de Taiwan como uma “operação de pressão militar irresponsável, desproporcional e desestabilizadora”. Em resposta, o governo chinês afirmou que as manobras servem como um “aviso” aos “atos separatistas” de Taiwan e caracterizou os exercícios como uma ação legítima para proteger a soberania e a unidade nacional. Este foi o primeiro grande exercício militar chinês na região desde o início do ano.

China realiza exercícios militares Joint Sword-2024B em torno de Taiwan

Os exercícios militares chineses Joint Sword-2024B duraram cerca de cinco horas e ocorreram ao longo do Estreito de Taiwan e nas regiões ao redor da ilha. A China afirmou que as manobras testaram a capacidade operacional de suas tropas. O Ministério da Defesa de Taiwan criticou os testes como “comportamento irracional e provocativo” e destacou que enviou “forças apropriadas” para proteger sua liberdade e soberania.

250 lançadores de mísseis com capacidade nuclear são entregues na Coreia do Norte

No último domingo, (4), foi realizada uma cerimonia para o anúncio e a entrega de 250 lançadores de mísseis de nível nuclear. Kim Jong-un havia mostrado, ultimamente, o seu interesse em aumentar as forças nucleares, para que em caso de ameaça, por parte da Coreia do Sul, seu país possa responder possíveis ataques do vizinho. Outro motivo exposto pelo ditador, foram as “ameaças percebidas” vindas dos Estados Unidos, por isso trazendo a necessidade de reforçar o arsenal do país.


Vídeo informativo sobre os novos lançadores (Vídeo: Reprodução/Youtube/Folha de São Paulo)

Informações dos lançadores

De acordo com a Agência Central de Notícias do país, estes lançadores foram feitos recentemente pelas fábricas da própria Coreia do Norte, sendo inicialmente produzidas para funcionar como arma de mísseis “táticos”, algo que se torna contraditório pela força que os mesmos possuem.

Kim Jong-un afirmou que os novos lançadores inaugurados, trazem para o país mais eficiência e rapidez na operação das armas nucleares, principalmente contra ameaças de outros países, com ele tendo citado a Coreia do Sul, como principal ameaça.

Outro provável motivo nesta tentativa de aumentar o poder de fogo, é mostrar para os Estados Unidos que a Coreia do Norte é uma potência armamentista, após ter recebido algumas sanções em seu programa nuclear. Alguns especialistas afirmaram que pode ser também uma estratégia do país para aumentar as tensões em um ano de eleições norte-americanas.

Cerimônia de anúncio

Kim Jong-un falou sobre um longo confronto com os Estados Unidos e quer aumentar cada vez seu poder de fogo, em meio a esse confronto dito por ele.

Seria nossa escolha buscar diálogo ou confronto, mas nossa lição e conclusão dos últimos 30 anos… é que o confronto é pelo qual devemos estar mais completamente preparados”

Kim Jong-un, na cerimônia de apresentação.

Kim completou dizendo que esta rivalidade não é algo de momento, acrescentando que as próximas gerações devem se preparar para continuar e que isso faz com que seja preciso um cuidado maior com a defesa do país.

Hezbollah lança dezenas de foguetes contra Israel

Em um novo capítulo de uma tensa saga na região do Oriente Médio, o grupo Hezbollah, do Líbano, anunciou nesta quinta-feira (16) ter lançado mais de 60 foguetes em direção a alvos no norte de Israel. O ataque foi descrito como uma retaliação aos ataques realizados pelo “inimigo israelense” na noite anterior na região de Bekaa, no Líbano.

O Hezbollah detalhou que os disparos foram direcionados contra a liderança da divisão Golan 210 das Forças de Defesa de Israel em Nafah, o quartel de defesa aérea em Keila, e a artilharia de apoio da região norte em Yoav. Enquanto isso, as Forças de Defesa de Israel relataram cerca de 40 lançamentos que foram identificados cruzando a fronteira do Líbano em direção às Colinas de Golã.


Hezbollah lança foguetes contra posições israelenses (Vídeo: Youtube/UOL)

Contra-ataque

Apesar da intensidade do ataque, as Forças de Defesa de Israel afirmaram que vários dos foguetes foram interceptados com sucesso por seu sistema de defesa aérea. Ao que tudo indica, nenhum ferimento foi relatado entre as tropas israelenses. Em resposta aos ataques, as Forças de Defesa de Israel lançaram contra-ataques, visando as fontes de fogo identificadas no território libanês.

Além dos ataques diretos, foram detectados cinco lançamentos de foguetes provenientes do território libanês em direção à área de Zarit, porém não causaram ferimentos. Os caças israelenses retaliaram atacando um dos postos militares de onde os foguetes foram disparados, enquanto as Forças de Defesa de Israel atingiram duas outras estruturas militares pertencentes ao Hezbollah.

O confronto atual eleva as tensões já existentes entre o Hezbollah e Israel, aumentando o temor de uma escalada mais ampla do conflito na região. A comunidade internacional observa com preocupação os recentes acontecimentos e apela por moderação mútuo, na esperança de evitar um cenário de maior violência e instabilidade no Oriente Médio.

Rússia muda tática e Ucrânia é surpreendida com ataque de mísseis

Nesta terça-feira (23), ucranianos foram surpreendidos com um ataque de mísseis russos. As autoridades do país falam em ao menos 4 mortos e 60 feridos. Os ataques foram feitos contra as cidades de Kiev (capital) e Kharkiv, a primeira e segunda maior cidade da Ucrânia, respectivamente. Metade dos mísseis lançados foram destruídos.

Mudança de tática

Desde o início do ano, os russos mudaram a tática de guerra contra os ucranianos, propagando ondas com mísseis diversos, o que enfraquece o sistema de defesa aérea ucraniano. De acordo com a Força Aérea ucraniana, na madrugada desta terça-feira (23), os russos lançaram 41 mísseis de modelo cruzeiro e balísticos, sendo 21 deles destruídos pela defesa aérea.

Neste ataque não foram empregados drones, frequentemente utilizados para saturar o sistema de defesa antes do lançamento dos mísseis. Até setembro de 2023, Kiev afirmava abater cerca de 80% dos mísseis, percentual que está mudando desde a mudança da ofensiva russa.



Contudo, na semana passada os russos tiveram uma derrota significativa. Um avião radar A-50, extremamente caro e de difícil reposição, foi abatido sobre o mar de Azov por um míssil ucraniano.

Dezenas de feridos

Em Kharkiv, região mais atingida pelos ataques, pelo menos três pessoas morreram e 42 ficaram feridas, de acordo com o governador, Oleg Sinebugov, e um gasoduto foi atingido e explodiu. Já em Pavlograd, na região central de Dnipropetrovsk, houve uma pessoa ferida e outra morta, conforme informações de autoridades locais.

O prefeito de Kharkiv, Ihor Terekhov, disse à televisão local que 30 prédios residenciais foram atingidos. As buscas por sobreviventes também estão acontecendo, informou Terekhov. Já o prefeito de Kiev, Vitalii Klitschko, informou que 20 pessoas, entre elas três crianças, ficaram feridas e que edifícios não residenciais pegaram fogo.