Rússia atualiza doutrina nuclear após visita a Coreia do Norte

A Rússia está atualizando a sua doutrina nuclear de acordo com o porta-voz do Kremlin Dmitry Peskov. A informação vem após o presidente russo Vladmir Putin declarar, na sexta (21), que a Rússia vai continuar a desenvolver seu arsenal militar após visita a Coreia do Norte. A Rússia é considerada a maior potência nuclear do mundo.

Segundo Peskov, Putin quer alinhar a doutrina com base na realidade atual. A doutrina atual do país diz que a Rússia pode usar armas nucleares em resposta a um ataque do tipo ou no caso de uma ofensiva convencional que represente uma ameaça à existência do Estado.

Putin, nesta sexta-feira (21), declarou que planeja desenvolver ainda mais a chamada tríade nuclear como uma dissuasão estratégica para preservar o equilíbrio de poder no mundo. Essa tríade é como são chamados os mísseis russos que são lançados por terra, mar e ar. A mudança dos parâmetros para o uso de armas nucleares é defendida por analistas russos desde o início da guerra contra a Ucrânia, mas Putin diz que não há necessidade da Rússia usar um ataque nuclear preventivo.

Um integrante sênior do Parlamento russo disse no domingo (23) que a Rússia poderia reduzir o tempo estipulado atualmente para tomadas de decisões se entender que as ameaças estão aumentando.

Visita de Putin a Coréia do Norte


Vladmir Putin e Kim Jonh-Un (Foto: reprodução/Vladimir Smirnov/Getty Images Embed)


As declarações foram feitas após uma visita de Putin a Pyongyang, Coreia do Norte, na semana passada para uma cúpula com o líder Kim Jong-Un. Foi a primeira vez que o presidente visitou o país em 24 anos. O país também tem armas nucleares. Na ocasião, os dois líderes assinaram um acordo que promete que cada lado forneça assistência militar imediata em caso de agressão armada a qualquer um dos dois.

A imprensa russa diz que Putin espera que a cooperação com a Coreia do Norte desencoraje o Ocidente mas ele não vê necessidade do uso de soldados norte-coreanos na guerra. O encontro preocupou a OTAN que afirmou que os países aliados da Rússia queriam que a aliança ocidental fracassasse.

A Guerra da Ucrânia

A Guerra da Ucrânia foi responsável por desencadear o maior conflito entre Rússia e Ocidente desde o fim da Guerra Fria. A última vez que foi vista uma tensão entre o país e o Ocidente foi na Crise dos Mísseis em Cuba em 1962. Desde o início da guerra, a Rússia recebeu mais de 16,5 mil sanções e precisou nacionalizar ainda mais a sua economia.

Rússia vai desenvolver arsenal nuclear para preservar “equilíbrio global”

Vladimir Putin, atual presidente da Rússia, anunciou nesta sexta-feira (21), que o país irá continuar a desenvolver seu arsenal de armas nucleares. Atualmente as armas podem ser usadas em resposta a um ataque nuclear ou que ameace a existência do Estado. A Rússia possui o maior arsenal do mundo e deverá fornecer o material, inclusive drones com tecnologia avançada, para a Coreia do Norte.

Objetivo

Putin discursou no Kremlin para futuros militares, policiais e integrantes de serviços de inteligência, compartilhando sua estratégia com o desenvolvimento contínuo de armas. “Planejamos desenvolver ainda mais a tríade nuclear como uma garantia de dissuasão estratégica e para preservar o equilíbrio de poder no mundo”, disse ele. Ou seja, criar um exército forte e bem armado, ao ponto de outros países pensarem muito bem antes de qualquer ataque.

Não é a primeira vez que o equilíbrio de poder do mundo é citado põe Putin, recentemente ele comentou sobre a relação da OTAN com a Ásia, “A Otan já está se ‘mudando’ para lá [Ásia] como se fosse um local de residência permanente. Isso, é claro, cria uma ameaça a todos os países da região, incluindo a Federação Russa.” Afirmou. A Rússia está em guerra contra a Ucrânia a pouco mais de dois anos, e vem sofrendo sanções de todo o Ocidente, o que explica a busca por defesa e poder.

A tríade a qual Putin se refere, são seus mísseis nucleares, que podem ser lançados por terra, mar e pelo ar.

Acordo com a Coreia do Norte


Vladimir Putin e Kim Jong Un (Foto: reprodução/KRISTINA KORMILITSYNA/POOL/AFP via Getty Images Embed)


Na quarta-feira (19), a Rússia e a Coreia do Norte assinaram um pacto com promessa de defesa mútua em caso de ataque. A articulação foi considerada “preocupante” pela Casa Branca.

