Nenê, do Juventude, conversa com capitães da série A para adiar partidas do Brasileirão

O meia Nenê revelou que entrou em contato com os jogadores através de um grupo criado antes do início do Brasileirão. Em entrevista ao “Último Lance”, do canal TNT, o capitão revelou que enviou um texto explicando a situação comovente no Rio Grande do Sul, que enfrenta a pior enchente da história.


Nenê durante uma partida (Reprodução/Instagram/@ecjuventude)


“A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) acatou uma parte do pedido para paralisar só nossos jogos, mas isso deveria ser, pelo que está acontecendo, expandido. O ideal seria a paralisação do campeonato”, contou o jogador. Apesar da mobilização e solidariedade, os 20 capitães não chegaram em um consenso para a elaboração de um documento oficial solicitando a paralisação.

Mobilização

A situação no Rio Grande do Sul ainda é muito comovente. O estado já tem 113 vidas perdidas e mais de 140 desaparecidos. Para Nenê, o ideal é a paralisação geral do campeonato porque não há clima para a realização dos treinos e jogos. “Uma vida vale mais que um gol. Jogadores e funcionários do Inter e do Grêmio têm famílias que estão desabrigadas, sem comida e sem água”, desabafa.

O atleta continuará em busca de um diálogo mais efetivo com os demais jogadores para conseguir uma conversa com a CBF. Alguns times da primeira divisão mostraram-se contrários a suspensão das partidas.

Paralisação dos times gaúchos

A CBF suspendeu apenas as partidas do Juventude, atual clube de Nenê; Grêmio e Internacional, até o dia 27 de maio. Os estádios e Centros de Treinamento dos clubes gaúchos não estão em condições de receber partidas. Em Porto Alegre, a Arena do Grêmio e o Beira-Rio, do Inter, foram inundados. O Juventude é o único time gaúcho da Série A que tem condições para realizar os treinos.

Lewis Hamilton posta em sua rede social uma mensagem de apoio ao Rio Grande do Sul

Nesta quinta-feira (9), Lewis Hamilton, piloto de Fórmula 1, fez uma publicação nas redes sociais, em solidariedade à população do Rio Grande do Sul, que foi afetada por fortes chuvas e que causou inundações em diversas partes do estado desde a semana passada.

O story de Lewis Hamilton

O piloto heptacampeão postou um story com um vídeo do jornal The Guardian mostrando a situação do Rio Grande do Sul, e ele ainda escreveu: “coração está com todos no Brasil afetados por essa enchente”.


Post do Lewis Hamilton no Instagram (Foto: reprodução/Instagram/@lewishamilton)


Em novembro de 2022, o piloto inglês recebeu o título de cidadão honorário do Brasil por causa da ligação com o país. A homenagem foi motivada devido a celebração de Lewis Hamilton depois de vencer o GP de São Paulo de 2021, no Autódromo de Interlagos. Na corrida, o britânico foi de 10º a 1º  e reproduziu o gesto do tricampeão Ayrton Senna, do qual já declarou ser fã, ele carregou a bandeira do Brasil no carro e no pódio.

Situação do Rio Grande do Sul

Segundo o último boletim da Defesa Civil do Rio Grande do Sul, o estado tem 107 mortos por causa das chuvas. Ainda tem 136 desaparecidos, 374 feridos e 232,6 mil pessoas estão desabrigadas, sendo que 67.563 estão ficando em abrigos e 165.112 estão ficando em casas de parentes e amigos. O governo gaúcho contabiliza 1.482.006 moradores afetados em 428, das 497 cidades do Rio Grande do Sul.

Doação de Verstappen

Na quarta-feira, o piloto holandês doou uma camisa autografada da Red Bull para o “Bazaar For Good”, esta instituição promove leilões e irá doar parte da renda para o Rio Grande do Sul. O bazar foi fundado por uma brasileira que é amiga de Kelly Piquet, que é namorada do tricampeão mundial da categoria.

A camisa do holandês possui detalhes especiais que foram feitas para o GP de Miami. Nos lados da roupa é possível ver a bandeira dos Estados Unidos.

O “Bazar for Good” acontece em Miami, a meta é arrecadas aproximadamente 500 mil dólares em leilões de peças raras e exclusivas para doações. Parte do lucro irá para o Rio Grande do Sul.

