Tsunami atinge Rússia, Japão e Havaí após terremoto

Um terremoto de magnitude 8,8 sacudiu a região da Península de Kamtchatka, no leste da Rússia, na madrugada desta quarta-feira (30, horário local) e provoca tsunamis que atingiram Japão e Havaí. Com epicentro a cerca de 125 km de Petropavlovsk-Kamchatsky, o tremor teve ondas de até 4 metros e deixou a costa do Oceano Pacífico sob alerta.

Ondas gigantes e evacuações emergenciais

Na Rússia, o fenômeno causou alagamentos e prejuízos em áreas costeiras, além de ferimentos leves em moradores e danos estruturais. Vídeos compartilhados em redes sociais mostraram a água avançando sobre regiões urbanas. Em resposta, o governo iniciou evacuações nas zonas mais próximas ao mar, especialmente em Severo-Kurilsk e Petropavlovsk.


Tsunami causa ondas enormes e deixa mar agitado no Japão (Vídeo: reprodução/Instagram/@portalg1)


Já no Japão, a TV estatal NHK confirmou a chegada de ondas menores, com até 1 metro, ao norte do país, e alertou para o risco de novas elevações de até 3 metros. Usinas nucleares, como a de Fukushima, foram isoladas por precaução. O governo japonês também suspendeu parte dos trens e orientou a população a buscar áreas elevadas.

Impacto também no Havaí e Américas

O tsunami cruzou o Pacífico e chegou ao Havaí nas primeiras horas desta quarta-feira (horário local), levando as autoridades americanas a suspender voos e atividades comerciais nas áreas litorâneas. Em comunicado, o Centro de Alerta de Tsunamis do Pacífico informou risco de ondas destrutivas e pediu evacuação imediata de regiões costeiras.

Outros países das Américas, como México, Chile, Equador e até partes da costa oeste dos EUA, receberam alerta de risco moderado. Ainda assim, medidas de precaução foram ativadas em todo o continente.

Segundo o Serviço Geológico dos EUA (USGS), o terremoto é o mais intenso registrado na região desde 1952 e um dos seis maiores já documentados no mundo. Com profundidade de apenas 19 km, ele teve alta capacidade de provocar deslocamento de água, condição ideal para a formação de tsunamis. O episódio revive o temor global por eventos sísmicos de grande escala.

Elon Musk desliga internet durante ação da Ucrânia contra a Rússia

Durante setembro de 2022, Elon Musk impossibilitou que a Ucrânia avançasse de forma contraofensiva contra a Rússia, após ordenar que a Starlink deixasse de fornecer internet para o país. A ação fez com que o país perdesse a confiança na empresa.

A ordem de Elon Musk

Três pessoas que conhecem o comando de Musk informaram que a ordem foi dada a Michael Nicolls, engenheiro sênior nos escritórios na Califórnia da SpaceX — empresa que controla a Starlink —, para que a cobertura do sinal fosse interrompido em regiões estratégicas como Kherson, localizada ao norte do Mar Negro, e que a Ucrânia tentava retomar.

Uma das fontes contou que Nicolls disse que precisavam fazer aquilo, e então os funcionários desligaram cerca de uma centena de terminais da Starlink. A decisão afetou outras áreas ucranianas que a Rússia apossou, como parte da província de Donetsk, mais a leste.


Decisão de Elon Musk de desligar a Starlink impactou a guerra entre Ucrânia e Rússia (Foto: reprodução/X/@stripathi56)

Consequências para a ação da Ucrânia

Segundo um assessor das Forças Armadas, um oficial militar ucraniano e dois outros que viram a falha da Starlink da linha de frente, as tropas ucranianas tiveram um apagão repentino em suas comunicações.

Com a falta de comunicação, os soldados entraram em pânico, a vigilância das forças russas que era realizada por drones ficaram às escuras, e até mesmo a artilharia de longe alcance teve problemas, pois precisava da Starlink para apontar seus tiros e atingir os alvos.

Em meio à confusão, as autoridades ucranianas questionaram seus homólogos do Pentágono o que aconteceu e poderia ter causado a interrupção, e obtiveram poucas informações como respostas.

