Ucrânia mira infraestrutura nuclear russa em novo ataque

Engels, a base aérea russa de bombardeio estratégico, foi atacada por drones ucranianos nesta quinta-feira (20). O ataque gerou uma gigantesca coluna de fumaça e moradores precisaram deixar suas casas.   

Contudo, essa não é a primeira vez que a base é atacada. Em janeiro, o exército da Ucrânia já havia bombardeado a área, atingindo um depósito de petróleo que alimentava a base, o que causou um incêndio que durou cinco dias.   

O Ministério da Defesa Russo informou que os drones atingiram uma área de armazenamento de munições, o que explica as explosões. Além do mais, dez pessoas ficaram feridas no ataque.   


O ataque gerou uma gigante coluna de fumaça (Vídeo: reprodução/X/@otempo)

Base aérea é estratégica para a Rússia

Base aérea é estratégica para a Rússia.  Por ficar a 700km da fronteira entre os dois países, a base é importante para a atividade militar russa. Engels hospeda as aeronaves supersônicas de bombardeio, que inclusive, são adaptadas para lançar armas nucleares.

E por esse motivo, a base abriga um depósito de ogivas atômicas. O Ministério da Defesa descartou qualquer incidente com as armas nucleares durante o ataque.

Proposta de cessar-fogo

A fim de resolver a questão, no último dia 11 de março, o presidente ucraniano Volodímir Zelensky aceitou um cessar-fogo temporário de 30 dias. Essa proposta foi feita pelo secretário de Estado americano, Marco Rubio. Mesmo com esforços e apoio da União Europeia, entretanto, a Rússia, através de representante, informou que só aceitaria o acordo de paz se fosse estabelecido nos termos de Moscou.      

Ontem (19/3), o presidente dos EUA, Donald Trump, ligou para Vladimir Putin, a fim de, novamente, propor um cessar-fogo. A conversa durou duas horas e terminou com a negativa do presidente russo.   

Logo após o telefonema, 45 drones atacaram a capital, Kiev. Em seguida, autoridades ucranianas informaram que casas e carros foram destruídos e duas pessoas ficaram feridas. Mais ao norte, um hospital foi atingido por um drone. Cerca de 100 pacientes precisaram ser retirados com urgência.  Como resposta, a Ucrânia enviou drones de longo alcance que destruíram um depósito de petróleo no sul da Rússia.   


Presidente russo Vladimir Putin discursando (Foto: reprodução/Instagram/@russian_kremlin)


Condições para acordo de paz

O Kremlin informou que suspendeu ataques contra a rede energética ucraniana, entretanto, acrescentou que só aceita um cessar-fogo definitivo se todo apoio militar e tecnológico à Ucrânia for suspenso imediatamente.   

Após conversa por telefone entre Putin e Trump, Rússia diz que cancelou ataque na Ucrânia

Nessa quarta-feira(19), a Rússia comunicou a suspensão de ataques que ia fazer na infraestrutura da Ucrânia. Segundo informado pelo governo Russo, essa desistência ocorreu devido a uma conversa entre os presidentes Donald Trump e Vladimir Putin, que aconteceu na última terça-feira(18). Putin teria concordado durante a conversa em parar com os ataques proferidos as instalações energéticas ucranianas, além disso, ele ainda mandou derrubar os drones que estavam a caminho da Ucrânia.

Acusação

Nessa quarta-feira(19), os militares da Rússia acusaram Kiev de sabotagem. De acordo com eles, o local teria enviado drones para um depósito de petróleo localizado no sul da Rússia, sabotando, consequentemente, a trégua entre os países. Peskov disse que os ucranianos, não respeitaram o cessar-fogo de 30 dias. Apesar disso, o porta-voz russo indicou que irá cumprir com o acordo a respeito de não atacarem a infraestrutura ucraniana, tendo em vista a conversa ocorrida entre Donald Trump e Vladimir Putin.


Vladimir Putin durante sessão plenária na Rússia (Foto:reprodução/contributor/ Getty Images Embed)


Situação

Zelensky, o então presidente da Ucrânia atual, disse que a conversa com Donald Trump foi relevante e franca., na qual havia uma preparação para que as equipes fossem instruídas com o intuito de que ocorra a expansão do cessar-fogo parcial.