Casos de abusos em abrigos provocam medidas de segurança

Mesmo enquanto o Rio Grande do Sul está envolto pelo caos provocado a partir das inundações, crimes voltados às mulheres não cessam e causam pânico em abrigos, especialmente aqueles que ainda não possuem recursos para segurança completa. Casos de abuso sexual, assédio e violência já foram relatados em abrigos de Porto Alegre e Região Metropolitana.  

Luta pela segurança

Desde a criação de abrigos para as pessoas diretamente afetadas pela inundação ocorrente no estado do Rio Grande do Sul, se tem notícias de casos de violência e tumulto. Em primeiro momento, estes, eram apenas casos de furtos e assaltos com um ou outro tumulto generalizado, entretanto, desde o crescimento do salvamento de desabrigados e aumento de mulheres e crianças em espaços de acolhimento voluntário, crimes quanto a violência sexual se tornaram gradativos. 

De acordo com a CNN, que teve acesso exclusivo a alguns desses abrigos, colchões dispostos com roupa de cama são diferenciados apenas por um urso de pelúcia para as crianças, mostrando assim a fraca configuração de espaço. Segundo o jornal, divulgações do local da casa ou de imagens do abrigo não foram permitidas pelas voluntárias por medo do local se tornar alvo para criminosos. O espaço que fica na Região Metropolitana é mais um dos vários que já relataram casos do tipo e fizeram o possível para aumentar a segurança com outros próprios voluntários e solicitando a presença de autoridades de segurança pública. 

Nesta quinta-feira (09), em encontro com o Ministério Público do Estado, representantes da Prefeitura e do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, a deputada estadual, Delegada Nadina (PSDB), levantou como tópico de urgência a criação de abrigos exclusivos para mulheres e crianças na capital. Segundo a deputada, tais instituições irão buscar locais em Porto Alegre durante os próximos dias com o intento de montar um espaço provisório para mulheres ao menos nos próximos três dias. O Ministério das Mulheres declarou em nota que a ministra recebeu denúncias na noite de terça-feira (07) e desde o dia seguinte montou uma força de trabalho interno no sentido de arquitetar medidas bem como para manter o diálogo com representantes da sociedade civil lá no estado gaúcho. 

Segundo a pasta, desde as denúncias, forças policiais do Rio Grande do Sul informaram ter aumentado a segurança nos abrigos. É percebido que casos como esses são condicionados ao fato de muitas crianças estarem sozinhas, devido às muitas separações de famílias ocorridas nas enchentes. A fragilidade e vulnerabilidade das mulheres também é um explícito fator que caminha conjuntamente com o extenso número de lotação em abrigos, fazendo assim muitos casos passarem despercebido. O Ministério das Mulheres está organizando a ida da ministra ao estado e assim como uma equipe para ficar no local, entre outras ações. 

Como ajudar o Rio Grande do Sul

Devido a catástrofe ambiental que assolou o estado gaúcho, muitos recursos estão em falta como roupas, alimentos, água potável, medicamentos, produtos de higiene pessoal, calçados e cobertores. Com isso, o governo do estado do RS e instituições na linha de frente de acolhimentos voluntários, divulgaram formas de ajudar: 


Pontos de doação para gaúchos (foto: reprodução/ Igo Estrela/ Metrópoles)


Força Aérea Brasileira (FAB): três bases destinadas a doações para a população gaúcha

  • Base Aérea de Brasília

           Endereço:  Área Militar do Aeroporto Internacional de Brasília

           Horário: 8h às 18h

  • Base Aérea de São Paulo

Endereço: Portão G1 – Av. Monteiro Lobato, 6.365 – Guarulhos – SP ou Portão G3 (Acesso pelo Aeroporto)

Horário: 8h às 18h

  • Base Aérea do Galeão

Endereço: Estrada do Galeão S/N

Horário: 8h às 18h

Senado Federal: arrecadação de cobertores

O material arrecadado será encaminhado ao Rio Grande do Sul pela Força Aérea Brasileira (FAB). 

Luan Santana anuncia doações para ajudar o estado do Rio Grande do Sul

Nesta quinta-feira (9), em suas redes sociais, o cantor Luan Santana anúncio que está realizando uma série de doações para ajudar o estado Rio Grande do Sul, que está num momento de profunda calamidade, devido as enchentes que tomaram conta das cidades. Até o momento, o estado registrou o número de 100 mortos , 130 pessoas desaparecidas e 374 feridos, em razão dos temporais que estão atingindo as cidades do estado.

