São Paulo registra primeiro caso de nova cepa de Mpox no Brasil

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP) confirmou nesta sexta-feira (7) o primeiro caso da nova cepa do mpox vírus (MPXV) no Brasil. Uma mulher, de 29 anos, residente em uma cidade da região metropolitana do estado, começou a apresentar os sintomas da doença em 16 de fevereiro. 

A paciente, que contraiu o vírus mesmo sem ter viajado para fora do país, manteve contato com um familiar que veio da República Democrática do Congo, na África, onde o vírus circula endemicamente. A secretaria informa que a mulher “está internada em isolamento no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, referência no tratamento de doenças infectocontagiosas, apresentando boa evolução do quadro clínico”.  

A equipe de Vigilância em Saúde não identificou casos secundários, mas notificou o registro ao Centro de Operações de Emergência em Saúde para Mpox, do Ministério da Saúde. Devido à entrada da Clado 1B no território brasileiro, a vigilância municipal está rastreando outros possíveis contatos. O Ministério da Saúde afirma que está acompanhando a investigação de perto e mantendo contato com as Secretarias de Saúde Municipal e Estadual de São Paulo.

Com a primeira confirmação desta cepa no país, o monitoramento da doença é fundamental, o que leva à necessidade da população se manter alerta para evitar novos casos. Por essa razão, é essencial reforçar a vigilância epidemiológica para uma resposta imediata e eficaz. O estado de São Paulo contabilizou 1.126 casos da doença em 2024, sem nenhum registro de morte. Desde o início de 2025, a secretaria registrou 115 casos até a última sexta-feira (7). 

Transmissão e sintomas

A transmissão do vírus entre seres humanos se dá por meio de contato com lesões na pele, fluidos corporais, sangue ou mucosas de pessoas infectadas. Por isso, é preciso estar atento e evitar o uso de objetos recentemente contaminados com fluidos ou materiais infectantes, pois eles também transmitem a doença.

A Mpox provoca manifestações cutâneas, febre, fraqueza, linfonodos inchados, dores musculares, dores nas costas, dor de cabeça, dor de garganta, congestão ou tosse. Alguns dos sintomas podem ser facilmente confundidos com os sintomas de um resfriado ou uma gripe. 


Médico infectologista ensina a reconhecer ferida característica de Mpox (Vídeo: reprodução/X/@DoutorMaravilha)

A recomendação em caso de suspeita é ir até a unidade de saúde mais próxima para uma avaliação. Caso o diagnóstico seja confirmado, será preciso adotar medidas de prevenção para conter a transmissão do vírus e iniciar o acompanhamento clínico do paciente. 

Para prevenir a transmissão da Mpox, a orientação básica é: 

  • Lavar as mãos com água e sabão e higienizar com álcool em gel;
  • Não compartilhar itens de uso pessoal como roupas de cama e banho, talheres e copos, objetos pessoais ou brinquedos sexuais;
  • Não manter contato íntimo ou sexual com pessoas que apresentem lesões na pele;
  • Isolar-se imediatamente caso haja suspeita ou confirmação da doença.

Mpox preocupa OMS

Em 2022, a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou emergência de saúde internacional, o status mais alto de alerta da instituição, quando o vírus se disseminou de maneira global. Em agosto de 2024, a OMS decretou o status novamente por causa da identificação de uma cepa mais grave e com potencial maior de propagação dentro e além das fronteiras do continente africano.


Tudo o que você precisa saber sobre a Mpox (Vídeo: reprodução/YouTube/Jornal O Globo)

O diágnostico da doença é clínico, baseado em sinais e sintomas do paciente. O teste PCR é o que confirma a presença do vírus e o desenvolvimento da doença. O tratamento é feito de acordo com os sintomas, além do uso de medicamentos antivirais. Crianças e imunossuprimidos correm maior risco de complicações devido à Mpox. No caso de gestantes, o risco é transmitir o vírus para o bebê, podendo levá-lo a óbito. 

