Pix atinge novo recorde de transações diárias

Ainda em crescimento acelerado, o Pix atingiu um novo recorde de operações diárias. De acordo com o Banco Central, na última sexta-feira (07), foram realizadas 206,8 milhões de transações em um único dia pelo sistema de pagamento. O recorde anterior havia sido registrado em 5 de abril, com 201,6 milhões de transações.

Outro número impressionante que mostra a popularidade da forma de transação é que, juntando o movimento de quinta-feira, pela primeira vez foram realizados mais de 400 milhões de Pix dentro de um intervalo de 48 horas.

“Os números são mais uma demonstração da importância do Pix como infraestrutura digital pública, para a promoção da inclusão financeira, da inovação e da concorrência na prestação de serviços de pagamentos no Brasil”.

Banco Central em nota

5 bilhões de transações mensais

Em média, o Pix já está chegando à casa de 5 bilhões de transações mensais, movimentando cerca de R$ 2 trilhões. Atualmente, cerca de 155 milhões de pessoas e mais de 16 milhões de empresas já receberam ou fizeram uma transação usando o sistema de pagamento.


Banco Central foi responsável pela criação do sistema Pix (Foto: reprodução/Ton Molina/Bloomberg/Getty Images Embed)


Parte do número recorde de transações pode ser atribuída ao fato de que o quinto dia útil do mês normalmente concentra o pagamento de salários, que cada vez mais estão sendo transferidos via Pix.

Números reforçam a importância do sistema de pagamento

Esses números apenas reforçam a importância do sistema de pagamento, que cada vez mais vem se popularizando entre a população. Implementado pelo Banco Central em novembro de 2020, durante a pandemia da covid-19, o Pix permite a transferência rápida de recursos entre contas bancárias.

Outro fator que pode ajudar a entender a rápida popularização do sistema de pagamento é a ascensão dos bancos digitais, que vêm facilitando o acesso da população ao sistema bancário e, por extensão, ao sistema de pagamento Pix.

Número de usuários no sistema financeiro dobrou nos últimos cinco anos

De acordo com um relatório divulgado pelo Banco Central, o número de usuários ativos no sistema financeiro dobrou nos últimos cinco anos no Brasil. Parte desse aumento pode ser creditada ao sucesso do PIX e à criação de políticas públicas que facilitaram a abertura de contas digitais.

Ainda segundo o relatório, entre junho de 2018 e dezembro de 2023, o total de clientes teve um salto de 103,2% no período, passando de 77,2 milhões para 152 milhões. Esse número representa cerca de 87,7% da população adulta no país.

PIX foi forte fator de expansão em 2020

De acordo com o Banco Central, uma forte expansão foi vista a partir do segundo semestre de 2020, após o lançamento do PIX. Nesse período, houve um aumento de clientes de pessoas físicas de mais de 80%, com os cinco maiores bancos tradicionais registrando um aumento de 3000%.


PIX ajudou a colocar mais pessoas no sistema financeiro (foto: reprodução/Bloomberg/Getty Images Embed)


“Dois marcos foram fundamentais para esse salto na inclusão financeira: a abertura de contas no auxílio emergencial no Caixa Tem decorrente da pandemia da covid-19 e a implementação do PIX em novembro de 2020”.

Trecho do relatório do Banco Central

Crescimento de cooperativas

Outro segmento que também viu forte crescimento foi o de cooperativas. Nesse caso, houve o ingresso de mais de 1,6 milhão de novos clientes, enquanto outros segmentos mostraram estabilidade no número de clientes ativos.

De acordo com os números apresentados, cerca de três quartos das pessoas físicas possuíram operações de crédito ativas entre julho de 2023 e dezembro de 2023. Nesse quesito, também foram incluídas as operações ativas de cartão de crédito. No mesmo período, observou-se que, dos 152 milhões de clientes ativos como pessoas físicas, 10,9% possuíam apenas operações de crédito no SCR, 24,7% realizaram apenas operações de pagamento e 64,4% realizaram operações de crédito e pagamento.

