Academia do Oscar muda regras de votação para a próxima premiação 

O Oscar 2026 ainda não teve seus indicados revelados mas já ganhou uma importante modificação para a premiação que acontecerá em 15 de Março, do próximo ano. Acontece que a Academia estabeleceu uma nova regra que, a partir de agora, todos os membros votantes terão de assistir todos as produções antes de depositar seus votos. Além disso, visando uma competição mais justas, os votantes também deverão comprovar cada filme assistido.

As novas adaptações na votação ocorrem 97 anos depois desde a criação do evento. Anteriormente, não era exigido que os quase 10 mil membros tivessem assistidos a todos os longas concorrentes antes de registrar suas escolhas. Os filmes indicados para todos as categorias, ficavam disponíveis em uma plataforma online privada, sem quaisquer tipo de registro para os membros votantes, no entanto, agora passará com que cada um tenha seu próprio login, comprovante o acesso para assistir aos longa-metragem. Se o filme for assistido em um festival, o membro terá que preencher um formulário e enviar a academia.


Adrien Brody com o Oscar de ‘Melhor Ator’ por ‘O Brutalista’ (Foto: reprodução/Instagram/@theacademy)

Polêmicas 

De acordo com algumas informações da revista americana ‘Variety’, alguns dos membros da academia, teriam votado em “O Brutalista”, filme de Brady Corbet sem ao menos terem assistido a produção.

Segundo o veículo, alguns dos votantes ouvidos teriam alegado o tempo longo de filme e o que tema pesado abordado na produção  prejudicaram a sessão.

Brasil no Oscar 2026

Após a incansável campanha de “Ainda Estou Aqui”, que rendeu a Fernanda Torres o Globo de Ouro de “Melhor Atriz” e o Oscar de “Melhor Filme Internacional”, o Brasil já tem uma nova aposta para a próxima premiação.

Vitória”, filme estrelado por Fernanda Montenegro, se tornou um dos mais assistidos no país e vem sendo citado para representar o país em festivais ao redor do mundo. A Globo em parceria com Sony Pictures, estão executando a distribuição do longa do cineasta Andrucha Waddington para emplacá-lo em competições internacionais. A expectativa é que o novo longa-metragem, repita o feito do último filme. 

Oscar terá premiação de Melhor Dublê

A premiação do Oscar terá novidade nos próximos anos. A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, que realizada a premiação, anunciou na última quinta-feira (10) a criação de uma nova categoria para o maior prêmio do cinema mundial. A partir da centésima edição da premiação, prevista para 2028, filmes poderão ser indicados na categoria de Melhor Dublê.

Mobilização gerou resultado

A inclusão da nova categoria vem após anos de mobilização e crescente visibilidade do trabalho de dublês em grandes produções de ação, como as franquias John Wick e Missão: Impossível. Na nota oficial de anúncio da novidade, o CEO da Academia, Bill Kramer, e a presidente Janet Yang destacaram a importância da área desde os primeiros anos do cinema e reconheceram o esforço dos profissionais para a consolidação da categoria.

“Desde os primórdios do cinema, o design de dublês tem sido parte integrante da produção cinematográfica. Temos orgulho de homenagear o trabalho inovador desses artistas técnicos e criativos e os parabenizamos por seu comprometimento e dedicação para alcançar este momento memorável.”


Imagem de divulgação da nova categoria do Oscar (Foto: Reprodução/Instagram/@theacademy)

Mais informações nos próximos anos

Apesar de anunciada, o prêmio ainda vai demorar para ser oficialmente entregue aos profissionais. As diretrizes para inscrição e o processo de votação da nova categoria serão divulgados apenas em 2027, juntamente com o regulamento completo da centésima edição do Oscar, que será realizada em 2028. Atualmente, mais de cem profissionais da área de dublês integram o Departamento de Produção e Tecnologia da Academia.


Oscar terá novidades na premiação nos próximos anos (Foto: reprodução/Instagram/@theacademy)

O Oscar segue com mudanças nos últimos tempos. A última mudança no formato da maior premiação do cinema mundial havia sido anunciada recentemente. Agora, a premiação conta com a categoria de Melhor Elenco e terá sua primeira premiação apenas na edição de 2026. Os filmes lançados em 2025 estão elegíveis para esta categoria e já poderão participar da nova premiação na edição do próximo ano.

