Lula discute guerra na Ucrânia e economia global por ligação com Putin

Neste sábado (9), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu uma ligação do presidente da Rússia, Vladimir Putin. A conversa, que durou em torno de 40 minutos, girou em torno de assuntos internacionais, incluindo a guerra na Ucrânia, a situação econômica global e o trabalho conjunto no Brics.

Segundo informações do Palácio do Planalto, a ligação partiu de Putin. Durante o diálogo, Lula reforçou que o Brasil mantém a posição de buscar uma saída pacífica para o conflito, apostando no entendimento entre as partes envolvidas. Ele também lembrou que o país está disposto a ajudar, inclusive por meio do Grupo de Amigos da Paz, criado em parceria com a China para apoiar iniciativas de negociação.

Conflito na Ucrânia e novas tentativas de acordo

A guerra entre Rússia e Ucrânia, que já ultrapassa três anos, continua sendo um dos principais temas da diplomacia mundial. Lula e Putin já haviam tratado do assunto pessoalmente em maio, quando o presidente brasileiro esteve em Moscou.

Durante a ligação, Putin falou sobre os movimentos mais recentes nas tentativas de encerrar o conflito, mencionando que deve se reunir com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na próxima semana, no Alasca. A expectativa é que discutam uma proposta russa envolvendo mudanças territoriais no leste da Ucrânia em troca do fim das hostilidades.


Lula e Putin em registro de 2010, anos antes das atuais discussões sobre guerra e economia (Foto: Reprodução/AFP/Getty Images Embed)


Lula, por sua vez, defende que o diálogo seja conduzido com apoio de outros países e organismos internacionais, como a ONU, para chegar a um cessar-fogo viável para todos os lados.

Brics e cooperação bilateral

Além da guerra, os dois presidentes falaram sobre a atuação conjunta no Brics, que reúne economias emergentes como Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Putin elogiou o Brasil pela organização da última cúpula do grupo, realizada em julho no Rio de Janeiro.

Também ficou acertado que a próxima reunião da Comissão de Alto Nível de Cooperação Brasil-Rússia deve ocorrer ainda este ano. A conversa ocorreu em meio a mudanças recentes na política comercial dos Estados Unidos, que aumentaram tarifas para produtos brasileiros, e a críticas de Trump ao papel do Brics no cenário econômico internacional.

Trump ameaça Putin e exige que guerra na Ucrânia acabe em 10 dias

Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, deu um ultimato para que Putin, presidente da Rússia, acabe com a guerra contra a Ucrânia em até 10 dias. Caso ele não o faça, Trump aplicará uma tarifa de 100% para a Rússia, além das tarifas já existentes.

O pronunciamento ocorreu durante uma visita à Escócia, onde informou que o próximo passo será impor tarifas contra o país, que terá até 8 de agosto para encerrar a guerra que persiste desde 2022.

Ameaça de Trump para Putin

A ameaça da tarifa de 100% não é nova, visto que Trump informou que poderia colocar essa tarifa para o maior país do mundo, bem como para parceiros comerciais, caso não houvesse um cessar-fogo em até 50 dias. Para um assessor de Putin, a declaração é um “ultimato teatral”, enquanto a Ucrânia elogiou a decisão.

Antes de uma reunião na Escócia nesta segunda-feira (28), o presidente dos EUA estava ao lado de Keir Starmer, primeiro-ministro britânico, e disse que estava decepcionado com Putin, portanto, diminuiria o prazo de 50 dias, pois já saberia a resposta do prazo menor.

Além de diminuir o prazo para resolução da guerra, Trump declarou não estar mais interessado em conversar com o presidente da Rússia, visto que ele parece somente fingir negociar um cessar-fogo.


Trump anuncia tarifas como ameaça caso Rússia não acabe com a guerra (Vídeo: reprodução/X/@clashreport)

Impacto no mercado

Questionado sobre o risco para o mercado global de petróleo, uma preocupação de analistas internacionais quanto à tarifa de 100%, dado que a Rússia possui uma das maiores indústrias globais, o presidente dos Estados Unidos comentou não estar preocupado.

O Kremlin, residência oficial do Presidente da Federação Russa, confirmou que uma reunião entre Trump e Putin pode ocorrer na China, em setembro, durante a comemoração dos 80 anos do fim da Segunda Guerra Mundial, mesmo com os comentários negativos de Trump, e sem sua presença confirmada no evento.

