Cate Blachett em Cannes 2024 e outros protestos feitos no tapete vermelho

Recentemente a atriz Cate Blachett compareceu ao Festival de Cannes 2024. A mesma chamou atenção da mídia e do público ao aparecer usando um vestido que carregava uma mensagem por trás. A artista aproveitou os holofotes e destaque desse momento no tapete vermelho de Cannes para fazer uma espécie de protesto através da moda. Usando um look supostamente inspirado na bandeira da Palestina, como uma maneira de se posicionar  a respeito da guerra que se dá atualmente na região da Faixa de Gaza, território palestino na costa oriental do Mar Mediterrâneo, no Oriente Médio.


Cate Blanchett em Cannes com vestido Jean Paul Gaultier remetendo as cores da bandeira da Palestina (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Sameer Al-Doumy)


Cate Blanchett Cannes 2024

A peça citada foi utilizada pela atriz na estreia do filme “The Apprentice” no Festival de Cannes 2024. O look em questão foi um vestido, uma versão customizada de alta-costura da grife francesa Jean Paul Gaultier, assinado pelo designer francês Haider Ackermann, com detalhe emblemático. Apesar das costas do vestido serem da cor rosa, a peça tem preto, branco e verde, cores que juntamente com o vermelho do tapete remeteram aos tons da bandeira da Palestina. 

A atriz não confirmou a ação como uma manifestação pró-Palestina. Porém, Blanchett já havia apontado seu posicionamento em outras ocasiões. A atriz vem sendo uma defensora da causa palestina. E em seu discurso no parlamento europeu em 2023, ela como também embaixadora da Boa Vontade da ACNUR (agência da ONU para refugiados) falou sobre isso. Afirmou que, mesmo não tendo uma ligação direta com o Oriente Médio, era uma testemunha do que estava acontecendo. “Este conflito tem custado e continua a custar a vida de milhares de pessoas inocentes”, disse Cate em conferência.

Outros protestos em tapetes vermelhos


Billie Eilish e o irmão Finneas no Oscar 2024 (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Marleen Moise)


Se engana quem pensa que Cate foi a primeira celebridade a utilizar de sua influência e destaque na mídia para isso. Outros artistas já fizeram uso dos holofotes do tapete vermelho para chamar a atenção para outras causas importantes. Por exemplo, recentemente e sobre o mesmo tema, os cantores e compositores Billie Eilish e Finneas (seu irmão) usaram broches de “artistas pelo cessar-fogo em Gaza no Oscar 2024. Além deles, Milo Machado-Graner e Swann Arlaud (“Anatomia de uma Queda”) usaram broches com a bandeira da Palestina. Ramy Youssef (“Pobres Criaturas”) e outros também com o broche pedindo o cessar fogo. 


Alexandria Ocasio-Cortez no MET Gala 2021 (Foto: reprodução/ Getty Images Embed/Patrick McMullan)


Em 2021, a congressista na Câmara dos Representantes por Nova Iorque, Alexandria Ocasio-Cortez, usou no MET Gala daquele ano um vestido branco com “Tax The Rich” (taxe os ricos) escrito nas costas. A peça foi uma parceria com a marca Brother Vellies, feita pela designer e ativista negra Aurora James. Além dessas ocasiões, a atriz Natalie Portman no Oscar 2020 também usou um vestido Dior juntamente a uma capa preta para reivindicar uma causa. A capa em questão, era adornada com vários nomes de diretoras mulheres que não haviam sido indicadas ao prêmio de Melhor Direção naquele ano: Scafaria, Wang, Gerwig, Diop, Heller, Matsoukas, Har’el e Sciamma. A escolha da atriz foi um protesto pela falta de destaque, diversidade e oportunidades para as mulheres na indústria cinematográfica, especialmente mulheres diretoras de cinema.

Estado de emergência: protestos deixam 4 mortos e TikTok é proibido em Nova Caledônia

Nesta quarta-feira (15), a França declarou estado de emergência no arquipélago de Nova Caledônia, território francês que abrange dezenas de ilhas no oceano pacífico. A população não quer que uma mudança na lei eleitoral permita que quem chegou depois do recenseamento de 1998 possa votar.

As autoridades locais atrelaram ao TikTok a divulgação e organização de uma onda de tumultos através de contas das pessoas envolvidas nos atos na França continental no ano passado, atraindo pessoas violentas. Decidiram, então, proibir o aplicativo preventivamente. A plataforma não se pronunciou sobre o assunto.

