Live-action de “One Piece” quebra recorde de audiência na Netflix

Os oito primeiros episódios do anime do pirata homem-borracha ultrapassaram a marca de 71,6 milhões de visualizações, tornando-se, assim, a série mais assistida do streaming, a partir do segundo semestre de 2023.

A segunda temporada do anime chegará à plataforma no próximo ano.

Recepção do público

O recorde na visualização do live-action mostra como a recepção do público foi calorosa. Não apenas dos fãs da série com o anime ativo desde 1999, mas também para o público mais novo, incluindo os que não têm costume de assistir animes.

Apesar de as produções asiáticas serem famosas no Brasil; do Japão, os animes, e da Coreia, os doramas, há ainda quem não conheça e não se dê a chance de conhecer estas obras tão diferentes do que estamos habituados, muitas vezes por conta do preconceito.

A ascensão do live-action de um dos animes mais famosos de todos os tempos mostra que o brasileiro está disposto a assistir produções de outros países, quando estas muitas vezes lhe são apresentadas de outras formas.

Apesar de haver determinados comentários negativos a respeito de quem assiste animes e animação no geral, por mais que esta febre seja presente em nosso país desde os anos 90, as pessoas mostraram-se interessadas em conhecer a história do futuro rei dos piratas quando esta lhe foi apresentada com atores e CGI, ao invés de animação.

Futuro para novas obras

A receptividade do novo público com a obra pode significar um novo meio de divulgação para os autores que desejarem que suas obras alcancem o ocidente.

Isso porque, segundo Michiyuki Honma, presidente do Studio Pierrot (estúdio de animes como Naruto, YuYu Hakusho e Hunter x Hunter), ao levar os animes para o ocidente e censurar determinados frames, podem fazer com que o anime inclusive perca determinada “essência” da cena, principalmente em animes com cenas que são violentas, mas não são gore, ou seja, cenas com uma violência extrema, inclusive com exposição extrema de sangue, dentre outros.


Personagens de “Yu Yu Hakusho” e “Hunter x Hunter” juntos (Foto: Reprodução/Instagram/@kensuke.creations)

Em outras palavras, alguns animes podem não vir para o ocidente para que algumas cenas não sejam retiradas por censura. Alguns autores desejam que suas obras sejam distribuídas de forma integral, sem quaisquer diferenças para com as obras originais, o que muitas vezes não vai de acordo com o desejo da empresa, a qual pode impedir que o anime chegue em algum país por consequência de alguma cena.

Rússia ameaça países do Ocidente com resposta severa caso bens russos sejam confiscados

Autoridades da Rússia ameaçaram o Ocidente com uma “resposta severa”, neste domingo (28). A intimidação prometeu batalhas legais “intermináveis” e medidas de retaliação se fundos russos congelados no exterior forem confiscados como meio de forçar o Kremlin a ceder parte do território ucraniano ocupado durante o conflito entre os países.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, afirmou, no aplicativo Telegram e compartilhado pela agência de notícias estatal russa Tass, que “os fundos russos devem permanecer intactos”.

Zakharova ainda defendeu que, caso ocorra de outra maneira, uma “resposta severa seguirá o roubo do Ocidente” e espera que todos os países ocidentais entendam o recado. Segundo a representante, a Rússia nunca negociaria territórios tomados da Ucrânia em troca da devolução de fundos congelados no exterior. 


A intenção dos países ocidentais é tentativa de negociação com Putin (Foto: reprodução/Getty images embed)


Bens russos no Ocidente

Aliados ocidentais de Kiev, capital da Ucrânia, discutem a possibilidade do confisco de bens russos congelados no exterior, que somam quase US$ 300 bilhões. A decisão arriscada é pensada por conta das dificuldades do financiamento da guerra na Ucrânia e na reconstrução do país futuramente. 

É estimado que US$ 282 bilhões em títulos e dinheiro vivo seguem armazenados por instituições de países do G7 (composto pelos EUA, Japão, Itália, Canadá, Reino Unido, França e Alemanha), da Austrália e da União Europeia (EU), desde o início da invasão russa, em fevereiro de 2022. Só na União Europeia estão US$ 216 bilhões sob custódia na instituição belga Euroclear.

A ameaça do confisco seria uma maneira de pressionar o presidente da Rússia Vladimir Putin para que dê uma pausa na guerra e se reúna com outros países para negociar sobre a guerra.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, comentou separadamente que a Rússia ainda possui muito dinheiro do Ocidente que poderia ser alvo das contramedidas de Moscou. Peskov afirmou que a contestação legal contra o confisco de bens russos estarão abertas e que a Rússia “defenderá incessantemente os seus interesses”.