Mulher presa por stalking contra médico possui outros antecedentes criminais

A artista plástica Kawara Welch, presa após perseguir um médico em Minas Gerais, possui outros antecedentes criminais na justiça. Segundo informações do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), os crimes seriam roubos, ameaças, furtos e lesões corporais ocorridas entre 2021 e 2024.  

Antecedentes criminais 

Os outros crimes praticados por Kawara teriam começado dois anos após o início da sua perseguição contra o médico de Ituiutaba. Entre eles, também foram registradas transgressões à administração da Justiça que podem implicar em comprometimento da integridade e eficácia de processos e na imparcialidade, também estariam incluídas denúncias de calúnia e coesão da ação. 


Kawara Welch acusada de stalking (Foto: reprodução/Instagram/@kawawelch)

Na terça-feira (21), o TJMG decidiu manter a prisão preventiva da mulher, que está em detenção desde o dia oito de maio. A defesa tentou alegar que não havia motivos para a decisão e sugeriu a mudança para prisão domiciliar devido ao estado de saúde dela, mas todos os pedidos foram negados por ela descumprir medidas cautelares antes. 

O advogado da artista plástica deve entrar com um pedido de habeas corpus, mas sem data divulgada ainda. 

Perseguição e relacionamento 

Kawara Welch foi enquadrada por crime de stalking, que ocorre quando uma pessoa persegue outra utilizando qualquer meio, ela foi encontrada numa universidade de Uberlândia (MG) em que cursa Nutrição. 

Segundo o advogado de defesa, Jean Filipe Alves, a cliente teria tido um relacionamento com o médico e a esposa dele descobriu o caso. Jean afirma que existem provas dessa relação e o doutor colocava a família como impedimento para ficarem juntos, a vítima nega tudo. 


Conversa com o médico sobre a perseguição (Foto: reprodução/Instagram/@showdavida)


Em entrevista ao Fantástico, o médico que optou em não se identificar, contou que a mulher costumava persegui-lo no trabalho e na rua e que já teria invadido sua clínica. Ela conseguiu o seu número e começou a mandar mensagens e ameaças, e também entrava em contato com a esposa e o filho da vítima. 

A vítima registrou cerca de 42 boletins de ocorrência contra Welch, e em 2023 ela chegou a ser presa após um ataque na clínica com roubo, mas pagou uma fiança e foi solta. A justiça determinou em seguida a prisão preventiva e ela estava foragida até a prisão no início de maio.

O crime de stalking possui de seis meses a dois anos de detenção, mas Kawara pode responder também pelos delitos de roubo e descumprimento das medidas impostas pela justiça e ter a pena aumentada se condenada.

Cem pessoas são presas por meio de reconhecimento facial no Rio de Janeiro

No último domingo (14), a Polícia Militar do Rio de Janeiro alcançou o marco de cem detenções de infratores por meio do sistema de identificação facial, em vigor no estado desde o início do novo ano.

Captura de fugitivo por meio do sistema

Um fugitivo da lei, com mais de 20 registros criminais, foi capturado em Bonsucesso por policiais militares do Batalhão da Maré (22ºBPM). Ele estava sujeito a uma ordem de prisão por roubo. Conforme relatado pela PM, graças à tecnologia, o intervalo entre a emissão do alerta e a intervenção dos policiais foi inferior a três minutos.

De acordo com as autoridades, a aplicação do Sistema de Vigilância e Reconhecimento Facial tem desempenhado um papel crucial na estratégia de combate à criminalidade. Segundo um comunicado feito pela PM a capacidade de processar um grande volume de informações otimiza significativamente o trabalho das equipes, especialmente em áreas de grande concentração populacional e eventos de grande porte.


Câmera de reconhecimento facial. (Foto: reprodução/unsplash/Enrique Alarcon)

Além disso, a corporação planeja integrar a ferramenta em todas as viaturas, por meio da instalação de câmeras embarcadas, visando aprimorar o monitoramento em tempo real e reforçar a segurança com intervenções mais rápidas. Apesar dos resultados positivos, a tecnologia foi alvo de críticas logo após sua implementação, devido a casos de capturas irregulares causadas por falhas no sistema.