Estado de emergência


Protesto contra reforma da lei eleitoral na Nova Caledônia (Foto: reprodução/Embed from Getty Images)


Com 4 mortes e centenas de feridos, o estado de emergência entrou em vigor hoje às 15h no horário de Brasília (5h da quinta-feira, no horário do território francês). A medida dá maiores poderes pro Estado para manter a ordem, como: impôr proibições de trânsito, prisões domiciliares e buscas, segundo Prisca Thévenot, porta-voz do governo.

Violência é intolerável e será objeto de uma resposta incansável para garantir a restauração da ordem“, disse o Palácio do Eliseu (sede do governo francês).

O exército já está atuando nos Portos e Aeroportos da Nova Caledônia, com intenção de garantir a segurança.

Os protestos

Tudo começou logo quando a Assembleia Nacional, a Câmara dos deputados francesa, colocou em pauta a reforma do censo eleitoral, nesta segunda-feira.

No arquipélago reside o povo Kanak, os habitantes originais, recenseados em 1998. Desde esse fato, para participar de votações no território, é necessário está nesse registro ou descender de alguém que esteja.

Os independentistas, ou seja, aqueles que defendem que a Nova Caledônia não seja mais um território francês, afirmam que a autorização para quem começou a residir no arquipélago depois de 1998 levará à redução da influência proporcional do povo originário que têm poderes nas instituições locais transferidos por Paris.

Incêndios, saques a empresas… Foram alguns dos crimes cometidos durante os protestos, um grave problema de ordem pública que mesmo assim, não intimidou as autoridades francesas.

Os deputados aprovaram o texto de reforma, que já havia passado pelo Senado em abril. O próximo passo será passar por uma votação conjunta das duas câmaras e obter mais de 60% de votos a favor para ser aprovada definitivamente, já que se trata de uma reforma constitucional. O presidente da França, Emmanuel Macron, disse que convocaria essa reunião antes do fim de junho, mas foi aberto a outras alternativas, desde que os apoiadores da separação e favoráveis à permanência da França concordem entre si sobre uma nova opção.

Estudantes universitários são presos em protesto pró-Palestina em Los Angeles 

Durante protesto pró-Palestina em universidade do Sul da Califórnia, estudantes foram presos em ação policial iniciada para dispersar manifestantes. Ainda com aviso prévio de que poderiam haver prisões, a abordagem contra dois estudantes deu-se início a confusão responsável pelas prisões. 

Ação Policial nos Estados Unidos

Devido ao alto número de manifestações acontecendo em diversas instituições dos Estados Unidos, universidades têm pedido apoio policial em busca de conter protestos, alegando segurança contra confusões.

Nesta última quarta-feira (24), em Los Angeles, na Universidade do Sul da Califórnia, mais um dos diversos protestos ocorridos por várias áreas do território americano tornou-se palco mundialmente reconhecido pela ação policial acontecida. O protesto, que em primeiro momento fora testemunhado como pacífico, sofreu de avisos prévios pela polícia quanto a prisões em consequência de confusão. Meia hora depois, o campos foi fechado e após uma abordagem à dois estudantes, manifestantes deram início a um empurra-empurra até ocorrer a primeira prisão. A quantidade de estudantes detidos não foi divulgada pelas autoridades. Universitários que encontravam-se dentro da instituição foram autorizados a sair. 

Outros casos de manifestações em prol do cessar-fogo em Gaza também vieram a público através de jornais e redes sociais, porém, nos últimos dias, o motivo não é direcionado a razão do protesto e sim, às tentativas de ações policiais acontecidas. Semelhante à Universidade do Sul da Califórnia, outras pessoas foram presas em instituições de prestígio como em Columbia, Yale e Universidade de Nova York, estima-se que 100 é o número de manifestantes detidos.  

Também nesta quarta-feira (24), em Austin, no Texas, policiais entraram com bastões e cavalos, e estudantes foram detidos.  


Estudante preso por autoridades texanas em protesto pró-Palestina em Austin, Texas (Foto: reprodução/ Jay Jenner/ AP/ The Guardian)

O presidente da Câmara dos EUA, Mike Johnson, se pronunciou nesta quarta-feira com uma visita ao campus de Columbia, onde foi recebido por vaias dos manifestantes e pediu a renúncia do presidente da universidade, Minouche Shafik. O republicano denunciou as manifestações como “governo da turba” e condenou o que chamou de “vírus do anti-semitismo” nas faculdades do país. As palavras discursas pelo presidente foram recebidas com indignação e vaias. 