“Ainda Estou Aqui” ultrapassa 5,8 milhões de espectadores e marca o primeiro Oscar da história do Brasil

O cinema brasileiro vive um momento historico . O filme “Ainda Estou Aqui”  superou  a marca de 5,8  milhões de  espectadores nas salas de cinema e  garantiu o primeiro Oscar da história brasileira. Em Cartaz há 21 semanas, o filme já foi lançado em 42 nações e continua expandindo sua presença global.

Sob a direção de Walter Salles e com Fernanda Torres no papel principal, o drama conquistou o prêmio de Melhor Filme Internacional no Oscar 2025. A obra também disputou Melhor Filme e Melhor Atriz, posicionando o Brasil como um dos principais destaques da temporada de prêmios. A conquista, inédita para o país, é vista como um divisor de águas para o audiovisual nacional.

De história pessoal à emoção global

“Ainda Estou Aqui” é baseado nas recordações do autor Marcelo Rubens Paiva a respeito de sua mãe, Eunice Paiva. A história ocorre em 1971, no período da ditadura militar, e relata a mudança de uma mãe de cinco filhos em defensora dos direitos humanos, após o sumiço do esposo por parte da Polícia Militar. É um relato pessoal, doloroso e verídico — narrado com sensibilidade e força.


Fernanda Torres e Selton Mello(Foto: reprodução/Instagram/@aindaestouaqui)

Fernanda Torres ganhou reconhecimento mundial por sua atuação, vista como uma das mais memoráveis de sua trajetória. Walter Salles, famoso por filmes como Central do Brasil e Diários de Motocicleta, retornou a investigar questões sociais com sensibilidade, valorizando o silêncio, a resistência e a potência das pequenas narrativas que desvendam amplos cenários

Reconhecimento internacional e novas estreias

O sucesso do longa se espalha mundo afora. Foi apresentado em nações como Itália, Alemanha, Espanha, México, Austrália, Colômbia, Israel, Argentina e Taiwan e nos países escandinavos entre setembro e outubro, com datas confirmadas na Dinamarca (2/10) e Noruega (3/10).


Fernanda Torres e Selton Mello(Foto: reprodução/Instagram/@aindaestouaqui)

Na cerimônia do Oscar, dividiu espaço com produções elogiadas como Emilia Pérez, O Brutalista, Conclave e Anora, este último o grande vencedor da noite. Ainda assim, foi o filme brasileiro que cravou seu nome na história ao garantir, pela primeira vez, uma estatueta dourada para o país.

Impacto duradouro e novas premiações

A jornada de Ainda Estou Aqui não terminou no Oscar. O filme agora está na disputa pelo Prêmio Platino, o mais prestigioso do cinema ibero-americano, em três categorias: Melhor Filme, Melhor Direção e Melhor Atriz. Também está sendo indicado para o BAFTA e outras premiações na Europa e na América Latina.

Além do efeito artístico, o filme reviveu debates sobre o passado recente do Brasil, a preservação da memória histórica e a função do cinema como meio de reflexão. A repercussão mundial também destacou a relevância de reforçar a indústria audiovisual brasileira, aumentando investimentos e estimulando novas produções

Com uma carreira ainda em curso e novos públicos a serem alcançados, Ainda Estou Aqui se consolida não apenas como um sucesso de crítica e bilheteria, mas como um símbolo da força do cinema brasileiro em contar suas próprias histórias — com verdade, coragem e emoção.

“Vitória” com Fernanda Montenegro, emociona e mira no Oscar com distribuição internacional

Com a vitória de “Ainda Estou Aqui” no Oscar 2025, a Globo celebra o reconhecimento do cinema nacional e prepara uma nova ofensiva no mercado internacional com o filme “Vitória”, estrelado pela indicada ao Oscar, Fernanda Montenegro. O drama, inspirado em fatos reais, conta a história de Joana da Paz, uma senhora de 80 anos que decide enfrentar o tráfico de drogas na Zona Sul do Rio de Janeiro, armada apenas com uma câmera doméstica.

Sobre o filme

Baseado no livro “Dona Vitória da Paz”, do jornalista Fábio Gusmão, o longa conquistou o público e a crítica, arrecadando mais de R$ 12 milhões nas bilheterias – se tornando a maior estreia nacional do ano. Agora, com distribuição internacional garantida pela Sony Pictures, “Vitória” é a grande aposta da Globo para a próxima temporada de premiações.