No início do ano, dos quatro primeiros detidos por meio das câmeras de reconhecimento facial, dois foram posteriormente liberados devido a inconsistências nas prisões. Na ocasião, a Secretaria de Segurança Pública atribui tais falhas a problemas de atualização do banco de dados.

 A Secretaria ainda disse que esta sendo trabalhado por meio da Polícia, Justiça e Governo Federal um modo para integrar e unificar esses bancos de dados, visando automatizar ao máximo esse processo.

Investimento destinado ao sistema

Por outro lado, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro esclareceu que mantém um banco de dados validado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), fornecendo informações sobre mandados de prisão pendentes, disponível para consulta pública. O investimento do Governo do Estado na implementação do sistema totalizou R$ 18 milhões, incluindo equipamentos e softwares.

Câmara mantém prisão de Chiquinho Brazão no caso Marielle

A Câmara dos Deputados decidiu, nesta quarta-feira (10), manter a prisão preventiva do deputado federal Chiquinho Brazão, acusado de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco em 2018. Com uma votação de 277 votos a favor, 129 contra e 28 abstenções, o plenário da Casa ratificou a recomendação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para manter o parlamentar detido.

Prisão preventiva e tentativa de articulação

Chiquinho Brazão foi preso preventivamente em 24 de março, juntamente com seu irmão, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ). A decisão de manter a prisão foi originada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e referendada pela 1ª Turma da Corte. No entanto, conforme previsto pela Constituição, prisões de parlamentares durante o exercício do mandato devem ser submetidas ao plenário da Câmara.

Apesar de uma tentativa de articulação por parte de siglas de centro para esvaziar o plenário e evitar a votação, o movimento não obteve sucesso. Houve uma movimentação para repetir o que ocorreu anteriormente com o deputado Wilson Santiago, em 2020, quando 101 deputados deixaram de comparecer à sessão, resultando na reversão de seu afastamento com 233 votos a favor contra 170.


Homenagem a Marielle Franco Rock in Rio 19 (Foto: Reprodução/Getty Images/Wagner Meier)


A decisão da Câmara nesta quarta-feira frustrou as expectativas do movimento contrário à prisão do parlamentar, que ganhou força nos últimos dias. A manutenção da prisão de Chiquinho Brazão representa um marco na busca por justiça no caso do assassinato de Marielle Franco e ressalta a importância do papel legislativo na garantia do cumprimento da lei, independentemente do cargo ocupado pelos envolvidos.

Relembre o caso

O assassinato da vereadora Marielle Franco em 2018 chocou o Brasil e reverberou internacionalmente, destacando questões de violência política, direitos humanos e segurança pública. Marielle, uma figura política proeminente e defensora dos direitos das mulheres, das comunidades LGBTQ+ e das minorias, foi brutalmente assassinada a tiros no Rio de Janeiro, juntamente com o motorista Anderson Gomes, em um crime até então não plenamente esclarecido. O caso despertou uma série de questionamentos sobre a eficácia das instituições de segurança, a influência do crime organizado na política e a impunidade de crimes contra defensores dos direitos humanos no Brasil, alimentando demandas por justiça e respostas conclusivas sobre os responsáveis pelo crime.

Procuradoria-Geral da República rejeita pedido de soltura de Robinho

A Procuradoria-Geral da República (PGR) se posicionou nesta segunda-feira (8) contra o pedido de soltura do ex-jogador de futebol Robinho, condenado a nove anos de prisão por estupro na Itália.

No parecer enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), o procurador-geral da República, Paulo Gonet, argumentou que não existem ilegalidades na prisão de Robinho e que a pena deve ser cumprida no Brasil.

Ele enfatizou que a prisão do ex-jogador foi “definitivamente legal”, decorrente da homologação pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) da sentença condenatória italiana, cujo trânsito em julgado ocorreu em 2022, autorizando sua prisão imediata.