O cantor aproveitou a oportunidade para incentivar o público e seus fãs para também ajudarem da forma que puderem: “O Rio Grande do Sul precisa da gente. Vamos continuar doando!”.

Doações

No seu Instagram, o cantor contou que já realizou sua doação pessoal para ajudar as vítimas. Ele também disse que  irá doar toda a renda obtida no “Luan City Festival” de Campo Grande para o RS e, neste sábado (11), irá transmitir seu festival que acontecerá no Rio de Janeiro pelo Youtube e Multishow com intuito de alcançar mais pessoas e levantar mais recurso para ajudar o estado.


Vídeo do cantor Luan Santana em apoio ao Rio Grande do Sul (Vídeo: Reprodução/Instagram/@luansantana)


Em suas redes socias, o cantor afirmou está buscando alternativas para ajudar, e ressaltou para que todos que puderem ajudá-lo nesse causa.

“Eu tenho certeza de que com a ajuda de todos, vamos mudar essa realidade. Eu já fiz a minha doação pessoal e tô mandando uma carreta com água e alimentos essenciais(…) Também estamos iniciando uma campanha de ingresso solidário para o Luan City Festival de Campo Grande, com renda revertida para o RS, e, no próximo sábado, junto com a Stanley, vou transmitir o Luan City Festival RJ no meu canal do YouTube, buscando levantar ainda mais recursos para o estado”.

 

Mais doações

Além da carreta com água e alimento essenciais para ajudar as pessoas, ele ainda acrescentou que está realizando uma ação, junto com os parceiros da Farmácias São João, de doação de remédios e, por último, seu fã clube estará realizando um leilão para doar um violão seu autografado para reverter a verba em doações.

 

Governo Federal autoriza importação de arroz para recompor estoques no RS

O Governo Federal, em resposta às recentes enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul, principal estado produtor de arroz do país, tomou medidas emergenciais para garantir o abastecimento interno do grão.

Medida Provisória para Importação Emergencial

Publicada em edição extra do Diário Oficial, uma Medida Provisória autoriza a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) a importar até 1 milhão de toneladas de arroz em caráter excepcional. Essa ação visa a recomposição dos estoques públicos e será realizada por meio de leilões públicos, a preço de mercado.

Os estoques importados serão preferencialmente destinados à venda para pequenos varejistas das regiões atingidas pelas enchentes, buscando mitigar os impactos da tragédia sobre a população local.

A Conab, empresa estatal responsável por auxiliar o governo federal nas políticas agrícolas, terá a missão de definir a quantidade de arroz a ser adquirida, assim como os limites e condições da venda do produto. Além disso, será responsável por estabelecer as localidades de entrega do arroz importado.

Enchente Rio Grande do Sul (Foto: Reprodução/Carlos Fabal/Getty Images Embed)


Declaração do Presidente e do Ministro da Agricultura

O presidente Lula já havia indicado a possibilidade de importação de arroz durante uma entrevista à Empresa Brasil de Comunicação (EBC), destacando a necessidade de equilibrar a produção e garantir preços acessíveis à população. O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, confirmou a liberação para a compra de 1 milhão de toneladas do grão, indicando que a importação se dará preferencialmente de produtores do Mercosul.

A decisão de importação é motivada por preocupações com a oferta do cereal, exacerbadas pelos efeitos das enchentes no Sul do Brasil. Diversos fatores, como a redução na produção estimada, a destruição de estoques e as dificuldades de transporte, contribuem para a instabilidade no abastecimento interno.

A situação no Rio Grande do Sul, responsável por 70% da demanda nacional de arroz, pode impactar todo o Brasil, tornando crucial a intervenção governamental para evitar desabastecimento e oscilações excessivas nos preços.

Em meio às adversidades causadas pelas enchentes, a importação emergencial de arroz surge como uma medida necessária para garantir a segurança alimentar da população e estabilizar o mercado nacional do cereal.

Governo Federal anuncia antecipação do Bolsa Família e Auxílio Gás a beneficiados do Rio Grande do Sul

O Governo Federal anunciou nesta quinta-feira (09) a antecipação do Bolsa Família, Auxílio Gás e restituição do imposto de renda para moradores do estado como medidas para auxiliar o Rio Grande do Sul após enchentes. A catástrofe já causou 107 mortes e atingiu mais de 1,4 milhões de pessoas.

