Bolsonaro é hospitalizado às pressas durante visita ao Rio Grande do Norte

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi hospitalizado em Natal, no Rio Grande do Norte, na manhã desta sexta-feira (11), após sentir fortes dores abdominais durante visita à cidade de Tangará, no interior do estado.

Segundo boletim médico divulgado pela esposa Michelle Bolsonaro, o ex-presidente apresenta quadro de saúde estável. “O paciente apresentou-se com quadro de distensão abdominal e dor. Está programada a realização de exames de imagem com contraste para melhor avaliação do quadro clínico”, informou o boletim.

Ainda segundo o comunicado, Bolsonaro está consciente e sem dores após a administração de medicamentos.

Os médicos aguardam o resultado dos exames para discutir com a família sobre a decisão de uma possível transferência para outra unidade de saúde.

Carlos Bolsonaro relembra episódio da facada

Carlos Bolsonaro, um dos filhos de Jair Bolsonaro, usou o seu perfil na rede social X para descrever brevemente o ocorrido.

De acordo com o mesmo, o ex-presidente foi sedado para exames após ser diagnosticado com reflexos de aderências, consequências da facada que sofreu em 2018.

“A princípio, meu pai, desde o início da manhã, vem sentindo fortes dores abdominais. Mesmo assim, iniciou suas atividades e, no percurso, não aguentando mais as dores, foi levado ao hospital de Santa Cruz–RN, onde foi avaliado com reflexos de aderências (consequências permanentes da facada que sofreu) e, então, foi sedado para exames”, postou o vereador do Rio de Janeiro.


Carlos Bolsonaro descreve o momento do mal-estar de seu pai, Jair Bolsonaro (Foto: reprodução/X/@carlosbolsonaro)


Ex-presidente cumpria agenda em RN

Bolsonaro estava em Tangará quando relatou o mal-estar e foi levado de carro para a cidade vizinha, Santa Cruz, onde recebeu atendimento no Hospital Municipal Aluízio Bezerra.

Posteriormente, foi encaminhado por uma ambulância ao estádio municipal de Santa Cruz e dali embarcou rumo a Natal em um helicóptero da Secretaria de Segurança Pública do RN para o Hospital Walfredo Gurgel, o único do estado que dispõe de um heliporto. Por fim, houve o deslocamento ao Hospital Rio Grande, também localizado na capital.

Cumprindo agenda de seu partido (PL), o ex-mandatário realizaria uma série de visitas a municípios do Rio Grande do Norte que receberam recursos durante seu mandato. No entanto, devido à sua hospitalização, o evento foi cancelado.

O Partido Liberal (PL), chapa de Bolsonaro, emitiu uma nota expressando “profunda consternação com o ocorrido” e manifestando “orações pela plena recuperação do presidente Bolsonaro, confiando em Deus para que ele supere mais esse momento difícil”, disseram por fim.

Fugitivos de Mossoró: após 50 dias, PF consegue prender detentos

Nesta quinta-feira (04), a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal realizaram a recaptura de Rogério Mendonça e Deibson Nascimento – os dois detentos que fugiram na Penitenciária Federal de Mossoró em fevereiro deste ano.

Ao todo, as autoridades levaram 50 dias para localizá-los e prendê-los novamente. Rogério e Deibson estavam escondidos em Marabá, cidade localizada na região Sudeste do Pará e com uma distância de aproximadamente 1.600 quilômetros de Mossoró.

Relembre o caso  

No dia 14 de fevereiro de 2024, foi reportado o sumiço dos dois presidiários. Na época, a penitenciária estava passando por algumas obras internas e os detentos conseguiram acesso as ferramentas utilizadas para o trabalho. Rogério e Deibson quebraram uma das paredes das celas e fugiram pelo telhado.


Retrato de Rogério e Deibson no momento na prisão (Foto: reprodução/Iapen-AC/Estadão)

Ambos integravam a facção criminosa do “Comando Vermelho”. Deibson estava condenado a 74 anos de prisão por infração de delitos como, tráfico, assalto, homicídio e organização criminosa. Já Rogério deve cumprir a pena de 81 anos pelos mesmos crimes.

Como foi feita o processo de busca pelos detentos

Uma força-tarefa foi criada para que o sistema de buscas fosse o mais eficiente possível. Em um primeiro momento, as buscas estavam focadas apenas pelas redondezas de Mossoró, e contou com o apoio de forças como a Polícia Civil e a Polícia Militar do Estado.

Dois dias após o ocorrido, foram encontrados roupas velhas e objetos pertencentes a dupla. Rogério e Deibson chegaram a invadir três casas durante os 50 dias para se esconderem das autoridades. Em uma destas residências, eles fizeram uma família inteira de refém, além de roubar dois celulares e levar algumas unidades de alimentos.

Na manhã desta quinta-feira (4), a operação se intensificou após a Polícia Rodoviária Federal receber uma notificação de que Rogério e Deibson iriam atravessar para uma outra cidade vizinha chamada Tailândia. No entanto, a fuga foi evitada à medida que a polícia conseguiu fechar as duas vias da ponte que liga as regiões.

Além dos principais procurados, autoridades também prenderam cerca de 14 pessoas que auxiliaram o processo de fuga dos criminosos. Segundo fontes compartilhadas com a TV Globo, Rogério e Deibson devem retornar para o presídio de Mossoró em breve.