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Em entrevista para o site Comitê Olímpico do Brasil (COB), Rebeca Andrade revelou o desejo por se aventurar em outros esportes. A atleta, que atualmente é a maior medalhista do país, afirmou que tem interesse em praticar aulas de tênis e “altinha”, uma modalidade derivada do futebol e geralmente praticada nas praias.
Rebeca declarou ser péssima em esportes que envolvam bola, mas que quer muito aprender. A atleta destacou que deseja utilizar um pouco mais de seu tempo para focar em outras coisas que gosta de fazer e que as deixam relaxada. Além dos esportes citados, a ginasta mencionou que também gosta de dançar, cantar, ir à praia e fazer trilhas.
Paris 2024
Nas Olimpíadas de Paris do ano passado, Rebeca Andrade colocou seu nome na história do esporte brasileiro. A atleta conquistou uma medalha de ouro, duas de prata e uma de bronze. Com as quatro medalhas que ganhou, Rebeca se tornou a maior esportista da história do Brasil nas Olimpíadas.
Rebeca Andrade conquista medalha de ouro (Foto: reprodução/Instagram/@rebecarandrade)
Na entrevista ao site da COB, ela relembrou momentos de sua passagem pela capital francesa. Ela declarou que a experiência foi muito emocionante pela presença de sua mãe na arquibancada e pelo sonho da equipe em alcançar o pódio. Além disso, Rebeca afirmou que ter feito o hino do Brasil tocar foi o momento mais especial para ela.
Preparativos para Los Angeles 2028
A ginasta contou como está sendo a preparação para as próximas Olimpíadas. Em entrevista, ela disse estar focada em cuidar de sua mente e do seu corpo e que não pretende fazer solo. A atleta revelou que o ano de 2025 é um ano mais tranquilo, pois apesar de ter o Mundial, não é em equipes. Segundo Rebeca, o ano de 2026 é mais puxado, pois vale a vaga nas Olimpíadas e as equipes que subiram ao pódio já estão classificadas.
Jerome Brouillet, renomado fotógrafo francês, conquistou o prestigiado World Sports Photography Awards, conhecido como o “Oscar da fotografia esportiva”, nesta quinta-feira (9). Sua vitória se deu pela captura de uma imagem icônica do surfista brasileiro Gabriel Medina durante os Jogos Olímpicos de Paris 2024. A foto eternizou o momento em que Medina, após uma performance espetacular, celebrava a nota 9,90 contra o japonês Kanoa Igarashi.
A imagem
A imagem, registrada no dia 29 de julho, mostra Gabriel Medina no ar, apontando o dedo indicador em referência ao número 1, enquanto sua prancha parece flutuar ao seu lado. O clique aconteceu logo após o brasileiro surfar um tubo perfeito e saltar da prancha em comemoração. Este momento não apenas marcou os Jogos Olímpicos de 2024, como também se tornou uma das imagens esportivas mais emblemáticas do ano, destacando o talento e a emoção que o esporte proporciona.
O impacto da foto foi imediato e global. Compartilhada amplamente nas redes sociais, a imagem foi manchete em diversos veículos de comunicação ao redor do mundo. O jornal espanhol Marca chegou a classificá-la como “A Melhor Foto dos Jogos”, consolidando seu status como um registro histórico. A obra de Brouillet também garantiu a vitória na categoria “esportes aquáticos” do World Sports Photography Awards.
Medina nas Olimpíadas
Embora a imagem celebre um dos grandes feitos de Gabriel Medina, o tricampeão mundial de surfe não conseguiu alcançar o ouro olímpico. Após ser eliminado na semifinal, o brasileiro enfrentou o peruano Alonso Correa na disputa pelo bronze, garantindo um lugar no pódio. Ainda assim, a foto capturada por Brouillet simboliza um momento de glória e emoção que transcende os resultados esportivos.
Gabriel Medina após conquista do Bronze (Foto: Reprodução/Instagram/@gabrielmedina)
A conquista de Jerome Brouillet no “Oscar” da fotografia esportiva é uma celebração não apenas de sua habilidade técnica, mas também de sua sensibilidade em capturar a essência do esporte. A imagem de Gabriel Medina celebrando é um lembrete da força do esporte como linguagem universal, capaz de inspirar e conectar pessoas ao redor do mundo.
