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O porta-voz oficial do Vaticano, na manhã desta quinta-feira (08), horário de Brasília, gerou confusão em suas redes sociais ao publicar por engano “fumata bianca” como resultado da votação para escolha do novo Papa. Corrigindo-se de imediato após o ocorrido e apagando o comunicado.
Em uma postagem inicial havia a expressão fumaça branca, em tradução livre. No entanto, a continuidade da fumaça expelida pela chaminé da Capela Sistina foi escura, denotando que não houve consenso para a escolha de um novo pontífice.
Assim sendo, sem concordância entre os cardeais, a fumaça escura tomou os céus do Vaticano e marcou o segundo dia do conclave. O novo resultado será anunciado ainda nesta quinta-feira (08), à tarde, pelo horário de Brasília.
Formação de consenso
Para eleger um novo Papa, os cardeais precisam formar maioria de dois terços. Desta forma, dos 133 votantes, 89 precisam concordar votando no mesmo candidato ao papado.
O sinal do resultado, seguindo um ritual da Igreja Católica, é a cor da fumaça expelida pela chaminé da Capela Sistina. Fumaça de cor escura informa que não houve aprovação para a escolha de um novo Papa. Já a fumaça na cor branca caracteriza que houve entendimento entre os cardeais para a escolha do pontífice.
Publicação correta desta manhã sobre o resultado do Conclave (Vídeo: reprodução/Instagram/@vaticannews)
Caso não haja consenso, como nestas três últimas votações, a decisão ficará para o turno seguinte. De acordo com os resultados dos últimos Conclaves, geralmente, a escolha ocorre a partir do segundo dia de votação.
Sinal de fumaça
A fumaça usada como sinal para informar ao mundo a decisão tomada pelos cardeais gera grande expectativa, não só na multidão aglomerada na Praça São Pedro, como também na mídia internacional e nos espectadores à distância.
No entanto, para que a cor da fumaça esteja conforme o resultado da votação, é necessário utilizar produtos químicos para alcançar o resultado desejado.
De acordo com químicos e especialistas no assunto, a fumaça na cor preta é produzida com perclorato de potássio, antraceno e enxofre. Já para o tom esbranquiçado, utiliza-se clorato de potássio, lactose e âmbar.
Essas composições químicas foram adotadas pelo Vaticano a partir de 2005, uma vez que é mais eficaz na produção da coloração. Ainda assim, na manhã desta quinta-feira (08), o tom da fumaça confundiu até mesmo a mídia oficial do Vaticano.
O resultado da primeira votação para a escolha do novo Papa foi revelado na tarde desta quarta-feira (07), horário de Brasília. A fumaça escura expelida pela chaminé da Capela Sistina denota que os cardeais não chegaram a um consenso. Vale ressaltar que pessoas de todos os credos e religiões aguardavam atentamente por este resultado que pode mudar os rumos da Igreja Católica, a depender da corrente ideológica seguida pelo novo papado.
Uma nova votação está marcada para a próxima quinta-feira (08), por volta das 07h da manhã, horário de Brasília. Até lá a Praça de São Pedro permanece tomada por uma multidão de fiéis, demais espectadores e pela mídia internacional.
Publicação sobre o resultado da primeira votação do Conclave 2025 (Vídeo: reprodução/X/@news_vaticano)
Votações e horários
Serão duas votações, pela manhã e à tarde. Pelo fuso horário brasileiro, podemos aguardar o primeiro resultado por volta das 07h da manhã. Caso não haja consenso para a escolha de um novo Papa, a votação será reiniciada e, em torno das 14h, pelo horário de Brasília, haverá nova divulgação do segundo resultado.
O sinal, seguindo um rito histórico da Igreja Católica, será a cor da fumaça apresentada na chaminé da Capela Sistina. Caso seja branca, teremos a confirmação de que dois terços dos votantes chegaram a um consenso e um novo Papa foi eleito para ocupar o mais alto cargo da Igreja Católica.
Total de votações
O Conclave, ou seja, as votações para a escolha de um novo Papa, foi iniciado na tarde desta quarta-feira (07), por volta das 12:45h, horário de Brasília.
A partir de hoje, os cardeais ficam reclusos e só podem se ausentar de seus aposentos localizados na Casa Santa Marta e Santa Marta Velha para a votação realizada na Capela Sistina.
Se após três dias de votação, não houver consenso entre os cardeais, haverá uma pausa de um dia nas votações, sendo retomada após a exortação realizada pelo cardeal-protodiácono Dominique Mamberti. O mesmo porta-voz oficial que anunciará o nome do novo Papa.