Com sua união com os nortes coreanos, Putin alegou que se a aliada do EUA, Coreia do Sul, resolver fornecer armas para os ucranianos, estará comentando um grande erro e que Moscou irá responder de maneira severa.

Pacto de defesa: Rússia e Coreia do Norte unem forças e preocupam Casa Branca

Nesta quarta-feira (19), os líderes da Coreia do Norte e da Rússia assinaram um acordo com promessa de defesa mútua em caso de ataque. Um dia depois, a Casa Branca se posicionou classificando a união como preocupante, mas não surpreendente.

O porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, John Kirby, respondeu à mídia que toda essa articulação é puro “desespero” do país Russo, já que passa uma ideia de que precisa de ajuda na guerra contra a Ucrânia. Desde o início do conflito, a Rússia sofre sanções de diversos países.

Estamos falando sobre isso e alertando sobre um relacionamento de defesa crescente entre esses dois países há muitos meses por meio de uma série de informações de inteligência que divulgamos”, disse o porta-voz.

Temos compartilhado informações publicamente sobre como a RPDC (Coreia do Norte) tem permitido a guerra da Rússia na Ucrânia e sobre suas transferências de armas. Obviamente, é algo que levamos a sério”, afirmou.

Fornecimento de armas e declarações de Putin

Entre os benefícios do acordo russo e norte-coreano, o presidente do país oriental, Vladimir Putin, fez questão de afirmar que a Rússia pode fornecer armamentos para os norte-coreanos. Um tipo de resposta aos países ocidentais que fornecem recursos para a Ucrânia.

Putin também alegou que se a aliada do EUA, Coreia do Sul, resolver fornecer armas para os ucranianos, estará comentando um grande erro e que Moscou irá responder de maneira severa.

Relações além do ocidente


Jhon Kirby, porta-voz da Casa Branca (Foto: reprodução/Kevin Dietsch/Getty Images Embed)


Kirby destaca as relações Indo-Pacífico que o Estados Unidos vem alimentando durante os três anos de governo Biden. Algo que para Putin significa que “A Otan já está se ‘mudando’ para lá [Ásia] como se fosse um local de residência permanente. Isso, é claro, cria uma ameaça a todos os países da região, incluindo a Federação Russa“. O presidente russo ainda terminou o discurso com uma ameaça dura, “Somos obrigados a responder a isso e o faremos“, disse.

Entre as articulações para unir os países desse eixo, John lembra do acordo trilateral, conhecido como AUKUS, onde EUA, Japão e a Coreia do Sul, se uniram para fornecer submarinos movidos a energia nuclear à Austrália, e o laço estreito com a Filipinas.

Vladimir Putin declara que Rússia pode enviar armas à Coreia do Norte

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, declarou que existe a possibilidade de fornecer armas de alta precisão à Coreia do Norte no futuro. Essa declaração foi feita nesta quinta-feira (20) a repórteres no Vietnã, segundo o site CNN Brasil.

Os dois líderes assinaram um acordo de assistência entre Moscou e Pyongyang que, segundo as agências de notícias russas, prevê ajuda recíproca caso um dos dois países sofra uma agressão externa.

Nos dias anteriores, Putin visitou a Coreia do Norte onde foi recebido por Kim
Jong-Un, o Líder Supremo da
República Popular Democrática
da Coreia (como também é conhecida a Coreia do Norte), desde 2011.

Contexto no qual o acordo foi firmado

Uma das justificativas para o acordo entre Rússia e Coreia do Norte seria o envio de armamentos à Ucrânia por parte de vários países ocidentais, entre eles os Estados Unidos.

Putin afirmou que:

“Aqueles que fornecem estas armas acreditam que não estão em guerra conosco, mas eu disse, incluindo a Pyongyang, que nos reservamos no direito de fornecer armas a outras regiões do mundo, levando em conta os nossos acordos com a Coreia do Norte, e não descarto isso”.

Presidente da Rússia e Líder da Coreia do Norte (Foto: Reprodução/KCNA via REUTERS/Portal G1)

Repercussão ao acordo e à declaração de Vladimir Putin

A viagem e o acordo firmado entre os chefes de Estado da Rússia e da Coreia do Norte criaram uma grande preocupação na Coreia do Sul. Inclusive as autoridades da nação democrática asiática anunciaram que poderiam reavaliar a decisão de veto ao envio armamentos à Ucrânia.

Os países ocidentais, principalmente os Estados Unidos, se preocupam com o aumento do desenvolvimento de mísseis nucleares e balísticos por parte da Coreia do Norte, sendo que já há alguns anos as autoridades norte americanas estariam tentando isolar a Coreia do Norte com sanções internacionais, justamente devido ao programa de desenvolvimento de armas nucleares pelo país.