Autoridades do Canadá confirmam primeiro caso de nova cepa de Mpox

Recentemente, autoridades canadenses confirmaram o primeiro caso no país de uma nova forma do vírus Mpox, o Clado 1b, detectada pela primeira vez no leste do Congo. O paciente apresentou sintomas após viajar, está sendo tratado em Manitoba, onde reside. A Agência de Saúde Pública do Canadá afirmou que o risco para a população permanece baixo pois o paciente está em isolamento. 

O que é a Mpox e como ocorre sua transmissão 

A Mpox é uma doença viral, anteriormente conhecida como varíola dos macacos, pertencente ao gênero Orthopoxvirus e família Poxviridae. Com sintomas semelhantes aos da varíola humana, a doença pode ser transmitida de animais para humanos ou entre pessoas. Inicialmente descoberta em 1958, em macacos, e com o primeiro caso humano registrado em 1970.

A Mpox é transmitida principalmente por contato, sendo comum entre pessoas por relações sexuais. Pode ser transmitida por meio de pessoas infectadas ou objetos contaminados pelo vírus, e os principais sintomas são lesões na pele, febre, calafrios e dores no corpo. Grupos vulneráveis, como crianças e mulheres grávidas, estão em alto risco

As ocorrências estão sendo rastreadas em diversos países. Além do Canadá, o vírus já foi identificado em outros países, como o Reino Unido e os EUA. Com casos registrados em quase 80 países em 2024, de acordo com dados da OMS, 19 são de nações africanas, com a República Democrática do Congo em destaque.


República Democrática do Congo tratando crianças pelos casos de Mpox (Foto: reprodução/Arlette Bashizi/Bloomberg/Getty Images Embed)

A OMS manteve alerta de alto risco

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou emergência internacional em saúde pública devido ao aumento de casos da nova cepa do vírus, especialmente no Congo.

Em 22 de novembro, o Comitê de Emergência da OMS confirmou que a doença permanece com o mais alto nível de alerta, destacando a crescente disseminação e o número elevado de infecções, particularmente em áreas como a República Democrática do Congo. O nível máximo de alerta sanitário da organização foi declarado pela primeira vez em 14 de agosto deste ano.

Mpox: Entenda como o vírus se transmite e quais são os grupos de maior risco

No último mês, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o vírus Mpox, anteriormente conhecido como varíola dos macacos, uma emergência sanitária global. O surto, que teve início em partes da África, especialmente na República Democrática do Congo, foi impulsionado por uma nova cepa do vírus. Casos também foram identificados na Suécia e na Tailândia, gerando preocupação mundial.

A disseminação rápida e as incertezas sobre os modos de transmissão têm gerado dúvidas. O vírus, que pode ser transmitido por contato íntimo e sexual, também pode se espalhar por superfícies contaminadas e contato com animais. Especialistas alertam sobre o risco para profissionais da saúde e pessoas em contato direto com infectados.

Modos de transmissão e contágio

De acordo com Rosamund Lewis — líder técnica da equipe de resposta ao Mpox da OMS — a forma como o vírus circula está em constante evolução. Embora o surto de 2022 tenha sido amplamente associado ao contato sexual, o Mpox também pode se espalhar por interações de pele a pele e objetos contaminados, como roupas de cama. As gotículas respiratórias e interações face a face prolongadas também são investigadas como possíveis vias de transmissão.


Em alguns casos, o uso de máscaras é recomendado para evitar a transmissão da monkeypox —
(Foto:Reprodução/Moment/Iryna Veklich/Getty Images Embed)


Até o momento, não há evidências de que pessoas assintomáticas possam espalhar o vírus. No entanto, especialistas acreditam que pessoas infectadas podem ser contagiosas dias antes de apresentarem sintomas.