A capitã da Seleção Brasileira de vôlei, Gabi, tomou para si a responsabilidade pela recente derrota contra os Estados Unidos que terminou em 3 a 2. O confronto, marcado por intensa disputa, encerrou as esperanças do Brasil de conquistar a medalha de ouro nas Olimpíadas de Paris e deixou a equipe em busca do bronze.
Reconhecimento dos erros
A jogadora, que veste a camisa 10, reconheceu que seu desempenho inicial abaixo do esperado afetou negativamente as atletas mais jovens da equipe.
“Antes de mais nada, é dizer que eu tenho noção que grande parte da responsabilidade dessa derrota passa por mim, por não ter começado bem efetivamente no ataque. Não consegui ajudar no contra-ataque, ser eficiente. E sendo uma referência para o time, acaba desestabilizando um pouco as mais novas”, declarou.
Gabi destacou sua autocrítica, afirmando que tem plena consciência de suas falhas e da responsabilidade que carrega, sem precisar que alguém aponte seus erros.
A rivalidade com os Estados Unidos
O Brasil chegou a Paris determinado a superar antigos rivais, derrotando o Japão e a Polônia, que haviam sido obstáculos na última Liga das Nações. No entanto, a tão aguardada revanche contra as norte-americanas não se concretizou.
Nos últimos anos, a seleção dos Estados Unidos tem sido a maior adversária do Brasil, impedindo diversas conquistas importantes. As estadunidenses mantiveram uma invencibilidade de cinco anos sobre as brasileiras, incluindo vitórias em duas finais da Liga das Nações e, a mais dolorosa, na disputa pelo ouro olímpico em Tóquio, em 2021.
A atleta afirmou que os Estados Unidos não são invencíveis e que o Brasil perdeu oportunidades devido à dificuldade em ajustar a marcação e o bloqueio, além da falta de lucidez para impor seu jogo.
“Hoje ficou claro que a gente teve total oportunidade de uma partida diferente. A gente começou muito mal, talvez na vontade de fazer as coisas acontecerem, perdeu lucidez ali no começo. Mas durante a partida perdeu contra-ataques e bolas bestas, uma certa falta de comunicação. Isso precisa ajustar para a medalha de bronze, para ter mais lucidez e clareza para aproveitar os momentos decisivos”, destacou.
A capitã reconheceu a dor da derrota, mas ressaltou a importância de se recuperar mentalmente para a disputa do bronze, destacando que o jogo será mais mental do que físico ou tático, e que a equipe merece voltar para casa com uma medalha.
Jogadoras da Seleção Brasileira durante partida contra os Estados Unidos na semifinal das Olimpíadas de Paris 2024 (Foto: reprodução/Instagram/@rosamariaoficial)
Disputa pelo bronze
A Seleção Brasileira de vôlei retorna à quadra no próximo sábado (10), às 12h15 (horário de Brasília), para disputar o terceiro lugar. A adversária será a Turquia. Gabi garantiu que a equipe está determinada a lutar pelo pódio em Paris.
Gabi declarou que, apesar da derrota para um grande time, a Seleção Brasileira merece conquistar uma medalha por todo o esforço feito até agora. Ela prometeu que a equipe jogará com muita garra para garantir o bronze.
A jogadora finalizou dizendo que, como referência para a equipe, estará bem preparada fisicamente, tecnicamente e emocionalmente para iniciar a partida de forma eficaz e conquistar o tão sonhado pódio em Paris.
O espírito olímpico definitivamente não rodeia apenas Paris. Sua presença se fez evidente em múltiplos cenários diferentes nos últimos meses, e o mundo da moda não ficaria de fora.
Desde do começo do ano, diversas marcas apostaram na estética esportiva e trouxeram referências ao universo para suas coleções, entre elas a tradicional Lacoste e a inovadora collab entre Jacquemus e a gigante esportiva Nike.
