Nesta terça-feira (24) iniciou-se a Semana de Moda Masculina em Paris e a Louis Vuitton foi uma das grifes que estrearam na capital francesa. O diretor-criativo da marca, Pharrell Williams, se inspirou na moda ao realizar a nova coleção e mostra ao público por meio de metáforas.
O desfile ocorreu no Centro Georges Pompidou, mais especificamente no telhado do museu, e teve cenografia assinada pelo arquiteto indiano, Bijoy Jain. O ambiente cênico teve arte de tabuleiro gigante com a seguinte regra: os jogadores avançavam pelas casas numeradas com o uso de dados, subiam pelas escadas e escorregavam pelas cobras. As cores do tabuleiro representam as estampas clássicas em tons de marrom da grife francesa.
Antes do início do desfile, o diretor-criativo revela quais foram as inspirações das peças presentes na nova coleção:
Você não verá túnicas nem nada do tipo, o que nos inspirou da Índia foram as cores. Você verá açafrão na fila. Você verá canela. Você verá jeans ‘coffee indigo’.”
Pharrell Williams
Destaques do desfile
A coleção de Primavera/Verão 2026 da Louis Vuitton mostra a imagem do homem indiano com um olhar moderno, que possui o intuito de aproximar os convidados presentes no desfile à cultura da Índia. As peças apresentadas eram compostas por alfaiataria leve com bordados manuais, listras trompe l’oeil (técnica de ilusão de ótica) e calça de gancho baixo inspirado na dhoti, vestuário típico da Índia.
A apresentação mostrou peças coloridas combinadas com tons neutros em materiais delicados. Além disso, a maison resgatou estampa criada exlusivamente para o filme “Viagem a Darjeeling”, de Wes Anderson, e pela primeira vez ela foi exibida nas passarelas. A estampa é composta por elefantes, zebras, girafas e coqueiros, e foi desenvolvida por Marc Jacobs.
No encerramento do desfile, Pharrell Williams destacou o poder da moda como uma ferramenta de conexão cultural, capaz de transcender fronteiras geográficas e simbólicas. A Louis Vuitton, sob sua direção criativa, estabelece um diálogo com a Índia através da representação de cores vibrantes, silhuetas fluidas e elementos visuais inspirados nas tradições artesanais do país.
Essa abordagem respeitosa revela como a moda pode atuar como uma linguagem universal, integrando diferentes contextos culturais e ressignificando símbolos em um cenário globalizado. A coleção, assim, não apenas celebra a diversidade, mas também evidencia o potencial da moda em promover trocas culturais autênticas e enriquecedoras.