Grupos de maior risco

Os grupos mais vulneráveis ao Mpox incluem profissionais da saúde, indivíduos que compartilham moradia com infectados e pessoas com múltiplos parceiros sexuais. O risco é especialmente alto na África Central, com destaque para a República Democrática do Congo. Além disso, crianças, pessoas imunocomprometidas e gestantes enfrentam maiores chances de desenvolver formas graves da doença.

Estudos indicam que o vírus pode ser mais perigoso para crianças, especialmente as menores de 15 anos, e para pessoas com HIV não tratado, que têm sistemas imunológicos debilitados. Embora a cepa mais recente ainda não tenha sido detectada nos Estados Unidos, a vigilância e a vacinação continuam sendo essenciais para controlar novos surtos.

Vacinação e prevenção

As autoridades de saúde reforçam a importância da vacinação para grupos específicos. O CDC recomenda que homens que têm relações sexuais com homens, transgêneros e não binários sejam vacinados. O esquema vacinal prevê duas doses, e estudos mostram que a imunização pode reduzir significativamente o risco de infecção, mesmo que a proteção completa ainda esteja sob investigação.


Por enquanto, a melhor maneira de conter o surto e evitar novas infecções é garantir o acesso à vacina, especialmente nas áreas mais afetadas, como a África Central — (Foto:Reprodução/Getty Images)


Por enquanto, a melhor maneira de conter o surto e evitar novas infecções é garantir o acesso à vacina, especialmente nas áreas mais afetadas, como a África Central.

Mpox no Brasil: número de infectados aumenta para 945 e ultrapassa 2023

Nesta terça-feira (3), o Ministério da Saúde divulgou o relatório com os números de Mpox semanal no Brasil. Superando a marca de 2023 com 853 casos, o país chegou a 945 casos confirmados ou prováveis, 109 apenas nessta semana.

Casos por região

A região sudeste é a mais afetada no momento, representando 80,7% dos casos do país, contendo 763 infectados. São Paulo registra o maior número, com 487 casos do total do país (51,5%). Rio de Janeiro vem em seguida com 216 casos (22,9%). Minas Gerais e Bahia dão sequência ao ranking com 59 (5,5%) e 32 (4,1%) casos, respectivamente.

Em apenas três estados não houve registro da doença: Amapá, Tocantins e Piauí.

Ao nível de cidade, os maiores números foram computados em São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte com 343, 160 e 43 casos, respectivamente. Essas cidades são seguidas por Salvador com 28 casos e Brasília com 20 casos.

Até o momento não houve registro de morte por Mpox no Brasil neste ano. Em 2023 foram registrados duas mortes, uma em Minas Gerais e outra no Pará. Já em 2022, o país teve 14 mortes: cinco no Rio de Janeiro, três em São Paulo, três em Minas Gerais e uma no Maranhão, no Mato Groso e em Santa Catarina.

A maioria dos infectados é do sexo masculino, sendo 897 das ocorrências totais. A faixa etária mais afetada está entre 18 e 39 anos, com 679 dos registos.

O que é a Mpox

A Mpox é uma doença causada pelo vírus Mpox, do gênero Orthopoxvirus, mesmo gênero da varíola dos macacos. A Mpox é uma doença zoonótica vitral, ou seja, pode ser transmitida entre humanos e animais.


Erupções na pele é um dos sintomas do vírus mpox (Foto: Reprodução/OPAS)

Os principais sintomas são: erupções ou lesões na pele, febre, dor de cabeça, dores no corpo, calafrio, fraqueza e linfonodos inchados. O intervalo de tempo da infecção até o início dos sintomas pode variar de 3 a 16 dias. As lesões na pele normalmente se concentram no rosto, na palma das mãos e nos pés, mas podem estar em qualquer parte do corpo.