Trump ameaça Rússia com tarifa de 100% e pressiona por acordo de paz

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta segunda-feiraa (14) que dará 50 dias para a Rússia aceitar um cessar-fogo na guerra contra a Ucrânia. Caso Moscou não aceite os termos, ele promete taxar em 100% todas as exportações russas, além de impor tarifas secundárias a países que continuarem comprando produtos russos — como China e Índia.

“Vamos adotar tarifas secundárias”, afirmou Trump. “Se não chegarmos a um acordo em 50 dias, é muito simples, elas serão de 100%.” A estratégia visa pressionar financeiramente Moscou e acelerar uma solução diplomática para o conflito. Trump também prometeu apoio militar reforçado à Ucrânia, com o envio de armamentos de alta tecnologia, caso Vladimir Putin recuse o acordo proposto.

Efeitos colaterais: Brasil e aliados também na mira

Essa postura agressiva não se limita à Rússia. O Brasil, por exemplo, foi diretamente afetado. Trump anunciou uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, com início em 1º de agosto, em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, seu aliado político. A medida é vista como uma retaliação simbólica ao atual governo brasileiro e considerada uma forma de apoio indireto ao julgamento de Bolsonaro por participação na tentativa de golpe após as eleições de 2022.

Além disso, Trump sinalizou tarifas de 70% para produtos chineses e 60% para exportações europeias. A nova política tarifária busca reposicionar os EUA como potência dominante nas relações comerciais e diplomáticas, retomando o lema “America First” com força total.

Guerra se arrasta e Rússia intensifica ataques

A guerra entre Rússia e Ucrânia já dura mais de três anos e está longe de um desfecho. Nos últimos dias, a Rússia intensificou seus ataques com drones, atingindo cidades ucranianas e mantendo o controle de aproximadamente 20% do território da Ucrânia. Apesar de discursos diplomáticos por parte de Moscou, os ataques continuam diários, e Putin ainda não respondeu positivamente ao cessar-fogo proposto por Trump, já endossado por Kiev.


Resultado de recente ataque russo em Lviv, Ucrânia (reprodução/Ukrinform/NurPhoto/Getty Images embed)


Redefinição do equilíbrio global

Com sua nova abordagem geopolítica, Trump aposta no uso da força econômica para influenciar o cenário global. O ultimato à Rússia e as tarifas impostas a países como Brasil e China indicam uma postura mais direta e conflituosa, que pode redefinir o equilíbrio diplomático nos próximos meses.

Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, expressa gratidão a Trump por envio de armas

Nesta segunda-feira, o governante da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, agradeceu ao presidente Donald Trump, pelo recente envio de armas, fundamental para garantir a proteção da população europeia. O presidente dos EUA vem sinalizando apoio as terras ucranianas nos últimos dias, afirmando que as medidas serão essenciais para evitar novas mortes e preservar a vida no país. Conforme comentou o presidente estadunidense, Putin segue tomando decisões violentas que prolongam o conflito.

Insatisfação com Putin

Donald Trump afirmou nesta segunda-feira(14) nutrir um grande descontentamento quanto ao presidente da Rússia Vladimir Putin, que deverá contribuir para a finalização de novos acordos para o fim da guerra. Caso contrário, altas taxas serão impostas contra a Rússia.

Ainda na reunião, o governante dos EUA comenta que conseguiu acordar com a NATO para poder realizar o envio de mais armas para a Ucrânia, incluindo ainda o sistemas antimísseis Patriot. Trump ainda define que a terra do Tio Sam não gastará nada com esses envios, imbuindo todo o gasto de fabricação aos europeus. O porta-voz do Kremlin informou ser muito importante continuar havendo conversas sobre essa situação. Vale lembrar que o apoio dos norte-americanos a Kiev foi suspenso recentemente no início de julho deste ano.


Trump e Zelensky no dia 28 de fevereiro de 2025 (Foto: reprodução/Tierney L.Cross/getty Images Embed)


Acordo com a Otan

Na última quinta-feira (10), o presidente Donald Trump trouxe a informação de que esta fornecendo armas para a Ucrânia, por um acordo feito junto a Otan, assumindo todos os custos. Conforme divulgado pela Routers, o governante americano irá identificar armas dos stocks para efetuar o envio ao abrigo de autoridade para a retirada presidencial, o que permitiria que o presidente tivesse acesso aos armamentos em questão.

O ministro Russo declarou que Putin está aberto a novas negociações entre os três países, de modo a definir acordos que poderiam finalizar o conflito. Esta última semana havia sido marcada por intensos ataques ucranianos em terras russas, com a confirmação da morte de duas pessoas por ataques de drones ucranianos que tinham Moscou como alvo. A defesa aérea da Rússia chegou a identificar 155 drones.