O anúncio das medidas foi realizado pelo Ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), durante uma cerimônia que também contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), além de outros ministros. 

Uma das ações promove a antecipação dos pagamentos do mês de maio aos beneficiários dos programas Bolsa Família e Auxílio Gás que moram no Rio Grande do Sul. A ação pretende beneficiar 583 mil famílias do estado.

O plano também prevê a facilitação de crédito para famílias, empresas e pequenos agricultores do Rio Grande do Sul, além de descontos em juros de empréstimos feitos em programas rurais, que incluem o Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). O impacto previsto pela equipe econômica é de R$ 7,69 bilhões nos cofres do governo federal.    

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, explicou que três medidas provisórias (MP), usadas em casos de urgência, devem ser publicadas pelo governo para promover os primeiros anúncios desses auxílios. Uma das medidas será para tratar do dinheiro que será repassado aos fundos garantidores, outra MP será sobre o dinheiro destinado aos ministérios e a terceira para compra de arroz. A previsão é que as medidas tenham um impacto orçamentário no total de R$ 50,945 bilhões. 

As medidas pretendem atender, além de beneficiários de programas sociais, trabalhadores assalariados, empresas, produtores rurais e o próprio estado. 

Outras ações para auxiliar o Rio Grande do Sul


Rio Grande do Sul é tomado por enchentes. (Foto:Reprodução/Instagram/@governo_rs/@GustavoMansur)


Serão liberados aos trabalhadores assalariados do estado duas parcelas adicionais do seguro-desemprego para quem já recebia antes do decreto de estado de calamidade nos territórios. Aproximadamente 705 mil trabalhadores com carteira assinada terão acesso à antecipação do calendário de abono salarial. 

Para empresas, haverá a prorrogação do prazo de recolhimento de impostos federais e do Simples Nacional, por no mínimo três meses. Também serão dispensadas a apresentação de certidão negativa de débitos da empresa para a permissão de empréstimos em bancos públicos.

Já para o estado e municípios afetados pela enchente, será disponibilizado o aporte de R$ 200 milhões para que projetos de reconstrução de infraestrutura e reequilíbrio econômico sejam financiados por bancos públicos. Operações de crédito com aval da União também serão realizadas. 

Fernando Haddad declarou que outras medidas devem ser formuladas em um próximo momento. Nós não estamos esperando baixarem as águas para agir, estamos tomando todas as providências para estarmos preparados para enfrentar o problema assim que a realidade do Rio Grande do Sul permitir. Então é muito importante esse trabalho prévio, sem ele as coisas não vão acontecer”, afirmou o ministro.

Criminosos armados afetam operações de resgate da Defesa Civil no Rio Grande do Sul


O Crime organizado detém poder sobre alguns bairros do RS, o que faz desses redutos, áreas de difícil acesso para a Defesa Civil prestar socorro às vítimas das enchentes. O coordenador do órgão, Luciano da Silva, que está no estado, relatou nesta quinta-feira (09), aquilo que está ocorrendo com a equipe de resgate, nesses locais. A ação de violência, como tiros a alvo, e furtos nas residências alagadas, fazem com que o resgate só adentre aos locais, com reforços da Polícia Civil, Polícia Militar ou o Exército.

A decisão de retomar aos resgates com o aparato de segurança, segundo a Secretaria de Segurança Pública do RS foi para evitar esses casos de furtos, roubos e delitos nos municípios.


Policiais militares em patrulhamento à equipe de resgate em Porto Alegre (Foto: reprodução/GZH Segurança)


Luciano da Silva em entrevista ao G1, relatou também que, a ação dos criminosos conta com o uso de Jet Ski, para entrar nas residências e saqueá-las. Essa atuação, segundo ele, dificulta o trabalho da equipe, visto que, “a gente levar até um tiro de graça.”

Violência e Furtos

A ação de violência por meio do crime organizado em bairros de cidades do RS, já era um alerta entre a equipe de resgate, mas, segundo o próprio coordenador do órgão, o que existe no momento, é a restrição do comparecimento da equipe, nesses perímetros, pois eles estão atirando contra o resgate. Ou seja, sem o devido policiamento à equipe, fica impossível prestar socorro às vítimas e continuar com o trabalho.