A contaminação pode vir por meio de contato direto com a pele e secreção da pessoa, por exposição próxima e prolongada com as gotículas e outras secreções respiratórias ou por objetos contaminados recentemente. Uma pessoa para de transmitir a doença apenas no momento em que uma nova camada da pele se formar com todas as erupções cicatrizadas.

Segundo a OMS, gotículas respiratórias são via ‘menor’ de transmissão da mpox

Uma fonte da Organização Mundial da Saúde (OMS) informou, nesta terça-feira (27), que é preciso mais estudos para compreender melhor a dinâmica de transmissão do vírus MPOX. De acordo com o porta-voz da OMS, é necessário mais pesquisas.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a mpox é transmitida, sobretudo, através de “contato direto” físico. A organização também esclarece que a relação direta é entre o contato pele-a-pele (tocar ou ter relações sexuais) e o contato “boca-boca ou pele-pele”, como o beijo. Além disso, o fato de estar na frente de alguém, como falar ou respirar próximo, pode causar contato com partículas respiratórias infecciosas.


Pessoas esperam na fila para receber a vacina Monkeypox (Foto: reprodução/Getty Embed Images/AFP/KENA BETANCUR)


A porta-voz da Organização Mundial da Saúde, Margaret Harris, disse em uma coletiva de imprensa realizada em Genebra “Se você estiver conversando com alguém próximo, se você respirar sobre essa pessoa ou se estiver fisicamente próximo dela, é possível que gotículas respiratórias, caso haja ferimentos, possam se espalhar para outra pessoa”.

“Mas é uma fonte de transmissão menor”, completou.

De qualquer forma, Margaret disse, que é preciso fazer mais estudos para compreender completamente a dinâmica de transmissão do vírus., ele pode permanecer por um período em roupas, objetos e superfícies que foram tocados por uma pessoa infectada.

Alguém que toca essas superfícies pode, por outro lado, ser infectado se tiver cortes ou escoriações ou se tocar nos olhos, nariz, boca ou outras membranas mucosas antes de lavar as mãos.

Recomendação da OMS

A Organização Mundial de Saúde recomenda a limpeza e desinfecção de superfícies e objetos, bem como a lavagem das mãos após tocar em objetos potencialmente contaminados.

Apesar disso, a organização não recomenda o uso de máscaras para todos, apenas para profissionais da saúde e pessoas que lidam com uma pessoa doente.

Entenda sobre a MPOX

A MPOX é uma zoonose viral, uma enfermidade que foi transmitida aos seres humanos por meio de um vírus que está presente em animais. Esta zoonose ocorria principalmente na África Central e Ocidental, sobretudo em áreas perto de florestas, onde os hospedeiros eram roedores e macacos.

A doença é causada pelo vírus monkeypox, que pertence à mesma família (poxvírus) e gênero (ortopoxvírus) da varíola humana. A varíola humana, contudo, foi erradicada do mundo em 1980 e era muito mais perigosa. Antes do atual surto, a taxa de letalidade da doença variava entre 3% e 6% O primeiro caso foi notado em humanos, em 1970.

As complicações são mais comuns em pessoas com o sistema imunológico enfraquecidos, quadros graves estão ligados ao surgimento de pneumonia, sepse, encefalite (inflamação do cérebro) e infecção ocular, que pode até causar cegueira.

Imigrante é retido em aeroporto de São Paulo por suspeita de mpox

Nesta segunda (26), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) confirmou que um imigrante retido no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, foi isolado em um hotel na região devido à suspeita de mpox. A notificação sobre o caso foi feita na tarde do domingo (25).

De acordo com o comunicado da Anvisa, uma equipe do Posto da agência no Aeroporto de Guarulhos foi acionada pelo serviço de saúde local após a identificação de sintomas compatíveis com a mpox. O imigrante, que chegou ao aeroporto em 14 de agosto, estava na área destinada a pessoas que aguardam a concessão de refúgio no Brasil.