Ex-Ministro dos Transportes Russo é encontrado morto logo após deixar governo

Roman Starovoit foi encontrado morto dentro de seu carro nesta manhã de segunda-feira (07/07) apenas algumas horas após ser demitido do Ministério por Vladimir Putin. De acordo com a apuração do jornal russo “Izvestiya”, o ex-ministro teria tirado a própria vida com uma arma de fogo. Um decreto presidencial foi publicado noticiando a exoneração do caro, sem, contudo, explicitar maiores justificativas. Starovoit estava à frente do Ministério desde maio de 2024 e enfrentava investigações por corrupção em sua antiga gestão, enquanto governador da região de Kursk, que faz fronteira com a Ucrânia.

Hipótese de suicídio

Segundo a agência de notícias Reuters, o Comitê Investigativo da Rússia, responsável pela investigação de crimes graves, trabalha para que haja uma conclusão precisa sobre o momento em que ocorreu a morte, pois, por ora, há muitos relatos conflitantes, não obstante, Roman Starovoit tenha sido encontrado, dentro de seu carro, já sem vida, com um ferimento de bala e, ao lado de seu corpo, segundo apontam vários meios de comunicação russo, uma pistola pertencente a ele mesmo, o que leva à suspeita de suicídio.

O suposto ato teria sido cometido algumas horas após o ex-ministro ter sido desligado de seu cargo no Ministério dos Transportes, sem maiores justificativas, pelo atual Presidente Russo, Vladimir Putin, cargo que Starovoit ocupava desde maio de 2024.


Vladimir Putin e Roman Starovoit (Foto: reprodução/X/@bosunatiklama)


Antes de ser nomeado Ministro, Roman governou a região de Kursk, que faz fronteira com a Ucrânia. Seu sucessor, Alexei Smirnov, foi acusado, em abril deste ano, por desvio de dinheiro público destinado à defesa, o que teria deixado a região mais vulnerável aos ataques ucranianos, na guerra em vigor há 4 anos.

Muito pressionado para justificar os motivos que levaram à exoneração do ex-Ministro, o porta-voz do Kremlin Dmitry Peskov apenas se limitou a dizer que caso Putin tivesse perdido a confiança em Starovoit, isso estaria expressamente mencionado no comunicado oficial, o que não ocorreu.

Antes de ser nomeado Ministro, Roman governou a região de Kursk, que faz fronteira com a Ucrânia. Seu sucessor, Alexei Smirnov, foi acusado, em abril deste ano, por desvio de dinheiro público destinado à defesa, o que teria deixado a região mais vulnerável aos ataques ucranianos, na guerra em vigor há 4 anos.

Crise na Rússia

Em virtude da guerra travada com a Ucrânia, a Rússia enfrenta uma crise nos meios de transporte e é nesse clima que ocorre a demissão de Starovoit. O setor de aviação, por exemplo, está com falta de peças de reposição e a Russian Railways, a estatal ferroviária russa, responsável pelo transporte de cargas e passageiros, uma das maiores do mundo, enfrenta crise provocada pelas altas taxas de juros, necessárias para conter a inflação.

Nomeação de Andrei Nikitin

Para ocupar o cargo anteriormente sob a responsabilidade de Starovoit, Putin nomeou Andrei Nikitin como Ministro Interino dos Transportes, ele que foi governador da região de Novgorod. Ao ser questionado sobre a rápida nomeação de Nikitin, o porta-voz do Kremlin, Peskov, disse:

“No momento, na opinião do presidente, as qualidades profissionais e a experiência de Andrei Nikitin contribuirão melhor para garantir que esta agência, que o presidente descreveu como extremamente importante, cumpra suas tarefas e funções.”


Nomeação de Andrei Nikitin como Ministro Interino dos Transportes Russo

O recém-nomeado Ministro não fez nenhum comentário sobre seu encontro com Putin, exceto sobre a enorme tarefa para reduzir os gargalos de carga e garantir fluxos transfronteiriços de mercadorias mais tranquilos.

Putin ordena o maior ataque aéreo contra a Ucrânia desde inicio da guerra

Durante a noite de quinta-feira e a madrugada de sexta, a Rússia realizou o maior ataque aéreo contra a Ucrânia desde o começo da guerra, segundo autoridades ucranianas. A ofensiva envolveu 539 drones e 11 mísseis lançados de forma coordenada.