Ainda de acordo com a fonte, terá uma reunião na Arábia Saudita entre os países para que ambos sigam em direção à paz. A Casa Branca informou também a respeito do contato que houve entre os presidentes e disse que foi

Putin

Vladimir Putin, Presidente da Rússia, está aceitando um cessar-fogo parcial, mas não pretende finalizar a guerra enquanto a Ucrânia não ceder alguns territórios ao país em questão. Após essa recusa, as conversas entre os Estados Unidos e a Ucrânia ficaram um pouco tensas. Zelensky aceitou essa trégua de 30 dias e vai prosseguir dessa forma.

Secretário de Estado dos EUA afirma que Ucrânia deve abdicar de territórios ocupados pela Rússia

O secretário de Estado dos EUA declarou, nesta segunda-feira (10), que a Ucrânia teria que desistir de territórios ocupados ilegalmente pela Rússia, caso deseje um acordo de paz. Ele ainda afirma que não houve ameaça de corte do acesso à Starlink e que continuam a compartilhar informações com a Ucrânia.

A tentativa de chegar à paz

Marco Rubio, secretário de Estado, dos Estados Unidos, fez uma declaração, durante uma entrevista, afirmando que para que a Ucrânia possa obter um acordo de paz, eles deverão renunciar a territórios invadidos pela Rússia, durante a guerra.

Volodymyr Zelensky, o presidente da Ucrânia, desembarcou para uma reunião com o primeiro-ministro da Arábia Saudita, Mohammad bin Salman. No mês de fevereiro, os sauditas receberam representantes dos EUA e da Rússia, porém os ucranianos acabaram ficando de fora.

Nesta terça-feira (11) ocorrerá uma conversa entre os EUA e a Ucrânia, porém não contará com a presença do presidente ucraniano, que será representado pelo chefe do gabinete presidencial e os ministros das Relações Exteriores e da Defesa.


Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, em encontro com representantes políticos de países da Europa (Foto: reprodução/Nicolas Economou/NurPhoto/Getty Images Embed)


A intenção da Ucrânia é propor um cessar-fogo nos combates aéreos e marítimos. Em entrevista feita no seu avião rumo à Jeddah, Marco Rubio considerou a proposta do encerramento dos combates pelo céu e mar, porém afirmou que a melhor chance da Ucrânia de conseguir o cessar-fogo é de permitir que os russos fiquem com os territórios que conquistaram da Ucrânia, durante os conflitos.

Os russos não podem conquistar toda a Ucrânia e, obviamente, será muito difícil para a Ucrânia, em qualquer período de tempo razoável, forçar os russos a regressar ao ponto onde estavam em 2014. Temos que sair daqui com a sensação de que a Ucrânia está preparada para fazer coisas difíceis, como os russos terão que fazer coisas difíceis para acabar com este conflito ou pelo menos interrompê-lo de alguma forma”, afirmou Rubio.

O secretário de Estado americano desmentiu as acusações de soldados ucranianos, que disseram que a Starlink, empresa fornecedora de internet de Elon Musk, estava enviando suas coordenadas para a Rússia. Ele ainda disse que os Estados Unidos seguem compartilhando informações com a Ucrânia e que não há ameaça de corte do acesso à Starlink.

A situação do conflito

No ano de 2014 a Rússia anexou a península da Crimeia. Após o começo da invasão, em 2022, as regiões de Zaporizhzhya, Kherson, Luhansk e Donetsk foram dominadas pelos russos.


Presidente da Rússia, Vladimir Putin, durante encontro no Kremlin, em Moscou (Foto: reprodução/MIKHAIL METZEL/POOL/AFP/Getty Images Embed)

A Europa tenta avançar planos para garantir a paz na Ucrânia, por meio de forças enviadas, caso o acordo entre os ucranianos e os russos seja feito. O presidente da França, Emmanuel Macron, organizou um encontro para esta terça-feira (11), com representantes de mais de 30 países.