A PGR rebateu a alegação da defesa de Robinho de que ele não teve direito à ampla defesa no processo italiano, afirmando que ele foi considerado definitivamente culpado com direito a todos os recursos cabíveis.

Defesa de Robinho

No mês passado, o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o primeiro habeas corpus protocolado pela defesa para evitar a prisão. Agora, os advogados pedem que a decisão seja analisada pelo plenário do Supremo, pois consideram o caso inédito e relevante.


Robinho jogando no AC Milan em 2014. (Foto: reprodução/Marco Luzzani/Getty Images Embed)

De acordo com os advogados do ex-jogador, ele deve permanecer em liberdade enquanto aguarda o julgamento do recurso protocolado para anular a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A defesa argumenta que o regramento não permite a transferência da execução da pena, mas sim a possibilidade de o réu ser julgado em seu país de origem, em conformidade com o princípio da extraterritorialidade da lei penal.

Detalhes do caso

Robinho foi preso em 21 de março após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinar que ele cumpra no Brasil uma pena de nove anos de prisão, pela condenação por estupro na Itália, ocorrida em 2013.

Desde então, ele está detido em Santos, no litoral de São Paulo, no presídio de Tremembé, conhecido como a “penitenciária dos famosos”, cumprindo pena no regime fechado.

Decisões judiciais renovam permanência de Ronnie Lessa em penitenciária federal

Ronnie Lessa, ex-policial acusado de assassinar a vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes no ano de 2018, teve sua permanência em uma penitenciária federal do Mato Grosso do Sul renovado por mais um ano. A decisão foi proferida pelo juiz Luiz Augusto Iamassaki Fiorentini, da 5ª Vara Federal de Campo Grande, nesta quarta-feira.

Gustavo Gomes aceita pedido para manter Lessa no presidio

Inicialmente, o magistrado havia determinado o retorno de Lessa ao Rio de Janeiro, alegando a falta de pedido de prorrogação do prazo pela Justiça fluminense até a data limite de 21 de março. No entanto, Fiorentini voltou atrás ao tomar conhecimento de uma decisão da 4ª Vara Criminal do Rio, do dia 19 de março.

O juiz Gustavo Gomes Kallil, da Justiça do Rio de Janeiro, aceitou o pedido do Ministério Público e decidiu manter Lessa no presídio federal de segurança máxima por até três anos. Apesar disso, o magistrado do Mato Grosso do Sul reconsiderou a decisão e autorizou a permanência do acusado, mas apenas pelo período de um ano.

Fiorentini justificou sua decisão, citando que, embora a nova regulamentação permita a fixação do prazo de permanência por até três anos, a situação do preso pode ser alterada periodicamente. Ele ressaltou a importância de não manter o detento desnecessariamente no sistema mais gravoso de cumprimento de pena.


Marielle Franco (Foto: reprodução/
NurPhoto
 / Colaborador/Embed/Getty Imagens)


Preso desde 2019

Ronnie Lessa está sob custódia desde 2019 e foi transferido para o Mato Grosso do Sul em dezembro de 2020. Sua situação ganhou destaque recentemente com a homologação de seu acordo de delação premiada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Este acordo foi fundamental para as investigações que levaram à prisão dos irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, além do delegado Rivaldo Barbosa, suspeitos de serem os mandantes do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes.

A decisão judicial quanto à permanência de Ronnie Lessa em uma penitenciária federal continua a gerar debate e especulações sobre os desdobramentos do caso. Enquanto isso, o processo segue em andamento, e as autoridades continuam empenhadas em buscar a verdade e a justiça para as vítimas e suas famílias.

Estudante de medicina é preso no Pará por fraude em provas do Enem

Após uma busca em Belém, a Polícia Federal (PF) prendeu o ex-estudante de medicina André Rodrigues Ataíde, durante a tarde desta sexta-feira (29), por suspeita de realizar a prova se passando por 2 pessoas diferentes, em Marabá, região sudeste do Pará. 

