Netanyahu obtém aval para controlar a principal região de Gaza

Foi aprovado pelo Gabinete de Segurança de Israel, nesta sexta-feira (8), horário local, o plano do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu para tomar o controle da Cidade de Gaza, a maior cidade do enclave palestino, ampliando as operações militares na região. A reunião durou quase 10 horas e teve decisão favorável a Netanyahu. 

A estratégia de intensificar a pressão sobre o grupo Hamas, apontado por Israel como responsável por manter reféns e prolongar o conflito, se concentrará na região urbana mais povoada do território, com as Forças de Defesa de Israel (IDF) comandando a operação.

A proposta

Em entrevista à estadunidense “Fox News”, Benjamin Netanyahu afirmou que a intenção de Israel não é governar Gaza de forma permanente. Segundo o primeiro-ministro, o objetivo é estabelecer um perímetro de segurança e, posteriormente, entregar o controle do território as forças árabes que “governariam adequadamente”. Para Netanyahu, nem o Hamas nem a Autoridade Palestina, administrará a região. 


Detalhamento do plano de Benjamin Netanyahu aprovado pelo Gabinete de Segurança de Israel (Foto: reprodução/X/@IsraeliPM)



O plano de Netanyahu gerou críticas e foi visto por muitos especialistas como uma tentativa indireta de ocupar o território palestino, sinalizando que não haverá retirada das forças de segurança de Israel da região e nem um cessar-fogo no enclave.

Reação internacional

A Comunidade Internacional  recebeu o plano de Benjamin Netanyahu com preocupação. A proposta de entregar o controle de Gaza às forças árabes ainda necessita de respaldo, uma vez que não há clareza sobre quais países participariam desse esforço e sob quais condições. Além disso, tanto os EUA quanto a ONU já haviam rejeitado propostas anteriores semelhantes, indicando a falta de consenso sobre uma solução viável para um pós-conflito.


Críticas e rejeição do escritório de Direitos Humanos da ONU sobre o plano de Benjamin Netanyahu (Foto: reprodução/X/@UNHumanRights)

Conforme especialistas, o plano de Netanyahu ignora a Autoridade Palestina como gestora da Faixa de Gaza, uma vez que a Autoridade é reconhecida internacionalmente como representante legítima dos palestinos. 

Para muitos analistas, isso evidencia a tentativa do atual governo israelense de moldar a governança do enclave segundo seus próprios interesses de segurança, sem dialogar com lideranças palestinas responsáveis pela região. Assim sendo, a ocupação da Cidade de Gaza não apenas eleva o risco de novos confrontos, mas também reforça a fragmentação política no território palestino

Resposta do Hamas

O grupo Hamas reagiu duramente ao plano israelense, chamando a proposta de um “golpe” que mina as negociações em curso e coloca em risco a vida dos reféns. Em comunicado oficial, o grupo acusou Benjamin Netanyahu de usar os civis e os reféns como peças políticas para manter-se no poder.

O jogo de narrativas entre Israel e o grupo Hamas alimenta ainda mais o impasse diplomático e aprofunda a desconfiança mútua entre as partes envolvidas, aumentando a escalada do conflito na Faixa de Gaza, iniciado há quase dois anos.

Crise humanitária

Com a crise humanitária no enclave agravando-se sobremaneira, a escassez de alimentos e suprimentos necessários para a sobrevivência aumenta com o passar dos dias, mesmo com a pausa de ajuda humanitária. A disputa por alimentos na região tem deflagrado conflitos entre civis e forças militares.


Crise humanitária na Faixa de Gaza, pessoas em busca de alimentos, em 30 de julho de 2025 (Fotos: reprodução/Anadolu/Getty Images Embed)


A aprovação do plano de Benjamin Netanyahu ocorre em meio ao colapso das negociações com o grupo Hamas, o qual, recentemente, divulgou vídeos mostrando reféns israelenses em estado de desnutrição e fragilidade, gerando protestos por parte das famílias e da comunidade internacional. Vale ressaltar que conforme o exército de Israel avança, o deslocamento interno no enclave se intensifica. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de 1,9 milhão de pessoas deslocaram-se dentro do território palestino desde o início do conflito em 2023.

General admite ter escrito plano que previa morte de autoridades, mas diz que era só “análise pessoal”

O general da reserva Mário Fernandes e ex-assessor de Jair Bolsonaro confessou em depoimento nesta quinta-feira (24) que ele mesmo escreveu o chamado plano “Punhal Verde e Amarelo”. O documento mencionava possíveis assassinatos de figuras importantes como o presidente Lula e o ministro Alexandre de Moraes, do STF.