“Em conformidade com o plano de contingência estabelecido, o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do Estado de São Paulo (CIEVS-SP) foi imediatamente notificado e o caso foi encaminhado para isolamento e realização de exames no serviço de saúde do município de Guarulhos. Posteriormente, o paciente foi transferido para o Instituto de Infectologia Emílio Ribas, na capital paulista”.

A Secretaria de Saúde de São Paulo informou, no final da tarde de segunda, que a principal hipótese é que o paciente esteja com varicela.

Anvisa

A Anvisa informou que, até agora, 507 imigrantes continuam à espera de entrar no Brasil.  As autoridades entrevistaram os outros viajantes no local, aplicaram 397 questionários, mediram a temperatura e verificaram sinais de doença na pele. Segundo eles, nenhum outro caso foi identificado. Além disso, foram implementadas medidas de limpeza e desinfecção no aeroporto.

A Defensoria Pública da União solicitou a criação de uma sala de situação para monitorar em tempo o fluxo de entrada e saída do país, como uma medida para proteger a saúde pública e garantir a segurança nos aeroportos.

Sobre a mpox

A OMS (Organização Mundial da Saúde) declarou a mpox, antes chamada de varíola dos macacos, como uma emergência de saúde pública global. Os casos da doença estão sob vigilância internacional. O surto atual é causado por uma cepa mais transmissível e letal, que afeta principalmente países da África.


Paciente com feridas causadas pela mpox (Foto: reprodução/Ernesto Benavides/AFP/Getty Images Embed)


A transmissão da mpox ocorre por contato direto com pele ou lesões infectadas, incluindo órgãos genitais e boca, ou por gotículas respiratórias. Também pode ocorrer por mordidas ou arranhões de animais infectados, ou durante a caça, manipulação e consumo de animais contaminados.

Os principais sintomas da mpox incluem febre, dor de cabeça, mal-estar e erupções cutâneas que surgem em qualquer parte do corpo, geralmente resultantes do contato pele a pele com uma pessoa infectada.

A confirmação do diagnóstico é feita por meio de um teste PCR, que detecta o vírus de forma rápida e precisa, semelhante aos testes usados na pandemia de COVID-19.

Especialistas confirmam que quem já teve catapora pode contrair mpox

Com a elevação no número de casos de Mpox, anteriormente chamada de varíola dos macacos, surgem diversas questões sobre suas semelhanças com outras doenças, especialmente devido à similaridade nos sintomas, como no caso da catapora.

Esse cenário gera preocupação e um aumento na busca por informações para esclarecer as diferenças e os riscos associados a essas enfermidades.

Segundo especialistas, é possível contrair mpox mesmo que você já tenha tido catapora. Apesar de ambos os vírus serem transmitidos principalmente por meio do contato direto com a pele, existem diferenças significativas entre eles. A varicela, conhecida como catapora, é consideravelmente mais contagiosa e tende a se espalhar com mais facilidade do que a mpox.

Diferença entre os vírus

É importante notar que a mpox é provocada por um vírus pertencente ao gênero Orthopoxvirus, enquanto a catapora é resultado da infecção pelo Herpesvirus, especificamente o Varicela-Zóster (VVZ). Essa distinção entre os dois vírus ajuda a entender melhor os mecanismos de transmissão e a natureza das infecções, destacando a importância de medidas de prevenção apropriadas para cada caso.


Partículas do vírus MPXV (em verde) aderidas à filamentos do citoesqueleto de célula Vero (Foto: reprodução/Debora Ferreira Barreto Vieira/Fiocruz)

Como ocorre a infecção do Mpox

A principal via de transmissão da mpox ocorre por meio do contato próximo e prolongado entre pessoas, o que pode incluir interações físicas, como abraços, beijos e relações sexuais. Este tipo de contato se torna especialmente crucial quando uma pessoa infectada apresenta lesões visíveis na pele, que podem manifestar-se como erupções cutâneas, crostas, feridas ou bolhas.

