Livro relata desagrado de Rainha Elizabeth quanto a detalhes do casamento de Meghan Markle

A família real inglesa é recheada de conflitos internos, principalmente quando se trata das uniões tidas como improváveis. Entre comentários racistas e desentendimentos familiares, o envolvimento de Meghan Markle sempre rende revelações inebriantes, não diferente disso e dessa vez diretamente ligada a Rainha Elizabeth II, o livro “My Mother And I” revelou o descontentamento da monarca em relação ao casório da atriz norte-americana e o seu neto, Príncipe Harry. Segundo a autora Ingrid Seward, especialista na família real, a falecida rainha ficou descontente com diversos detalhes do casamento real, entretanto, o vestido de Markle foi o que mais a desagradou.

O desagrado real

Ingrid Seward relata em poucos detalhes o que levou ao descontentamento da ocupante do trono real em relação ao vestido da de Meghan, em um trecho do livro a autora conta que a monarca ficou incomodada com a mensagem que o vestido da atriz passava, segundo Elizabeth II, o vestido era “branco e virginal demais” para uma divorciada. O comentário da rainha fazia relação ao relacionamento de Meghan Markle e Trevor Engelson, produtor de cinema com quem Meghan foi casada por 4 anos, se separando em 2014. 

Seward conta que a rainha confidenciou seu parecer crítico apenas a poucas pessoas de sua confiança, entre eles Lady Elizabeth Anson, sua prima: “na opinião da monarca não era, não era apropriado que uma mulher divorciada que se casasse novamente na igreja parecesse tão extravagantemente virginal”, detalha o escrito. 


Vestido de Meghan Markle foi desenhado por grife francesa e carregava detalhes especiais (Foto: reprodução/Instagram/@clarewaightkeller)

O descontentamento da falecida rainha não se limitou apenas ao vestido usado pela noiva, também se estendeu a outros detalhes da cerimônia, como o fato do até então Príncipe Charles levar Meghan Markle até o altar, uma vez que o pai da noiva não pôde comparecer por complicações de interesse quanto a divulgação da cerimônia, Thomas planejava fotos de paparazzis para cobrir o casamento, levando a sua exclusão do evento real. 

Ainda no livro, é detalhado que Elizabeth II não ficou contente com o sermão do Arcebispo Michael Curry, que levou 14 minutos dissertando a respeito do “poder do amor”. Ingrid Seward relata que a rainha ficou entre os convidados “surpresos com as manifestações apaixonadas” do Arcebispo. Ainda completou que tanto a rainha quanto seu marido, Príncipe Phillips, odiavam sermões longos e estavam desesperados para que ele chegasse ao fim. “Eles também estavam cientes de que algumas pessoas ao seu redor estavam sufocando o riso”, completa. 

O vestido de Markle

A estrela de “Suits” vestiu um design da grife francesa Givenchy, um dos nomes de grande influência no universo da moda. O vestido, desenhado pela designer e estilista Clare Waight Keller, na época foi criticado pela simplicidade por se tratar de um casamento real, entretanto, a estilista relatou durante entrevista a Vanity Fair que o vestido de Meghan Markle escondia alguns detalhes, entre eles, um tecido azul na bainha do vestido, que repercutiu a época. Além do valor sentimental ao fazer relação a cor do vestido do primeiro encontro entre a atriz e o príncipe, a bainha azul também seguia a tradição norte-americana da noiva sempre usar algo azul. Outro detalhe marcantes a estilista foram as 53 flores bordadas a mão, representando todos os países da Commonwealth, Comunidade Britânica de Nações. 

Clare ainda finalizou contando que, ao contrário da Rainha Elizabeth II, o príncipe Charles ficou interessado e emocionado com os significados inseridos no vestido de Meghan Markle.

O vestido custou cerca de 110 mil libras, o equivalente a cerca de 849 mil reais.

Príncipe Harry é premiado por atuar no Exército e revolta veteranos

O caçula do Rei Charles III recebeu a homenagem das mãos do ator e também piloto John Travolta. No palco, lembrou o encontro da estrela de “Grease” com a princesa Diana em um jantar na Casa Branca para o presidente Ronald Reagan, em 1985. “Eu tinha apenas um ano quando você dançou com minha mãe e agora olhe para nós”, disse, na formalidade. Nem ao pai, nem a Kate Middleton, doentes, o príncipe não fez referência. Também chamou a atenção a ausência de Meghan Markle, sua esposa. Segundo um portal local, um dos filhos do casal teria adoecido, explicando a falta da duquesa.

Desrespeito com os verdadeiros merecedores

Entretanto, entre declarações e esquecimentos, as principais polêmicas vieram por conta da própria nomeação. Alguns oficiais ficaram revoltados, como o coronel Richard Kemp. “Nomeá-lo como uma ‘Lenda Viva da Aviação’ é uma afronta aos heróis pilotos do Exército que realizaram feitos não realizados por Harry”, reclamou ao The Sun. Citando os astronautas Buzz Aldrin e Neil Armstrong, condecorados anteriormente com a premiação, o militar aposentado falou do evento como uma espécie de publicidade ao título e às pessoas que estão o promovendo. E lembrou dos combatentes atuantes no Afeganistão, no Iraque e na Síria, lutando contra o terrorismo.


Coronel Richard Kemp critica a premiação do Príncipe Harry (Foto: reprodução/LaRazon)

Participação militar de Harry

Vale recordar da experiência do príncipe no Exército Real Britânico. Ele completou duas viagens como controlador aéreo avançado (2007 e 2008) e piloto de helicóptero Apache (2012 e 2013), tendo voado em algumas missões de treinamento nos EUA, Austrália e Reino Unido. Escrito em seu livro de memórias “Space”, afirmou ter matado 25 pessoas enquanto servia no Afeganistão, nos anos 2000, motivo nem de orgulho, tampouco de vergonha.

A cerimônia teve origem em 2003, e já homenageou nomes como Elon Musk, Tom Cruise, Jeff Bezos, Morgan Freeman e Harrison Ford.