Trailer oficial do filme (Vídeo: Reprodução/YouTube/SonyPicturesBrasil)


Bastidores marcados por perda e superação

A produção de “Vitória” passou por um momento delicado nos bastidores. O filme começou a ser dirigido por Breno Silveira (1964-2022), que faleceu repentinamente de um infarto fulminante durante as filmagens. A tragédia abalou a equipe, mas o projeto seguiu em frente sob nova liderança de Andrucha Waddington, genro de Fernanda Montenegro, assumiu a direção para concluir a obra com sensibilidade e respeito à visão original de Silveira.

Apesar das polêmicas e dos desafios enfrentados, o longa é considerado por muitos como uma obra à altura de “Ainda Estou Aqui” e igualmente merecedora de reconhecimento internacional. O elenco reúne grandes nomes, como Fernanda Montenegro, Alan Rocha, Linn da Quebrada, Laila Garin, Thelmo Fernandes e Thawan Lucas, em uma produção que celebra a coragem e a resistência diante da violência urbana.

Enquanto isso, “Ainda Estou Aqui” estreia neste domingo (6), no Globoplay, em um movimento que reforça o protagonismo do audiovisual brasileiro no cenário global.

Estreia do São Paulo na Libertadores: onde assistir e possível escalação

Tricolor paulista estreia hoje (02) pela Taça Libertadores da América, contra o Talleres (ARG), às 21h30 (pelo horário de Brasilia). Fora de casa, a estreia do São Paulo na Libertadores terá ampla cobertura televisiva. Jogo acontecerá na Argentina, no Estádio Mário Kempes, na cidade de Córdoba. Busca por melhores resultados é uma das metas para o clube.

Antes de mais nada, o tricolor tenta dar resposta após vaias e protesto da torcida na estreia do Campeonato Brasileiro. Assim, o time enfrentará a estreia no torneio continental com olhares de muita desconfiança. No último fim de semana, o São Paulo apenas empatou em casa contra o Sport por 0x0. Tentando reverter as críticas, a equipe viaja para a Argentina para evitar instauração de possível crise.

Contudo, o Talleres (ARG) que nada tem a ver com o momento do São Paulo, vêm para sua quinta participação na Libertadores após reformulação em sua gestão. Rival hermano de hoje também enfrentou o tricolor no ano passado, mas teve sua eliminação pelo também argentino River Plate nas fases de mata-mata.

Onde ver o São Paulo na Libertadores

Jogo terá transmissão da Rede Globo para diversas praças esportivas. Assistirão à partida pelo canal aberto os estados de SP, MG (regiões de Ituiutaba, Varginha, Uberaba, Araxá e Uberlândia), RS, PR, GO, TO, BA, PA, MA, MS, SE e CE.


Na Argentina, São Paulo vive expectativa de boa estreia pela Libertadores (Foto: reprodução/X/@saopauloFC)

Além disso, a partida também terá transmissão pelos canais ESPN e a plataforma de streaming Disney+. Assim sendo, a partida terá ampla cobertura nos veículos de comunicação do Brasil.

Possíveis escalações

Talleres-ARG vai vir a campo com o desfalque do zagueiro Juan Rodriguéz. Entretanto, o técnico Alexander Medina deve ter quase todo o time considerado ideal à diposição. A distibuição em campo deverá ter: Guido Herrera; Gastón Benavídez, Juan Carlos Portillo, Santiago Fernández e Blas Riveros; Ortegoza e Portilla; Matías Galarza Fonda, Rubén Botta e Rick; Bustos (Girotti).

Por outro lado, o São Paulo terá a provável volta de lesão do meia Oscar. No entanto, deve começar a partida no banco entre as opções disponíveis. Já o atacante Lucas, continua seu tratamento após dores no joelho. Assim, o São Paulo na Libertadores deverá ter a disposição de Zubeldia: Rafael; Igor Vinícius, Arboleda, Alan Franco e Wendell; Luiz Gustavo, Oscar (Marcos Antônio) e Alisson; Luciano, Ferreira e Calleri.


Em busca da Glória Eterna, Oscar pode voltar a jogar após lesão (Foto: reprodução/X/@Oscar8)

A equipe arbitragem será toda chilena e terá como principal o Felipe Gonzalez. Ele será auxiliado pelos bandeirinhas Claudio Urrutia e Leslie Vasquez. O VAR será comandado por Benjamin Saraiva.

