Caso Marielle: ex-chefe da Polícia Civil do RJ nega envolvimento com os irmãos Brazão

O ex-chefe da Polícia Civil do RJ suspeito no caso do assasinato de Marielle Franco e do motorista Anderson Torres, prestou depoimento à Polícia Federal na Penitenciária Federal de Brasília, na segunda-feira (3).

Rivaldo Barbosa disse à Polícia Federal que não atuou para atrapalhar as investigações do caso Marielle e afirmou em depoimento que não possui nenhuma relação com os irmãos Chiquinho Brazão e Domingos Brazão, acusados de serem os mandantes do crime que aconteceu em 2018.


Protesto em Berlim contra o assassinato da vereadora Marielle Franco e do seu motorista Anderson Pedro Gomes (Foto: Reprodução/Emmanuele Contini/Getty Images Embed)


“Cadê as conversas que teria tido com ele? Se foi combinado um ano antes que ele recebesse um valor para poder não investigar um crime que acontecia no futuro, cadê qualquer elemento em relação a isso? Não tem, a Polícia Federal não conseguiu trazer isso e ficou muito claro no depoimento de que realmente ele nunca teve contato com ninguém’’, disse o advogado Marcelo Ferreira. O ex-chefe da polícia respondeu todas as perguntas e entregou seu celular com suas senhas aos investigadores.

O delegado Rivaldo Barbosa e os irmãos estão presos desde o dia 24 de maio, após o relatório final da investigação indicar que Domingos e Chiquinho contrataram o ex-policial militar Ronnie Lessa para matar a vereadora Marielle. Rivaldo Barbosa é acusado de dificultar as investigações no caso. Até o momento, todos os acusados negam ter cometido os crimes.

Delação premiada

Em um acordo de delação premiada firmado com a Polícia Federal e a Procuradoria-Geral da República no segundo trimestre de 2017, o ex-policial militar Ronnie Lessa revelou que Chiquinho, então vereador do Rio, mencionou “efeitos descontrolados” na atuação de Marielle em relação à votação do projeto de lei número 174/2016 na Câmara. Chiquinho e seu irmão buscavam regularizar um condomínio em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio, sem considerar áreas de interesse social, visando à especulação imobiliária.

Lessa também afirmou que Barbosa desempenhou um papel crucial nos homicídios, agindo para garantir que o inquérito policial não identificasse os verdadeiros responsáveis pela ação criminosa.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) afirma que Domingos e Chiquinho deram a ordem para os homicídios e defendiam os interesses de milícias nas instituições do Estado. Ambos foram denunciados também por organização criminosa.

O documento revela que os irmãos informaram Rivaldo sobre o plano de assassinar o parlamentar. Rivaldo, então chefe da Polícia Civil, teria usado sua autoridade para garantir a impunidade dos autores do crime.

Mudanças na polícia

É importante destacar que Rivaldo, na época diretor da Divisão de Homicídios, foi nomeado chefe da Polícia Civil um dia antes das execuções. Seu aval era essencial para o plano dos irmãos Brazão, já que ele controlava os meios necessários para assegurar a impunidade, ressalta o vice-procurador-geral da República Hindenburg Chateubriand Filho, que assina a denúncia.

Luana Piovani volta a criticar Neymar após jogador apoiar privatização das praias

Na manhã desta terça-feira (28), a atriz e apresentadora, Luana Piovani, expressou opinião contrária a Neymar em um story em seu Instagram,: “Imagina se isso é ídolo?“. O fato ocorreu após o jogador se manifestar a favor da privatização das praias brasileiras.

Meu sonho é que meus filhos esqueçam o Neymar; imagina se isso é ídolo?

Luana Piovani, em seu Instagram.

Luana expôs o comentário sobre Neymar junto ao compartilhamento de um reels feito pela atriz Laila Zaid, que revelou seu ponto de vista sobre a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) em questão.

Histórico de Críticas

Houveram outras ocasiões em que a atriz e apresentadora se mostrou contrária ao jogador. Neymar e seu pai foram alvos de críticas de Luana após saírem em notícias que relatavam envolvimento em forma de ajuda financeira ao ex-jogador Daniel Alves, condenado por estupro. 