Manifestações

A razão pela massa de protestos nos Estados Unidos e em muitos outros países, se dá pela continuação da guerra entre Israel e Palestina além da dificuldade de decisão sobre um cessar-fogo. Os estudantes universitários também exigem que haja corte de relações financeiras entre as instituições e o Estado de Israel, pois, de acordo com eles, se torna uma parceria intragável.  

O repúdio quanto a propaganda militar israelense em Gaza também é um pivô do discurso, sendo considerado em cartazes pelos protestantes a lembrança de mais de 34 mil pessoas mortas em ataques desde outubro do ano passado, de acordo com dados de instituições palestinas e do Hamas. 

Apesar do direcionamento dos protestos serem para o governo israelense e seu posicionamento político juntamente com o posicionamento nacional de autoridades americanas, estudantes judeus afirmam não se sentirem seguros dentro das universidades. Entretanto, também existe uma grande quantidade de judeus que apoiam e fazem parte do movimento pró-Palestina.  

Manifestação em Buenos Aires é reprimida por policiais

Manifestantes e a Polícia Federal da Argentina entraram em conflito durante protesto contra os cortes na área de assistência social, nesta segunda-feira (18), em Buenos Aires. Com o slogan “A fome é o limite”, a manifestação reuniu diferentes integrantes de partidos de esquerda e de movimentos sociais que denunciaram a crise alimentícia no país.

Repressão policial

O protesto foi organizado pela União dos Trabalhadores da Economia Popular (UTEP) para demonstrar a insatisfação da população com a política de congelamento de fundos direcionados ao abastecimento e funcionamento de cozinhas comunitárias. Os manifestantes tentaram entrar em Buenos Aires pelas pontes Pueyrredón e Saavedra, onde foram reprimidos pelas forças policiais com spray de pimenta e cassetetes.

A polícia argentina informou que haviam cerca de 4 mil pessoas na Ponte Pueyrredón e cerca de mil pessoas na Ponte Saavedra, segundo o site Infobae. A UTEP convocou os manifestantes pelas redes sociais e propôs bloqueios em 500 regiões da Argentina, o que desafiou o protocolo antibloqueio da ministra de Segurança, Patricia Bullrich.

O prefeito de Buenos Aires, Jorge Macri, fez um post no X (antigo Twitter) em comemoração à ação da Polícia Federal. Na rede social, Macri escreveu que a “ordem não se negocia” e que as ruas precisam estar disponíveis para uma livre circulação de todos. “Evitamos que diversas colunas de manifestantes entrassem na Cidade de Buenos Aires. Para a nossa equipe é uma prioridade a convivência pacífica entre quem precisa circular livremente para trabalhar e estudar e quem quer se manifestar”, declarou o prefeito.



Protocolo antibloqueio

Em dezembro de 2023, o governo de Javier Milei anunciou que seriam aplicadas severas sanções àqueles que não seguirem o protocolo antibloqueio desenvolvido pela ministra de segurança Patricia Bullrich. De acordo com o protocolo, os manifestantes poderão realizar somente os protestos nas calçadas, medida implantada para evitar bloqueios de ruas e avenidas.

A decisão também proíbe a presença de crianças e adolescentes nos protestos e estabelece que os organizadores das manifestações precisam pagar pelas forças de segurança para proteger os participantes dos atos.

Grupo Golos afirma que a eleição russa foi a mais corrupta da história

Afirmado por um grupo independente de monitoramento eleitoral da Rússia nesta segunda-feira (18), a eleição presidencial, na qual Vladimir Putin emergiu vitorioso com quase 90% dos votos, foi identificada como a mais fraudulenta e corrupta no país.

Veja o que o grupo Golos disse á respeito da eleição russa

O grupo Golos indicou que os eventos de três dias encerrados no domingo não podem ser considerados autênticos, visto que ocorrem num contexto em que os princípios fundamentais da Constituição russa, que asseguram os direitos e liberdades políticas, não foram respeitados.

O Golos também destacou que nunca antes se testemunhou uma campanha presidencial tão distante dos padrões constitucionais. Enquanto isso, o Kremlin celebrou o resultado, ressaltando a participação recorde de 77,4%, interpretada como uma demonstração de apoio consolidado a Putin pelo povo russo. Rejeitaram-se veementemente as críticas ocidentais à legitimidade do processo eleitoral.

Países como os Estados Unidos, Alemanha e Reino Unido denunciaram a votação como não livre nem justa, citando à detenção de opositores políticos e a censura. O Golos, estabelecido em 2000 como o único órgão independente de fiscalização eleitoral na Rússia, foi rotulado como “agente estrangeiro” em 2013, impedindo-o de enviar observadores para os locais de votação. Seu líder, Grigory Melkonyants, está atualmente detido, enfrentando acusações que o Golos afirma serem politicamente motivadas.