Academia dos EUA se desculpa por não apoiar Hamdan Ballal

Os responsáveis pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas (AMPAS) dos Estados Unidos emitiram um pedido de desculpas oficial por não falarem sobre Hamdan Ballal, vencedor do Oscar, após seu sequestro pelo exército israelense.

Yuval Abraham, co-diretor do filme ao lado de Ballal, chamou a atenção para a omissão da Academia em sua conta do X (antigo Twitter), relatando o quão desapontado ficou pela falta de ação, contando ainda que houve uma chance para mostrar coragem e solidariedade, mas escolheram o silêncio.


Yuval Abraham chama a atenção para a falta de resposta da Academia sobre um dos vencedores do Oscar (Foto: reprodução/X/@yuval_abraham)

O pronunciamento da Academia

O Conselho de Governadores da Academia fez uma reunião especial urgente a fim de tratar sobre a falta de resposta mediante o ataque que Hamdan Ballal sofreu, visto que a Academia não falou sobre o co-diretor, e nem mesmo sobre o documentário “Sem Chão”.

Em seguida, Bill Kramer e Janet Yang, CEO e presidente da AMPAS, respectivamente, lançaram uma nota para os membros horas depois, relatando que encaminharam na quarta-feira uma carta respondendo os atos de violência do vencedor do Oscar, e se desculpam por não ter terem reconhecido diretamente o filme e o co-diretor.

A Academia se desculpa com Ballal e com todos os artistas que se sentiram ofendidos com a declaração anterior realizada, e dizem que esse tipo de violência é condenado por eles, onde quer que aconteça. “Abominamos a supressão da liberdade de expressão em quaisquer circunstâncias”.


Yuval Abraham posta nota da Academia sobre a violência sofrida por Hamdan Ballal (Foto: reprodução/X/@yuval_abraham)

A nota da academia foi apoiada por diversos membros, como Emma Thompson, Joaquin Phoenix, Natasha Lyonne e Penélope Cruz.

O que houve com Hamdan Ballal

Na última segunda-feira (24), aproximadamente às 18h no horário local (13h no horário de Brasília), colonos israelenses agrediram Ballal após terem abordado um grupo de palestinos na vila de Susya, segundo o veículo israelense Haaretz.

Ao pedirem que se retirassem, mais colonos apareceram, e começaram a atacar os palestinos com paus e pedras, fora terem destruído prédios com tanques de água e automóveis.

Além da destruição pública e agressão contra civis, soldados sequestraram a ambulância que Ballal chamou após ser atacado, e o levaram para uma prisão israelense, segundo Yuval Abraham. No dia seguinte, foi liberto e voltou para casa, após ser atacado por cerca de vinte minutos, ter sangrado por todos os lugares, e ter o corpo inteiro dolorido.

Filhos de Gene Hackman ainda não reivindicaram os corpos do ator e de Betsy Arakawa

A família de Gene Hackman e de sua esposa, Betsy, ainda não reclamou os corpos deles, mais de um mês após terem sido encontrados mortos em casa. De acordo com o TMZ, que obteve informações do Escritório do Examinador Médico do Novo México, a lista de pessoas falecidas é atualizada todas as segundas-feiras. No entanto, os nomes do ator, e de sua esposa continuam na publicação desde o dia 24 de março.

Contudo, as autoridades informaram ao site americano que não é incomum que os corpos permaneçam na mesma situação mesmo após um mês. Além disso, o TMZ afirmou que os filhos podem estar se organizando para realizar o velório do casal.

Gene Hackman teve três filhos com Faye Maltese: Christopher, de 65 anos, Elizabeth, de 62, e Leslie, de 58.

Morte

Após algumas investigações, a autópsia revelou que a morte de Gene Hackman foi causada por doença cardiovascular, com Alzheimer avançado como fator contribuinte. Dias antes, sua esposa, Betsy Arakawa, de 65 anos, morreu devido à síndrome pulmonar por hantavírus, uma infecção rara transmitida por roedores. ​

Apesar disso, relatos indicam que o casal enfrentou episódios de perseguição por um homem estranho antes de suas mortes, conforme mencionado por um cabeleireiro que os atendia.