Depois da PF ir à residência de André na quarta-feira (27) e não ter encontrado, o ex-universitário de 23 anos foi capturado na casa de parentes. O jovem agora cumpre o mandado de prisão preventiva por estelionato, uso de documentação falsa e falsidade ideológica. 

Fraude na prova

A investigação informa que André teria feito a prova para um parente e para um amigo de velha guarda, em 2022 e 2023, respectivamente, falsificando a documentação e a assinatura deles para fazer o Enem. No fim, ambos os candidatos foram aprovados pela faculdade.


André Ataíde, suspeito de fraude do Enem (Foto: reprodução/redes sociais)

Os 3 envolvidos eram alunos de medicina na Universidade do Estado Pará (UEPA), a qual decidiu suspender a candidatura dos investigados. André tinha um bom repertório de notas em seu histórico escolar, os outros ainda não tiveram suas identidades reveladas. 

Defesa do advogado

Após ser apreendido e realizado os procedimentos legais na superintendência da polícia federal do Pará e foi enviado a sistema penal, Diego Adriano Freires, advogado de defesa do aluno relata que o mandado de prisão do jovem seria ‘’extremamente gravosa e desproporcional’’, solicitar a revogação do caso, e nega a narrativa que o seu cliente teria ido a Belém como uma tentativa de fuga. 

“São informações que não condizem com q verdade, haja vista, não existir nenhuma proibição ou impedimento judicial que proibisse André sair de Marabá, inclusive ele estava em Belém em tratamento médico na casa de parentes”, disse Diego em sua entrevista ao G1.  

Durante o processo as investigações continuam em andamento, buscando a possibilidade de outros evolvidos com o esquema de falsificação no Enem. 

Primeira foto de Robinho na penitenciária de Tremembé é divulgada

Ex-jogador de futebol foi fotografado pela primeira vez na penitenciária de Tremembé nesta quarta-feira (27). Robinho cumpre pena de 9 anos por estupro coletivo de jovem albanesa ocorrido em 2013. A imagem foi obtida pelo portal de notícias g1.

O ex-atleta foi condenado pelo crime na Itália, mas cumpre sentença no Brasil, conforme decisão da Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Robinho permanece em regime fechado na cidade localizada a 130 km de São Paulo, segundo o Bom Dia Brasil, ele ficará em uma cela separada e tomará banho de sol em horário diferente dos demais detentos durante os primeiros 20 dias.


Robinho ao entrar no sistema prisional (Foto: reprodução/Folha de São Paulo)

Relembre o crime

Em 2013, durante uma noitada em uma boate italiana, Robinho e um grupo de amigos estupraram coletivamente uma jovem. Na época, o ex-jogador fazia parte do time de futebol Milan e alegou, em sua defesa, que a relação que teve foi consensual, mas foi provado que a jovem estava inconsciente durante a violência.

As provas que resultaram na condenação de Robinho consistiram em conversas do próprio ex-jogador com os demais envolvidos, nas quais ele detalha o crime praticado. Em 2022, 9 anos depois do ocorrido, o agora detento foi condenado em última instância, mas não foi preso pois estava em território brasileiro.

Apesar de a Constituição Brasileira não permitir extradição de cidadãos natos, é possível que os brasileiros condenados em outras nações (como é o caso de Robinho) cumpram a pena em seu país. Dois anos depois da decisão da justiça italiana, o ex-jogador foi preso, na última quinta-feira (21), após veredito do STJ.


Ex-jogador Robinho na seleção brasileira (Foto: reprodução/Evelson de Freitas/Estadão/CNN)

Confiança no feriado

Segundo a Folha de São Paulo, Robinho está confiante de que passará a Páscoa do lado de fora da cela, em sua casa. Os funcionário da penitenciária de Tremembé relataram ao jornal que o ex-jogador está sorridente e convicto de que receberá uma notícia favorável nos próximos dias.