Fora todo o problema enfrentado, o desligamento impediu que a posição russa na cidade de Beryslav, a leste de Kherson, fosse cercada. A informação foi confirmada por um oficial militar durante uma entrevista, que disse que o cerco foi completamente interrompido e fracassou.

Manipulação de resultado de guerra

Algumas regiões tomadas pela Rússia foram recuperadas pela Ucrânia, como a cidade de Beryslav em Kherson e outros territórios adicionais.

Entretanto, a ordem de Elon Musk não havia sido comunicada, e é o primeiro exemplo claro e conhecido de um bilionário e dono de uma empresa de internet desligando ativamente a cobertura do sinal sobre um campo de batalha durante um conflito.

Saber o que aconteceu em 2022 chocou alguns funcionários da Starlink e mudou a linha de frente dos combates, visto que a decisão fez com que o bilionário e CEO da Starlink tomasse o resultado da guerra.

Obama é investigado pelo Departamento de Justiça da Casa Branca

Na última quarta-feira (23), o Departamento de Justiça da Casa Branca, órgão subordinado a Donald Trump, divulgou a formação de uma força-tarefa a fim de investigar supostas acusações infundadas de Barack Obama contra o atual presidente americano. 

De acordo com a corporação, Obama e seus assessores ordenaram uma investigação sobre as conexões da campanha de Trump com a Rússia em 2016, a fim de destruir a candidatura do republicano.


O Departamento de Justiça dos EUA, sob Trump, investigou Obama por suposto envolvimento com a Rússia nas eleições de 2016 (Foto: reprodução/Roberto Schidt/AFP via Getty Images Embed)


A investigação

Nesta quarta-feira (23), o Departamento de Justiça americano, similar ao Ministério da Justiça no Brasil, anunciou em seu site oficial o início das investigações contra Barack Obama, ex-presidente dos EUA. O anúncio veio após a diretora da Inteligência Nacional americana, Tulsi Gabbard, promover ataques contra o ex-chefe da Casa Branca que, de acordo com ela, manipulava os órgãos de inteligência a fim de criar uma narrativa que conectasse Donald Trump com a Rússia durante a campanha eleitoral de 2016. 

Segundo Gabbard, após a primeira eleição de Trump, Obama determinou o início de uma investigação de “diretrizes incomuns”. Isso porque, o ex-presidente criou essa narrativa se utilizando de fontes obscuras ou desconhecidas.

 “As evidências que encontramos e divulgamos apontam diretamente para o presidente Obama como líder na elaboração dessa avaliação de Inteligência(…) Existem várias evidências e informações de Inteligência que confirmam esse fato”, declarou a diretora da Inteligência Nacional americana, Tulsi Gabbard. 

Para os especialistas políticos, o departamento fez essa notificação na tentativa de abafar comentários sobre o suposto envolvimento de Trump com o caso de Jeffrey Epstein. 

Entenda o caso Jeffrey Epstein

Jeffrey Epstein ficou conhecido pelas festas que organizava entre os anos 1990 e 2000, os eventos contavam com a presença de pessoas da alta sociedade americana, como políticos e celebridades. Em 2005, após uma denúncia, a polícia passou a investigar o empresário e concluíram que mais de 30 meninas haviam sido abusadas sexualmente por Epstein. 

Em 2008, ele foi condenado e cumpriu 13 meses de detenção por prostituição. Nove anos depois, em 2019, o empresário foi preso novamente, dessa vez, por abuso sexual de menores. Meses após a detenção, Jeffrey Epstein foi encontrado morto em sua cela e, segundo a autópsia, ele teria cometido suicídio. 

Daí em diante, membros dos partidos Republicano e Democrata passaram a cobrar a Justiça americana para mais investigações sobre o caso, visando maiores esclarecimentos sobre o possível envolvimento de pessoas públicas no processo. No entanto, em julho deste ano, o FBI, em conjunto com o Departamento de Justiça do governo Trump, informou que não havia evidências da participação de outros suspeitos e não seria aberto ao público nenhum arquivo sobre a condenação de Epstein. 