O bombardeio aconteceu pouco antes de uma conversa programada entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. O ataque também veio um dia após Trump ter falado com o presidente da Rússia, Vladimir Putin — ligação que, segundo Trump, terminou sem avanços concretos.


Charge sobre conversa dos presidentes Putin e Trump (Foto: Reprodução/X/@AgenciaEll69700)


Na noite de quinta-feira e na madrugada de sexta, a Rússia fez seu maior ataque aéreo contra a Ucrânia desde o início da guerra. Segundo autoridades ucranianas, foram lançados 539 drones e 11 mísseis de forma coordenada. Esse bombardeio aconteceu poucas horas antes de uma conversa entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky — e um dia após Trump falar com o presidente russo, Vladimir Putin, sem chegar a nenhum acordo.

A Força Aérea da Ucrânia classificou a ofensiva como a mais intensa já registrada em número de projéteis. Zelensky informou, em uma publicação na rede X, que 270 dispositivos foram abatidos, sendo 208 por guerra eletrônica. Pelo menos 23 pessoas ficaram feridas. Segundo ele, os alertas de ataque começaram quase ao mesmo tempo que as notícias sobre a ligação entre Trump e Putin. “Foi uma noite brutal e sem sono”, declarou.

Cidades atingidas

Kiev foi o principal alvo, mas outras regiões como Dnipro, Sumy, Kharkiv e Chernihiv também foram atacadas. Ferimentos ocorreram não só pelas explosões, mas também por destroços que caíram dos projéteis interceptados.

A Rússia tem aumentado a frequência de seus ataques recentemente. Segundo a agência AFP, junho teve número recorde de mísseis e drones lançados. Mesmo com o ataque, Putin disse estar aberto a negociações com a Ucrânia, mas reforçou que seus objetivos militares continuam. Trump, por sua vez, expressou frustração com o tom da conversa com o líder russo.

EUA cancela envio de armas

Enquanto isso, os EUA anunciaram que vão suspender o envio de armas específicas à Ucrânia, alegando motivos de segurança nacional. Autoridades ucranianas pedem mais apoio internacional e novas sanções à Rússia, reforçando que a pressão econômica é essencial para frear a guerra.

A guerra entre Ucrânia e Rússia se estende há muitos anos, desde a disputa da Criméia em 2014. Mas esse conflito se intensivou desde a invasão de grande escala russa no território ucraniano em fevereiro de 2022.

Governo Russo autoriza criação de novo aplicativo de mensagens estatal

Nesta terça-feira (24), foi aprovado um novo projeto de lei pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, que tem como objetivo autorizar a criação de um novo sistema de mensagens estatal, visando que o governo russo se torne menos dependente de aplicativos ocidentais, como WhatsApp e Telegram.

A Rússia busca alcançar soberania e independência digital, após ver diversas startups e empresas de tecnologia deixarem o mercado de ações russos mediante às invasões ucranianas, em 2022. Com isso, a solução encontrada por Putin é de desenvolver com seus próprios recursos novas tecnologias capazes de substituir aplicativos de mensagem ocidentais, por exemplo, entre outros meios de comunicação e aplicativos.

O novo App

De acordo com legisladores russos, o aplicativo que está sendo desenvolvido, cujo nome ainda não é conhecido, deve oferecer além das funcionalidades básicas já presentes em outros aplicativos (como WhatsApp e Telegram), como mensagens de texto, de áudio, imagens e vídeo chamadas. Outras funcionalidades exclusivas devem estar presentes no aplicativo, segundo os russos.

No entanto, especialistas de segurança apontam que, pelo fato do governo exercer um controle 100% estatal sobre o app, pode acarretar um risco à privacidade e à liberdade dos cidadãos russos. O governo brasileiro também teve a ideia da criação de um aplicativo de mensagens estatal, porém, seu direcionamento foi apenas aos funcionários públicos federais.


Presidente da Rússia, Vladimir Putin, aprovou projeto de lei para criação de novo aplicativo de mensagens estatal (Foto: Reprodução/Gavriil Grigorov/Getty Images Embed)


Medidas do governo

De acordo com Mikhail Klimarev, diretor da Sociedade de Proteção à Internet, é estimado que a Rússia tome providências para que as pessoas migrem dos aplicativos de mensagem tradicionais para esse novo sistema. Uma das estratégias utilizadas é a diminuição da velocidade do WhatsApp e do Telegram no país, por exemplo.