Para o g1, José Eduardo Alckmin, advogado de Robinho, confirmou que seu cliente permanecerá na prisão durante o feriado, mas que possui confiança de que o Supremo Tribunal de Justiça conceda o liminar para que o ex-jogador responda ao processo em liberdade.

Bolsonaro é questionado sobre estadia na embaixada da Hungria

Jornalistas questionaram o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre possíveis infrações durante sua estadia de duas noites na Embaixada da Hungria em fevereiro, depois que seu passaporte foi confiscado. De acordo com o jornal americano “The New York Times”, as embaixadas são consideradas territórios invioláveis pelo direito internacional. Isso implica que, na prática, Bolsonaro só poderia ser abordado por autoridades brasileiras com a permissão do governo húngaro.

Após sair de uma cerimônia em honra à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro no Theatro Municipal, em São Paulo, Bolsonaro questionou de forma retórica se descansar na embaixada e trocar ideias com o embaixador constituíam alguma infração. Sua frustração com a pressão midiática foi manifestada, pedindo para mudarem de tema e relembrando o período em que foi injustamente acusado de ligação com o caso Marielle Franco.

Bolsonaro sem passaporte

Desde que foi alvo de uma operação da Polícia Federal por suspeita de envolvimento em um golpe de estado, o ex-presidente estava desprovido de passaporte. A permanência na embaixada surgiu poucos dias após essa operação, e o respaldo público do primeiro-ministro húngaro Orbán a Bolsonaro originou discussões diplomáticas adicionais.

Ministério das Relações Exteriores questiona embaixada húngara


Ministério das Relações Exteriores questiona embaixada húngara sobre estadia de Bolsonaro (Fotografia: reprodução/O GLOBO)

Depois da divulgação da permanência de Bolsonaro na embaixada, o Ministério das Relações Exteriores solicitou a presença do embaixador húngaro no Brasil para abordar o tema. A relevância diplomática desse ato varia de acordo com o contexto, porém demonstra o interesse do Brasil em buscar esclarecimentos sobre a visita de Bolsonaro.

O que declara a defesa do ex-presidente

A defesa de Bolsonaro confirmou sua permanência na embaixada “a convite”, justificando-a como uma oportunidade para estabelecer contatos com autoridades húngaras e discutir questões políticas bilaterais. As circunstâncias dessa visita serão investigadas pela Polícia Federal, levando em consideração a impossibilidade de detenção de Bolsonaro em território estrangeiro.

O “NYT” ressaltou a relação de amizade entre Bolsonaro e Orbán, mencionando encontros anteriores e eventos conjuntos. Durante sua estadia na embaixada húngara, Bolsonaro convocou seus apoiadores para um evento em sua defesa, possivelmente visando uma estratégia de mobilização política durante esse período.

Daniel Alves deixa prisão depois de quase 15 meses

Depois de quase 15 meses detido e de desembolsar uma fiança de 1 milhão de euros, o ex-jogador Daniel Alves, sentenciado por ter cometido abuso sexual contra uma mulher em uma casa noturna na Espanha, saiu da prisão nesta segunda-feira (25) amparado por uma autorização de liberdade condicional.

Veja como foi a saída de Daniel Alves da penitenciária

Acompanhado de sua mãe, sua advogada e um amigo, Alves deixou esta manhã a prisão de Brians 2, parte de um complexo penitenciário a 40 quilômetros de Barcelona, onde o brasileiro estava desde janeiro de 2023, quando foi detido preventivamente enquanto o caso estava sob investigação. Durante esse intervalo, ele teve quatro solicitações de liberdade negadas.

Contudo, na semana anterior, a Justiça espanhola concordou em conceder liberdade condicional, além disso, nesta segunda-feira, o ex-jogador pagou a fiança de 1 milhão de euros (aproximadamente R$ 5,4 milhões) estabelecida pelo tribunal. Após verificar o pagamento e confiscar os dois passaportes do ex-atleta, a Audiência Provincial de Barcelona, encarregada do caso, determinou a liberação do brasileiro.