A partir daí, apoiadores do presidente americano passaram a pressioná-lo para a ampla divulgação do processo. Assim, após a publicação do Wall Street Journal sobre as supostas menções de Trump nos arquivos do caso, o presidente dos EUA solicitou publicamente que todos os documentos ligados à condenação de Epstein fossem abertos ao público. Pedido no qual não foi concedido pela Justiça americana. 

Avião cai na Rússia e mais de 40 passageiros morrem

Um avião comercial com mais de 40 pessoas a bordo caiu na região leste da Rússia nesta quinta (24), todos que estavam a bordo morreram, informou o governo russo. O número total de mortos ainda não foi confirmado devido a divergências nas contagens de passageiros. Socorristas não encontraram sobreviventes até o momento. 

Passageiros

Segundo diferentes autoridades russas o numero total de pessoas a bordo varia entre 40 e 50.Oslov disse que havia 49 pessoas no avião, incluindo cinco crianças e seis tripulantes, mas anunciou que 48 morreram. Serviços de emergência citados pelas agências Tass, RIA Novosti e Interfax relataram 46 pessoas a bordo. Já o Ministério de Emergências russo divulgou cerca de 40. Por outro lado, a imprensa local informa que havia 50 pessoas na aeronave.


Avião comercial caiu na cidade de Tynda, na região de Amur, no leste da Rússia, no dia 24 de julho de 2025 — Foto: Far Eastern Transport Prosecutor’s Office/AFP

Trajeto que aeronave percorria

A aeronave, um Antonov-24 bimotor da era soviética operado pela companhia Angara Airlines, seguia da cidade de Blagoveshchensk, região do extremo oriente russo, para a cidade de Tynda, extremo leste russo, quando desapareceu dos radares, segundo o governador da região, Vassily Orlov.

Horas depois, destroços do avião foram encontrados em chamas em uma colina a cerca de 15 km de Tynda, segundo autoridades citadas pela agência de notícias Interfax. Um vídeo divulgado pela autoridade de aviação civil russa mostra a aeronave em chamas no local da queda, uma região de mata fechada.


Vídeo mostra local da queda de avião na Rússia (Vídeo: reprodução/Instagram/@portalg1)


Ainda não se sabe o que causou a queda do avião. Segundo a Tass, um erro da tripulação por má visibilidade é uma das possibilidades consideradas pelas autoridades.

As autoridades anunciaram a abertura de uma investigação sobre a queda. O presidente russo, Vladimir Putin, foi informado sobre a queda do avião e está sendo atualizado sobre o caso, segundo o Kremlin.

Rússia evita estipular prazo para fim da guerra na Ucrânia

O Kremlin afirmou nesta terça-feira (22) que não há motivo para esperar avanços rápidos nas negociações de paz com a Ucrânia, sinalizando que a Rússia não pretende estipular um prazo para o fim do conflito iniciado em fevereiro de 2022. O porta-voz Dmitry Peskov disse a jornalistas: “Não há razão para esperar qualquer avanço na categoria de milagres — é quase impossível na situação atual”.

A declaração ocorre em meio a movimentações diplomáticas para uma possível terceira rodada de negociações diretas entre os dois países. No sábado (19), o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, revelou que Kiev enviou uma nova proposta de conversas a Moscou, visando acelerar os esforços por um cessar-fogo.

Negociações ainda em compasso de espera

A Rússia, no entanto, demonstrou cautela e reafirmou sua postura firme quanto aos seus objetivos geopolíticos. Segundo Peskov, o momento ainda não é favorável para avanços. A ausência de um cronograma definido por Moscou reforça a percepção de que o governo russo prefere manter uma estratégia de longo prazo, sem ceder a pressões internacionais ou apelos imediatos por trégua.

Desde o início da invasão, em fevereiro de 2022, o conflito já dura mais de três anos. De acordo com analistas internacionais, aproximadamente 20% do território ucraniano permanece sob controle russo, e os esforços por negociações efetivas têm esbarrado em exigências de ambos os lados.

Conflito prolongado e cenário indefinido

A fala do Kremlin indica que a guerra pode se estender por tempo indeterminado. Apesar das iniciativas diplomáticas de Kiev e da mobilização internacional em busca de soluções pacíficas, a Rússia não sinaliza disposição para concessões significativas neste momento.