Campanha collab Jacquemus X Nike (Foto: reprodução/Instagram/@nike)
Herança olímpica: Paris 1924
Com o título “Paris 1924”, a Lacoste lançou no início deste mês sua sexta coleção Olympic Heritage, em parceria com o Comitê Olímpico Internacional. Com apenas oito peças, a linha relembra os marcantes jogos que conquistaram a capital francesa a mais de 100 anos atrás.
Campanha da Lacoste para coleção de temática olímpica (Foto: reprodução/Instagram/@lacoste)
A marca já é consagrada no âmbito esportivo pela sua história. Fundada em 1933, pelo tenista francês René Lacoste, o símbolo do crocodilo se estabeleceu um ícone no mundo da moda como significado de qualidade, autenticidade e ousadia, mesclando o espírito esportivo com a tradição francesa. A linha Paris 1924 reflete esses mesmos ideais, enquanto remete aos cortes e desenhos clássicos dos jogos que aconteceram no século XX.
Campanha da Lacoste para coleção de temática olímpica (Foto: reprodução/Instagram/@lacoste)
O drop traz códigos vintage, desde a camisa polo até o boné e a jaqueta impermeável, a maioria em tons amenos de azul e bege. Para todas as gerações e gostos, a coleção já está disponível no e-commerce da marca, além das lojas físicas.
O “Swoosh” de Jacquemus e Nike
Os olhos no universo da moda já não se espantam mas com uma colaboração entre clássicas maisons e gigantes do mundo esportivo, mas com o evento das Olimpíadas de Paris este ano, esses breves casamentos se tornaram mais frequentes ainda. E um dos que mais recebeu relevância recentemente foi entre a Jacquemus e a estadunidense Nike.
Campanha collab Jacquemus X Nike (Foto: reprodução/Instagram/@nike)
Em uma coleção de 10 peças, Simon Porte Jacquemus, em parceria com a direção criativa da Nike, se inspirou na capacidade dos jogos em reunir o maior número de povos e mesclar as mais diferentes culturas em uma única atmosfera, sob as luzes da cidade parisiense e sua cultura.
Bolsa “Swoosh” da collab Jacquemus X Nike (Foto: reprodução/Instagram/@nike)
Entre agasalhos, camiseta, tops e calças. Os itens da linha que mais encantam os consumidores são o tênis Nike x Jacquemus Air Max 1, que repagina uma silhueta clássica da marca esportiva, e a bolsa “Swoosh”, que toma a forma do logo conhecido pelo mundo todo. Ambos estão disponíveis para compra no site das duas.
Nesta terça-feira (06), o Brasil se viu frente a frente com os Estados Unidos nas quartas de final do basquete masculino nas Olimpíadas de Paris 2024. Os norte-americanos, reconhecidos como os criadores do basquete, chegaram à capital francesa com o firme propósito de recuperar sua posição dominante na modalidade. Trouxeram um elenco estrelado, incluindo três jogadores lendários do esporte. Para a Seleção Brasileira, que estava apenas em sua segunda participação em jogos eliminatórios olímpicos nos últimos 28 anos e contava com apenas quatro atletas experientes em Olimpíadas, o desafio era enorme. O resultado foi o esperado: o “Dream Team” superou o Brasil com facilidade, vencendo por 122 a 87 na Arena Bercy, garantindo vaga em mais uma semifinal.
O brilho das lendas americanas
Entre as estrelas americanas, LeBron James se destacou como o principal condutor da vitória. Em pouco mais de 16 minutos de jogo, o astro marcou 12 pontos, distribuiu nove assistências e realizou três roubos de bola, sem precisar retornar após sofrer uma cotovelada no rosto durante o terceiro quarto. Kevin Durant e Stephen Curry também contribuíram significativamente com 18 pontos cada. Portanto, a grande força do “Dream Team” reside na profundidade de seu elenco, repleto de jogadores habituados aos grandes momentos, dispensando atuações excepcionais de suas principais estrelas para assegurar vitórias convincentes.
Entre os destaques da seleção dos Estados Unidos, o pivô Joel Embiid, camaronês naturalizado estadunidense, teve uma atuação impecável, marcando 14 pontos e garantindo três rebotes no primeiro tempo, sem necessidade de retornar após o intervalo. Devin Booker, beneficiado por várias assistências de LeBron James, foi o cestinha da equipe com 18 pontos, incluindo cinco cestas de três. Anthony Edwards também teve uma performance sólida, contribuindo com 17 pontos, a maioria deles no último quarto, quando o jogo já estava decidido.