Defesa Civil faz um panorama sobre o RS

Os temporais que causaram as enchentes no RS deixam até o momento, 107 mortos, 136 desaparecidos e 374 feridos; entre o estado que conta com 497 municípios. Luciano da Silva deslocou-se de SP para o RS com a sua equipe, nessa segunda-feira (06), e deixou claro que essas não são as únicas dificuldades para operar no local. Ele aponta, por exemplo, que a cidade de Porto Alegre está 60% debaixo d’água; pessoas já perderam tudo; e não há abastecimento com água e energia elétrica.

Tim Cook, CEO da Apple, anuncia doações da empresa para apoiar o Rio Grande do Sul

Após as devastadoras enchentes que assolaram o estado do Rio Grande do Sul, o CEO da Apple, Tim Cook, expressou solidariedade às vítimas e anunciou que a empresa fará doações para os esforços de socorro locais. Cook compartilhou sua mensagem de apoio em sua conta pessoal no X (antigo Twitter) após o evento de lançamento da nova linha de iPads da marca.

Grandes empresas estão se mobilizando

A tragédia deixou um rastro de destruição, com pelo menos 95 mortos e 131 desaparecidos até o momento. A Defesa Civil relatou que 401 de 497 municípios foram afetados pelas enchentes, com mais de 159 mil pessoas desalojadas e mais de 1,4 milhão de pessoas impactadas pelos eventos climáticos.

Além da Apple, outras empresas também estão mobilizando esforços para ajudar as comunidades afetadas. A TIM Brasil e a Telefônica Brasil estão concedendo gigabytes bônus aos clientes para facilitar a comunicação e a busca por ajuda. Enquanto isso, a Ambev tomou medidas para adaptar uma de suas fábricas visando envasar água potável para doações, contribuindo assim para mitigar a escassez de alimentos e suprimentos básicos na região.


Rio Guaíba após chuvas intensas (Foto: reprodução/Gilvan Rocha/Agência Brasil)


Saiba como doar

No domingo, 5 de maio, o governo do Rio Grande do Sul tomou uma medida crucial para coordenar os esforços de assistência às vítimas das devastadoras enchentes que assolaram o estado. Por meio do Decreto n.º 57.601, foi criado o Comitê Gestor para a conta ‘SOS Rio Grande do Sul’, estabelecendo assim um canal oficial para receber doações destinadas a apoiar as comunidades afetadas.

Este comitê é composto por uma coalizão de entidades públicas e privadas, cujo papel é definir estratégias, medidas e critérios para a distribuição eficaz das doações arrecadadas por meio da chave Pix associada à conta ‘SOS Rio Grande do Sul’.

Então, como você pode contribuir para ajudar aqueles que enfrentam dificuldades nesse momento de crise? As doações para a conta ‘SOS Rio Grande do Sul’ podem ser feitas através do sistema Pix, utilizando a seguinte chave:

Chave Pix: CNPJ: 92.958.800/0001-38

Ao realizar sua doação, é possível que você veja o nome da Associação dos Bancos No Estado do Rio Grande do Sul ou do Banco do Estado do Rio Grande do Sul, ambas as opções direcionam para a mesma conta. É importante ressaltar que esta conta está vinculada ao Banrisul, instituição financeira que desempenha um papel crucial na gestão desses recursos.

Vale destacar que essa não é a primeira vez que o povo gaúcho se une para enfrentar as adversidades causadas por eventos climáticos extremos. No ano passado, a mesma conta foi utilizada para receber doações quando as chuvas causaram danos significativos, especialmente nas cidades do Vale do Taquari.

Égua ilhada em telhado no Rio Grande do Sul é resgatada e sensibiliza internautas

Nesta quinta-feira (9), foi registrado o emocionante momento do resgate de um equino na cidade de Canoas (RS), no período da manhã, realizado por uma equipe do Corpo de Bombeiros e do Exército, que utilizaram dois botes. Os internautas puderam acompanhar as notícias acerca do que estava acontecendo com o animal por meio das redes sociais, e reagiram demonstrando seus sentimentos, durante o desenvolver da ação dos profissionais preparados para o socorro do animal.

“Eu nunca imaginei que choraria e gritaria de felicidade e alívio pelo resgate de um cavalo!!” comentou um internauta.