Bombeiros e um morador tentam conter as chamas após ataque com drone que atingiu uma casa em Kostiantynivka, Ucrânia, nesta terça-feira (22) (Foto: reprodução/Diego Herrera Carcedo/Getty Images embed)


A continuidade do conflito tem impactos humanitários, econômicos e políticos tanto para a Ucrânia quanto para a comunidade internacional. Sem avanços concretos nas negociações, cresce a preocupação com o prolongamento das hostilidades e seus desdobramentos em escala global.

Caminho para a paz segue incerto

A declaração desta terça-feira reforça que o caminho para a paz ainda será longo. Com Moscou evitando se comprometer com prazos e mantendo seus objetivos estratégicos, a guerra na Ucrânia permanece sem previsão de encerramento, apesar dos esforços diplomáticos em curso.

Cidades ucranianas são atingidas por drones e mísseis russos

Cidades isoladas da Ucrânia, tiveram áreas atacadas por drones e mísseis russos, ocasionando na morte de pelo menos duas pessoas. A informação partiu de autoridades nesta quarta-feira (16), no horário local.

Segundo informou o governador regional Oleh Syniehubov, pelo menos 17 explosões foram assinaladas em ataque com duração de 20 minutos. Nesse ataque, três pessoas ficaram feridas.


Ucrânia vem sofrendo ataques da Rússia desde do último sábado (12) (Foto: reprodução/Instagram/@cnnbrasil)


Os ataques aéreos foram intensificados pelas forças russas contra a Ucrânia, tendo atingido um número recorde de drones disparados na semana passada.

Ataques causam danos

De acordo com relatos dos serviços nacionais de emergência, ocorreram bombardeios ao leste da cidade de Kharkiv, no nordeste do país. Nos ataques perpetrados pelos russos, três pessoas ficaram feridas.

Mísseis e drones foram utilizados pelas forças russas em um ataque prolongado que culminou no corte de fornecimento de água e energia, na cidade Kryvyl Rih, no sudeste do país. A informação foi transmitida pelo chefe da administração militar Oleksander Vilkul.

Já o prefeito de Kiev, Vitali Klitschko falou que unidades de defesa aérea foram acionadas por um tempo na capital, entretanto, não houve relatos de vítimas ou destruições.

Alvos russos frequentemente ligados ao sistema energético também foram atacados por militares ucranianos. Os dois países informaram não terem atingido alvos civis em seus ataques.

Apesar dos esforços do presidente americano Donald Trump em querer impor “sanções severas” a Rússia, Vladimir Putin já sinalizou que a guerra vai continuar até que suas exigências sejam atendidas pelo ocidente. Em contrapartida, Trump enviou nova leva de armamentos para à Ucrânia.


Com guerra entre Rússia e Ucrânia longe do fim e sem cessar-fogo próximo, Donald Trump ameaça Moscou e envia armamento para Ucrânia (Foto: reprodução/Instagram/@portalg1)


É preciso considerar que logo depois da guerra entre Rússia e Ucrânia começar em fevereiro de 2022, em março do mesmo ano, os Estados Unidos executou um amplo pacote de sanções econômicas a Rússia. Dessa forma, o comércio entre os dois países, de bens e comércio, deixou praticamente de existir. No ano passado (2024), o comércio entre os dois países alcançou os US$ 3,5 bilhões, segundo o Escritório do Representante Comercial dos EUA.

Trump ameaça Rússia com tarifa de 100% e pressiona por acordo de paz

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta segunda-feiraa (14) que dará 50 dias para a Rússia aceitar um cessar-fogo na guerra contra a Ucrânia. Caso Moscou não aceite os termos, ele promete taxar em 100% todas as exportações russas, além de impor tarifas secundárias a países que continuarem comprando produtos russos — como China e Índia.

“Vamos adotar tarifas secundárias”, afirmou Trump. “Se não chegarmos a um acordo em 50 dias, é muito simples, elas serão de 100%.” A estratégia visa pressionar financeiramente Moscou e acelerar uma solução diplomática para o conflito. Trump também prometeu apoio militar reforçado à Ucrânia, com o envio de armamentos de alta tecnologia, caso Vladimir Putin recuse o acordo proposto.