Além desses dois ocorridos, Luana Piovani já teceu críticas a Neymar por seu pedido de desculpas à ex-namorada, Bruna Biancardi. O pedido de desculpas aconteceu depois de casos de traição do jogador se tornarem públicos. Na época, Bruna Biancardi estava grávida da segunda filha do atacante. 


Neymar e Bruna Biancardi em post com pedido de desculpas do jogador (Reprodução/Instagram/@neymarjr)


Privatização das Praias Brasileiras

Nesta semana, o Senado Brasileiro tem debatido sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 3/2022, que trata sobre a privatização das praias do Brasil. Ao se mostrar favorável à privatização das praias, Neymar volta a estar na mira de Luana Piovani, que reprova posicionamento do jogador. 

Diferente de Neymar, Laila Zaid se mostrou contra a privatização das praias brasileiras e, em vídeo postado em seu Instagram, explicou os motivos que a levam a ir contra o projeto. 


Laila Zaid opina em vídeo sobre PEC 03/2022 (Reprodução/Instagram/@lailazaid)


Em seu vídeo, Laila Zaid cita o nome de Neymar brevemente, algo que não passou despercebido por Luana Piovani. “O que você pensou quando viu Flávio Bolsonaro fazendo a proposta da PEC e Neymar fazendo videozinho apoiando a ideia?”, questiona a atriz em sua rede social.

TikTok limita alcance de contas governamentais em outros países

O TikTok está implementando novas regras para restringir o alcance de contas governamentais que tentam exercer influência em outros países, especialmente durante períodos eleitorais. A medida busca combater a desinformação e o uso político da plataforma, que passou a identificar perfis ligados a órgãos de Estado há dois anos.

Além disso, a empresa anunciou que essas contas não aparecerão mais no feed principal, limitando seu alcance global. A decisão também inclui a proibição de anúncios fora dos países de origem dessas contas governamentais, visando aumentar a transparência e a segurança.

Reações e contexto internacional

A decisão do TikTok ocorre em um momento de crescente escrutínio sobre a plataforma, especialmente nos Estados Unidos, onde políticos e autoridades têm expressado preocupações sobre a segurança nacional. O TikTok, propriedade da ByteDance, com sede em Pequim, está no centro de um debate acalorado sobre sua relação com o governo chinês e os possíveis riscos de espionagem e manipulação de dados.

Em resposta às alegações, o TikTok negou qualquer envolvimento com o governo chinês e está processando o governo americano devido a uma lei que poderia forçar a empresa a romper laços com a ByteDance para continuar operando nos EUA. A ByteDance também é parte do processo, defendendo que as medidas propostas são injustas e baseadas em suposições infundadas.


Placa da ByteDance, dona do TikTok (Foto: reprodução/Reuters)

Medidas para aumentar a transparência

Essa situação destaca o desafio de equilibrar a liberdade de expressão e a segurança nacional em um mundo digital cada vez mais interconectado. As novas regras do TikTok são um passo para aumentar a confiança na plataforma, limitando a influência política estrangeira e promovendo um ambiente mais seguro e transparente para os usuários.

A plataforma está empenhada em manter sua integridade, especialmente em tempos de alta sensibilidade política, como períodos eleitorais. Essas novas regras são um passo importante para garantir que a influência estrangeira seja limitada e que os usuários possam confiar no conteúdo que consomem.

O TikTok continua a navegar por um cenário global complexo, equilibrando as demandas de segurança e privacidade com a liberdade de expressão e o acesso à informação.

Sergio Moro repercute após ser absolvido pelo TSE

O Senador fala pela primeira vez sobre decisão

Senador Sergio Moro é absolvido pelo STF (Foto: Reprodução: Senado Noticias)

O Senador Sérgio Moro(União Brasil-PR) comenta a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de absolver as ações de abuso de poder econômico nas eleições de 2022. Ele foi absolvido por unanimidade nas duas cassações na última terça-feira (21). O ex-juiz elogiou a atuação do Judiciário brasileiro em entrevista a jornalistas. Diz não ter visto críticas ao conteúdo do julgamento e que nada é impossível. “Nós podemos sim vencer esses desafios” declara.

O ex-ministro também comparou o cenário do país ao de quando era juiz. Ele relembrou a Operação Lava Jato e sua atuação juntamente às instituições brasileiras no processo e o seu combate ao crime organizado. “Quando eu era juiz, diziam ser impossível combater no Brasil a grande corrupção e acabar com a impunidade”, disse “Isolamos as lideranças do PCC em presídios federais de segurança máxima, acabamos com a comunicação deles com o mundo externo, não monitorado.”

