Especialistas confirmam que quem já teve catapora pode contrair mpox

Ana Carolina Piragibe Por Ana Carolina Piragibe
2 min de leitura
Foto destaque: Imagem do Mpox na pele (Reprodução/Ernesto BENAVIDES/AFP)

Com a elevação no número de casos de Mpox, anteriormente chamada de varíola dos macacos, surgem diversas questões sobre suas semelhanças com outras doenças, especialmente devido à similaridade nos sintomas, como no caso da catapora.

Esse cenário gera preocupação e um aumento na busca por informações para esclarecer as diferenças e os riscos associados a essas enfermidades.

Segundo especialistas, é possível contrair mpox mesmo que você já tenha tido catapora. Apesar de ambos os vírus serem transmitidos principalmente por meio do contato direto com a pele, existem diferenças significativas entre eles. A varicela, conhecida como catapora, é consideravelmente mais contagiosa e tende a se espalhar com mais facilidade do que a mpox.

Diferença entre os vírus

É importante notar que a mpox é provocada por um vírus pertencente ao gênero Orthopoxvirus, enquanto a catapora é resultado da infecção pelo Herpesvirus, especificamente o Varicela-Zóster (VVZ). Essa distinção entre os dois vírus ajuda a entender melhor os mecanismos de transmissão e a natureza das infecções, destacando a importância de medidas de prevenção apropriadas para cada caso.


Partículas do vírus MPXV (em verde) aderidas à filamentos do citoesqueleto de célula Vero (Foto: reprodução/Debora Ferreira Barreto Vieira/Fiocruz)

Como ocorre a infecção do Mpox

A principal via de transmissão da mpox ocorre por meio do contato próximo e prolongado entre pessoas, o que pode incluir interações físicas, como abraços, beijos e relações sexuais. Este tipo de contato se torna especialmente crucial quando uma pessoa infectada apresenta lesões visíveis na pele, que podem manifestar-se como erupções cutâneas, crostas, feridas ou bolhas.

Além disso, a transmissão pode ser facilitada pelo contato com fluidos corporais, que incluem secreções e sangue de um indivíduo contaminado. É fundamental que as pessoas estejam cientes dessas formas de transmissão, pois o cuidado e a prevenção durante o convívio próximo são essenciais para reduzir o risco de propagação da doença e proteger tanto a própria saúde quanto a de outros ao seu redor.