Além disso, a transmissão pode ser facilitada pelo contato com fluidos corporais, que incluem secreções e sangue de um indivíduo contaminado. É fundamental que as pessoas estejam cientes dessas formas de transmissão, pois o cuidado e a prevenção durante o convívio próximo são essenciais para reduzir o risco de propagação da doença e proteger tanto a própria saúde quanto a de outros ao seu redor.

Mpox: entenda os sintomas e o teste feito para diagnosticar a Mpox

Depois da declaração da OMS (Organização Mundial de Saúde) sobre a mpox ou monkeypox ser uma doença de caso de emergência de saúde pública global, os casos estão sob vigilância internacional. O surto atual é causado por uma cepa ainda mais transmissível e letal, que atinge principalmente países africanos, embora tenham sido detectados casos na Suécia e Tailândia.

Sintomas da mpox

Os principais sintomas que caracterizam a monkeypox são: febre, dor de cabeça, mal-estar e algumas alergias que aparecem na pele, em qualquer lugar do corpo, resultante do contato pele a pele com uma pessoa infectada. 

Em entrevista à CNN, um médico infectologista e patologista clínico da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial, Celso Granato, disse que o período de incubação do vírus mpox pode variar de 5 a 21 dias. 

Como outras doenças também podem causar sintomas parecidos, fazer um teste é crucial para que se tenha certeza do diagnóstico de mpox, e certificar-se que não se trata de outras infecções de pele, reações alérgicas, herpes-zoster e herpes simples. 


Mpox (Vídeo: reprodução/YouTube/Governo do Estado de São Paulo)


A confirmação do diagnóstico é laboratorial, conduzida por meio de um teste PCR, ou seja, com reação em cadeia da polimerase, em tempo real. Semelhante aos testes feitos para a pandemia de COVID-19, é uma técnica que permite a detecção do vírus de interesse rápida e precisamente.

Transmissão da doença e cuidados

Segundo informações divulgadas pela OMS, a transmissão da monkeypox pode acontecer de três maneiras:

  • Por contato direto com pele infectada ou outras lesões, como em órgãos genitais ou na boca
  • Por toque pele com pele, boca com pele, boca a boca e gotículas respiratórias da pessoa contaminada
  • Por mordidas ou arranhões de animais infectados com o vírus da mpox e/ou durante atividades de caça, captura, cozimento e ingestão de animais contaminados.

Conforme o Ministério da Saúde brasileiro, a melhor maneira de prevenção é evitar contato com pessoas com suspeitas ou diagnosticadas com a doença e lavar as mãos regularmente. Além disso, a vacinação contra mpox é fundamental para prevenir a doença.

As pessoas infectadas deverão cumprir um período de isolamento social, sem compartilhar toalhas, escovas, lençóis, roupas ou outros objetos de uso pessoal. 

Quais são os principais sintomas e formas de transmissão do vírus mpox

Desde a semana passada, o vírus mpox tem tido muita repercussão, isso ocorre por causa que a Organização Mundial do Saúde (OMS) classificou o vírus como uma emergência sanitária global.

Antes de sabermos que a mpox podia ser transmitida por roedores e outros animais, a doença tinha recebido o nome de “varíola dos macacos” em 1958, quando o vírus foi registrado pela primeira vez em uma colônia de macacos.

Esta doença tem origem no vírus MPXV. Ele é da família dos Orthopoxvirus, e é considerado um dos vírus de DNA mais resistentes que a ciência conseguiu identificar.

Os vírus de DNA são perigosos e podem evoluir de maneira rápida para evitar a sua detecção. Além disso, diferente da Covid-19, a mpox é um vírus maior e que tem uma maior dificuldade de se espalhar para longas distancias.


