A tendência dos piercings parece ter ressurgido com força total em 2025, mas não apenas na pele. O acessório metálico, símbolo tradicional de rebeldia e autoexpressão, migra agora para roupas, sapatos e acessórios. Marcas renomadas aproveitam essa reinterpretação para misturar atitude e moda, sem exigir perfuração corporal, o “piercing aplicado” oferece impacto visual sem dor ou compromisso permanente.
Essa volta também reflete os anseios da nova geração, que valoriza o bem-estar, mas não abre mão do estilo ousado. Em paralelo, a rapidez das tendências nas redes sociais torna arriscado apostar em algo muito definitivo, fazendo com que detalhes metálicos ou estruturados sejam a escolha ideal para experimentar e se posicionar.
A moda dos piercings não está mais só na pele, e sim nas roupas
A transformação mais notável dessa modinha é o deslocamento do piercing do corpo para os tecidos e acessórios. A marca Skims, por exemplo, relançou o Ultimate Bra com um detalhe embutido que simula pircings nos mamilos, acompanhado de um acessório removível de nylon no bojo, tornando a peça provocativa e simbólica.
Já Tory Burch, Rabanne e outras grifes têm incorporado argolas metálicas, alfinetes e apliques que imitam piercings em bolsas, mules e vestidos. Essa estética remete a décadas passadas, principalmente aos anos 90, mas é atualizada com formas sutis ou esculturais, dependendo da peça.
Por que o piercing migrou da pele para as roupas?
Historicamente, piercings corporais simbolizam identidade, rebeldia, pertencimento. Com o tempo, deixaram de ser exclusividade de tribos urbanas ou subculturas, chegando ao mainstream. Porém, os desafios físicos como dor, higiene, risco de infecção e o fato de que perfurações são permanentes ou de longo prazo tornaram o uso corporal é algo que nem todos desejam.
Essa tendência reflete mudanças de valores: a estética continua importante, mas há uma demanda crescente por escolhas que conciliem estilo com bem-estar. O piercing na roupa resolve esse dilema: provoca visualmente, mas sem riscos físicos. Além disso, permite expressões de identidade de forma menos comprometida, o que agrada especialmente a quem está explorando suas referências pessoais.
Do ponto de vista de mercado, o setor de joias para piercings na América do Sul teve receita de US$ 2,39 bilhões em 2023, com previsão de crescimento até 2033. Isso mostra que o interesse permanece forte, seja para quem vai realmente perfurar, seja para quem prefere incorporar o visual por meio da moda.