Em um cenário hipotético, caso o aplicativo do governo atinja um número considerável de usuários, o governo russo pode fazer uma mudança radical, bloqueando os demais aplicativos de mensagem ocidentais, gerando um cenário de migração obrigatória da população para o novo serviço.

Putin está apreensivo com panorama que pode desencadear 3ª Guerra Mundial

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, admitiu estar preocupado com a escalada dos conflitos no Oriente Médio, que podem apontar para a 3ª Guerra Mundial. Putin fez a declaração durante o Fórum Econômico Internacional de São Petesburgo (SPIEF), nesta sexta-feira (20). 

Durante o evento, o líder russo falou sobre a guerra com a Ucrânia, desde fevereiro de 2022, e sobre o conflito do momento entre Israel e Irã, que é aliado da Rússia na guerra contra a Ucrânia. 


Fala do presidente russo expõe preocupações com a escalada do conflito entre Israel e Irã (Vídeo: reprodução/X/@sputinik_brasil)

O governante russo teceu comentários sobre os ataques em torno das instalações nucleares iranianas, onde especialistas da Rússia estão construindo dois novos reatores para Teerã. 

É preocupante. Estou falando sem ironia, sem brincadeira.

Vladimir Putin

O líder ressaltou que há um “grande e crescente potencial de conflito” no Oriente Médio, que pode escalar ainda mais no cenário internacional, diante dos olhos de todo o mundo. “E isso exige, é claro, não apenas nossa atenção cuidadosa aos eventos que estão ocorrendo, mas também a busca de soluções, de preferência por meios pacíficos, em todas as direções”, afirmou o russo. 

Putin mediador

O presidente russo se ofereceu para servir de mediador no conflito entre Israel e Irã, o que não causa surpresa. A oferta incomodou o presidente norte-americano Donald Trump.


Líderes mundiais pedem por uma mediação para que a situação entre Israel e Irã não se agrave (Vídeo: reprodução/YouTube/Record News)

Em 2025, Rússia e Irã assinaram um pacto de cooperação mútua de longo prazo, que inclui coordenação político-militar, apoio em fóruns internacionais e possíveis pactos de defesa mútua, segundo alguns analistas. 

O acordo não deixa claro se o Kremlin deve fornecer armamento ou contribuir na produção bélica iraniana. No entanto, caso o conflito no Oriente Médio se amplie, é possível que a Rússia ajude o governo do Irã. 

Rússia x Ucrânia

Putin lidera a invasão das tropas russas na Ucrânia em uma guerra que já dura três anos.

Devido aos atritos com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), composta por países da União Europeia, Estados Unidos e Reino Unido, existe o receio de que a guerra atinja mais regiões além das fronteiras ucranianas. 

O czar russo ameaçou novamente a Ucrânia e sinalizou que existe a possibilidade de tomar novos territórios, como a cidade de Sumy, ao nordeste do país. Putin declarou que os povos russo e ucraniano são um só e que “não busca a rendição do rival”, mas o reconhecimento de 20% do território ucraniano que as tropas da Rússia agora ocupam. 

A Ucrânia é nossa.

Vladimir Putin

O presidente russo justificou a invasão da Ucrânia como uma resposta aos constantes bombardeios ucranianos nas áreas de fronteira, por acreditar que os ucranianos representam uma ameaça para a Rússia. 

Em 2021, o chefe do Kremlin publicou um ensaio em que defende a inexistência da Ucrânia como um país soberano. Contudo, Putin disse nesta sexta que nunca questionou o direito do povo ucraniano a soberania da Ucrânia. Em contrapartida, pontuou que, quando o país declarou sua independência em 1991, era um “Estado neutro”

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky rejeita a ideia de que russos e ucranianos são um só povo. Kiev, com o apoio de aliados do Ocidente, classifica como ilegal a pretensão de Moscou sobre a Crimeia e outras quatro regiões do território ucraniano.

Zelensky espera retomada da troca de prisioneiros, enquanto Rússia acusa Ucrânia de atrasos

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse em um vídeo neste domingo (8), que espera que a troca de prisioneiros com a Rússia continue. A troca tinha parado devido a acusações de ataques dos dois lados.

Falas do presidente ucraniano

“Conversei hoje e ontem com o ministro da Defesa Umerov, com o chefe da HUR Budanov, com o chefe do SBU Maliuk, e a Ucrânia continua a fazer tudo o que for possível para que a libertação de nossos prisioneiros de guerra e a repatriação dos corpos dos nossos soldados caídos ocorram”, afirmou o presidente ucraniano.