Gene Hackman e Betsy Arakawa eram casados há 30 anos (Foto: reprodução/Donaldson Collection/Getty Images Embed)


História do casal

Gene Hackman e Betsy Arakawa compartilharam uma história de amor que começou na década de 1980, quando se conheceram em uma academia de ginástica na Califórnia, onde Betsy trabalhava meio período enquanto perseguia sua carreira como pianista clássica. Apesar da diferença de idade de 32 anos, o vínculo entre eles se fortaleceu, levando ao casamento em 1991.

Juntos, escolheram uma vida tranquila em Santa Fé, Novo México, onde Hackman se aposentou do cinema em 2004. Apoiada por Betsy, ele se dedicou à escrita de romances, com ela contribuindo ativamente no processo criativo. O casal mantinha uma rotina simples, desfrutando de noites de sexta-feira assistindo a shows de comédia e cuidando de seus cães, longe dos holofotes de Hollywood.

Academia do Oscar se recusa a apoiar publicamente cineasta palestino sequestrado

Nesta quinta-feira (27), Yuval Abraham, que trabalhou com Hamdan Ballal no documentário “Sem Chão”, publicou nas redes sociais uma nota enviada pela Academia do Oscar aos membros da instituição. Nela, a entidade falou sobre o motivo pelo qual não manifestou apoio a Hamdan Ballal após o sequestro do cineasta.


Hamdan Ballal ganhou o Oscar pelo documentário “Sem Chão” em 2025 (Reprodução/Frederic Brown /AFP via Getty Images Embed)


Na declaração enviada, a Academia afirmou: “Nós fundamentalmente acreditamos que o cinema tem o poder de levar luz ao público global e ressaltar diferentes perspectivas – e nós encorajamos nossos membros a usar suas artes para tal. A Academia condena agressões ou sufocamento de artistas por seus trabalhos ou seus pontos de vista”.

Em outro trecho, disse: “Estamos vivendo um período de mudanças profundas, marcado por conflito e incerteza – em todo o mundo, nos Estados Unidos, e dentro de nossa própria indústria. Compreensivelmente, nós somos constantemente questionados para falar em nome da Academia em resposta a eventos sociais, políticos e econômicos. Nestas instâncias, é importante notar que a Academia representa quase 11 mil membros de todo o mundo, com pontos de vista únicos”.

Por fim, a Academia do Oscar declarou: “Nós estamos, entretanto, unidos para compartilhar a crença na importância da narrativa, nos valores da empatia, e no papel do filme como catalisador. Como organização, nosso foco continua sendo na celebração de vozes criativas que compõem a comunidade global de cinema – e apoiar sua liberdade para criar, desafiar e imaginar”.

Segundo Yuval Abraham, a instituição estadunidense encaminhou a nota em reação às críticas feitas por ele e por alguns membros da Academia, em maioria votantes da categoria de documentários. 

Contexto

O co-diretor de “Sem Chão” foi capturado por israelenses na última segunda-feira (24), em sua casa, na Cisjordânia. No momento do ataque, o cineasta sofreu ferimentos na cabeça e no abdômen.

Na terça-feira (25), Hamdan Ballal foi libertado e seguiu para atendimento médico em um hospital de Hebron., na Cisjordânia.

“Sem Chão”

O documentário narra a união de um ativista palestino que documenta, desde a infância, a expulsão de seu povo da Cisjordânia pelo exército de Israel, e de um jornalista israelense, Yuval, que decide se juntar à causa do militante.

Diretor palestino é agredido e preso por militares em Israel

Nesta segunda-feira (24), o diretor palestino Hamdan Ballal, que participou na direção do documentário ganhador do Oscar, “Sem Chão”, sofreu um ataque de colonos israelenses e foi detido por militares das Forças de Defesa de Israel, que atuam na Cisjordânia.

O ataque ao cineasta

O Palestino diretor do documentário vencedor do Oscar, que aborda a vivência de palestinos na região da Cisjordânia, que possui opressão e violência das forças armadas de Israel, foi vítima de um ataque, feito por colonos israelenses e em seguida foi detido por militares das Forças de Defesa de Israel.


Hamdan Ballal e seus companheiros vencedores do Oscar (Foto: reprodução/Mike Coppola/Getty Images Embed)


Os atentados ocorreram nesta segunda-feira (24), em uma região próxima ao assentamento israelense de Susya. As Forças de Defesa de Israel informaram que estão investigando o caso, porém não se aprofundaram em nenhum detalhe.