Putin visita a Coreia do Norte com a intenção de fortalecer laços

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, está visitando a Coreia do Norte nesta terça-feira com o objetivo de reforçar a sua aliança comercial e militar com o país.

A intenção dessa aliança é de a Rússia apoiar Coreia do Norte no Conselho de Segurança das Nações Unidas, conselho no qual a Rússia tem inclusive poder de veto. O governo russo como um todo tem feito uma reavaliação em relação a suas posições sobre a Coreia do Norte.


Presidente Russo Vladimir Putin durante um evento (Foto: reprodução/AFP/Mikhail Tereshchenko/Getty Images Embed)


Após 24 anos Putin volta a visitar a Coreia do Norte

A visita de Putin a Coreia do Norte marca a vinda do presidente russo ao país, depois de quase 24 anos. A última viagem de Putin em Pyongyang ocorreu em julho de 2000.

O convite foi feito pelo líder norte-coreano Kim Jong Un ao Putin, isso ocorreu durante uma visita ao Extremo Oriente Russo em setembro de 2023. A delegação será formada por exemplo com o ministro da Defesa da Rússia, Andrei Belousov e o ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, dentre outros nomes que irão na viagem para a Coreia do Norte.

A posição dos Estados Unidos em relação a viagem de Putin

O Departamento de Estado dos EUA se pronunciou dizendo que estava “bastante certa” de que o acordo entre os dois pais envolvia transferência de armas.

Mas os dois países negaram que a transferência de armas fazia parte do acordo, e disseram que poderia haver acordos militares para se realizarem exercícios militares juntos. Ainda em março a Rússia vetou uma renovação que ocorre anualmente de um painel de peritos que fiscalizam a aplicação das sanções contra a Coreia do Norte isso acontece por causa dos programas de armas nucleares do país.

A possível assinatura de acordo entre Coreia do Sul e Rússia

O Yuri Ushakov, que é conselheiro de política externa do governo russo, falou que é possível que os dois países assinem um acordo de parceria envolvendo questões de segurança.

Segundo a agência de notícias russa, a Interfax, durante a visita haverá reuniões entre Putin e Kim Jong-Un, uma recepção de estado, assinatura de documentos e uma declaração para a imprensa.

Ambos os países argumentam que mais sanções não vão ajudar a resolver a situação e que os exercícios miliares entre Estados Unidos e Coreia do Sul acabam só provocando Pyongyang.

Putin anuncia condições para encerrar guerra contra Ucrânia

Nesta sexta-feira (14), o presidente russo Vladimir Putin revelou em um discurso oficial suas condições para encerrar a guerra da Ucrânia, querendo que o país ceda 4 cidades do país para a Rússia. Zelensky declara que as exigências são absurdas e não confiáveis. 

Condições de Putin

Durante o anúncio, o governante russo informou que para acabar com os bombardeiros seria necessário ceder a Moscou o controle de Donetsk, Kherson, Luhansk e Zaporizhzhia . Com o governo russo alegando ter anexado essas regiões em 2022, no início do conflito, em um referendo não reconhecido internacionalmente. 

“As condições são muito simples: as tropas ucranianas devem ser completamente retiradas das Repúblicas Populares de Donetsk e Luhansk, das regiões de Kherson e Zaporizhzhia. E, chamo sua atenção, de todo o território dessas regiões, dentro das fronteiras administrativas que existiam na época de sua entrada na Ucrânia’’. Disse Putin em discurso. 


Donetsk após um bombardeiro (Foto: reprodução/AP Photo/Nariman El-Mofty)

A mesma proposta também solicita que o exército ucraniano recue suas tropas, se desmilitarize e que o governo do país abandone a candidatura para entrar na Otan (a Aliança Militar do Ocidente). 

‘’Assim que Kiev declarar que está pronta para tal decisão e iniciar a retirada efetiva das tropas dessas regiões, bem como notificar oficialmente que abandonou os planos de se juntar à OTAN, uma ordem para cessar-fogo e iniciar as negociações virá imediatamente do nosso lado.’’ Continuou o presidente russo. 

Reposta de Zelensky

Como esperado, a Ucrania não concordou com as condições expostas. Durante a reunião do G7, na Itália, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky comentou que a oferta não é confiável, acreditando que mesmo cumprindo as tais exigências, Putin não pararia de atacar Kiev. 


Volodymyr Zelensky não aceita proposta de Putin (Foto: reprodução/ EPA/Sergey Dolzhenko)

Já o Secretário da defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, disse que o presidente russo não está em posição para pedir exigência a Ucrânia. 