 Na quarta-feira (20), os magistrados da Audiência de Barcelona decidiram, por maioria, conceder a Alves a liberdade enquanto a defesa aguarda a sentença final. A defesa recorreu na condenação.


Daniel Alves deixando a prisão ao lado de sua advogada. (Foto: reprodução/Lluis Gene)

No sábado (23), o Ministério Público de Barcelona apelou dessa decisão e solicitou que Alves fosse novamente encarcerado. A Audiência de Barcelona ainda precisa analisar o pedido da promotoria.

Em fevereiro, Alves foi sentenciado a quatro anos e meio de prisão por agressão sexual, por ser acusado de estuprar uma mulher em uma casa noturna em Barcelona. A defesa, entretanto, recorreu da sentença e, posteriormente, solicitou que o brasileiro aguardasse o veredicto final em liberdade.

Ao sair da prisão, o brasileiro entrou no veículo no qual sua mãe e sua advogada o aguardavam do lado de fora. O jogador possui uma residência em um distrito nobre de Barcelona. Até o momento, a defesa de Alves não divulgou seu destino. O brasileiro poderia ter sido liberado na quinta ou na sexta-feira, mas não efetuou o pagamento da fiança em ambas as ocasiões.

Medidas que deverão ser cumpridas pelo ex-jogador

Além da fiança, Daniel Alves terá algumas obrigações a serem cumpridas como, manter distância mínima de um quilômetro da residência da vítima, de seu local de trabalho ou qualquer outro lugar frequentado por ela, ficou proibido de tentar estabelecer comunicação com a denunciante por qualquer meio, ele não pode sair da Espanha e deve comparecer semanalmente ao Tribunal de Barcelona ou sempre que solicitado.

Robinho chega ao presidio e passará semana em cela isolada

Após a determinação do STJ que sua pena fosse executada o mais rápido possível nessa quinta-feira (21), o ex-jogador Robson de Souza, popularmente conhecido como Robinho, foi transferido para a 2º penitenciaria de Tremembé, localizada no interior de São Paulo, conhecida com o ‘’Presídio dos famosos”. 

Com a decisão do cumprimento da condenação da justiça, pelo crime de estrupo coletivo, ele foi levado ao presidio na madruga de sexta-feira (22), onde cumprirá a pena de 9 anos, definida pelo governo italiano. 


Robinho entrando na delegacia de Santos (Foto: reprodução Fábio Pires/TV Tribuna)

Regime de observação

Já encarcerado nesse momento, Robinho passará pelo ‘’regime de observação’’, num período de 10 a 30 dias, processo de adaptação e a realização de avaliações médicas. Durante prazo, o atleta não receberá visitas de familiares ou terá contato com outros presos. 

A cela onde o atacante se encontra em seus primeiros dias tem 8 m² com 4m de comprimento e 2m de largura, contendo uma cama, pia e um vaso sanitário. Por lá, ele fará suas refeições e outras atividades e tem momentos em que ficará isolado. Depois que as avalições do regime forem finalizadas, ele sairá do isolamento e se juntará aos outros no pavilhão comum. 

A “cadeia dos famosos”

A penitenciaria Doutor José Augusto Salgado, alcunhada de Tremembé P2, fica na região do Vale do Paraíba e abriga, atualmente, 408 presos. Ela recebe pessoas envolvidas em casos de grande porte nacional e condenados por crimes de estrupo, consideradas umas das cadeias mais controladas do país, obtendo o prêmio de “Modelo de Gestão Penitenciária” em 2003. 


Entrada da penitenciária Tremembé (Foto: reprodução/Laurene Santos/TV Vanguarda )

Tendo baixa quantidade de presos, contém, no momento, internos envolvidos em casos famosos, nomes como Gil Rugai, preso pela morte do pai e da madrasta, Cristian Cravinhos, que estava envolvido no assassinato do casal Richthofen, Lindemberg Alves, condenado por matar Eloá Pimentel. E Alexandre Nardoni, condenado pela morte da filha Isabella.