EUA firmam parceria de US$ 1 bilhão com AMD em projetos de supercomputadores e IA

A mais nova parceria entre os Estados Unidos e a AMD (empresa multinacional de tecnologia) foi oficialmente fechada no valor de US$ 1 bilhão, visando a construção de dois supercomputadores. A nova tecnologia promete impulsionar pesquisas em energia nuclear, tratamento do câncer, inteligência artificial e até segurança nacional.

Segundo o secretário norte-americano de Energia, Chris Wright, as máquinas que serão produzidas devem atuar em experimentos complexos, os quais consomem grandes quantidades de processamento massivo de dados. Wright ainda afirmou que os supercomputadores irão atuar na administração do arsenal de armas nucleares dos Estados Unidos.

Planos para a iniciativa

As pesquisas feitas pelos supercomputadores devem acelerar a descoberta de medicamentos, através de simulações de tratamentos do câncer. De acordo com o secretário de Energia, é esperado que entre os próximos cinco ou oito anos, a maioria dos cânceres estejam em “condições controláveis”, ou seja, não avancem tanto quanto hoje para o estado terminal.

Além disso, a tecnologia também deve atuar nas pesquisas de energia nuclear e energia de fusão. Cientistas e empresas estão realizando experimentos que buscam recriar a reação nuclear responsável pela criação do Sol, colidindo átomos leves em um gás de plasma. À Reuters, Wright declarou que estão tentando refazer o mesmo fenômeno, mas que mesmo com os progressos, ainda é necessário uma tecnologia mais avançada que inclui a computação dos sistemas de inteligência artificial, que a iniciativa produzirá.


Secretário de Energia dos EUA, Chris Wright (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Thomas Kronsteiner)

Computação e IA

Entre os planos para a parceria, estão incluídos dois sistemas. O primeiro computador, batizado de Lux, deve ser entregue em seis meses. Ele irá utilizar os chips de inteligência artificial MI355X da própria AMD, além de CPUs e chips de rede fabricados pela multinacional. A presidente da AMD, Lisa Su, afirmou que a implementação do Lux foi a mais rápida entre os supercomputadores.

Já o segundo computador, intitulado Discovery, será mais avançado, baseado na série MI340 de chips de inteligência artificial da AMD. Ele deve ser entregue em 2028, com previsão de operação para 2029. A iniciativa entre o governo e a empresa privada marca um avanço nos experimentos, utilizando novas tecnologias que prometem entregar resultados de pesquisas complexas através do uso da computação e da IA.

Eleições EUA: hoje os americanos vão às urnas

As eleições de 2024 nos Estados Unidos, ocorrem hoje (5), com uma disputa apertada entre Kamala Harris e Donald Trump. Segundo as últimas pesquisas nacionais, Harris e Trump estão praticamente empatados, com uma leve vantagem para Harris em estados decisivos como Pensilvânia, onde ela lidera por 3 pontos. Em Arizona e Flórida, Trump está ligeiramente à frente. A diferença é pequena, indicando uma corrida intensa, e qualquer mudança de votos de última hora pode ser decisiva no Colégio Eleitoral, especialmente nos estados-pêndulo​​.

As eleições presidenciais dos EUA de 2024 acontecem em um cenário polarizado, com Kamala Harris, vice-presidente em exercício, enfrentando o ex-presidente Donald Trump. A disputa está marcada pelo foco em temas como economia, saúde, imigração e segurança pública, com cada candidato buscando conquistar eleitores nos estados pêndulo que podem decidir o Colégio Eleitoral. A campanha de Harris enfatiza continuidade e avanços em políticas sociais, enquanto Trump defende uma volta ao poder com foco em questões conservadoras e críticas ao atual governo.

Sistema de votação diferente em alguns estados

O sistema eleitoral dos EUA é indireto, baseado no Colégio Eleitoral, cada estado possui um número específico de votos, proporcional à sua população, e o vencedor de cada estado recebe todos os votos eleitorais daquele estado (exceto em Maine e Nebraska). Portanto, vitórias em estados com muitos votos no Colégio, como Flórida e Pensilvânia, são cruciais. Essas eleições têm grande impacto internacional, especialmente devido ao papel dos EUA em questões econômicas e políticas globais.

Maine e Nebraska têm um sistema eleitoral único para eleições presidenciais nos Estados Unidos. Em vez do sistema de “vencedor leva tudo” usado nos outros estados, onde o candidato que ganha a maioria dos votos populares leva todos os votos eleitorais do estado, esses dois estados adotam um sistema proporcional por distrito.


Urna eletrônica usada em alguns Estados Americanos (Foto: reprodução/Site/ BBC)

Eleições polarizadas

Uma eleição polarizada ocorre quando a sociedade está fortemente dividida entre dois lados ou visões opostas, com pouco consenso ou espaço para posições intermediárias. Esse tipo de eleição é comum em cenários onde os candidatos representam ideologias contrastantes e há desacordo sobre temas centrais como economia, justiça social ou políticas públicas. Em uma eleição polarizada, os debates podem ser intensos, e os eleitores frequentemente escolhem candidatos com base em posições partidárias fixas, resultando em uma sociedade politicamente mais dividida.


Estudo aponta a possibilidade de que mais de 160 planetas sejam habitáveis

Características necessárias

No dia cinco de janeiro, através da revista Arxiv, foi publicada pela Universidade Cornell (localizada em Nova York, Estados Unidos) uma pesquisa que indica a possibilidade de 164 planetas no universo terem condições habitáveis, ou seja: capazes de serem adequados para o desenvolvimento de vida.

Mesmo que em teoria o universo seja infinito, já é de conhecimento da ciência que as condições para a vida não são, pelo menos a vida da forma como conhecemos. Para que a vida se desenvolva em algum local, é necessário que haja uma soma de diversos fatores como elementos específicos, temperatura adequada, água e muitas outras coisas.


Estrelas (foto: reprodução/pexels/Felix Mittermeier)

Com isso, foi observado pelos pesquisadores que destes 164, apenas 33 deles teriam níveis confiáveis de radiação UV e 11 deles apresentariam a existência do fósforo, que é um dos elementos considerados indispensáveis para o desenvolvimento da vida.

Método de pesquisa e projeto

Para que pudessem realizar a pesquisa e enfim definir uma lista dos exoplanetas (corpos celestes que não orbitam nossa estrela e não fazem parte do sistema solar) onde teoricamente a vida seria capaz de se desenvolver, foi utilizado pelos pesquisadores dados do Levantamento Decadal Astro2020.

A pesquisa faz parte de um projeto que pertence ao Programa de Exploração de Exoplanetas, que por sua vez pertence à Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço dos Estados Unidos, mais conhecida como NASA. Os estudiosos envolvidos recomendam que os dados coletados nesta pesquisa sejam utilizados no telescópio Habitable Worlds Observatory (HWO), que será lançado apenas em 2040 e levará consigo o objetivo principal de descobrir planetas habitáveis.

Além disso, os mesmos envolvidos no projeto indicaram à NASA a construção de um telescópio que seja capaz de obter imagens de alto contraste, para que com ele pudessem investigar os apontamentos. Os pesquisadores também afirmam que as investigações devem concentrar seu foco na busca de condições necessárias para a vida através de bioassinaturas e quaisquer outros sinais que possam indicar e confirmar vida em outros locais do universo.