Zelensky disse que as listas completas da Rússia, acordadas em Istambul, ainda não foram entregues à Ucrânia. Segundo ele, o lado russo, como de costume, está tentando fazer jogos políticos e espalhar desinformação, mesmo em questões tão sensíveis como essa.

O líder da Ucrânia afirmou que acredita na continuidade das trocas de prisioneiros e pediu que a população fique atenta aos alertas de ataques aéreos nos próximos dias, reforçando a importância de se manterem em segurança.


Matéria sobre a Turquia organizar encontro com líderes da Rússia e Ucrânia (Vídeo: reprodução/X/@CNNBrasil)

Rússia diz que troca está parada

O assessor do governo russo, Vladimir Medinsky, disse que a Ucrânia adiou de surpresa a troca de prisioneiros e a devolução dos corpos dos soldados mortos, sem dizer por quanto tempo. A Ucrânia, por sua vez, pediu que a Rússia volte a agir de forma séria.

O Ministério da Defesa da Rússia explicou que espera que as autoridades ucranianas logo tomem as decisões necessárias para a troca de prisioneiros e a devolução dos corpos dos soldados mortos.

O ministério disse que, até agora, Kiev não autorizou as ações humanitárias. Os representantes da Ucrânia não foram ao local da reunião, e o motivo do atraso ainda é desconhecido.

Ucrânia e Rússia se encontraram em Istambul na segunda-feira (2), para a segunda rodada de negociações de paz. Na reunião, decidiram trocar mais prisioneiros, dando prioridade aos mais jovens e feridos graves, e devolver os corpos dos soldados mortos.

“Não haverá paz imediata”, diz Trump após telefonema com Putin

Nesta quarta-feira (4), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, informou que conversou por telefone com Vladimir Putin sobre os ataques ucranianos contra bases russas. Em postagem na Truth Social, o presidente americano afirmou que ambos mantiveram um diálogo diplomático, mas “não uma conversa que levará à paz imediata na Ucrânia”.

Segundo Trump, a ligação durou 15 minutos e o líder russo está decidido a reagir aos ataques que destruíram pelo menos 40 aviões russos. Ainda durante a conversa, ele demonstrou preocupação com o armamento nuclear do Irã e pressionou Putin para que interceda pelo fim do enriquecimento de urânio.

O presidente Putin disse, e muito fortemente, que terá que responder ao recente ataque aos aeródromos. Também discutimos o Irã e o fato de que o tempo está se esgotando na decisão do Irã sobre armas nucleares, que deve ser tomada rapidamente! Declarei ao presidente Putin que o Irã não pode ter uma arma nuclear e, sobre isso, acredito que estávamos em acordo”, escreveu Trump em sua rede social.


Donald Trump fala sobre a conversa com Vladimir Putin (Foto: reprodução/X/@Geopoliticabra2)

Putin endurece discurso

Vladimir Putin afirmou também nesta quarta-feira (4) que a Ucrânia realizou ataques contra pontes nas regiões de Bryansk e Kursk durante o fim de semana, e classificou as ofensivas como atos de terrorismo. As explosões derrubaram as estruturas, mataram sete pessoas e deixaram 115 feridos.

Segundo ele, os ataques atingiram civis e tinham o objetivo de prejudicar as negociações de paz. O Kremlin reforçou que responderá à ofensiva ucraniana e acusou Kiev de intensificar as hostilidades. Além disso, o presidente russo afirmou que os ucranianos pediram uma reunião de cúpula entre líderes. Entretanto, questionou como esse encontro poderia ocorrer diante das atuais circunstâncias de terro


Encontro de representantes da Rússia e Ucrânia, em Istambul, Turquia (Foto: reprodução/X/@HakanFidan)

Acordo de troca de prisioneiros

Anteriormente, em reunião realizada na Turquia, as partes chegaram a um acordo para a troca de todos os prisioneiros com até 25 anos, além dos doentes e gravemente feridos. O trato também prevê a devolução dos corpos de soldados mantidos por ambos os lados.

Enquanto isso, a Rússia apresentou sua proposta de paz, que exige a anexação definitiva de 20% do território ucraniano, incluindo as regiões de Donetsk, Lugansk, Kherson, Zaporíjia e a Península da Crimeia ao território russo. A retirada imediata das tropas desses territórios. Além da remoção das sanções impostas à Rússia pelo Ocidente e descongelamento de ativos russos bloqueados no exterior.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, classificou a proposta como um “ultimato com condições inviáveis” e sugeriu um cessar-fogo temporário, até que se encontre uma solução definitiva para o conflito.