Efeitos colaterais: Brasil e aliados também na mira

Essa postura agressiva não se limita à Rússia. O Brasil, por exemplo, foi diretamente afetado. Trump anunciou uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, com início em 1º de agosto, em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, seu aliado político. A medida é vista como uma retaliação simbólica ao atual governo brasileiro e considerada uma forma de apoio indireto ao julgamento de Bolsonaro por participação na tentativa de golpe após as eleições de 2022.

Além disso, Trump sinalizou tarifas de 70% para produtos chineses e 60% para exportações europeias. A nova política tarifária busca reposicionar os EUA como potência dominante nas relações comerciais e diplomáticas, retomando o lema “America First” com força total.

Guerra se arrasta e Rússia intensifica ataques

A guerra entre Rússia e Ucrânia já dura mais de três anos e está longe de um desfecho. Nos últimos dias, a Rússia intensificou seus ataques com drones, atingindo cidades ucranianas e mantendo o controle de aproximadamente 20% do território da Ucrânia. Apesar de discursos diplomáticos por parte de Moscou, os ataques continuam diários, e Putin ainda não respondeu positivamente ao cessar-fogo proposto por Trump, já endossado por Kiev.


Resultado de recente ataque russo em Lviv, Ucrânia (reprodução/Ukrinform/NurPhoto/Getty Images embed)


Redefinição do equilíbrio global

Com sua nova abordagem geopolítica, Trump aposta no uso da força econômica para influenciar o cenário global. O ultimato à Rússia e as tarifas impostas a países como Brasil e China indicam uma postura mais direta e conflituosa, que pode redefinir o equilíbrio diplomático nos próximos meses.

Onda de calor atinge Moscou com 35°C

A capital Moscou registrou o dia mais quente de 2025 na quinta-feira (20). Os termômetros atingiram o recorde de 35ºC e Moscou passou por um pico de calor incomum. 

A região é geograficamente conhecida como uma das mais frias do planeta. Contudo, o calor forçou a população a buscar alívio imediato em fontes, lagos e áreas verdes da cidade.

Meteorologistas disseram surpresos com o contraste do clima com o mês anterior. O mês de junho para os russos foi marcado por temperaturas abaixo da média e altos índices de chuva. A mudança de clima expõe os sinais de desequilíbrio climático observados em todo o planeta.

Calor desafia e exige atenção

As previsões apontam que o calor extremo deve perdurar durante todo o fim de semana, mas que haverá queda nas temperaturas na semana seguinte. As autoridades russas estão monitorando a situação, mas a população tem enfrentado um desconforto térmico.

Especialistas afirmam que o fenômeno representa um desvio significativo dos padrões climáticos históricos da região continental. O calor fora do comum será monitorado, bem como as intensidades, evoluções climáticas e eventos extremos.


Rússia tem onda de calor e dia mais quente do ano (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)

Recorde europeu e verões intensos

O mundo todo vem enfrentando ondas de calor que têm ultrapassado limites e batido recordes. O observatório europeu Copernicus afirmou no ano passado que os 12 meses entre abril de 2023 e março de 2024 registraram os climas mais quentes do planeta.

Já nesse ano, o observatório mostrou dados apontando que junho de 2025 foi o terceiro mais quente da história global. Sensações térmicas de até 46°C afetaram países como Espanha e Portugal, enquanto a Europa Ocidental registrou temperaturas acima dos 38°C.

O continente europeu aquece duas vezes mais rápido que a média global. A projeção climática aponta que até o fim do século o número de dias de calor extremo pode multiplicar por dez, com picos que podem atingir 50°C.

Rússia atinge maternidade e faz nove feridos em novo ataque à Ucrânia

Um ataque aéreo russo à cidade de Kharkiv, segunda maior da Ucrânia, aterrorizou pacientes de uma maternidade e deixou nove feridos nesta sexta-feira (11). Além do estabelecimento de saúde, um prédio residencial foi danificado.

“Todos, tanto a equipe quanto as mulheres, sofreram muito estresse”, declarou o médico Oleksandr Kondriatskyi à CNN. Sob tal viés, três mães e três bebês sofreram estresse agudo e precisaram de atendimento médico.