Esforço brasileiro
O destaque da partida foi o brasileiro Bruno Caboclo, que marcou 30 pontos. O armador Georginho também teve uma boa atuação, saindo do banco para acrescentar 15 pontos. O Brasil lutou bravamente e chegou a diminuir a diferença para apenas oito pontos no segundo quarto. No entanto, a equipe teve dificuldades em criar oportunidades de arremesso e em conter a velocidade dos americanos no contra-ataque. No final, a desvantagem foi de 35 pontos – menos que os 40 pontos previstos por Draymond Green, mas ainda assim a maior vitória dos EUA em uma fase eliminatória desde as semifinais das Olimpíadas de Barcelona 1992, quando derrotaram a Lituânia por 51 pontos.
Bruno Caboclo durante partida contra os Estados Unidos nas quartas de final das Olimpíadas de Paris 2024 (Foto: reprodução/Instagram/@basquetecbb)
A partida
O Brasil iniciou a partida com um ritmo acelerado, apostando em ataques rápidos e movimentação reduzida, o que facilitava os contra-ataques em caso de erros. Gui Santos marcou os primeiros pontos com um roubo de bola sobre Embiid, levando direto para a cesta. Contudo, Embiid rapidamente respondeu com uma cesta de três pontos, colocando os Estados Unidos à frente. A partir deste momento, os americanos emplacaram uma sequência de 16 a 2, abrindo uma vantagem de 12 pontos antes da metade do primeiro quarto.
A entrada dos reservas da equipe norte-americana pouco alterou a dinâmica do jogo. Mesmo com uma bela enterrada de Georginho sobre Anthony Davis, que ainda resultou em falta, o Brasil terminou o primeiro período com uma desvantagem de 33 a 21. No início do segundo quarto, os estadunidenses ampliaram a diferença para 19 pontos, graças a três cestas consecutivas.
A equipe brasileira iniciou a recuperação com uma cesta de Lucas Dias e, com o retorno de Marcelinho Huertas, melhorou a movimentação da bola. Seguiram três cestas de Georginho, Huertas e Lucas Dias, além de uma defesa sólida de Didi e Georginho, resultando em uma sequência de 13 a 2 que reduziu a diferença para oito pontos. Porém, com o retorno dos titulares, os EUA exploraram falhas na defesa por zona do Brasil e finalizaram o período com uma impressionante sequência de 21 a 2. Isso levou a vantagem americana a 27 pontos, encerrando o período com um placar de 63 a 36, coroado por uma ponte aérea de LeBron James para Jayson Tatum.
Devin Booker durante partida contra o Brasil nas quartas de final das Olimpíadas de Paris 2024 (Foto: reprodução/Instagram/@usabasketball)
Petrovic decidiu arriscar no início do terceiro quarto, escalando Yago e Georginho no time titular, além de trazer Gui Santos de volta. Com essas mudanças, o Brasil apresentou uma melhora e equilibrou o jogo no período. Gui, Léo Meindl e Caboclo marcaram pontos importantes, reduzindo a diferença para 23 pontos. Contudo, Kevin Durant e Devin Booker garantiram que a Seleção Brasileira não se aproximasse mais. No último período, os Estados Unidos utilizaram todos os seus reservas, transformando o jogo em um treino de luxo e continuando a ampliar a vantagem no placar.
Ainda houve um momento para Petrovic retirar Huertas de quadra, permitindo que ele fosse ovacionado em sua despedida da seleção. O armador, aos 41 anos, fez parte da geração que levou o Brasil às quartas de final em Londres 2012. Nesta partida, ele marcou nove pontos e distribuiu cinco assistências. Huertas já havia anunciado que iria se aposentar da seleção após as Olimpíadas de Paris 2024.
Próximos desafios
Na próxima quinta-feira, dia 08 de agosto às 16h (horário de Brasília), os Estados Unidos enfrentarão a Sérvia na semifinal. Na outra chave, a Alemanha encara a França nesta quarta-feira às 13h (horário de Brasília), que avançou após vencer o Canadá por 82 a 73.