Os próximos dias serão decisivos para podermos conhecer não só o novo líder católico, mas também, qual ala, seja ela conservadora, moderada ou modernista, conseguiu eleger o seu favorito a ocupar o lugar de Francisco, considerado um dos Papas mais populares da história.
Mais de 160 delegações oficiais estiveram presentes neste sábado (26) na Praça São Pedro para prestar suas homenagens e dar seu adeus ao Papa Francisco. Dentre as comitivas religiosas e políticas, estavam 50 Chefes de Estado e Governo e 10 monarcas.
Os lugares reservados para as autoridades estavam à direita do altar, sob a perspectiva de frente para a fachada da basílica. A delegação da Argentina, país natal do Papa, ocupou o lugar de honra e foi liderada pelo presidente da República, Javier Milei, e sua irmã Karina, secretária-geral.
Logo após, sentou-se a delegação italiana: o presidente da República Sergio Mattarella, sua filha Laura, a presidente do Conselho Giorgia Meloni, o presidente do Senado Ignazio La Russa, o presidente da Câmara Lorenzo Fontana, o presidente do Tribunal Constitucional Giovanni Amoroso, os vice-presidentes e primeiros-ministros Antonio Tajani e Matteo Salvini, o subsecretário da Presidência do Conselho Alfredo Mantovano e o embaixador junto à Santa Sé, Francesco Di Nitto.
Chefes de estado comparecem em peso ao funeral do Papa Francisco (Vídeo: reprodução/YouTube/@veja)
Realeza presente
Em seguida, sentaram-se os soberanos reinantes em ordem alfabética pelo nome do país em francês, e dentre eles estavam os monarcas da Bélgica, Rei Philippe e Rainha Mathilde, a Rainha Mary da Dinamarca, o Rei Felipe VI e Rainha Letizia, da Espanha, Rei Abdullah II e Rania, da Jordânia, o Príncipe Albert e sua esposa Charlene, de Mônaco, e o Rei Carl Gustav e a Rainha Silvia, da Suécia.
Além destes, também estiveram presentes o príncipe herdeiro Wiliam, do Reino Unido, o Príncipe Haakon e a Princesa Mette-Marit, da Noruega, e os soberanos dos Emirados Árabes Unidos, Lesoto, Principado de Andorra e Liechtenstein. Os Grão-Duques de Luxemburgo também foram a Roma.
Principais chefes de estado
Com relação aos Chefes de Estado e Governo, a ordem alfabética francesa do país também foi respeitada.
O site oficial Vatican News deu um destaque especial para a presença do alemão Frank-Walter Steinmeier e o chanceler Olaf Scholz, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva e sua esposa Janja, o presidente estadunidense Donald Trump e sua esposa Melania, o francês Emmanuel Macron e sua esposa Brigitte, o ucraniano Volodymyr Zelensky e sua esposa Olena e o húngaro Tamás Sulyok, acompanhado de seu primeiro-ministro Viktor Orban.
O Vatican News também destacou alguns líderes europeus presentes: o Presidente do Conselho Europeu, Antonio Costa, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, a Alta Representante para os Negócios Estrangeiros, Kaja Callas e a Presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola.
O Secretário-Geral Antonio Guterres representou a Organização das Nações Unidas (ONU), o Vice-Presidente Chen Chin-Jen representou a China e a Ministra da Cultura Olga Borisovna Lyubimova representou a Federação Russa. A presidente do Banco do Brics, a ex-presidente do Brasil, Dilma Rousseff, também prestou suas homenagens ao Papa.
Israel se fez representar por seu Embaixador junto à Santa Sé, Yaron Sideman, e a Palestina, que é reconhecida pela Santa Sé, foi representada por seu Primeiro-Ministro Mohamed Mustafa.
O ex-presidente dos Estados Unidos Joe Biden e sua esposa, Jill, também compareceram à Missa Exequial que antecedeu o sepultamento de Francisco.
Comitiva brasileira
Segundo a Agência Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva prestou as últimas homenagens representando o país acompanhado da primeira-dama, Janja Lula da Silva, de quatro ministros e doze parlamentares. O assessor-chefe da Assessoria Especial do Presidente, Celso Amorim e a ex-presidente Dilma Rousseff também acompanharam o grupo.
