Nasa e Boeing negam que astronautas estão presos no espaço e sem data de retorno

Na última sexta-feira (28), Steve Stich, gerente do Programa de Tripulação Comercial da Nasa, afirmou que a agência espacial deverá prorrogar a duração da missão da Starliner de 45 para 90 dias, apesar de todos os problemas apresentados pela espaçonave, desde antes da decolagem até a primeira etapa da viagem.

Os tripulantes da Starliner são Suni Williams e Butch Wilmore

Suni Williams e Butch Wilmore são os astronautas que estão a bordo da nave. De acordo com a Nasa e a Boeing, a missão é um voo teste, cujo objetivo é coletar dados para aprimorar o desempenho da Starliner em missões futuras.


Boeing Starliner se prepapara para lançar voo de teste tripulado em 5 de junho (Foto: reprodução/Joel Kowsky/Nasa/Getty Images embed)


Os problemas da nave começaram com vazamento de hélio antes do lançamento e durante a viagem para a Estação Espacial Internacional. Além disso, alguns dos propulsores falharam durante a primeira etapa da viagem.

As falhas aconteceram em um acessório cilíndrico na parte inferior da espaçonave, módulo de serviço, o qual fornece grande parte da potência do veículo durante o voo.  

Projeto de 10 anos

A Boeing vem desenvolvendo o projeto Starliner desde 2014. A Nasa contratou a Boeing e a SpaceX para o Programa de Tripulação Comercial. Foram anos de atraso, bloqueios e despesas adicionais.


Lançamento do voo da missão Srtarliner (Foto: reprodução/Paul Hennessy/Anadolu/Getty Images Embed)


A primeira missão de teste sem tripulação aconteceu em 2019, sem sucesso, devido a um problema de software. Em 2022, houve uma nova tentativa mal sucedida, devido a problemas de software e de alguns dos propulsores de voo. De acordo com o gerente Stich, é possível que os engenheiros não tenham resolvido completamente esses problemas.

É comum que os astronautas prorroguem a estadia a bordo da estação espacial. Em 2022, Frank Rubio, astronauta que deveria ficar por cerca de seis meses a bordo da Estação Espacial Internacional, ficou por 371 dias no espaço, em virtude de um vazamento de líquido resfriador.

Outros fatores como mau tempo na Terra e outros ajustes de horários já fizeram com que outros astronautas prolongassem a estadia na estação.

Asteroide de tamanho similar ao Everest passará pela terra nesta quinta-feira 

Nesta quinta-feira (27), o asteroide 2011 UL21 deverá passar bem próximo da Terra. Segundo cientistas, ele possui 2,3 km de diâmetro e está viajando em uma velocidade de 93.000 km/h no espaço. Apelidado de “Assassino de Planetas”, o objeto é um dos maiores que já chegaram perto da Terra e recebeu a classificação de “potencialmente perigoso” devido ao seu tamanho similar ao do Monte Everest. 

Embora tenha recebido essa classificação, as chances de uma colisão contra o planeta são mínimas. Sua passagem acontecerá em uma distância considerada pelos cientistas 17 vezes maior do que a distância entre a Terra e a Lua, tornando a chance de impacto baixa.

O asteroide 2011 UL21

Segundo informações divulgadas por especialistas, a Terra e o asteroide vivem uma “ressonância 11:34” que influencia na passagem do objeto próximo ao planeta. Eles explicam que a cada 11 órbitas do asteroide ao redor do Sol, a Terra completa 34, fazendo com que os dois corpos sempre se aproximem a cada 34 anos terrestres. 


Representação de um asteroide (Foto: reprodução/Jonathan Knowles/Getty Images Embed)


Mas, diferente de nosso planeta, o asteroide completa sua órbita ao redor do Sol a cada três anos. Esse movimento de translação é feito de forma inclinada devido à influência da gravidade de Júpiter, a influência é responsável também por desviar outros asteroides para a Terra. 

Cientistas apontam também que, se existisse uma chance de colisão com a Terra, o impacto do asteroide seria menor do que o de Chicxulub, responsável pela perda de quase 70% da vida no planeta e pela extinção dos dinossauros há 66 milhões de anos. Porém, ele ainda causaria danos enormes e significativos a nível continental. 

Como assistir e outro evento 

O Virtual Telescope Project irá transmitir o evento ao vivo a partir das 16h no horário de Brasília e a olho nu, o objeto só poderá ser visto com a utilização de um telescópio, sendo que estima-se que sua próxima passagem aconteça somente em 2089.  