As Acusações

Moro foi acusado de abuso de poder econômico, caixa 2 e uso indevido dos meios de comunicação durante a campanha eleitoral de 2022. O recurso foi pelo PL e pela Federação Brasil pela Esperança formada pelo PT, PCdoB e PV e os partidos acusam Moro de desequilibrar a disputa pelo Senado no Paraná por gastos que foram considerados excessivos durante a pré-campanha. As acusações pediam a cassação do mandato parlamentar de Moro e sua inelegibilidade por oito anos, além de uma nova eleição no Paraná.

Segundo as acusações, o ex-ministro teria acumulado indevidamente vantagens e benefícios e ferido a igualdade de condições entre os concorrentes ao cargo do Senado. Conforme o PL e a Federação, Moro se aproveitou da sua pré-candidatura à presidência em 2021 para ter mais recursos na sua campanha. Assim, o senador foi acusado de usar a estrutura e exposição de pré-campanha presidencial para depois mudar para uma disputa de menor visibilidade, menor circunscrição e teto de gastos vinte vezes menor.

Repercussão

Rosângela Moro, esposa de Sérgio Moro e deputada federal pelo União Brasil em São Paulo, diz que é dia de enaltecer a justiça e agradece a todos que ficaram do lado de Moro nesse momento. “Que venham as próximas batalhas. Que os perdedores aprendam a aceitar a derrota, pois essa é a verdadeira essência da democracia” acrescenta.

No X (antigo Twitter) a Senadora Damares Alves comemora a decisão do STF e diz estar muito feliz. A ex-ministra também relata seu desejo de continuar o trabalho por um Brasil melhor.

Damares em seu X(Antigo Twitter) (Reprodução: x/@DamaresAlves)

Já Augusto Arruda Botelho, ex-secretário nacional de Justiça, alfinetou Sergio Moro também no X. “Foi um voto técnico, fundamentado e imparcial. Exatamente o oposto das decisões do ex-juiz Sergio Moro”.

Irlanda, Espanha e Noruega anunciam que reconhecem Estado Palestino

Irlanda, Espanha e Noruega anunciam nesta quarta-feira (22), de maneira coordenada, que vão reconhecer formalmente o Estado da  Palestina. O reconhecimento passará a valer na próxima terça-feira , 28 de maio. Atualmente 144 países dos 193 membros da Organização das Nações Unidas (ONU) reconhecem a Palestina como um Estado independente com o Brasil reconhecendo desde 2010. 

O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, afirmou que o reconhecimento não é contra o povo de Israel e nem contra os judeus. “Não é a favor do Hamas. É a favor da coexistência.” Além disso, acrescentou sobre o premiê de Israel Benjamin Netanyahu não acatar os pedidos de cessar-fogo. “O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu se faz de surdo e continua castigando a população palestina” , criticou.

Já o primeiro-ministro da Irlanda Simon Harris acredita que esse reconhecimento feito pelos países europeus vai incentivar outros líderes a fazerem o mesmo. “Antes do anúncio de hoje, falei com outros líderes e estou confiante de que mais países se juntarão a nós para dar esse importante passo nas próximas semanas.” Já o primeiro-ministro da Noruega, Jonas Gahr Støre diz que a existência de dois Estados trará paz e segurança para os povos palestino e israelense.

Palestina e ONU

Essa foi a primeira vez desde o início da guerra entre Israel e Hamas que algum governo reconhece a Palestina como um Estado independente. Isso acontece após no último dia 10 a Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas aprovar uma resolução que abre a possibilidade da Palestina se tornar um país membro e concede novos “direitos e privilégios” aos palestinos. A medida que fará a ONU reconhecer a Palestina como um “Estado Observador” foi aprovada com 143 votos a favor, nove contra e 25 abstenções. Agora, a medida passará pelo Conselho de Segurança

Resposta de Israel

O Ministério de Relações Exteriores de Israel em resposta ao anúncio dos primeiros-ministros da Espanha, Irlanda e Noruega ordenou a saída imediata de seus embaixadores em Madri, Dublin e Oslo e convocou os três embaixadores em Tel Aviv. 

