Crimes em RS causam revolta nos moradores

O primeiro alerta vermelho de volume elevado de chuva emitido pela Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) fora gerado no dia 29 de abril. Todavia, dois dias antes, Vale do Rio Pardo, uma região central do Estado, já contava com chuvas fortes e granizo.

A catástrofe afetou mais de 2,3 milhões de gaúchos, e fora divulgado um total de 155 mortes.

Diversos brasileiros comoveram-se com o estado destas pessoas, e fizeram doações, além de auxiliar como podiam: seja indo diretamente ao estado para fornecer ajuda manual, ou então, divulgar em redes sociais e doar.

Todavia, mesmo com a solidariedade de milhares de cidadãos ao redor do país, a polícia prendeu um total de 130 pessoas desde o início da calamidade.

Segundo a SSP (Secretaria da Segurança Pública), 48 foram presos por crimes patrimoniais (como roubos e furtos) e 49 foram presas em abrigos. É desconhecido o motivo das demais prisões.

Furto à loja

Foi divulgado em vídeo nas redes sociais, pela comerciante e empresária Marinez Silva Hauenstein, que sua loja no Arroio do Meio, fora totalmente roubada.

A unidade seria utilizada para o recomeço da família, pois, das cinco lojas de variedades da família, quatro foram completamente perdidas por conta das enchentes.

O estrago só foi notado dias depois, visto ser inviável chegar no local, por conta do nível da água.

Segundo a família, mais de R$ 20 mil em itens foram levados, somando um prejuízo de R$ 2 milhões.


Empresária mostra furto à sua loja (Vídeo/Reprodução/X/@damadanoite14)


Infelizmente, o roubo que a família de Marinez sofreu não foi um caso isolado.

Outros crimes acometidos

Abrigos

Um dos primeiros casos a serem comentados na mídia, e que fora resolvido com a criação de abrigos especificamente para mulheres e crianças, foi o de crimes sexuais cometidos nestes locais que deveriam fornecer segurança às vítimas.

O governo do estado comunicou que a segurança dos abrigos fora reforçada, com equipes fixas e rondas diárias nos locais. Estes abrigos atendem 77 mil pessoas desamparadas pelo ocorrido, e daí a importância de uma vigia tão criteriosa.

Até o momento, 49 pessoas foram presas por conta de incidentes nestes abrigos.

Drogas em doações

Na última sexta-feira (17/05), um pai e um filho, o qual estavam com comidas que seriam entregues aos desabrigados, foram presos em flagrante por tráfico de drogas pela Polícia Civil do RS, devido uma conjuntura a qual já vinha sendo vigiada pela 1ª Delegacia de Investigação do Narcotráfico (DIN) do Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc).

E em Santa Catarina, foi apreendido pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) 1kg de crack e 52kg de cocaína, que estavam em um caminhão que levava doações para o Rio Grande do Sul.


Caminhão de doação tenta adentrar Rio Grande do Sul com mais de 50kg de drogas (Foto: Reprodução/X/@NP_Oficial)

O motorista, preso em flagrante, disse que as drogas seriam entregues em um posto de gasolina antes do local em que as doações seriam entregues.

O governo do estado persiste com as investigações dos crimes e tomada de ações para controle dos mesmos, como, por exemplo, o bloqueio de 18 perfis falsos que fingiam ser autoridades ou entidades sociais para desviar doações.

Enquanto o governo trabalha para que estes casos se cessem, e tentam ir atrás dos culpados, a população anseia para que estas situações não se repitam tão brevemente, uma vez que a sensação de impotência e desamparo é evidente em seus relatos.

Mortes causadas por PMs aumenta nos últimos meses

O número de óbitos causados por agentes da polícia aumentou quase 70% no estado de São Paulo durante o primeiro trimestre de 2024 em comparação com o mesmo período do ano anterior. A letalidade policial mais de quintuplicou na região da Baixada Santista.

Veja o número de mortes

Segundo um relatório do Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp) do Ministério Público de São Paulo, a polícia militar paulista foi responsável por 177 mortes nos primeiros três meses deste ano, em contraste com as 116 mortes registradas no mesmo período do ano anterior.

Esse aumento significativo se deve principalmente ao elevado índice de fatalidades policiais na Baixada Santista no início de 2024. Nas nove cidades que compõem a região, 79 indivíduos perderam suas vidas em ações da Polícia Militar entre janeiro e março, enquanto no mesmo período de 2023, apenas 15 pessoas foram mortas pela PM nessas localidades, um aumento que supera cinco vezes o número anterior.


Policial Militar e viatura. (Foto: reprodução/Polícia Militar)

Em sentido, a letalidade em operações da PM diminuiu quase 20% na capital paulista, com um total de 49 mortes nos primeiros três meses de 2024 em comparação com 61 no mesmo período do ano anterior.

Durante a Operação Verão em várias cidades da Baixada Santista, 56 pessoas já faleceram em decorrência da intervenção da Polícia Militar de São Paulo. A Secretária de Segurança Pública (SSP) afirma que o objetivo da ação é combater o crime organizado na região.