Cometa passando pelo céu (Foto: reprodução/Javier Zayas Photography/Getty Images Embed)


O UL21 não é o único asteroide que passará perto da Terra essa semana, no sábado (29), o 2024 MK deverá se aproximar a cerca de 290 mil km do planeta. Ele chegará mais perto do que a Lua e também não oferece riscos de colisão, e poderá ser visto com a utilização de binóculos ou telescópio, mais precisamente no Hemisfério Sul, enquanto no Hemisfério Norte só será possível enxergar a rocha quando ela começar a se afastar da Terra.

NASA envia indevidamente mensagem de emergência na Estação Espacial

Na noite desta quarta-feira (12), próximo às 19h30 (horário de Brasília), a agência espacial norte-americana (NASA), emitiu acidentalmente uma mensagem em formato de áudio ao vivo na Estação Espacial Internacional (ISS), que durou cerca de 8 minutos. O conteúdo demonstrava se tratar de uma emergência com um comandante que teria sofrido uma doença de descompressão.

Entretanto, o que aconteceu foi uma simulação onde a equipe médica instruiu os astronautas para salvarem o comandante. Entre as orientações, estava a de levar oxigênio puro até o comandante para que ele inalasse.

Mesmo fazendo parte de treinamentos habituais das equipes, o áudio disparado gerou comentários nas redes sociais do que poderia ser uma situação real de emergência.


Acompanhe o áudio enviado acidentalmente pela ISS (reprodução/YouTube/@TheLaunchPad)


O que é a doença de descompressão citada no áudio?

A doença de descompressão (DCS) ocorre quando há formação de bolhas de gases no sangue e nos tecidos, causada pela diminuição drástica de pressão no ambiente. Pode acontecer em mergulhos profundos ou durante missões espaciais.

Os sintomas da doença podem aparecer com a fadiga e dor nas articulações, até casos mais graves como paralisia ou morte. O tratamento envolve oxigenoterapia para casos mais simples e terapia de recompressão em uma câmara hiperbárica em casos mais graves, que serve para diminuir as bolhas.

Comunicado oficial da NASA

Através das redes sociais, a conta do ISS negou que tenha acontecido qualquer emergência e reitera que o áudio foi transmitido por engano:

“O áudio foi acidentalmente transmitido de uma simulação em curso, onde a tripulação e as equipes de solo treinam para diferentes cenários espaciais, e não está relacionado a uma emergência real”, declarou na postagem.

A NASA também não comentou sobre o assunto do áudio, nem se pronunciou a respeito das orientações contidas. A agência garantiu que toda a tripulação estava dormindo no momento, “saudáveis e seguros”, e que haveria uma caminhada espacial normalmente na manhã do dia 13.

NASA divulga novas imagens da Via Láctea

A NASA, Agência Espacial dos Estados Unidos, retém um acervo de imagens atuais do Universo, com o auxílio do trabalho dos telescópios espaciais James Webb e Hubble.

Dentre os dois, o mais moderno é o James Webb, tratando-se também de um dos instrumentos científicos mais inovadores que a humanidade já concebeu.

As imagens disponibilizadas por Webb possibilitaram a evidenciação de incontáveis dados relevantes para a pesquisa científica espacial, como novas galáxias, planetas, estrelas e corpos celestes.


Foto: (Reprodução/ESA/Webb, NASA, CSA, A. Hirschauer, M. Meixner et al.)

Foto: (Reprodução/ESA/Hubble & NASA, R. Tully, M. Messa)

Foto: (Reprodução/ESA/Hubble & NASA, M. Sun)

Foto: (Reprodução/ESA/Hubble & NASA, L. Galbany, J. Dalcanton, Dark Energy Survey/DOE/FNAL/DECam/CTIO/NOIRLab/NSF/AURA)

Foto: (Reprodução/ESA/Hubble & NASA, J. Dalcanton, Dark Energy Survey/DOE/FNAL/DECam/CTIO/NOIRLab/NSF/AURA Acknowledgement: L. Shatz)

Foto: (Reprodução/NASA, ESA, CSA, STScI, A. Bolatto (UMD))

Enquanto isso, o Hubble fora o precursor de James, tendo sido inaugurado em abril de 1990. Entre suas notórias descobertas nestes últimos 30 anos, estão: a idade do universo, novos exoplanetas e buracos negros desconhecidos pela humanidade.