Vladimir Putin. (Foto: reprodução/Getty Images Embed)


A comissão eleitoral russa afirmou que a votação foi realizada sob escrutínio apropriado, citando um grande número de observadores russos e estrangeiros designados por candidatos, partidos e organizações sociais.

No entanto, o Golos revelou que candidatos e partidos se abstiveram de enviar observadores em algumas regiões. Enquanto em outras áreas, observadores foram removidos após o início da votação, sob alegações de pressão. O grupo também destacou casos de intimidação de eleitores por agentes da lei, incluindo relatos de observadores sendo expulsos das assembléias de voto e de eleitores sendo monitorados enquanto preenchiam suas cédulas.

A eleição foi marcada por protesto e detenção

Além disso, houve relatos de incidentes de protesto nos locais de votação, com alguns indivíduos incendiando cabines de votação ou vandalizando urnas. Autoridades eleitorais russas alertaram que tais ações seriam punidas severamente, com o chefe eleitoral advertindo que os infratores poderiam enfrentar até cinco anos de prisão. Segundo o grupo de direitos humanos OVD-Info, pelo menos 74 pessoas foram detidas em toda a Rússia no último dia de votação no domingo.

Protestos de fazendeiros europeus chegam até a Espanha

Na última quinta-feira (1), fazendeiros protestaram em Bruxelas acampados do lado de fora de um edifício do parlamento, jogando ovos e iniciando fogos enquanto os líderes da União Europeia (UE) realizavam uma reunião sobre a situação da Ucrânia. Nesta quinta-feira (8), o protesto dos fazendeiros já se estende pela Europa e chega até à Espanha, onde tratores interrompem o tráfego nas ruas.

Protestos

A natureza dos protestos parte das várias regulações e ditas ‘burocracias’ impostas pela União Europeia, tanto para garantir a qualidade dos produtos como para combater abusos ecológicos ou medidas que possam levar a mudanças climáticas. Como resultado dessas medidas legislativas sobre o mercado, os fazendeiros europeus acabam tendo mais gastos acumulados na sua produção do que produtos importados de fora, fabricados sem tais regulações.

Desse modo, os produtos do exterior acabam ‘invadindo’ os mercados europeus com preços mais baixos do que a produção local, e acabam sendo mais competitivos. Por serem medidas da União, afetam todos os países do grupo – o que explica porque os protestos se alastraram por vários países, como França, Alemanha, Itália, e agora chegando até o Parlamento de Barcelona. Na Espanha, o tráfego foi interrompido por tratores em várias cidades, Ávila, Vitória, e Antequera.


Fazendeiro bloqueia uma rodoviária no leste da França (Foto: reprodução/AFP/Sebastien Bozon)


Europa e Ucrânia

Alguns dos protestos já se tornaram violentos, e necessitaram da interferência policial. O Ministério do Interior da Espanha já divulgou, por exemplo, que 12 pessoas foram detidas na quarta-feira por bloquear centros de distribuição de mercadorias. Existe uma forte indignação dos fazendeiros, que é agravada em especial por dois fatores.

Primeiro, há o mercado exterior com que a Europa compete, em especial, a Ucrânia. Desde o início da guerra com a Rússia, já havia certa preocupação com relação à questão das exportações ucranianas, e a União Europeia acabou renunciando as cotas e taxas de imposto sobre esses produtos como uma forma de ajudar o país a resistir à invasão, com suporte econômico.

As medidas que foram removidas existiam justamente para manter o mercado ‘justo‘ de forma a incentivar a competitividade com produtos do exterior. Em sua ausência, a crise já havia chegado, em setembro de 2023, ao ponto da Polônia proibir importações de grãos ucranianos, e até parar de fornecer armas à Ucrânia. Já na época o primeiro-ministro polonês, Mateusz Morawiecki, havia dito que sua decisão de baseava no “interesse do agricultor polonês.”

Mudanças Climáticas

O segundo motivo pelos protestos terem tanta força é que a pauta do meio-ambiente se torna em décadas recentes um assunto crescentemente político, e cada vez mais associado à burocracia estatal.

No atual cenário político, é comum que as ‘regulações verdes’ sobre o mercado sejam tidas como principais fatores para explicar porque os setores econômicos de certos países (ou blocos, como o da UE) não conseguem competir com produtos mais baratos de outros países sem escassez: a lógica é de que os países com menos legislações de meio-ambiente podem fabricar mercadorias mais baratas, qualificando como concorrência desleal.

