Atenção: Inmet emite quatro alertas de tempestades para RS e SC nesta sexta-feira

O Rio Grande do Sul amanheceu nesta sexta-feira (21) sob a influência de quatro alertas de tempestade emitidos pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). As áreas mais atingidas são as regiões Sudoeste, Centro, Noroeste, Sudeste, Serra, Região Metropolitana, Nordeste, além de partes do Oeste e Sul de Santa Catarina.

Dois alertas laranja, de perigo, foram emitidos pelo Inmet. O primeiro, válido até as 10h, prevê chuva entre 30 e 60 milímetros por hora, podendo chegar a 100 milímetros ao longo do dia. Rajadas de vento entre 60 e 100 km/h também são esperadas, com possibilidade de queda de granizo. O risco de alagamentos, quedas de árvores e cortes de energia elétrica é alto. O segundo alerta laranja, válido até as 13h, apresenta condições similares ao primeiro e abrange grande parte dos mesmos municípios, incluindo áreas próximas à Região Metropolitana.

Outros dois alertas, desta vez amarelos, indicam perigo potencial. Ambos são válidos até as 10h e preveem chuva entre 20 e 30 milímetros por hora, podendo chegar a 50 milímetros no dia. Ventos intensos com rajadas de 40 a 60 km/h e queda de granizo também são possíveis. O risco de alagamentos, quedas de galhos de árvores e cortes de energia elétrica é baixo.

Defesa Civil emite recomendações

  • Evitar áreas abertas durante as tempestades;
  • Buscar abrigo em local seguro;
  • Desligar aparelhos eletrônicos;
  • Ficar atento a quedas de árvores e postes;
  • Em caso de emergência, ligar para o 190 (Polícia Militar) ou 199 (Defesa Civil)

Alerta laranja para o RS e SC (Reprodução/@inmet_/X)

Perigo potencial para RS e SC (Reprodução/@inmet_/X)

Chuvas intensas e ventos fortes atingem o Estado

No sudoeste do estado gaúcho, o alerta foi classificado como de “Perigo”. As chuvas podem alcançar até 100 milímetros por dia, com ventos variando entre 60 e 100 quilômetros por hora, além de ocorrência de granizo. Segundo informações do Inmet, há possibilidade de interrupção no fornecimento de energia elétrica, danos às lavouras, queda de árvores e inundações. Para o restante do estado e a região centro-sul de Santa Catarina, o Inmet emitiu um alerta de “Perigo Potencial” devido a tempestades. As precipitações não devem ultrapassar 50 milímetros por dia, acompanhadas por ventos de até 60 km/h, e há também a possibilidade de queda de granizo.

Em Porto Alegre, capital gaúcha, a temperatura ficará entre 17°C e 21°C. As chuvas, previstas para durar o dia todo, serão acompanhadas por trovoadas isoladas na capital gaúcha, segundo as previsões do Inmet. O final de semana será chuvoso, com trovoadas retornando no domingo e segunda-feira.

Nível do Rio Guaíba aumenta

Após duas semanas, o nível do Rio Guaíba voltou a ultrapassar a cota de alerta (3,15 metros) em Porto Alegre. A água superou a marca e chegou a 3,24 metros na manhã de quinta-feira (20). As informações são do Departamento de Recursos Hídricos e de Saneamento do Rio Grande do Sul. A última vez que o Guaíba havia superado a cota de alerta foi no dia 7 de junho. A água voltou a subir após fortes chuvas que atingiram a capital do Rio Grande do Sul nos últimos dias — em alguns pontos, como no Campo de Cima da Serra, mais de 200 mm foram registrados.

Em maio, durante a maior catástrofe climática do estado, o Guaíba superou a cota de inundação (3,60 metros), chegou a 5 metros e inundou diversos bairros de Porto Alegre, além de outras cidades do Rio Grande do Sul.

Tragédia do Rio Grande do Sul impacta preços e produtos

O diretor de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos do Banco Central, Paulo Picchetti, disse que a tragédia do RS deve ter algum pacto sobre a economia, preços e produtos. Ele destacou, nesta sexta-feira (07), que a autoridade monetária calculou, em preliminares, o impacto da tragédia climática, em evento na Fundação Getulio Vargas. Porém, ele alertou para o efeito a longo prazo.

“Nos preocupa a curto prazo, mas tem um efeito a longo prazo”, disse à CNN.

O diretor também enfatizou sobre a participação atenta dos bancos centrais do mundo no processo de transição ecológica em que vivemos. 

A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) mostrou que o Brasil estava com o arroz mais caro do mundo em maio. O levantamento apontava o aumento de 10% em função da tragédia no Rio Grande do Sul. O que custou US$ 830. O relatório também trouxe a estratégia de conter a crise.


A Organização das Nações Unidas aponta, em maio, em função do desastre do RS, o Brasil com o arroz mais caro do mundo (Foto: reprodução/Pixabay)

“As enchentes levaram o governo a anunciar a importação do produto e que aprovaria a redução de impostos de importação para renovar estoques e manter os preços locais sob controle”. Porém, enfatizou que as incertezas para isso permanecem.

Transição Ecológica

A lógica dessa transição energética é vista por Vichetti como capaz de afetar os mandatos do Banco Central brasileiro, na preservação do poder de compra e estabilidade financeira do sistema financeiro local.

PIB do 1º semestre

Paulo fez um panorama sobre o Produto Interno Bruto (PIB), no qual cresceu com boa composição, no primeiro trimestre. Essa composição da resiliência do sistema privado pode recuperar os investimentos de ponta e elevar o PIB do próximo ano. “Pode subir acima de 2%”, disse ele.

Acerca da inflação doméstica, o diretor do BC enfatizou o processo a qual se passa, de desinflação: tanto no indicador cheio como na média dos núcleos. Ele externou também, a problemática com a inflação de serviços. “Está decaindo, mas, segue acima da meta”, porém, reiterou que a industrialização vive uma dinâmica equilibrada.