Segundo o site da NASA, com o auxílio do telescópio espacial James Web, os cientistas poderão visualizar como o Universo era por volta de 200 milhões de anos após o Big Bang.

Formação das imagens

A tomada de fotos do telescópio ocorre por meio de radiação infravermelha, depois de coletar e encaminhar os dados para os cientistas, os dados são elaborados, e então, convertidos nas imagens fantásticas.

Essas ondas infravermelhas possibilitam que os cientistas constatem a expansão do universo através da luz, considerando que, quanto mais para trás observamos, mais a luz é permeada por ondas infravermelhas.

Devido à permeação da radiação infravermelha, é possível visualizar as áreas do espaço repletas de nuvens de gás e de poeira, pois, estas bloqueiam a luz visível, não sendo possível observar com lentes comuns.

Com os telescópios de luz infravermelha, a radiação é capturada, transformada em uma “imagem” monocromática, e então, utilizando os softwares adequados, o arquivo é convertido em uma imagem colorida.

NASA

A NASA, como uma empresa tecnológica e científica, é comprometida com a cultura de abertura da mídia e o público, valorizando a troca de ideias, datas e informações como parte da investigação científica e técnica.

NASA faz transmissão ao vivo de astronauta voltando à Terra após mais de 200 dias

Neste sábado (6), a NASA realizou uma transmissão ao vivo no X (antigo Twitter) divulgando o retorno da astronauta Loral O’Hara à Terra após 204 dias no espaço. O evento marca o encerramento de uma pesquisa de 6 meses na Estação Espacial Internacional (ISS), e foi acompanhado de outros tripulantes.

Também voltaram à Terra o astronauta russo Oleg Novitskiy (não da NASA, mas sim da Roscosmos), e a participante Marina Vasilevskaya, que é a primeira mulher da Bielo-Rússia após ter sido selecionada para o projeto “Belarusian Woman in Space” em 2022. Os dois passaram 14 dias no espaço durante este voo, mas no total Novitskiy já contabilizou 545 dias registrados no espaço, durante quatro voos.

Os três realizaram a descida na espaçonave Soyuz MS-24, e pousaram de paraquedas na estepe do Cazaquistão, a sudeste da cidade de do Dzhezkazgan, aproximadamente às 4:15 da manhã (horário de Brasília). Além de ser transmitida nas redes sociais (X e YouTube), a cobertura ocorreu no site da agência espacial e no seu aplicativo, NASA+.



Campanha Artemis

Loral O’Hara já afirmou em uma palestra TEDx de 2015 que sempre quis ser uma astronauta, desde ao menos os 8 anos de idade. Em junho de 2017, foi selecionada pela NASA a integrar na turma de próximos tripulantes. Em setembro de 2023, ela foi lançada ao espaço.

Em seu tempo trabalhando para a agência espacial, Loral integrou em vários projetos relacionados à Campanha Artemis, que pretende trazer os Estados Unidos de volta à Lua antes do final da década. Entre as suas colaborações, O’Hara realizou o extenso monitoramento de saúde cardíaca, tratamentos de câncer e técnicas de fabricação espacial durante sua estadia no laboratório em órbita.

Corrida espacial

São pesquisas científicas de valor crescente em anos recentes, com a volta da corrida pela avanço tecnológico no setor astronômico. Trata-se do único setor onde os Estados Unidos (NASA) e a Rússia (Roscosmos) ainda mantém projetos colaborativos após a invasão da Ucrânia.

Além desses dois países, a Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (JAXA) recentemente pousou uma sonda na Lua, sinalizando que vários países podem estar na disputa para dominância da última fronteira. São importantes menções também a Índia, e a China, dois países que podem ultrapassar os EUA na corrida espacial.

SpaceX realiza terceiro voo teste da Starship, que é destruída novamente

Nesta quinta-feira (14), foi realizado o terceiro teste de voo da espaçonave Starship, considerada a maior nave do mundo. De acordo com a empresa SpaceX, administrada pelo bilionário Elon Musk, foi o lançamento mais bem-sucedido que tiveram, mesmo que a nave tenha sido obliterada perto do final da jornada.

Voo de teste bem-sucedido,” escreveu Bill Nelson, o administrador da Nasa. “A astronave subiu ao céu. Juntos, através da Artemis, estamos dando passos de gigante para levar a humanidade novamente à Lua, e depois olhar para Marte.”