A eliminação da Espanha no futebol feminino nesta terça-feira (06) durante a semifinal do torneio olímpico, com uma derrota de 4 a 2 para o Brasil, frustrou profundamente a jogadora Jenni Hermoso. A camisa 10 da equipe espanhola expressou seu descontentamento com o desempenho da seleção brasileira, desmerecendo a atuação adversária e criticando as táticas utilizadas durante o jogo.
“Que tem metam quatro gols de uma equipe que, para mim, não joga futebol…Mas, no final, o que contam são os gols”, declarou a jogadora à rádio espanhola Cadena Cope.
Hermoso reconheceu que a seleção espanhola teve falhas e não conseguiu desempenhar seu melhor futebol. Ela elogiou o desempenho da Espanha no segundo tempo, mas afirmou que a situação estava complicada devido ao placar desfavorável de 4 a 2.
Críticas ao jogo da Seleção Brasileira
Jenni Hermoso expressou sua frustração com a atuação do Brasil, citando a estratégia de “cera” como o principal motivo de sua irritação. A experiente jogadora, atual campeã do mundo, criticou o uso excessivo de anti jogo pela Seleção Brasileira para prolongar o tempo, resultando em seis minutos adicionais no primeiro tempo e 18 minutos de acréscimos na segunda metade.
A jogadora de 34 anos afirmou que a Seleção Brasileira estudou a equipe espanhola para explorar suas fraquezas e usou estratégias que, para ela, não são características do verdadeiro futebol. Ela expressou descontentamento com esse estilo de jogo.
“Obviamente, ganham minutos, te fazem perder tempo, e para elas, isso valeu. Elas estão na final, e nós vamos pelo bronze”, completou a atleta.
Tarciane e Salma Paralluelo durante Brasil e Espanha na semifinal das Olimpíadas de Paris 2024 (Foto: Repodução/Sylvain THOMAS/AFP/Getty Images Embed)
Próximos confrontos olímpicos
Os Estados Unidos, o time mais bem-sucedido na modalidade, buscam o ouro olímpico pela sétima vez em oito edições do torneio. A equipe norte-americana está na busca de seu quinto título. Por sua vez, o Brasil tenta conquistar seu primeiro ouro e disputou sua terceira final, todas contra a seleção estadunidense.
No próximo sábado (10), às 12h (horário de Brasília), Brasil e Estados Unidos se enfrentam no estádio Parque dos Príncipes, em Paris, na final olímpica de futebol feminino. Antes disso, a disputa pelo bronze ocorrerá nesta sexta-feira (09), às 10h (horário de Brasília), em Lyon, entre Alemanha e Espanha.
Nada na vida é perfeito, Simone Biles e Rebeca Andrade sabem disso. O motivo é simples: as ginastas ficaram de fora do pódio na final da trava na manhã desta segunda-feira, (5). Favoritas para ganharem medalhas, as estrelas da ginástica mundial não chegaram entre as melhores no último dia de competição da modalidade.
Apesar de não entrar no pódio, Rebeca ficou na frente de Biles. Enquanto a brasileira ficou na quarta colocação, a americana amargou a quinta posição na final da trave em Paris 2024. Elas ainda vão se enfrentar novamente por medalha na competição.
Rebeca Andrade se apresenta na competição de solo (Foto: Miriam Jeske/COB)
Andrade e Biles fora do pódio
Rebeca Andrade e Simone Biles foram as duas últimas a se apresentarem na trave. A americana estava bem na sua série, mas cometeu um erro. Biles caiu e viu o pódio escapar, restando o quinto lugar para a lenda da ginástica.
Já a brasileira não teve erros graves, mas fez uma série mais simples. Apesar da apresentação regular, Rebeca não conseguiu a pontuação para conquistar mais uma medalha para o Brasil na modalidade.
Rebeca Andrade no pódio com Simone Biles (Foto: Loic VENANCE/AFP)
A final
A decisão da trave foi aberta pela chinesa Zhou Yaqin, melhor atleta da fase de classificação. No entanto, a ginasta teve um desequilíbrio grande e ficou com 14.100 de pontuação. Nas duas apresentações seguintes, duas quedas. A americana Sunisa Lee, cotada para disputar medalha, caiu e tirou 13.1000; a queda seguinte foi da brasileira Julia Soares que, apesar de uma boa apresentação, ficou com 12.333 pontos.