Tweet do Ministro de Relações Exteriores Israel Katz (Reprodução: x/@Israel_katz)

O ministro das Relações Exteriores, Katz afirmou que Israel não permanecerá em silêncio e que a medida terá consequências mais graves. “A loucura irlandesa-norueguesa não nos detém; nós estamos determinados a atingir os nossos objetivos: restaurar a segurança dos nossos cidadãos, desmantelar o Hamas e trazer os reféns para casa.” Além disso, em seu X (antigo Twitter), Katz afirmou que a decisão envia uma mensagem direta para a Palestina e para o mundo: o terrorismo compensa.

Câmara aprova suspensão da dívida do RS com a União

A Câmara dos Deputados aprovou na madrugada desta quarta-feira (15) um projeto que suspende a dívida do Rio Grande do Sul com a União por três anos, visando auxiliar o estado após temporais e enchentes que causaram 149 mortes. O texto-base foi aprovado na terça-feira e nenhum dos quatro destaques propostos foi aprovado, encaminhando o projeto para o Senado.

A suspensão do pagamento da dívida é uma das medidas adotadas pelo governo para ajudar o estado, que enfrenta consequências graves dos temporais desde abril. Além disso, a medida reduz a taxa de juros a 0% durante esse período. Porto Alegre, mesmo sem chuva, registrou aumento no nível do lago Guaíba em 21 centímetros em 24 horas, alcançando 5,23 metros na terça-feira (14), segundo a Defesa Civil.


Intenções de Lira saem do papel e são postas em ação (Foto: reprodução/Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados )

Dívida

A dívida do Rio Grande do Sul com a União soma R$ 97,7 bilhões, e a suspensão dos pagamentos deve evitar gastos de R$ 11 bilhões com as parcelas e mais R$ 12 bilhões com os juros, segundo o Ministério da Fazenda.

O dinheiro que seria usado para pagar as parcelas da dívida deverá ser direcionado integralmente para ações de enfrentamento à calamidade pública e suas consequências sociais e econômicas.

“A tragédia incalculável que se abateu sobre o Rio Grande do Sul prova, sem sombra de dúvida, que é necessário haver um dispositivo legal autorizando o Governo Federal a refinanciar as dívidas dos Estados eventualmente atingidos por calamidades públicas”, escreveu o relator do projeto, deputado Afonso Motta (PDT-RS), em seu parecer.

Prestação de contas

A proposta não se restringe ao Rio Grande do Sul. Em casos de calamidade pública reconhecida pelo Congresso, a União pode adiar pagamentos devidos por um estado, com redução a 0% da taxa de juros, pelo período de 36 meses. O projeto, de acordo com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pode liberar R$ 23 bilhões para o caixa do RS em três anos.

Além da suspensão da dívida, o projeto estabelece que durante a calamidade pública o estado fica proibido de criar ou aumentar despesas permanentes sem aprovação do Ministério da Fazenda. Após cada ano de suspensão, o estado deve enviar relatórios de comprovação de aplicação dos recursos, e ao final do período de três anos, assinar um termo aditivo ao contrato da dívida. Os valores suspensos serão incorporados ao saldo devedor do estado, sem incidência de juros, caso o termo aditivo não seja assinado.

Bolsonaro recebe alta após internação em Manaus

O ex-presidente Jair Messias Bolsonaro recebeu alta após ser internado em um hospital de Manaus neste sábado (4). A equipe médica diagnosticou desidratação e complicações decorrentes da erisipela, uma infecção cutânea causada por bactérias, mais comumente encontrada nos membros inferiores.

Bolsonaro, que estava na capital amazonense para participar de eventos da pré-candidatura do deputado federal Alberto Neto à prefeitura, começou a sentir-se mal na sexta-feira (3), antes mesmo de sua participação nos compromissos políticos.

Segundo informações médicas, Bolsonaro foi atendido e liberado para seguir sua agenda após o tratamento. Ele então participou de um evento do PL Mulher, conduzido por sua esposa, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.


Bolsonaro em carreata para endossar a candidatura de Alberto Neto como prefeito de Manaus (Foto: reprodução/Instagram/capitaoalbertoneto)

Evento

O lançamento da pré-candidatura de Alberto Neto à Prefeitura de Manaus, com a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro, na Arena Poliesportiva Amadeu Teixeira, na sexta-feira, foi marcado por uma ausência que frustrou correligionários.