Porém, o outro lado da moeda é o fato de que as regulações da União Europeia sobre seus produtos tendem a ser extremamente importantes para assegurar o consumo saudável de seus cidadãos, a sustentabilidade de seus recursos no longo-prazo, e a cooperação efetiva contra o aquecimento global e outras mudanças climáticas: o ano de 2023 foi o mais quente já registrado na história, mas caso a UE não tivesse qualquer restrição sobre suas indústrias, é possível que a situação seria ainda pior.

Para a visão global, onde interesses sociais e econômicos colidem, a lógica dita que a concorrência desleal com que os fazendeiros europeus se preocupam só pode ser solucionada de duas maneiras: ou todos os países do mercado internacional passam a impor as mesmas regulações burocráticas sobre seus produtos, ou todos deixam de cobrá-las. Infelizmente para a comunidade científica preocupada com o futuro da humanidade em um planeta cada vez mais meteorologicamente caótico, a segunda solução é muito mais desejável no caso individual, à cada nação, no curto-prazo: os atuais protestos evidenciam, se não apenas a vontade da Europa, essa tendência no panorama global.

Estreia do Festival de Verão em Salvador é marcada por homenagens, protesto através da arte e muita dança

Neste sábado (27), ocorreu a em Salvador (Bahia), a primeira noite do Festival de Verão. O evento contou em sua noite de estreia com presenças ilustres de grandes personalidades da música brasileira, como Ivete Sangalo, Carlinhos Brown, Iza, Cabelinho e Ceelo Green.

Noite repleta de “mini eventos” durante o evento

Esta noite de sábado em Salvador contou com diversos acontecimentos conforme as apresentações iam acontecendo. O público que marcou presença no Festival de Verão pôde presenciar diversos “mini eventos” enquanto se deliciava com o festival em si, como por exemplo comemorar com o cantor MC Cabelinho seu aniversário de 28 anos enquanto, que além de realizar sua apresentação ao lado de TZ da Coronel, também proporcionou a alguns fãs a oportunidade de subir ao palco.


Iza e Liniker em Festival de Verão Salvador (foto: reprodução/bahianoticias/Enaldo Pinto)

Além de comemorar o aniversário do trapper, o público também presenciou a participação de Daniel Levi no show de Ivete Sangalo. O garoto de sete anos de idade repercutiu após brilhar no Festival Virada ao dançar no palco durante a apresentação de Ivete. Com isso, a cantora – a única que já participou de todas as edições do Festival de Verão em 25 anos – convidou Daniel para o festival deste sábado e permitiu que o garoto se apresentasse novamente ao dançar “Macetando”.

“Tem 25 anos que eu venho vivendo coisas fabulosas nesse palco, mas a mais especial é o tesão que vocês colocam em mim pra continuar fazendo arte” – exclama Ivete.

Homenagens e protesto no palco

A cantora Iza também marcou presença no evento e em sua performance contou com a participação da Liniker. Com isso, Iza não economizou nos elogios à colega e enfatizou que a mesma a inspira muito.“Queria agradecer ao Festival de Verão pelo convite. E o mais especial é me dar oportunidade de dividir o palco com este ícone que é esta cantora. Essa mulher me inspira e tenho certeza que inspira todos nós”, disse Iza ao lado de Liniker. Por sua vez, Liniker também devolveu elogios à Iza ao exprimir se sentir honrada por estar ao lado e ser amiga de uma das maiores cantoras, possuidora de uma das maiores vozes do país.


Carlinhos Brown em Festival de Verão Salvador (foto: reprodução/bahianoticias)

No decorrer do evento, o cantor Carlinhos Brown se apresentou ao lado da banda BaianaSystem. O ponto é que, após sua apresentação, Brown realizou um protesto em favor ao costume do “paredão”, que trata-se de um conjunto de alto-falantes que formam literalmente uma espécie de parede musical e se faz presente em diversas festas e eventos pelo Brasil.

O cantor defendeu que o uso destes equipamentos devem ser menos criminalizados e enfatiza que o paredão é uma “discussão social que nós estamos precisando ter”. Carlinhos ainda afirmou que através do paredão, as pessoas estão buscando uma forma de se manifestar, se reeducar e aproveitar a oportunidade, além de afirmar que a visão tida do paredão atualmente, foi a mesma visão já tida pelo funk, Timbalada e o Olodum no passado.