Um profissional de saúde coletando uma amostra em um centro de tratamento de mpox no Congo (Foto: reprodução/Guerchom Ndebo/AFP/Getty Images Embed)


Formas de transmissão da mpox

A doença pode ser transmitida através de contato com pessoas ou animais. No caso de transmissão entre pessoas, ela ocorre através de contato próximo, lesões na pele, também pode ser transmitido por gotículas respiratórias, que seria espirro, tosse dentre outras formas.

No caso de transmissão entre animais e pessoas, ela acontece por conta de arranhões, mordidas e consumo de carne.

Em caso de infecção, a intubação se necessário pode durar de 5 a 21 dias. O vírus pode se espalhar no sistema linfático ou na corrente sanguínea. Quando está presente no organismo a doença causa infecção no fígado, sistema digestório, cérebro e na pele, é isso inclusive que causa as erupções cutâneas.

Os principais sintomas do mpox

Um fato importante de destacar sobre o mpox, é que está doença é da família dos vírus de DNA, e é o mais forte desse grupo.

Como o DNA funciona como uma espécie de livro de instruções, ela acaba dando ordens para o vírus entrar nas células e causar infecções.

Dentre os sentimos desse vírus estão dores de cabeça, dores no corpo, dores nas costas, calafrios e erupções cutâneas. A doença também pode causar febre e cansaço.

República Democrática do Congo Espera Receber Primeiras Vacinas Contra Mpox em Breve

A República Democrática do Congo (RDC) está prestes a receber suas primeiras doses de vacina contra a mpox, com previsão de chegada até a próxima semana. Esse avanço é resultado do apoio significativo dos Estados Unidos e do Japão para ajudar a controlar o surto da doença, conforme anunciado pelo ministro da Saúde do país nesta segunda-feira.

OMS Reclassifica Mpox como Emergência Global

A Organização Mundial da Saúde (OMS) revisou recentemente a situação da mpox, elevando-a ao status de emergência global de saúde pública pela segunda vez em dois anos. A decisão foi impulsionada pela expansão do surto da RDC para países vizinhos, o que gerou uma necessidade imediata de resposta. O ministro da Saúde, Samuel Roger Kamba Mulamba, revelou que Japão e EUA se comprometeram a enviar vacinas para a RDC.

“Finalizamos as negociações com a USAID e o governo dos Estados Unidos. Esperamos que as vacinas comecem a chegar até a próxima semana”, afirmou o ministro durante uma coletiva de imprensa.


Enfermeira coletando amostra de criança com Mpox (Foto: reprodução/REUTERS/Arlette Bashizi/www.cnnbrasil.com.br)

Medidas Internacionais para Reduzir Desigualdades na Vacinação

A chegada das vacinas representa um avanço crucial para reduzir a desigualdade na distribuição de imunizantes. Durante o surto global de mpox em 2022, muitos países africanos encontraram dificuldades para obter vacinas, enquanto essas estavam amplamente disponíveis na Europa e nos Estados Unidos.

O Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar do Japão informou, em comunicado à Reuters, que está organizando o envio de vacinas e agulhas para o Congo em colaboração com a OMS e outros parceiros. De acordo com Masano Tsuzuki, chefe da divisão de controle de doenças infecciosas do Japão, o país está determinado a oferecer o máximo de apoio possível.

A vacina contra a mpox, desenvolvida pela empresa japonesa KM Biologics e pela dinamarquesa Bavarian Nordic, produtora da vacina Jynneos, será enviada ao Congo. O Japão possui um estoque da vacina da KM Biologics.

Atualmente, a vacina não está disponível na RDC nem em outras regiões da África onde a mpox é endêmica há décadas. Esta infecção viral, que provoca lesões com pus e sintomas similares aos da gripe, costuma ser leve, mas pode ter consequências fatais em alguns casos. No Congo, o vírus se apresenta em duas variantes: a endêmica, conhecida como clado I, e uma nova variante, clado Ib. A transmissão ocorre principalmente por contato físico próximo, incluindo relações sexuais, e não há evidências de propagação pelo ar.