Medalha de bronze, a italiana Manila Espósito teve uma apresentação quase sem erros e ficou com 14.000. Outra queda foi presenciada pelos torcedores em Paris: Sabrina Maneca-Voinea, da Romênia, caiu duas vezes.
A campeã, Alice D’Amato fez uma boa apresentação, sem quedas, e assumiu a liderança para não largar mais e conquistar o ouro para seu país.
Após ter sido superado por Rebeca Andrade no solo, a ginasta americana, Simone Biles, protagonizou umas das cenas mais emblemáticas dessas olimpíadas. Isso ocorreu quando Bile e Jordan Chiles, que foi terceira colocada, referenciaram a ginasta brasileira quando subiram no pódio na Arena Bercy.
Na saída da Arena Bercy, Biles explicou o gesto e declarou que “a Rebeca é incrível. Ela é uma rainha. Estávamos muito animadas. Decidimos demonstrar nosso respeito. A Jordan disse que deveríamos fazer e eu disse que sim. É por isso que fizemos. Era o correto a ser feito.”
Simone Biles continuou e revelou: “Ela é incrível. Ela é uma pessoa maravilhosa e uma ginasta melhor ainda. Ela me ajuda a estar concentrada. Ela me faz competir melhor. É uma pessoa com muito talento, vejo que ela ainda terá uma longa carreira. Estou animada para ver o que mais vem para ela.”
A terceira colocada na disputa, Jordan Chiles, que marcou 13.766, no solo que é seu aparelho mais forte. Falou sobre o gesto e revelou ainda que a ideia partiu dela.
“Ela é incrível. Uma lenda. Devemos reconhecer o trabalho dela. Ficamos muito felizes por esse pódio ter sido formado por mulheres pretas. Era muito importante para nós isso. Senti que era necessário (a referência)”, declarou Jordan.
Rebeca Andrade e Simone Biles no pódio em Paris 2024 (Foto: reprodução/ Tim Clayton/ Corbis Sport/Getty Images Embed)
Simone Biles não teve um bom desempenho no solo
Simone Biles não teve um dos melhores desempenhos de sua carreira no solo, a ginasta errou na execução de sua apresentação, inclusive o que afetou muito sua nota foi as duas vezes que Biles acabou pulando um pouco para fora do solo. Biles, mas por conta de sua alta dificuldade ela conseguiu se segurar em segundo lugar, com 14.133.
Mas apesar de seu mal desempenho no solo, Paris 2024 foi uma boa olimpíada para Biles, com três ouros por equipes, individual geral e salto.
Relação entre as duas ginastas
Apesar de até mesmo antes das olimpíadas começarem especularem que as duas eram rivais, não é bem isso que acontece. Tanto Rebeca quanto Biles já declaram publicamente admiração uma pela outra.
Além das declarações públicas, outra prova que mostra que a rivalidade está somente no ginásio foi quando Rebeca Andrade e Simone Biles foram vistas dançando juntas após disputarem um mundial na Antuérpia no ano passado.
Nesta segunda-feira (05/08), Rebeca Andrade conquistou medalha de ouro no solo, e assim acabou superando Simone Biles nesta disputa. Com a sexta medalha conquistada em olimpíadas, Rebeca ultrapassa Robert Scheidt e Torben Grael, que conquistaram 5 medalhas na vela.
Sua apresentação no solo contou com as músicas “End of Time”, de Beyoncé, e “Movimento da Sanfoninha”, de Anitta. Sua apresentação foi considerada pelos jurados com uma dificuldade 5.900 e uma execução de 8.266, totalizando uma nota de 14.166, o que colocou Rebeca na primeira colocação.
A favorita para levar a prova de solo foi Simone Biles, que cometeu alguns erros durante sua apresentação e conseguiu uma nota de 14.133. A americana, Jordan Chiles, ficou em terceiro lugar com 13.766.