Completando uma trilogia de lançamentos iniciados em 2023, todos não-tripulados, este último alcançou vários marcos importantes para o Programa Ártemis (plano para colocar os Estados Unidos na lua de novo), como o desacoplamento sem grandes problemas, e a duração de quase uma hora de voo, antes de perder contato.



Terceira explosão

A Starship foi lançada do Texas (EUA), em Boca Chica, aproximadamente às 10h25. O plano da SpaceX era simples, envolvendo o impulsionamento da Starship pelo foguete SuperHeavy, que conseguiu se desacoplar sem problemas. Nas outras duas missões já realizadas, os problemas ocorreram perto deste evento, com o desligamento antecipado de motores, e a explosão do propulsor.

Desta vez, a nave não explodiu nos primeiros minutos após a decolagem, mas perdeu contato com a base na aterrissagem e falhou em pousar de modo seguro no Oceano Índico. A Starship já havia realizado uma jornada com decolagem e aterrissagem bem-sucedidas em 2021 (sendo projetada como nave reutilizável), mas tem encontrado problemas após a integração do propulsor SuperHeavy, que ajudaria na sua capacidade de carga.

A SpaceX implementou mudanças de hardware nos próximos veículos Starship para melhorar a redução de vazamentos, proteção contra incêndio e operações refinadas associadas à ventilação do propelente para aumentar a confiabilidade,” afirmou a fabricante da espaçonave.

Programa Ártemis

Como parte do Programa Ártemis, que pretende levar os Estados Unidos para a lua até o ano de 2026, a SpaceX já afirmou que a nave poderia um dia ser utilizada para o transporte de até 100 tripulantes e carga de 150 a 250 toneladas. São números previstos com a intenção de um dia realizar turismo espacial, ou até servir como o transporte inicial para Marte.

Entre outros voos que estão planejados para a Starship, também se encontram o bilionário japonês Yusaku Maezawa, e o empresário americano Dennis Tito, além dos seus convidados. O plano é transformar o turismo espacial em algo comercialmente viável, o que poderia naturalmente aumentar o investimento no setor a partir do lucro gerado.

NASA lança satélite revolucionário para analisar “sinais vitais” da Terra

A NASA está programada para lançar nesta terça-feira (7) um satélite revolucionário que promete oferecer uma análise sem precedentes dos “sinais vitais” da Terra, visando uma compreensão mais profunda da saúde do nosso planeta, especialmente no que diz respeito aos oceanos e à atmosfera.

O lançamento do satélite PACE, transportado pelo foguete SpaceX Falcon 9, estava originalmente agendado para as 01h33 (07h33 no Luxemburgo) a partir do Cabo Canaveral, no centro da Flórida.

Violeta Sanjuan, oceanógrafa da NASA, explicou à agência Efe na segunda-feira (5) que o PACE será posicionado em uma órbita mais distante do que a Estação Espacial Internacional (ISS), a aproximadamente 677 quilômetros da superfície terrestre.

Revolução nos estudos oceânicos


A missão é avaliar a interação das microalgas com a atmosfera, especialmente diante das mudanças climáticas globais (reprodução/Freepik)

Sanjuan enfatizou a natureza revolucionária do satélite, destacando que ele fornecerá detalhes sem precedentes sobre os oceanos, com foco especial nas microalgas, ou fitoplâncton, nunca antes alcançados.

O fitoplâncton, que representa apenas 1% da massa vegetal total do planeta, desempenha um papel crucial na produção de oxigênio, sendo responsável por gerar entre 50% e 60% do oxigênio disponível na Terra. Além disso, é altamente eficiente na captura de dióxido de carbono, desempenhando um papel vital na regulação do clima.

Uma missão abrangente

A missão PACE (sigla em inglês para Plankton, Aerosols, Clouds and Ocean Ecosystems), é única em sua abordagem, analisando não apenas o fitoplâncton, mas também sua interação com aerossóis e substâncias suspensas na atmosfera.

O satélite é equipado com instrumentos avançados, incluindo um sensor capaz de distinguir até 256 cores no oceano, um salto significativo em relação às capacidades anteriores que só conseguiam diferenciar menos de dez tonalidades. Essa capacidade de distinguir nuances é crucial, uma vez que a cor do fitoplâncton varia de acordo com sua espécie.

A missão PACE visa não apenas entender a saúde dos oceanos, mas também sua interação com a atmosfera e como isso influencia o clima global. Este novo nível de detalhe e abrangência na coleta de dados promete oferecer insights valiosos para enfrentar desafios climáticos e compreender melhor a vida na Terra.