Em resposta às questões levantadas sobre o número de óbitos durante confrontos policiais, a secretária enfatiza, em comunicado que todos os casos são minuciosamente investigados pela Polícia Civil e Militar, com supervisão das respectivas corregedorias, Ministério Público e Poder Judiciário.

Acompanhe o comunicado da SSP

A SSP afirma que a morte em confronto é resultado da reação violenta dos criminosos ao trabalho policial. A primeira fase da Operação Verão teve início em 18 de dezembro do ano anterior. Atualmente, a Polícia Militar está executando a terceira fase da operação, cujo término ainda não está determinado.

Tiririca é investigado pela Polícia Civil após acusação de importunação sexual em SP

O deputado federal Tiririca (PL-SP) está sob investigação da Polícia Civil de São Paulo após ser acusado por um homem de importunação sexual. Em boletim de ocorrência, o prestador de serviço de 39 anos afirma que o deputado o teria dado uma “dedada nas nádegas”, sobre a calça.

Acusação

Ao 27° Distrito Policial, a vítima declarou que o caso ocorreu na última quinta-feira (29), enquanto trabalhava na manutenção da portaria de um condomínio na Vila Olímpia, Zona Sul de São Paulo.

De acordo com o advogado do prestador de serviço, em depoimento desta segunda-feira (04), a importunação aconteceu na presença de outros colegas de trabalho, que “riram do declarante, motivo pelo qual se sentiu humilhado”. O homem também afirma que, de início, não tinha conhecimento de que o responsável pelo ato seria Tiririca.

A Secretaria da Segurança Pública indica que “diligências estão em andamento para esclarecer o ocorrido”. Até o momento, a assessoria de imprensa do deputado não respondeu aos pedidos de pronunciamentos dos veículos de notícias.

Deputado federal Tiririca


Deputado Federal Francisco Everardo Oliveira Silva, o Tiririca (PL). (Foto: reprodução/g1).


Conhecido pelo slogan “Vote por Tiririca. Pior que tá não fica” e pela canção “Florentina”, Francisco Everardo Oliveira Silva, é deputado federal pelo PL de São Paulo há quatro mandatos seguidos.

Em 2010, em sua primeira eleição, o também intitulado palhaço Tiririca, foi o mais votado do país, com 1.353.820 votos. No entanto, nos últimos anos, o deputado perdeu a força, chegando a conquistar 453.855 votos em 2018 e 71,7 mil em 2022.

Para Tiririca, o motivo da diminuição de votos é a mudança de seu número nas urnas, já que, em 2022, a sequência 2.222 foi cedida a Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro. Apesar da baixa, Tiririca conseguiu ser reeleito e segue em seu cargo. 

Polícia Civil de São Paulo fecha fábrica clandestina de cervejas

Na noite desta quinta-feira (18), a Polícia Civil de São Paulo fechou uma fábrica de cerveja que adulterava os produtos e funcionava de maneira clandestina, na Zona Sul da capital. Durante o flagrante, 31 pessoas foram presas, algumas delas já tinham passagem pela polícia. Centenas de engradados, rótulos e tampas falsificados foram apreendidos.

Adulteração de marcas de cerveja

Os criminosos substituíam os rótulos e tampas das cervejas inferiores por marcas mais conhecidas, enganando os compradores. “O ‘processo de fabricação’ era realizado em oito mesas de trabalho, com rótulos alinhados, prontos para serem colados nas garrafas com cola, utilizando um rolo de tinta. As tampas das garrafas também eram retiradas, modificando a qualidade do produto, sendo colocadas novas tampas das marcas escolhidas. Questionados, nenhum dos presentes se apresentou como responsável ou forneceu nenhuma informação, alegando que apenas trabalhavam ali na produção ou carregando caixas”, explicaram os policiais. Os vizinhos da fábrica clandestina informaram à equipe policial que o local funcionava 24h por dia.



No boletim de ocorrência do caso, está escrito que: “Ficou evidente o objetivo em falsificar garrafas de cerveja, substituindo os respectivos rótulos e tampinhas de marcas de qualidade inferior, com o intuito claro de auferir lucro indevido”.

Prisão em flagrante

As 31 pessoas que trabalhavam no local foram presas em flagrante, sendo que três deles teve a prisão convertida em preventiva, por já haverem passagem pela polícia, inclusive cumprindo pena. Eles passaram a noite no 8º Distrito Policial, em Belenzinho.

Os agentes foram surpreendidos enquanto falsificavam produto alimentício destinado a consumo, tornando-os nocivos à saúde e reduzindo-lhes o valor nutritivo. [Os produtos eram] e manuseados inadequadamente, em local insalubre e sem qualquer condição de higiene”, consta no B.O.

Nesta sexta-feira (19), eles participaram da audiência de custódia, e foram autuados por associação criminosa e falsificação de gênero alimentício.