Vladimir Putin afirma que guerra não teria eclodido sobre a presidência de Trump

Durante uma entrevista à televisão estatal russa, Vladimir Putin reproduziu o discurso de Donald Trump, alegando que a guerra não teria eclodido sob sua presidência. Na entrevista, realizada na última sexta-feira, Putin afirmou que estaria pronto para discutir o conflito com Trump.

Putin elogia Trump

Ainda durante a entrevista, Putin elogiou Trump, chamando-o de um “homem inteligente e pragmático”, que está focado nos interesses dos EUA, demonstrando simpatia pelo ex-presidente dos Estados Unidos.

“Eu não poderia discordar dele que se ele tivesse sido presidente, se eles não tivessem roubado sua vitória em 2020, a crise que surgiu na Ucrânia em 2022 poderia ter sido evitada”

Vladimir Putin durante entrevista à TV estatal russa

No decorrer da entrevista, Putin mencionou que, mesmo não podendo entrar em detalhes, o presidente americano “declarou sua disposição em trabalhar em conjunto”. O líder russo também afirmou que a Rússia estava pronta para iniciar as negociações.


— Foto: Tanque de Guerra durante o conflito na Ucrânia (Reprodução/AFP/ROMAN PILIPEY/Getty Images Embed)


Por outro lado, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky rejeitou qualquer discussão sobre “a Ucrânia sem a Ucrânia”, o que demonstra que, mesmo com o tom de que a guerra começa possivelmente a apontar para um fim, ambos os lados ainda têm uma longa negociação pela frente.


Trump, por outro lado, comentou na última quarta-feira, logo em seus primeiros dias de mandato, que pretende impor ainda mais sanções à Rússia, por meio de tarifas e impostos mais rigorosos, caso o país não concorde em encerrar o conflito.

O conflito entre ambos os países, que começou em 2014 e se intensificou com a invasão da Rússia à Ucrânia em 2022 no que é chamado pelo governo russo de “Operação Militar Especial na Ucrânia” vem, desde então, trazendo consequências globais. Com o conflito aparentando chegar a um momento decisivo, isso pode ajudar a acalmar as tensões que têm alimentado aquela parte da Europa.

Putin é ameaçado com sanções para acordo imediato com Ucrânia

O atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump intensificou a pressão sobre o presidente russo, Vladimir Putin, nesta quarta-feira (22), para que faça um acordo de paz com a Ucrânia, ameaçando com medidas econômicas mais duras, se Moscou não concordar em acabar com a guerra.

Trump chamou o presidente russo, Vladimir Putin, diretamente pelo nome em post feito no Truth Social, argumentando que sempre teve um bom relacionamento com o líder, mas que era hora de resolver “essa guerra ridícula!”


Post feito pelo Presidente Trump na rede social (Reprodução/Truth Social/@realdonaldtrump)


Sanções do EUA

Essa foi a posição mais severa de Trump em relação a Putin, desde que ele retornou à Casa Branca nesta semana, apesar dos temores de que seria Kiev, e não Moscou, que ele forçaria a fazer um acordo de paz.

Durante uma coletiva de imprensa na Casa Branca, na última terça-feira, Trump disse apenas que “parece provável” que ele aplicaria sanções adicionais, se Putin não se apresentasse à mesa de negociações.

No entanto, o presidente dos EUA se recusou a dizer se daria continuidade à política de Biden, de enviar bilhões de dólares em armamentos para ajudar a Ucrânia.

A Rússia já enfrenta sanções esmagadoras dos EUA por causa da guerra, desde que invadiu a Ucrânia em 2022, e o comércio diminuiu para um nível baixo. O governo do antecessor de Trump, Joe Biden, impôs sanções abrangentes contra o setor de energia de Moscou, no início deste mês.

Relações entre Putin e Trump

Os Estados Unidos importaram US$ 2,9 bilhões em mercadorias da Rússia de janeiro a novembro de 2024 – uma queda acentuada em relação aos US$ 4,3 bilhões no mesmo período de 2023, de acordo com o Departamento de Comércio dos EUA.

Trump também disse que espera encontrar Putin, com quem teve uma cúpula em seu primeiro mandato em Helsinque, em breve.