O público previsto de 10,2 mil pessoas não compareceu, e a carreata do aeroporto contou com cerca de 20 carros e 20 motocicletas, em vez dos mais de 500 veículos esperados. O evento, que buscava fortalecer a candidatura de Alberto Neto, acabou sendo prejudicado pela baixa adesão do público.

Discurso de Michele Bolsonaro

No discurso da ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, ela relembrou sua vida antes do Palácio do Planalto, revelando que costumava levar suas filhas para o lixão onde trabalhava no Rio de Janeiro.

Michelle destacou a humildade de suas experiências e fez uma referência indireta à atual primeira-dama, Janja Lula da Silva, sugerindo que algumas pessoas nascem destinadas ao trabalho árduo, enquanto outras apenas se beneficiam do poder público.

Ela também criticou o ex-presidente Lula da Silva, chamando-o de “pai da mentira personificado na terra”, além acusá-lo de tentar escravizar o povo.

Erisipela

A erisipela é uma infecção cutânea causada por bactérias, geralmente estreptococos do grupo A. Ela se manifesta como uma área avermelhada, quente, inchada e dolorosa, acompanhada de sintomas como febre, calafrios, fadiga e possivelmente bolhas com pus. Embora mais comum nas pernas, pode afetar outras partes do corpo.

O tratamento para a erisipela geralmente inclui o uso de antibióticos, repouso, elevação da área afetada e compressas frias para aliviar a dor e o inchaço. Em casos mais graves, pode ser necessária a hospitalização para administrar antibióticos intravenosos.

Bolsonaro admitiu que sua equipe médica havia recomendado repouso e tratamento antes mesmo de sua viagem a Manaus, mas optou por seguir com seus compromissos políticos.

Rússia ameaça países do Ocidente com resposta severa caso bens russos sejam confiscados

Autoridades da Rússia ameaçaram o Ocidente com uma “resposta severa”, neste domingo (28). A intimidação prometeu batalhas legais “intermináveis” e medidas de retaliação se fundos russos congelados no exterior forem confiscados como meio de forçar o Kremlin a ceder parte do território ucraniano ocupado durante o conflito entre os países.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, afirmou, no aplicativo Telegram e compartilhado pela agência de notícias estatal russa Tass, que “os fundos russos devem permanecer intactos”.

Zakharova ainda defendeu que, caso ocorra de outra maneira, uma “resposta severa seguirá o roubo do Ocidente” e espera que todos os países ocidentais entendam o recado. Segundo a representante, a Rússia nunca negociaria territórios tomados da Ucrânia em troca da devolução de fundos congelados no exterior. 


A intenção dos países ocidentais é tentativa de negociação com Putin (Foto: reprodução/Getty images embed)


Bens russos no Ocidente

Aliados ocidentais de Kiev, capital da Ucrânia, discutem a possibilidade do confisco de bens russos congelados no exterior, que somam quase US$ 300 bilhões. A decisão arriscada é pensada por conta das dificuldades do financiamento da guerra na Ucrânia e na reconstrução do país futuramente. 

É estimado que US$ 282 bilhões em títulos e dinheiro vivo seguem armazenados por instituições de países do G7 (composto pelos EUA, Japão, Itália, Canadá, Reino Unido, França e Alemanha), da Austrália e da União Europeia (EU), desde o início da invasão russa, em fevereiro de 2022. Só na União Europeia estão US$ 216 bilhões sob custódia na instituição belga Euroclear.

A ameaça do confisco seria uma maneira de pressionar o presidente da Rússia Vladimir Putin para que dê uma pausa na guerra e se reúna com outros países para negociar sobre a guerra.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, comentou separadamente que a Rússia ainda possui muito dinheiro do Ocidente que poderia ser alvo das contramedidas de Moscou. Peskov afirmou que a contestação legal contra o confisco de bens russos estarão abertas e que a Rússia “defenderá incessantemente os seus interesses”.

Ataques russos ameaçam fornecimento de gás à União Europeia

No último sábado (27), o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, emitiu um alerta sério: a Rússia havia atacado instalações energéticas cruciais para o fornecimento de gás à União Europeia. Mais de 34 mísseis foram lançados contra estas instalações, conforme relatado pelo presidente ucraniano.

O ataque teve como alvo pontos importantes para a transmissão de gás natural para países europeus, elevando preocupações sobre a segurança energética da região.