Investimento para o futuro

Com um custo de 946 milhões de dólares, a missão PACE representa um compromisso sério da NASA com a compreensão e preservação do planeta. Junto com uma frota de outros satélites dedicados à monitorização da Terra, o PACE promete ser uma ferramenta crucial na luta contra as mudanças climáticas e na promoção da sustentabilidade ambiental.

Estudo aponta a possibilidade de que mais de 160 planetas sejam habitáveis

Características necessárias

No dia cinco de janeiro, através da revista Arxiv, foi publicada pela Universidade Cornell (localizada em Nova York, Estados Unidos) uma pesquisa que indica a possibilidade de 164 planetas no universo terem condições habitáveis, ou seja: capazes de serem adequados para o desenvolvimento de vida.

Mesmo que em teoria o universo seja infinito, já é de conhecimento da ciência que as condições para a vida não são, pelo menos a vida da forma como conhecemos. Para que a vida se desenvolva em algum local, é necessário que haja uma soma de diversos fatores como elementos específicos, temperatura adequada, água e muitas outras coisas.


Estrelas (foto: reprodução/pexels/Felix Mittermeier)

Com isso, foi observado pelos pesquisadores que destes 164, apenas 33 deles teriam níveis confiáveis de radiação UV e 11 deles apresentariam a existência do fósforo, que é um dos elementos considerados indispensáveis para o desenvolvimento da vida.

Método de pesquisa e projeto

Para que pudessem realizar a pesquisa e enfim definir uma lista dos exoplanetas (corpos celestes que não orbitam nossa estrela e não fazem parte do sistema solar) onde teoricamente a vida seria capaz de se desenvolver, foi utilizado pelos pesquisadores dados do Levantamento Decadal Astro2020.

A pesquisa faz parte de um projeto que pertence ao Programa de Exploração de Exoplanetas, que por sua vez pertence à Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço dos Estados Unidos, mais conhecida como NASA. Os estudiosos envolvidos recomendam que os dados coletados nesta pesquisa sejam utilizados no telescópio Habitable Worlds Observatory (HWO), que será lançado apenas em 2040 e levará consigo o objetivo principal de descobrir planetas habitáveis.

Além disso, os mesmos envolvidos no projeto indicaram à NASA a construção de um telescópio que seja capaz de obter imagens de alto contraste, para que com ele pudessem investigar os apontamentos. Os pesquisadores também afirmam que as investigações devem concentrar seu foco na busca de condições necessárias para a vida através de bioassinaturas e quaisquer outros sinais que possam indicar e confirmar vida em outros locais do universo.

Hubble capta fusão monumental de galáxias a 570 milhões de anos-luz

Capturando um evento astronômico raro, o Telescópio Espacial Hubble revelou, na última quinta-feira (18), uma impressionante fusão de galáxias distantes, situadas a cerca de 570 milhões de anos-luz da Terra, ampliando nossa compreensão sobre fenômenos cósmicos.

Colisões e fusões galácticas segunda a NASA

Segundo a NASA, colisões e fusões galácticas são eventos “monumentalmente energéticos e dramáticos“. Apesar disso, esses fenômenos ocorrem em uma escala de tempo extremamente lenta. A Via Láctea, por exemplo, está em rota de colisão com a Galáxia de Andrômeda, seu vizinho galáctico mais próximo, mas a conclusão desse encontro cósmico está estimada para ocorrer daqui a pelo menos quatro bilhões de anos.


https://www.youtube.com/watch?v=QNEC1y406rs
Imagens da colisão registrada pelo Telescópio Hubble (Vídeo: reprodução/YouTube/TV Cultura Brasília)

O processo de colisão e fusão, conforme a agência espacial norte-americana, é igualmente gradual, podendo levar centenas de milhões de anos até a sua conclusão. Durante esse período, as forças gravitacionais resultantes desses eventos afetam significativamente a estrutura das galáxias envolvidas, alterando suas composições de estrelas, sistemas solares, poeira, gás e matéria escura invisível.

Importância das fusões galácticas na formação das estruturas cósmicas

As galáxias em fusão têm o potencial de se transformar em uma única entidade, muitas vezes adotando uma estrutura regular ou elíptica. Esse fenômeno é parte fundamental da evolução cósmica, remodelando o universo ao longo de vastos períodos.

A imagem capturada pelo Hubble oferece não apenas uma visão cativante do espetáculo cósmico, mas também contribui para a compreensão contínua dos processos que moldam o universo ao nosso redor.”