China elabora chip 6G de comunicação sem fio ultrarrápida

Nesta quarta-feira (27), uma equipe de pesquisadores da cidade de Hong Kong e das Universidades de Pequim publicaram na revista “Nature” a criação do primeiro chip de comunicação sem fio de banda completa e com alta velocidade, tendo como base a tecnologia de integração optoeletrônica adaptativa.

O chip 6G da China

O chip desenvolvido pela China é do tamanho de uma unha, sendo capaz de gerir recursos que incluem desde micro-ondas e Sub-6GHz, até ondas milimétricas e tera-hertz, transmitindo a mais de 120 Gbps. Com tal potência, não é preciso utilizar equipamentos separados para atingir determinada caixa de frequência, superando assim os dispositivos eletrônicos tradicionais por não ter tal limitação.

Sobre o chip ter ultrapassado o que conhecemos hoje, o professor da Universidade de Pequim, Wang Xingjun, disse que a rede 6G precisa aguentar as aplicações sensíveis de largura de banda e latência da era da Internet das Coisas que estamos adentrando, como a Realidade Virtual e as fábricas inteligentes. Além disso, será necessário ter cobertura em ambientes diferenciados e complexos, como o fundo do mar, áreas remotas e o espaço.


Chip 6G desenvolvido pela China visa garantir sinal em lugares complexos para maior alcance em áreas com sinal baixo (Foto: Reprodução/Freepik)

Impactos nas redes de comunicação

Wang Cheng, professor da Universidade de Hong Kong, comentou que a tecnologia utilizada vai muito além de simplesmente transmitir dados em alta velocidade, ela é a solução de reconfiguração de uma banda completa, que será capaz de garantir o funcionamento de redes sem fio que se baseiam em IA mais inteligentes e flexíveis, tendo uma capacidade de mudar todo o cenário comunicacional.

Xingjun focou no avanço de uma base de hardware para uma rede guiada nativamente por uma Inteligência Artificial, sendo capaz de mudar os parâmetros de comunicação através de algoritmos internos, e de adaptar-se a ambientes eletromagnéticos difíceis.

O chip também deverá aguentar sistemas que estejam integrados com comunicação e sensoriamento, fazendo com que estações-base e veículos transmitam dados e averíguem o ambiente ao seu redor.

Google desenvolve algoritmo para identificar textos escritos por IA

Há quase um ano, uma das principais vertentes para os que compartilham e geram conteúdo, em especial para a área jornalística, cresceu exponencialmente: a checagem de conteúdo online.

A maior preocupação e crescimento da checagem de conteúdo se deu especialmente pelo aprimoramento e popularização da Inteligência Artificial generativa, a qual inicialmente ficou conhecida por gerar imagens, e mais recentemente pela criação de textos, como é feito pelo ChatGPT.

Reconhecimento de textos feitos por IA

A identificação de textos produzidos por Inteligência Artificial já era almejado por muitos, contudo, era um problema não solucionado. Agora, o Google solucionou parcialmente o problema, após gerar um algoritmo que acrescenta algo como uma marca d’água no conteúdo produzido por Inteligência Artificial generativa.

Essa solução já havia sido pensado durante certo tempo, mas não souberam como acrescentá-la sem afetar o conteúdo gerado. A criação dos pesquisadores do Google DeepMind apareceu pela primeira vez ontem (23/10), em um artigo da “Nature”.

Os pesquisadores colocaram um sistema chamado “SynthID-Text” no Gemini, IA da Mountain View, o qual realiza modificações leves no texto wur foi criado a partir de modelos de linguagem, fazendo com que seja possível verificar se o texto foi gerado por uma epssoa que não é humana.

O foco não é diminuir a qualidade para o leitor, mas os algoritmos identificam a marca d’água, a fim de identificar os textos não redigidos por seres humanos. Esse mesmo sistema já havia sido implementado para imagens, e é a primeira vez que é utilizado também para textos.


Ferramenta do Google inicia solução de identificação de texto produzido por IA (Foto: Reprodução/Freepik/@rawpixel-com)

Textos gerados por Inteligência Artificial

Os modelos de linguagem são treinados para imitar a fala humana, trabalhando com a chance de uma determinada sequência de palavras ser mais adequada para atender ao pedido do usuário. O SynthID-Text trabalha modificando pequenas partes dessa sequência, sendo basicamente imperceptível para o usuário.
Esta ferramenta não é infalível, e nem funciona para respostas factuais, como para responder a capital de um país. Ademais, não é possível informar se um texto foi gerado por IA caso tenha sido parafraseado.
Após os testes no Gemini, o Google DeepMind disponibilizou o algoritmo publicamente, a fim de que possa ser testado e adaptado em demais modelos de linguagem.