Inicialmente reconhecido “como cavalo Caramelo”, o equino se encontrava isolado sobre o telhado de uma casa, em um local alagado no município de Canoas, Rio Grande do Sul, e foi resgatado pela equipe de especialistas, que não poupou esforços para salvar a vida do animal. Entretanto, foi verificado e anunciado por um veterinário após a operação de resgate, que, na verdade, o bichinho era uma fêmea, uma égua. Alguns veículos midiáticos transmitiram a ocorrência e a conclusão bem-sucedida da operação. O resgate foi amplamente divulgado e celebrado pelos usuários na internet, e até mesmo contou com a comemoração de famosos, pelo feito comovente.

Um novo lar para a égua Caramelo

Conforme relatado por Janja Lula da Silva, de 57 anos, primeira-dama, terceira esposa do atual presidente do Brasil, Lula, desde 2022, já há um haras aguardando pela chegada da égua Caramelo.

Postagem feita pela primeira-dama no X (Reprodução/X/@JanjaLula)


A internet ficou em polvorosa durante o árduo trabalho da equipe do Corpo de Bombeiros e do Exército, para salvar rapidamente o animal em segurança.

“Estou extremamente feliz por alcançarmos nosso objetivo de salvar o cavalo de Canoas. Sentimentos de alívio e gratidão tomam conta de mim agora” dizia a postagem de um perfil famoso voltado ao mundo animal.

“Cavalo Caramelo já no bote” comentou outra internauta.

Entenda o que está acontecendo no estado do Rio Grande do Sul

Diversas cidades no estado estão sofrendo com fortes chuvas, alagamentos, e rompimentos de barragens, após a inundação causada pelo extravasamento do Rio Guaíba, em decorrência dos intensos temporais que assolam a região desde a semana anterior. De acordo com a Defesa Civil, que revelou mais informações nesta quinta-feira (9), cerca de 425 municípios foram atingidos, e mais de 60 mil cidadãos se encontram em abrigos, alcançando a casa de 1,4 milhão de afetados pela tragédia no RS, sendo 374 feridos, 136 desaparecidos e 107 mortos.

Pacientes com doenças crônicas enfrentam dificuldades no Rio Grande do sul

Em meio ao estado de calamidade provocado pelas chuvas no estado do Rio Grande do Sul, estão os pacientes crônicos, aqueles que precisam de tratamentos frequentes para sobreviver.

Vários hospitais e clínicas foram devastados e pessoas foram retiradas de suas casas, onde estavam ilhadas, quebrando a rotina de tratamento. Além de alimentos, água e roupas, o estado carece de medicações, respiradores mecânicos, fraldas, sondas, seringas, agulhas, esparadrapos, cateteres e outros materiais

“Nós recebemos o contato das pessoas, e os próprios abrigos estão questionando para saber se há pacientes que precisam de diálise, de químio e rádio. E os próprios hospitais estão tentando contato com os pacientes que já fazem diálise, só que muitas vezes eles não conseguem, porque muitos pacientes ficaram sem telefone e outros estão sem luz, então é um pouco mais difícil” disse a Assessoria de Imprensa da Ouvidoria da Secretaria de Saúde de Porto Alegre. A secretaria também disponibiliza o número +55 51 3289-2656 para que pacientes possam ligar para receber o tratamento necessário.

Urgências 

Segundo o Estadão, hospitais de campanha foram implantados desde domingo (5), atualizações sobre o que fazer em casos de urgências são constantemente divulgadas pelo perfil do instagram da Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre. Inclusive de como agir em casos de acidentes, cortes e mordidas.

 

Orientações da Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre (Foto/Reprodução/Instagram/Saudepoa)


No momento, cirurgias, consultas, procedimentos que podem esperar, estão suspensos em grande parte de hospitais públicos e privados por tempo indeterminado.

O Secretário Estadual da Saúde do Rio Grande do Sul viajou até Brasília, e com a Força Nacional do Sus conseguiu 20 profissionais da saúde, que viajaram até o estado e irão realizar atendimento móvel através dos helicópteros que sobrevoam o lugar. Além desses, muitos outros se deslocaram para ajudar voluntariamente nos resgates, alimentação, organização e saúde nos abrigos.

Como ajudar

O estado de Santa Catarina está realizando uma campanha de doação de sangue para enviar ao Rio Grande do Sul, através do Centro de Hematologia e Hemoterapia de Santa Catarina, basta acessar o site Hemosc.org.br e agendar a doação. A Faculdade de Farmácia da UFRGS também estão recebendo doações de medicamentos na validade, em vários estados os Correios estão disponibilizando envio gratuito de mantimentos. Acesse os portais do Governo do seu estado para informações sobre mais pontos de coletas.