Yuval Abraham, jornalista israelense que também foi responsável pela direção do documentário, fez um relato em seu X (antigo Twitter) dizendo que Hamdan foi ferido na cabeça e na barriga, e ficou sangrando. Ele então disse que quando uma ambulância veio para socorrê-lo, os militares o retiraram do veículo, enquanto estava sendo tratado.

Colonos invadiram casas, atiraram pedras, quebraram janelas e veículos e agrediram violentamente moradores e ativistas de solidariedade. Várias pessoas ficaram feridas”, afirmou Ihab Hassan, um ativista palestino, que foi uma das testemunhas do ataque, por meio do X.

De acordo com a Associated Press, as testemunhas disseram que um grupo que tinha entre 10 e 20 colonos mascarados atacou Ballal e outros ativistas judeus, que estavam no local, com pedras e bastões, além de danificar seus carros, quebrando os vidros e furando os pneus.

As tensões da guerra

Os conflitos na Cisjordânia têm se intensificado recentemente. Mesmo após a trégua já quebrada, no início do ano, os conflitos emergiram e continuam em cenário de tensão. As forças de Israel conduzem uma grande operação na Cisjordânia, dizendo que tem como alvo grupos terroristas e extremistas. Milhares de palestinos foram forçados a deixar suas habitações em campos de refugiados, após a infraestrutura ser destruída. E pela primeira vez em mais de 20 anos, Israel enviou tanques de guerra para a cidade de Jenin, no final de janeiro.


Veículo reforçado de Israel, na Cisjordânia (Foto: reprodução/Issam Rimawi/Anadolu/Getty Images Embed)


No mês de fevereiro, o ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, informou que havia ordenado seus militares a realizar uma estadia mais prolongada na Cisjordânia, intensificando suas operações. Apesar de ser considerado um território palestino, a Cisjordânia é controlada pelas forças militares de israelenses, portanto impõem suas leis aos residentes palestinos e podem julgá-los por seus tribunais militares.

“Ainda Estou Aqui” bate a marca de R$ 200 milhões de bilheteria 

Baseada na história de Eunice Paiva e sucesso absoluto, “Ainda Estou Aqui” atingiu a marca de R$ 200 milhões de bilheteria total nos cinemas de todo o mundo. Em cartaz desde novembro, o filme, dirigido por Walter Salles, já foi exibido em cerca de 14 países ao redor do mundo. 

No Brasil, o longa segue em cartaz em alguns cinemas. Já no exterior, a produção chegou aos cinemas dos Estados Unidos, França, Itália e chegou no Reino Unido, onde se tornou o longa-metragem latino-americano mais visto no país.

“Ainda Estou Aqui” estreou internacionalmente no Festival de Veneza de 2024, um dos mais evento cinematográficos mais prestigiados do mundo. Na ocasião, a produção fez parte da seleção oficial e conquistou o prêmio de ‘Melhor Roteiro’.


Cartaz de divulgação de ‘Ainda Estou Aqui’ (Foto: reprodução/Instagram/@aindaestouaqui)

Premiações 

Conquistando o público pelo roteiro impactante, o longa-metragem brasileiro fez história ao participar das principais premiações da história do cinema.

No Globo de Ouro, o filme foi indicado na categoria de  “Melhor Filme de Língua Não Inglesa”, no entanto, não saiu vitorioso. A celebração ficou por conta de Fernanda Torres, que foi indicada à categoria “Melhor Atriz de Drama” e levou a estatueta, desbancando grandes nomes como Angelina Jollie.

No Oscar, a produção brasileira fez história ao ser indicada para três categorias. Melhor Filme, Melhor Filme Internacional e Melhor Atriz para Fernanda Torres. A produção acabou conquistando o premio de “Melhor Filme Internacional”, levando os brasileiros à loucura. 

Fernanda Torres também foi contemplada como ‘Melhor Atriz Estrangeira’ pela Critics Choice Association no Celebration of Latino Cinema & Television.

Sobre a produção 

Baseado na obra de Marcelo Rubens Paiva, o filme “Ainda Estou Aqui” narra a história de Eunice Paiva, mãe de Marcelo. Na produção, Eunice vive a violência do regime militar após da prisão e o desaparecimento do marido, o deputado Rubens Paiva, vivido por Selton Melo.

O longa-metragem ainda conta com passagem dos anos, quando mostra o momento em que Eunice descobre o diagnóstico de Alzheimer e narra o dia a dia de sua vida com a doença.