Segundo ele, não se tratava de uma conspiração real, mas de uma análise pessoal sobre o cenário político após a eleição de 2022. “Era só um pensamento meu que coloquei no computador. Não mostrei pra ninguém e hoje me arrependo de ter feito isso”, afirmou o general, que trabalhava no Palácio do Planalto na época. Ele disse que o texto foi impresso, mas destruído logo depois.


Vídeo do depoimento de Mário Fernandes confessando o plano para matar ministro e vice-presidente (Foto: reprodução/X/@GugaNoblat)


Planejamento do golpe aconteceu depois das eleições segundo a PF

A Polícia Federal, no entanto, acredita que o plano foi escrito em novembro de 2022 e discutido entre militares na casa do general Braga Netto, aliado de Bolsonaro e candidato a vice na chapa derrotada. De acordo com as investigações, o objetivo era matar Lula, Alckmin e Moraes como parte de uma tentativa de golpe de Estado.

Mário Fernandes também contou que algumas pessoas próximas a Bolsonaro discutiam um decreto para permitir uma intervenção do presidente nos outros Poderes. Ele chegou a sugerir que, se fosse algo permitido pela Constituição, deveria ser reforçado — e depois corrigiu dizendo que tudo teria que estar “dentro da legalidade”.

Mauro Cid foi o delator da trama de golpe

A existência do plano veio à tona com a delação do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid. Ele contou à PF que Braga Netto teria dado dinheiro ao major Rafael Martins para custear parte da operação. O valor foi entregue numa sacola de vinho.

O plano só não foi executado porque a tentativa de golpe fracassou. No fim de 2023, a PF prendeu militares e um policial envolvidos na trama.

Ferrari já tem plano estabelecido para a estreia de Lewis Hamilton pela equipe

A temporada 2024 da Fórmula 1 está chegando ao final, restam somente mais três corridas pela frente, porém, a Ferrari já está pensando em como irá abrir 2025, com Lewis Hamilton no carro para um período de aclimatação. Mesmo antes de pegar o no carro, o britânico provavelmente ira ter um gosto de andar de vermelho.

Estreia do Hamilton pela Ferrari

De acordo com Frédéric Vasseur, chefe de equipe da Ferrari, o plano para os momentos iniciais é aproveitar um ou dois dias de testes com carros antigos, para que o heptacampeão tenha uma maior compreensão de como o sistema da Ferrari funciona antes dos testes da pré-temporada, que acontece no Bahrein no mês de fevereiro.

A Fórmula 1 estipula que estes testes devem ser conduzidos com os carros das três temporadas anteriores. Em resumo, para os testes de 2024, as equipes poderão testar os carros de 2020, 2021 e 2022.


Lewis Hamilton (Foto: reprodução/Instagram/@lewishamilton)

Segundo a revista inglesa Autosport, o carro da temporada de 2022 é o favorito para os primeiros testes de Hamilton na Scuderia italiana. Uma vez que, este foi operado em testes ao longo deste último ano e, além de ter sido o melhor carro italiano com as novas regras. Como testes da Ferrari naturalmente acontecem, a expectativa é que seja na pista particular de Fiorano, ao lado da fábrica de Maranello.

Fala de Vasseur

O chefe de equipe italiano falou: “não sei se ele vai precisar de muitas horas de aclimatação. É experiente o bastante para ser rápido logo no primeiro dia ou, ao menos, muito rapidamente. Temos um ou dois dias de testes de carros anteriores, além dos testes de pré-temporada no Bahrein, e isso será o bastante”.

Vasseur ainda reconheceu que parte da equipe já trabalha pensando e planejando a próxima temporada, porém, o tome que cuida das corridas ainda não. Ele finalizou: “certamente já temos parte da equipe concentrada em 2025, no plano de testes, comunicação e daí por diante, com Lewis sendo parte disso. Mas ainda não está na cabeça da equipe que toca as corridas e nem a minha.

A partir da temporada de 2025, Lewis Hamilton irá ser piloto da Ferrari e terá Charles Leclerc como companheiro de equipe.

A Fórmula 1 volta para as pistas para o GP de Las Vegas, nos Estados Unidos, entre os dias 21 e 24 de novembro. Depois dessa etapa, irão restar somente duas corridas, uma no Catar e a última em Abu Dhabi.