Governo do RS anuncia R$2,5 mil para famílias em extrema pobreza

Em entrevista coletiva nesta sexta (17), Eduardo Leite, governador do estado do Rio Grande do Sul, anunciou o início do pagamento do programa “Volta por cima”, onde famílias na faixa de extrema pobreza inscritas no Cadastro Único e que foram vítimas das enchentes que invadem o estado em maio, receberão 2,5 mil reais. A previsão é que 47 mil famílias serão contempladas.

“Volta por cima” não foi criado após a tragédia em 2024 no RS

O programa existe desde o ano passado, em setembro, quando o Rio Grande do Sul sofreu com cheias intensas em razão do ciclone extratropical. Em 2023, aproximadamente 1.726 famílias de 22 municípios, recorreram ao projeto. O número teve crescimento expressivo em comparação com a tragédia climática de 2024, onde quase todos as cidades foram atingidas.

“Nós já efetuamos e estamos efetuando hoje o depósito para sete mil famílias neste cartão”, explica Eduardo Leite. As sete mil famílias “são aquelas que as prefeituras já apresentaram o cadastro e que estão desabrigadas”.

Além dessas, outras 40 mil famílias serão pagas através do serviço até 24 de maio.

Pix SOS RS

Apesar de parecidos, o Pix SOS RS e o Volta por cima tem públicos diferentes, o Pix atenderá as famílias que não são de extrema pobreza mas que ficaram desabrigados ou desalojados e que ganham até 3 salários mínimos, as vítimas receberão 2 mil reais. Os pagamentos começam nesta sexta-feira (17) em Encantado e Arroio do meio, cidades do RS.

Famílias que se encaixam no programa Volta por Cima, não poderão receber o Pix SOS RS.

Reconstrução do Rio Grande do Sul


Roca Sales, cidade do Rio Grande do Sul, vista de cima após alagamentos (Foto: reprodução/ NELSON ALMEIDA/AFP via Getty Images)


O Plano Rio Grande, como foi chamado pelo governo, tem o objetivo de reconstruir o estado. Entre as medidas, foi anunciada a inauguração do Centro Administrativo de Contingência, um espaço de trabalho temporário para os servidores, já que o local anterior foi afetado pelas cheias em Porto Alegre. O novo centro começará a operar oficialmente hoje.

Leite também anunciou a formação de um Comitê Científico de Adaptação e Resiliência Climática, com o objetivo de desenvolver “ações para adaptação e resiliência climática do estado do Rio Grande do Sul”.

O Estado ainda contará com estruturas habitacionais definitivas e provisórias, e uma nova secretaria, onde a Secretaria de Parcerias e Concessões vai dar lugar a  Secretaria da Reconstrução Gaúcha. A secretária irá funcionar no formato de uma “assessoria especial de gestão de riscos”, segundo o governador.

O governo federal também disponibilizou programas de habitação e recebimento de recursos para as famílias gaúchas.

DOC e TEC encerram suas operações, afirma Febraban

Nesta quinta-feira (29), as operações bancárias Documento de Ordem de Crédito (DOC) e Transferência Especial de Crédito (TEC) foram oficialmente encerradas, conforme anunciado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Após quase quatro décadas de funcionamento, essas modalidades de transferência de recursos deixam de estar disponíveis no sistema bancário nacional.

O processo de descontinuação do DOC teve início em 15 de janeiro deste ano, com a data limite para agendamento de transferências até 29 de fevereiro. Segundo a Febraban, esse prazo foi estabelecido para que os bancos processassem os agendamentos pendentes enviados pelos clientes. A partir de agora, não será mais possível utilizar o DOC como meio de pagamento.

Além do DOC, as operações de TEC, utilizadas exclusivamente por empresas para o pagamento de benefícios aos funcionários, também foram descontinuadas.