Kondriatskyi disse ainda que houve prejuízos ao edifício que abriga as salas de parto e cirurgia da maternidade.

Relatos são desesperadores

Os testemunhos dos pacientes, com destaque para as mães que acabaram de dar à luz, revelam o temor de que o pior ocorresse com seus bebês.


Mãe e bebê evacuam maternidade em Kharkiv após ataques russos (Foto: reprodução/Sergey Bobok/AFP/Getty Images Embed)


“Acordamos e ouvimos um apito muito alto. Meu marido e eu nos levantamos e rapidamente fomos até o nosso pequeno, e naquele momento houve um impacto e as janelas se estilhaçaram”, afirmou Oleksandra Lavrynenko, que conseguiu levar sua prole ao subsolo. O relato foi feito à CNN.

“Foi muito assustador, porque eu estava tão cheia de adrenalina que provavelmente esqueci que levei pontos. Agora estou me recuperando lentamente do choque”, complementou Lavrynenko, para o mesmo veículo.

Ofensiva faz parte de intensificação de agressões ao país vizinho

A ação russa não é pontual. Há semanas que o gigante euro-asiático vem realizando sistemáticos ataques ao espaço aéreo vizinho.

Na noite dessa quarta feira (9), foram abatidos 728 drones russos em território ucraniano – um número recorde desde o início da guerra, em fevereiro de 2022. O alvo principal dos ataques russos foi a cidade de Lutsk, próxima à fronteira com a Polônia, o que fez com que Varsóvia reforçasse sua própria defesa.

A quantidade ultrapassou a marca máxima anterior de 539 dispositivos, lançados em 4 de julho deste ano.

Como represália às sistemáticas ofensivas de Moscou, Kiev lançou, na noite de quinta e madrugada dessa sexta-feira, drones sobre o território inimigo. Autoridades russas confirmaram o abatimento de 155 objetos aéreos. Houve duas mortes. A ação russa de hoje pode ter sido uma resposta à ação noturna ucraniana.

Dois russos morrem após ataque aéreo ucraniano

Um lançamento de drones no território russo pela Ucrânia, na noite de quinta e na madrugada desta sexta-feira (11), deixou dois mortos, um em Lipetsk, no sudoeste da Rússia, e outro em Tula, a cerca de 200 km de Moscou.

O governador de Lipetsk, Igor Artamonov, afirmou, através do aplicativo Telegram, que um dos objetos aéreos caiu na região, provocando incêndio e matando uma pessoa, além de ferir outra. Já em Tula, o governador Dmitry Milyaev confirmou a morte de mais um indivíduo.

Drones tentam atingir Moscou

Dos 155 drones abatidos pelo Ministério da Defesa da Rússia, 11 dirigiam-se a Moscou – revelou a pasta pelo Telegram. Ainda segundo o órgão, a maior parte dos artefatos foi desmobilizada perto da fronteira com a Ucrânia.


O céu estrelado de Moscou foi alvo de ataques aéreos ucranianos (Foto: reprodução/Sefa Karacan/Anadolu/Getty Images Embed)


Na capital russa, três dos quatro aeroportos suspenderam temporariamente suas operações, mas retomaram ainda na noite de quinta-feira.

As investidas foram realizadas das 23h dessa quinta até 7h de sexta.

Ofensiva ocorre após Rússia realizar o maior ataque de drones desde início da guerra

A ação ucraniana foi uma resposta à intensificação da agressão russa ao país vizinho. Na noite dessa quarta feira (9), foram abatidos 728 drones russos no espaço aéreo ucraniano – um número recorde desde o início da guerra, em fevereiro de 2022.

A quantidade ultrapassou a marca máxima anterior de 539 dispositivos, lançados em 4 de julho. Naquela ocasião, os EUA, na figura do presidente Donald Trump, reavaliaram a diminuição de ajuda militar à Ucrânia, comprometendo-se a continuar ajudando o país invadido.

O alvo principal dos ataques russos de quarta-feira foi a cidade ucraniana de Lutsk, próxima à fronteira com a Polônia. A situação ameaçadora fez com que Varsóvia reforçasse sua própria defesa.

Segundo Kiev, a represália teve como objetivo destruir infraestrutura de guerra russa e não atingir civis.