Trump e Putin em encontro no Palácio Presidencial em Helsinque (Foto: reprodução/Instagram/@bbcnews)


Antes de sua nova posse na segunda-feira (20), Trump prometeu acabar com a guerra na Ucrânia “dentro de 24 horas”, aumentando as expectativas de que alavancaria a ajuda para forçar Kiev a fazer concessões territoriais a Moscou.

No dia da posse, Putin parabenizou Trump e disse que estava aberto ao diálogo e a um acordo para uma paz de longo prazo.

Kremlin avalia cortar relações diplomáticas com o Ocidente

Segundo um pronunciamento do Kremlin, nesta quinta-feira (27), a Rússia estaria considerando diminuir suas relações diplomáticas com o Ocidente, uma vez que cada vez mais o envolvimento dos Estados Unidos e seus aliados, é mais profundo na guerra da Ucrânia. Importante ressaltar que apesar de estar sendo considerado, nenhuma decisão foi tomada. 


Ameaças russas contra Estados Unidos (Vídeo: reprodução/Youtube/O Liberal)

Declarações do Kremlin

Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, disse em resposta aos jornalistas sobre a possibilidade de tomar essa nova medida: “Reduzir o nível de relações diplomáticas é uma prática comum entre Estados que se encontram em meio a manifestações hostis”.

O porta-voz esclarece ainda que, com o envolvimento constante e cada vez mais profundo do Ocidente no conflito com a Ucrânia, a Rússia deve continuar considerando diversas possibilidades de resposta para tamanha hostilidade na intervenção Ocidental no conflito ucraniano.

Por fim, Peskov reafirmou que nenhuma decisão foi tomada sobre o assunto e outras alternativas estão sendo consideradas resposta ao Ocidente. 


Vida de ucranianos após anos de guerra (Vídeo: reprodução/Youtube/Estadão)

Guerra na Ucrânia

O conflito no leste da Europa iniciou-se em 24 de fevereiro de 2022 quando tropas russas invadiram o território ucraniano com ataques a cidades próximas a capital Kiev, isso levou a um acirramento das tensões entre a Rússia e Ucrânia.

Um dos principais motivos para Guerra é a possível entrada da Ucrânia para a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), uma vez que a Rússia demonstrava profundo interesse em recuperar o território que, uma vez havia lhe pertencido.

O comandante da Ucrânia é seu presidente Volodymyr Zelensky, com o Reino Unido, França, Japão, EUA, Alemanha, Canadá e Itália como seus aliados. Enquanto a Rússia tem Vladimir Putin em sua presidência, com Venezuela, Belarus, Síria, Cuba, Nicarágua e Cazaquistão dando apoio. 

Embora tenham acontecido alguns contra-ataques da Ucrânia, é possível afirmar que o governo russo possui mais pontos de domínio mesmo após um ano e meio de guerra. Até agora, a Guerra deixa milhões de mortos, feridos e refugiados com impactos econômicos e políticos em escala global.

Rússia atualiza doutrina nuclear após visita a Coreia do Norte

A Rússia está atualizando a sua doutrina nuclear de acordo com o porta-voz do Kremlin Dmitry Peskov. A informação vem após o presidente russo Vladmir Putin declarar, na sexta (21), que a Rússia vai continuar a desenvolver seu arsenal militar após visita a Coreia do Norte. A Rússia é considerada a maior potência nuclear do mundo.

Segundo Peskov, Putin quer alinhar a doutrina com base na realidade atual. A doutrina atual do país diz que a Rússia pode usar armas nucleares em resposta a um ataque do tipo ou no caso de uma ofensiva convencional que represente uma ameaça à existência do Estado.

Putin, nesta sexta-feira (21), declarou que planeja desenvolver ainda mais a chamada tríade nuclear como uma dissuasão estratégica para preservar o equilíbrio de poder no mundo. Essa tríade é como são chamados os mísseis russos que são lançados por terra, mar e ar. A mudança dos parâmetros para o uso de armas nucleares é defendida por analistas russos desde o início da guerra contra a Ucrânia, mas Putin diz que não há necessidade da Rússia usar um ataque nuclear preventivo.