A Ucrânia é uma rota vital para o fornecimento de gás russo à UE, operando sob um acordo de trânsito com a Gazprom que está prestes a expirar em dezembro. O governo ucraniano já declarou que não tem planos de renovar esse acordo, o que significa que o fornecimento de gás para a UE poderia ser afetado se as tensões continuarem escalando.


Bombeiros ucranianos contendo incêndio em usina após ataque russo contra usinas de energia (Foto: reprodução/Serviço de Emergência Ucraniano)

Apelo por interferência internacional

Zelensky, que tem buscado apoio internacional para reforçar as defesas de seu país, destacou a urgência em receber sistemas de defesa, particularmente os sistemas de mísseis Patriot. Ele afirmou que a Ucrânia precisa de pelo menos sete desses sistemas para se proteger efetivamente contra futuros ataques.

Durante o ataque, as forças ucranianas conseguiram derrubar alguns dos mísseis russos, mas a extensão dos danos às instalações energéticas permanece desconhecida. Autoridades ucranianas relataram que 21 dos 34 mísseis foram interceptados, mas não forneceram detalhes sobre o tipo de mísseis envolvidos.

Reportes locais

O governador da região de Lviv, Maksym Kozytskyi, confirmou que o ataque atingiu duas infraestruturas críticas de energia em Stryi e Chervonohrad, causando danos significativos.

Kozytskyi também informou que os incêndios foram rapidamente controlados pelos serviços de emergência e que o abastecimento de gás para consumidores ucranianos e clientes externos não foi interrompido.

Enquanto a Ucrânia enfrenta esses ataques, o Ministério da Defesa russo alegou que lançou 35 ataques entre 20 e 27 de abril contra a infraestrutura energética e militar-industrial ucraniana. Segundo a Rússia, esses ataques foram uma resposta às tentativas do governo ucraniano de danificar instalações energéticas e industriais russas.

Corte na educação gera protestos na Argentina

Na Argentina, uma onda de protestos massivos está varrendo o país em resposta aos cortes substanciais no orçamento da educação, desencadeados pelo presidente ultraliberal Javier Milei. Na última terça-feira (23), dezenas de milhares de pessoas, entre estudantes, professores e opositores políticos, saíram às ruas em uma das maiores manifestações já vistas contra os cortes de verbas para universidades públicas.

Os protestos ganharam força em Buenos Aires, onde os manifestantes se reuniram nas sedes das 13 faculdades da Universidade de Buenos Aires (UBA), que recentemente declarou emergência orçamentária. A marcha seguiu em direção à Praça de Maio, local simbólico para protestos na capital argentina.


Manifestantes fazem escárnio da imagem do presidente argentino Javier Milei (Foto: reprodução/Instagram/Natacha Pisarenko)

Mobilizações

Empunhando livros e cartazes com mensagens como “Milei ou educação” e “a universidade lutando também está ensinando”, a mobilização não ficou restrita a Buenos Aires. Em várias cidades argentinas, alunos, ex-alunos e professores de 57 universidades nacionais convocaram marchas em defesa da educação pública e gratuita.

O protesto contou com o apoio de diversas entidades, incluindo centrais sindicais, partidos políticos, professores universitários e até mesmo universidades privadas. Figuras políticas proeminentes, como Sergio Massa, ex-ministro da Economia, marcaram presença, destacando a importância do movimento. No entanto, Massa optou por não fazer declarações, afirmando que era o momento dos reitores e dos jovens se pronunciarem.

Superávit

O motivo dos protestos é a decisão do governo de repetir o orçamento do ensino superior de 2023 para este ano, sem fazer ajustes para compensar a inflação, que atingiu quase 290% ao ano. Isso resultou em diversas universidades declarando emergência orçamentária.

Enquanto o governo afirma ter registrado superávit no primeiro trimestre, as instituições educacionais estão enfrentando cortes de funcionamento que colocam em risco suas atividades.

Os cortes afetam diretamente os salários dos professores, com alguns já abaixo da linha da pobreza. Além disso, o aumento exorbitante nas tarifas de energia tem deixado as universidades à beira da paralisia. O presidente Milei questionou a transparência no uso dos fundos e a qualidade do ensino, sugerindo que as universidades públicas são utilizadas para “negócios obscuros e doutrinação”.