As Angels arrasam no after party do Victoria’s Secret Fashion Show

O desfile do Victoria’s Secret Fashion Show voltou com tudo na última quarta-feira (15), e as top models se reuniram para comemorar em um after party que aconteceu em um clube de Nova York.

As Angels mostraram estilo e atitude sem as lingeries e fora das passarelas. Nomes como Candice Swanepoel, Alessandra Ambrósio, Irina Shayk, Anok Yai, Daiane Sodré e Joan Smalls marcaram presença no pós-desfile, apostando em produções modernas e mais básicas que mostram personalidade. Cada uma trouxe sua própria interpretação do glamour, entre recortes, texturas e detalhes marcantes.

Os looks que brilharam no after party

As estrelas do Victoria’s Secret Fashion Show trocaram as asas por produções cheias de atitude no after party em Nova York. Alessandra Ambrósio surgiu poderosa com uma jaqueta de couro oversized combinada a shorts curtos e meia-calça, equilibrando sensualidade e conforto. Candice Swanepoel apostou em um vestido preto de franjas, com transparências sutis e recortes estratégicos, mantendo o toque ousado que é sua marca registrada. Irina Shayk fugiu do tradicional e apostou em um vestido longo de seda branca, minimalista e sofisticado, enquanto Joan Smalls escolheu um mini dress de couro com amarrações e um trench coat da mesma textura, criando um visual moderno e marcante.

Entre brilhos, franjas e rendas, as Angels mostraram que o glamour da marca vai muito além das passarelas. Anok Yai chamou atenção com um look estruturado em preto, de linhas geométricas, enquanto Daiane Sodré surgiu radiante com um body rendado combinado a um sobretudo preto. A paleta predominante foi o preto, símbolo de elegância e poder, perfeito para um after cheio de estilo.


Looks que foram destaques no after (Foto: reprodução/Instagram/@ffw)

O preto dominou à noite

O time de tops apostou no preto, nem que fosse em apenas uma peça do look. Doutzen Kroes surgiu com um visual moderno e despretensioso, combinando jeans de corte largo com um top cropped preto de textura peluda, que trouxe um toque glamouroso à produção casual. A escolha equilibrou perfeitamente conforto e estilo, refletindo a nova proposta das Angels fora das passarelas. Já Imaan Hammam seguiu por um caminho mais ousado, com um vestido transparente em tule no estilo naked dress, que valorizava a silhueta e deixava entrever detalhes geométricos sutis, mantendo o equilíbrio entre sensualidade e sofisticação.

Behati Prinsloo preferiu uma abordagem mais descontraída, com calças de modelagem solta e cintura baixa, estilo boho, combinadas a uma jaqueta jeans preta, uma composição simples, mas cheia de atitude, que prova que menos pode ser mais. Stella Maxwell, por sua vez, trouxe o lado mais clássico da noite com um vestido preto de renda e transparências, arrematado por um trench coat de couro que adicionou força ao visual. Juntas, elas mostraram diferentes estilos e mantiveram o glamour do after party, do minimalismo moderno ao charme atemporal do preto.

Giorgio Armani transforma o preto em poesia na alta-costura 2025

Na apresentação da coleção Armani Privé de outono-inverno 2025, o preto se revela em todas as suas possibilidades. Longe de ser apenas um tom seguro ou discreto, a cor ganha vida nova nas mãos do mestre da elegância. Celebrando os 20 anos da linha de alta-costura da marca, o desfile foi realizado no novo Palazzo Armani, em Paris, sede que concentra ateliê, showroom e escritório do estilista.


Modelo para Giorgio Armani Prive (Foto: reprodução/Thomas Samson/Getty Images Embed)


Comandado à distância por Giorgio Armani, que se ausentou por motivos de saúde, o desfile manteve seu rigor criativo. Mesmo sem a presença física do estilista, sua assinatura estava em cada detalhe: dos smokings de veludo aos bordados luminosos, passando por casacos esculturais e laços dramáticos que adicionam teatralidade à coleção. A ausência foi sentida, mas a reverência ao seu legado foi ainda mais evidente.

Alta-costura com intensidade e leveza

O preto, cor predominante, é trabalhado para criar profundidade, textura e contraste. Nas mãos da Armani Privé, ele se desdobra em tule, organza, cetim e veludo. Há peças que desafiam a rigidez do tailoring tradicional com volumes suaves e acabamentos que revelam um diálogo constante entre arquitetura e delicadeza.


Modelo para Giorgio Armani Prive (Foto: reprodução/Pascal Le Segretain/Getty Images Embed)


A paleta monocromática não limita, mas amplia as possibilidades da forma. Casacos ganham formas arredondadas, ombros bem definidos e proporções que alternam entre o minimalismo e a opulência. Em alguns looks, bordados brilham como constelações. Os laços aplicados em vestidos e blusas trazem uma nota de romantismo gráfico e preciso.


Modelo para Giorgio Armani Prive (Foto: reprodução/Victor VIRGILE/Getty Images Embed)


Os acessórios, como boinas estruturadas e joias discretas, completam a narrativa visual com sobriedade e sofisticação, reforçando a precisão estética da coleção. Cada elemento é pensado para compor um equilíbrio entre o clássico e o contemporâneo, adicionando camadas de significado sem competir com as peças principais.


Modelo para Giorgio Armani Prive (Foto: reprodução/Victor VIRGILE/Getty Images Embed)


Desfile íntimo, resultado grandioso

A escolha do local, o próprio escritório do estilista em Paris, reforça o caráter intimista da apresentação. O novo Palazzo Armani, sede da alta-costura da marca, foi o cenário ideal para uma experiência que privilegiou a proximidade, o silêncio e a contemplação. Com poucas cadeiras e uma seleção cuidadosa de convidados, o ambiente permitiu que cada detalhe fosse apreciado com atenção, dos tecidos em movimento à construção das silhuetas.


Modelo para Giorgio Armani Prive (Foto: reprodução/Victor VIRGILE/Getty Images Embed)


Essa atmosfera reservada deu ainda mais destaque ao desfile, que dispensou qualquer espetáculo grandioso para focar na essência da alta-costura: o rigor técnico, o acabamento artesanal e o olhar refinado para proporções, texturas e gestos. A ausência de Giorgio Armani, que acompanhou tudo à distância por questões de saúde, foi sentida, mas também serviu para exaltar sua presença simbólica em cada peça, resultado de uma direção criativa que permanece coesa, firme e sofisticada.


Modelo para Giorgio Armani Prive (Foto: reprodução/Victor VIRGILE/Getty Images Embed)


Mesmo em preto absoluto, Giorgio Armani prova que a alta-costura pode ser tudo, menos previsível. Ao transformar o tom mais clássico da moda em protagonista de sua narrativa, ele reafirma que elegância é, acima de tudo, uma questão de atitude. E mostra, mais uma vez, que o futuro da sofisticação está justamente na capacidade de reinventar o essencial. Mais do que uma coleção, Armani Privé entrega um manifesto silencioso sobre o poder da contenção, da forma e da intuição estética. Em tempos em que o excesso muitas vezes domina as passarelas, Giorgio Armani reafirma que a verdadeira sofisticação está nos gestos precisos, nas escolhas sutis e na beleza atemporal do que é feito com propósito.