Um integrante sênior do Parlamento russo disse no domingo (23) que a Rússia poderia reduzir o tempo estipulado atualmente para tomadas de decisões se entender que as ameaças estão aumentando.

Visita de Putin a Coréia do Norte


Vladmir Putin e Kim Jonh-Un (Foto: reprodução/Vladimir Smirnov/Getty Images Embed)


As declarações foram feitas após uma visita de Putin a Pyongyang, Coreia do Norte, na semana passada para uma cúpula com o líder Kim Jong-Un. Foi a primeira vez que o presidente visitou o país em 24 anos. O país também tem armas nucleares. Na ocasião, os dois líderes assinaram um acordo que promete que cada lado forneça assistência militar imediata em caso de agressão armada a qualquer um dos dois.

A imprensa russa diz que Putin espera que a cooperação com a Coreia do Norte desencoraje o Ocidente mas ele não vê necessidade do uso de soldados norte-coreanos na guerra. O encontro preocupou a OTAN que afirmou que os países aliados da Rússia queriam que a aliança ocidental fracassasse.

A Guerra da Ucrânia

A Guerra da Ucrânia foi responsável por desencadear o maior conflito entre Rússia e Ocidente desde o fim da Guerra Fria. A última vez que foi vista uma tensão entre o país e o Ocidente foi na Crise dos Mísseis em Cuba em 1962. Desde o início da guerra, a Rússia recebeu mais de 16,5 mil sanções e precisou nacionalizar ainda mais a sua economia.

Rússia vai desenvolver arsenal nuclear para preservar “equilíbrio global”

Vladimir Putin, atual presidente da Rússia, anunciou nesta sexta-feira (21), que o país irá continuar a desenvolver seu arsenal de armas nucleares. Atualmente as armas podem ser usadas em resposta a um ataque nuclear ou que ameace a existência do Estado. A Rússia possui o maior arsenal do mundo e deverá fornecer o material, inclusive drones com tecnologia avançada, para a Coreia do Norte.

Objetivo

Putin discursou no Kremlin para futuros militares, policiais e integrantes de serviços de inteligência, compartilhando sua estratégia com o desenvolvimento contínuo de armas. “Planejamos desenvolver ainda mais a tríade nuclear como uma garantia de dissuasão estratégica e para preservar o equilíbrio de poder no mundo”, disse ele. Ou seja, criar um exército forte e bem armado, ao ponto de outros países pensarem muito bem antes de qualquer ataque.

Não é a primeira vez que o equilíbrio de poder do mundo é citado põe Putin, recentemente ele comentou sobre a relação da OTAN com a Ásia, “A Otan já está se ‘mudando’ para lá [Ásia] como se fosse um local de residência permanente. Isso, é claro, cria uma ameaça a todos os países da região, incluindo a Federação Russa.” Afirmou. A Rússia está em guerra contra a Ucrânia a pouco mais de dois anos, e vem sofrendo sanções de todo o Ocidente, o que explica a busca por defesa e poder.

A tríade a qual Putin se refere, são seus mísseis nucleares, que podem ser lançados por terra, mar e pelo ar.

Acordo com a Coreia do Norte


Vladimir Putin e Kim Jong Un (Foto: reprodução/KRISTINA KORMILITSYNA/POOL/AFP via Getty Images Embed)


Na quarta-feira (19), a Rússia e a Coreia do Norte assinaram um pacto com promessa de defesa mútua em caso de ataque. A articulação foi considerada “preocupante” pela Casa Branca.

Com sua união com os nortes coreanos, Putin alegou que se a aliada do EUA, Coreia do Sul, resolver fornecer armas para os ucranianos, estará comentando um grande erro e que Moscou irá responder de maneira severa.

Putin visita a Coreia do Norte com a intenção de fortalecer laços

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, está visitando a Coreia do Norte nesta terça-feira com o objetivo de reforçar a sua aliança comercial e militar com o país.

A intenção dessa aliança é de a Rússia apoiar Coreia do Norte no Conselho de Segurança das Nações Unidas, conselho no qual a Rússia tem inclusive poder de veto. O governo russo como um todo tem feito uma reavaliação em relação a suas posições sobre a Coreia do Norte.


