O presidente da Rússia, Vladimir Putin, está visitando a Coreia do Norte nesta terça-feira com o objetivo de reforçar a sua aliança comercial e militar com o país.
A intenção dessa aliança é de a Rússia apoiar Coreia do Norte no Conselho de Segurança das Nações Unidas, conselho no qual a Rússia tem inclusive poder de veto. O governo russo como um todo tem feito uma reavaliação em relação a suas posições sobre a Coreia do Norte.
Presidente Russo Vladimir Putin durante um evento (Foto: reprodução/AFP/Mikhail Tereshchenko/Getty Images Embed)
Após 24 anos Putin volta a visitar a Coreia do Norte
A visita de Putin a Coreia do Norte marca a vinda do presidente russo ao país, depois de quase 24 anos. A última viagem de Putin em Pyongyang ocorreu em julho de 2000.
O convite foi feito pelo líder norte-coreano Kim Jong Un ao Putin, isso ocorreu durante uma visita ao Extremo Oriente Russo em setembro de 2023. A delegação será formada por exemplo com o ministro da Defesa da Rússia, Andrei Belousov e o ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, dentre outros nomes que irão na viagem para a Coreia do Norte.
A posição dos Estados Unidos em relação a viagem de Putin
O Departamento de Estado dos EUA se pronunciou dizendo que estava “bastante certa” de que o acordo entre os dois pais envolvia transferência de armas.
Mas os dois países negaram que a transferência de armas fazia parte do acordo, e disseram que poderia haver acordos militares para se realizarem exercícios militares juntos. Ainda em março a Rússia vetou uma renovação que ocorre anualmente de um painel de peritos que fiscalizam a aplicação das sanções contra a Coreia do Norte isso acontece por causa dos programas de armas nucleares do país.
A possível assinatura de acordo entre Coreia do Sul e Rússia
O Yuri Ushakov, que é conselheiro de política externa do governo russo, falou que é possível que os dois países assinem um acordo de parceria envolvendo questões de segurança.
Segundo a agência de notícias russa, a Interfax, durante a visita haverá reuniões entre Putin e Kim Jong-Un, uma recepção de estado, assinatura de documentos e uma declaração para a imprensa.
Ambos os países argumentam que mais sanções não vão ajudar a resolver a situação e que os exercícios miliares entre Estados Unidos e Coreia do Sul acabam só provocando Pyongyang.