PIX ganha destaque como a preferência dos brasileiros

De acordo com Walter Faria, diretor adjunto de serviços da Febraban, a decisão de extinguir essas duas modalidades de pagamento baseia-se no desinteresse dos brasileiros em utilizá-las. Criado em 1985 pelo Banco Central, o DOC gradualmente perdeu espaço para formas mais rápidas e econômicas de transferência de recursos, especialmente após o lançamento do PIX em 2020.


A maioria dos brasileiros tem o Pix como principal meio de transferência (reprodução Banco Central)

Um levantamento realizado pela Febraban com base em dados divulgados pelo Banco Central revelou que, no primeiro semestre de 2023, as transações via DOC totalizaram apenas 18,3 milhões, representando apenas 0,05% do total de 37 bilhões de operações realizadas no ano. O DOC ficou significativamente atrás de outras formas de pagamento, como cheques, TED, boletos, cartões de débito e crédito, destacando-se o PIX como a escolha preferida dos brasileiros, com 17,6 bilhões de transações.

Mudanças nas operações e tarifas bancárias

Tanto no DOC quanto na TEC, o valor máximo das transações era de até R$ 4.999,99, podendo ser agendado para beneficiar contas em diferentes instituições bancárias. Enquanto as transações via DOC eram efetivadas um dia após o banco receber a ordem de transferência, a TEC garantia a transferência de recursos até o final do mesmo dia em que a ordem foi dada.

A principal diferença entre as duas operações é que a TEC permitia ao emissor transferir recursos para múltiplas contas simultaneamente, uma funcionalidade indisponível no DOC. Quanto às tarifas, cada banco determinava o valor cobrado pelas transações em seus diversos canais de atendimento ao cliente.

Veja quem usa mais o Pix, desde a geração Babyboomer até a geração Z

Desde seu lançamento, em 2020, o PIX teve um crescimento exorbitante. O brasileiro, em sua grande maioria, já nem usa mais cédulas de dinheiro ou moedas. Com isso, os Millennials (nascidos entre 1982 e 1994) utilizaram muito o serviço e os jovens de geração Z (nascidos de 1995 em diante) já pegaram a prática e sequer usam mais dinheiro.

Os estabelecimentos comerciais já aderiram o serviço, isso inclui os comércios de bairros e feiras de rua. No total, 51% das compras realizadas no ano de 2023 pelos Millennials foram feitas via PIX.

O que os dados mostram

Uma pesquisa realizada mostrou que o uso do pagamento via Pix para compras, seja de bens ou serviços, praticamente dobrou em 2023, o que já era esperado, visto que a cada ano o uso de tal de meio de pagamento só aumenta no Brasil.

Conforme pesquisa realizada pelo Itaú Unibanco, houve um crescimento de 99% nas compras utilizando a modalidade, e isso considerando as transferências feitas de CPF para CNPJ.

Com essa tecnologia, os hábitos mudaram

Desde 2020, as pessoas foram se adaptando. Naquele ano ainda havia certo receio na utilização do PIX, mas atualmente se tornou tão comum que usar dinheiro acabou se tornando estranho. Porém, não se pode generalizar; a geração conhecida como Babyboomer (nascidos entre 1945 e 1964) ainda são os que menos utilizam o meio.

Qr code de pagamento de boleto (Foto: reprodução/site/cobrefacil)

Seja a compra de um celular de alto valor em uma loja de shopping ou até mesmo uma dúzia de bananas nas feiras, a pergunta “Aceita PIX?” se tornou totalmente comum. É muito mais prático, não se pode negar, mas também é preciso tomar cuidados.

Errar um dado, mesmo que seja apenas um único número, pode atrapalhar o pagamento ou recebimento de valores. E com a chegada de novos meios de pagamentos, os sequestros relâmpagos aumentam nas grandes cidades. Entre pontos positivos e negativos do Pix, o uso entre as gerações só aumentou e a tendência é que aumente cada vez mais.