Presidente Russo Vladimir Putin durante um evento (Foto: reprodução/AFP/Mikhail Tereshchenko/Getty Images Embed)


Após 24 anos Putin volta a visitar a Coreia do Norte

A visita de Putin a Coreia do Norte marca a vinda do presidente russo ao país, depois de quase 24 anos. A última viagem de Putin em Pyongyang ocorreu em julho de 2000.

O convite foi feito pelo líder norte-coreano Kim Jong Un ao Putin, isso ocorreu durante uma visita ao Extremo Oriente Russo em setembro de 2023. A delegação será formada por exemplo com o ministro da Defesa da Rússia, Andrei Belousov e o ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, dentre outros nomes que irão na viagem para a Coreia do Norte.

A posição dos Estados Unidos em relação a viagem de Putin

O Departamento de Estado dos EUA se pronunciou dizendo que estava “bastante certa” de que o acordo entre os dois pais envolvia transferência de armas.

Mas os dois países negaram que a transferência de armas fazia parte do acordo, e disseram que poderia haver acordos militares para se realizarem exercícios militares juntos. Ainda em março a Rússia vetou uma renovação que ocorre anualmente de um painel de peritos que fiscalizam a aplicação das sanções contra a Coreia do Norte isso acontece por causa dos programas de armas nucleares do país.

A possível assinatura de acordo entre Coreia do Sul e Rússia

O Yuri Ushakov, que é conselheiro de política externa do governo russo, falou que é possível que os dois países assinem um acordo de parceria envolvendo questões de segurança.

Segundo a agência de notícias russa, a Interfax, durante a visita haverá reuniões entre Putin e Kim Jong-Un, uma recepção de estado, assinatura de documentos e uma declaração para a imprensa.

Ambos os países argumentam que mais sanções não vão ajudar a resolver a situação e que os exercícios miliares entre Estados Unidos e Coreia do Sul acabam só provocando Pyongyang.

Ucrânia rejeita condições de cessar-fogo oferecidas pela Rússia

Nesta sexta-feira (14), o presidente da Rússia, Vladimir Putin, apresentou um plano de paz para a Ucrânia. Durante um discurso no Ministério Russo dos Negócios Estrangeiros em Moscovo, Putin afirmou que seria uma “resolução final” para o conflito.  A Ucrânia, por sua vez, rejeitou as condições, pontuando que são “absurdas” e que o presidente da Rússia estaria tentando ludibriar as potências mundiais e abalar os esforços genuínos de paz.

Proposta de Paz da Rússia

O resumo das condições impostas pelo governo Russo é que Kiev concorde em desistir de se integrar à OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e em entregar quatro províncias reivindicadas por Moscou.


Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia (Foto: reprodução/Brendan Smialowski/Pool/AFP/Getty Images embed)


O Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia afirmou que as declarações são manipuladoras e destinadas a enganar a comunidade internacional, minando os esforços diplomáticos para alcançar uma paz justa.

“É absurdo que Putin, que planejou, preparou e executou, junto com seus cúmplices, a maior agressão armada na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, se apresente como um pacificador.”

Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia

Os ucranianos não veem legitimidade na proposta da Rússia

Mykhailo Podolyak, assessor presidencial ucraniano, expôs que não vê uma possibilidade de acordo, levando-se em consideração as condições e a declaração de Putin.

“Ele está oferecendo à Ucrânia que admita a derrota… que legalmente entregue seus territórios à Rússia. Ele está oferecendo à Ucrânia que assine sua soberania geopolítica. Pela declaração de Putin, a Rússia está fazendo parecer que não foram eles que começaram a agressão, mas como se estivessem propondo a paz e a Ucrânia não a quisesse”.

Mykhailo Podolyak

A Rússia divulgou seu plano de paz às vésperas de uma conferência na Suíça. A Ucrânia está promovendo seu próprio plano de paz, no qual pede a retirada das tropas russas. Esse evento contará com a participação de mais de 100 países e organizações, incluindo chefes de Estado. Porém, o Kremlin não foi convidado.