Rebeca Andrade, Biles e Jordan no pódio da competição de solo em Paris 2024 (Reprodução/Eurasia Sport Images/Getty Images Embed)
O solo de Rebeca
Em sua apresentação no solo, Rebeca conseguiu cravar a maioria das acrobacias que tentou, e conseguiu entregar uma boa coreografia que agitou o publico presente na Bercy Arena.
Com uma composição forte de acrobacias e coreografia Rebeca entregou muito bem nas músicas que escolheu para executar seu solo.
Vale lembrar que após o individual geral, Rebeca Andrade colocou em dúvida se varia novamente o solo na próxima olimpíada. Se decidir por não fazer mais o solo, Rebeca terminou sua trajetória no solo de maneira marcante.
Recordista de medalha para o Brasil
Rebeca Andrade com apenas 25 anos de idade consegue com sua medalha de ouro, conquistar um grande efeito para o esporte brasileiro. Rebeca agora é a maior atletas entre homens e mulheres em numero de medalhas nas olimpíadas, com 6 medalhas.
A trajetória de Rebeca Andrade nas olimpíadas começou no Rio 2016, ela tinha acabado de voltar de uma das suas três cirurgias no joelho que a ginasta teve na sua carreira, e acabou não levando nenhuma medalha na ocasião.
Na sua segunda participação em olimpíadas, na Tóquio 2020, Rebeca faturou um ouro no salto e uma de prata no individual geral.
Agora em sua terceira participação, fez sua melhor olimpíadas com uma medalha de ouro, duas de prata e uma de bronze. E com seis medalhas ultrapassa Torben Grael e Robert Scheidt e agora é a maior medalhista brasileira em olimpíadas.
Rebeca Andrade é a sensação da Olimpíada de Paris 2024. Nesta segunda-feira (5), a brasileira participará de sua última final na capital francesa. Embalada por Beyoncé e Anitta, a apresentação da ginasta pode ser a última de sua carreira nas provas de solo.
Três cirurgias e muitas dores
Segundo a atleta, em entrevista para jornalistas em Paris, o solo é a prova mais difícil por conta do seu joelho. Foram três cirurgias que deram para Rebeca Andrade muitas dores, o que prejudicou as apresentações. Por conta disso, a ginasta de 25 anos pretende se aposentar do aparelho.
Com certeza, o solo é o mais difícil para mim. Não é difícil eu fazer os meus exercícios, é que é pesado para minha perna, meus joelhos, meus pés e meu tendão. São dores que sinto que eu não preciso ter mais.
Rebeca Andrade comemora medalha em Paris 2024 (Foto: Alexandre Loureiro/COB)
Rotina pesada
A rotina de uma atleta é pesada, mas para Rebeca Andrade pode ser ainda pior. Com três cirurgias do ligamento cruzado anterior (LCA), uma das lesões mais graves no esporte, a brasileira quer evitar essa rotina de treinos e competições no próximo ciclo. Com isso, a atleta pode focar em outros aparelhos.
Por exemplo, Rebeca apresentará 19 séries em apenas 12 dias, contando com o treino de pódio, espécie de ensaio geral dos atletas da ginástica. Por conta das dores provocadas pelas lesões, a brasileira cogita dar um descanso para o corpo.
Rebeca Andrade se apresenta na competição de solo (Foto: Miriam Jeske/COB)
Saída do individual geral
Além disso, a atleta deixou o futuro em aberto no individual geral, prova que consiste na ginasta competir em quatro aparelhos: barras, trave, salto e solo. Segundo Rebeca, essa prova também exige muito do seu corpo, mas deixou claro que, no futuro, pode mudar de ideia.
Eu queria muito que hoje fosse uma competição especial para mim, e foi. Por ser o meu último individual geral. Exige muito do meu corpo, principalmente das minhas pernas, dos meus joelhos e de tudo mais. Falo que o futuro a Deus pertence. Vai que, do nada, se der um tchan na minha cabeça, se meu corpo melhorar, eu mude de ideia.
Nessa modalidade, a brasileira tem duas pratas: Tóquio 2020 e Paris 2024. Além disso, ela ainda conquistou o ouro no salto em Tóquio e prata e bronze no salto e equipes, respectivamente, em Paris.