O presidente do Brasil,@LulaOficial, acompanhado da primeira-dama @JanjaLula, da presidente do Banco dos BRICS, @dilmabr, e de sua delegação, prestou homenagem ao #PapaFrancisco na Basílica Vaticana nesta sexta-feira, 25. Amanhã, a delegação estará presente na Praça São Pedro pic.twitter.com/J8iC9X1Owd
Vatican News dá destaque à presença da comitiva brasileira no velório de Francisco (Vídeo: reprodução/X/@vaticannews_pt)
Os ministros que foram com a comitiva são o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, o ministro das Relações Exteriores, o embaixador Mauro Vieira, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, e a ministra dos Direitos Humanos e Cidadania, Macaé Evaristo.
Os parlamentares brasileiros presentes foram o presidente do Senado, senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), o presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos – PB), o senador Renan Calheiros (MDB – AL), a senadora Leila Barros (PDT – DF), a senadora Soraya Thronicke (Podemos – MS), e os deputados Luis Tibé (Avante – MG), Odair Cunha (PT – MG), Padre João (PT – MG), Reimont (PT – RJ), Luiz Gastão (PSD – CE), Dagoberto Nogueira (PSDB – MS) e Professora Goreth (PDT – AP).
Países representados
Confira a lista das principais autoridades presentes no último adeus ao Papa Francisco:
África
Cabo Verde: o presidente José Maria Neves;
República Centro-Africana: o presidente Faustin-Archange Touadéra.
Américas
Argentina: o presidente Javier Milei, a irmã Karina (secretária-geral da Presidência), e vários ministros, dentre eles o chanceler Gerardo Werthein;
Brasil: o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a primeira-dama Janja, e uma comitiva de 18 autoridades;
Estados Unidos: o presidente Donald Trump e a primeira-dama Melania;
Honduras: a presidente Xiomara Castro.
Ásia
Filipinas: o presidente Ferdinand Marcos e a primeira-dama, Liza Marcos.
Europa
Alemanha: o presidente Frank-Walter Steinmeier e o chefe de goveno Olaf Sholz;
Áustria: o chefe de governo Christian Stocker;
Bélgica: o rei Phillippe, a rainha Mathilde e o primeiro-ministro Bart De Wever;
Bulgária: o primeiro-ministro Rosen Jeliazkov;
Croácia: o presidente Zoran Milanovic e o primeiro-ministro Andrej Plenkovic;
Dinamarca: a rainha Mary;
Eslováquia: o presidente Peter Pellegrini;
Eslovênia: a presidente Natasa Pirc Musar e o primeiro-ministro Robert Golob;
Espanha: o rei Felipe VI e a rainha Letícia;
Estônia: o presidente Alan Karis;
Finlândia: o presidente Alexander Stubb;
França: o presidente Emmanuel Macron e sua esposa Brigitte, o ministro das Relações Exteriores Jean-Noël Barrot e o ministro do Interior Bruno Retailleau;
Grécia: o primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis;
Hungria: o presidente Tamás Sulyok;
Irlanda: o presidente Michael D. Higgins, o primeiro-ministro Micheál Martin e o vice-primeiro-ministro Simon Harris;
Kosovo: a presidente Vjosa Osmani;
Letônia: o presidente Edgars Rinkevics;
Lituânia: o presidente Gitanas Nauseda;
Macedônia do Norte: a presidente Gordana Siljanovska-Davkova;
Moldávia: a presidente Maia Sandu;
Mônaco: o príncipe Albert II e a esposa, Charlêne;
Noruega: o príncipe Haakon, a princesa Mette-Marit e o chanceler Espen Barth Eide;
Países Baixos: o primeiro-ministro Dick Schoof e o chanceler Caspar Veldkamp;
Polônia: o presidente Andrzej Duda e o presidente do Parlamento, Szymon Holownia;
Portugal: o presidente Marcelo Rebelo de Souza, o primeiro-ministro Luís Montenegro, o presidente da Assembleia Nacional José Pedro Aguiar Branco e o ministro das Relações Exteriores Paulo Rangel;
Reino Unido: o príncipe William, representando o rei Charles III, e o primeiro-ministro Keir Starmer;
República Tcheca: o primeiro-ministro Petr Fiala;
Romênia: o presidente interino Ilie Bolojan;
Rússia: Olga Liubimova, ministra da Cultura da Rússia;
Suécia: o rei Carl XVI Gustav, a rainha Silvia e o primeiro-ministro Ulf Kristersson;
Ucrânia: o presidente Volodymyr Zelensky e sua esposa, Olena.