Ajuda para Ucrânia

A proposta das autoridades russas surge um dia após o novo anúncio do G7, que promete usar juros do dinheiro russo congelado em bancos ocidentais para auxiliar a Ucrânia. Os juros vão servir como garantia para empréstimos de até US$ 50 bilhões, para o governo ucraniano utilizar em compra de armamentos e reconstrução do país, Putin respondeu alegando que isso é um roubo e que a medida não ficará impune.   
 

Ucrânia rejeita condições de cessar-fogo oferecidas pela Rússia

Nesta sexta-feira (14), o presidente da Rússia, Vladimir Putin, apresentou um plano de paz para a Ucrânia. Durante um discurso no Ministério Russo dos Negócios Estrangeiros em Moscovo, Putin afirmou que seria uma “resolução final” para o conflito.  A Ucrânia, por sua vez, rejeitou as condições, pontuando que são “absurdas” e que o presidente da Rússia estaria tentando ludibriar as potências mundiais e abalar os esforços genuínos de paz.

Proposta de Paz da Rússia

O resumo das condições impostas pelo governo Russo é que Kiev concorde em desistir de se integrar à OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e em entregar quatro províncias reivindicadas por Moscou.


Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia (Foto: reprodução/Brendan Smialowski/Pool/AFP/Getty Images embed)


O Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia afirmou que as declarações são manipuladoras e destinadas a enganar a comunidade internacional, minando os esforços diplomáticos para alcançar uma paz justa.

“É absurdo que Putin, que planejou, preparou e executou, junto com seus cúmplices, a maior agressão armada na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, se apresente como um pacificador.”

Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia

Os ucranianos não veem legitimidade na proposta da Rússia

Mykhailo Podolyak, assessor presidencial ucraniano, expôs que não vê uma possibilidade de acordo, levando-se em consideração as condições e a declaração de Putin.

“Ele está oferecendo à Ucrânia que admita a derrota… que legalmente entregue seus territórios à Rússia. Ele está oferecendo à Ucrânia que assine sua soberania geopolítica. Pela declaração de Putin, a Rússia está fazendo parecer que não foram eles que começaram a agressão, mas como se estivessem propondo a paz e a Ucrânia não a quisesse”.

Mykhailo Podolyak

A Rússia divulgou seu plano de paz às vésperas de uma conferência na Suíça. A Ucrânia está promovendo seu próprio plano de paz, no qual pede a retirada das tropas russas. Esse evento contará com a participação de mais de 100 países e organizações, incluindo chefes de Estado. Porém, o Kremlin não foi convidado.

Ucrânia anuncia ter atingido avião militar russo tecnológico pela primeira vez

Neste domingo (9), militares da Ucrânia relataram terem atingido um dos mais novos e tecnológicos caça russo em um ataque de drones, que foi contra a base militar no interior da Rússia. O caso aconteceu na base aérea no sul do país, na região de Astrakhan, a quase 600 quilômetros da linha de frente do combate. A motivação do ataque foi devido a concordância de aliados ocidentais para que Kiev usasse suas armas em ataques limitados dentro do território russo. 

O Serviço de Segurança da Ucrânia compartilhou fotos tiradas pelo satélite que mostrava as consequências do ataque. Na postagem das imagens, eles afirmaram: “As imagens mostram que em 7 de junho, o Su-57 ainda estava intacto, mas em 8 de junho, crateras da explosão e focos de incêndio distintos surgiram perto como resultado dos danos causados pelo fogo.”


Imagens de satélite com o antes e depois do ataque dos drones contra o caça SU-57 (Foto: reprodução/X/@DefenceU)


Caso seja confirmado os ataques de drones, esse seria o primeiro ataque com sucesso pela Ucrânia contra um avião de combate Su-57, que é um caça de dois motores e a aeronave militar mais avançada de Moscou.

Drones para combate

No sábado, o Ministério da Defesa russo afirmou que as forças armadas conseguiram derrubar três drones ucranianos na mesma região do suposto ataque, onde fica a pista de Akhtubinsk. Uma fonte militar disse que o Exército ucraniano também conduziu um “ataque coordenado” contra um navio de desembarque russo. Até o momento, a Rússia não comentou sobre o ataque ao avião de guerra. 

Desde a invasão da Rússia na Ucrânia, que iniciou em fevereiro de 2022, Kiev aumentou a produção doméstica de drones, usando esses equipamentos para invadir e atacar o interior da Rússia. Um de seus alvos incluiu um terminal de gás, perto de São Petersburgo, em uma distância de mais de mil quilômetros ao norte da fronteira ucraniana.

Segundo Vyacheslav Gladkov, governador da cidade russa de Belgorod, três drones atingiram a província na noite de sábado (8), que danificou uma linha de energia e destruiu as janelas do local, sem deixar nenhuma vítima. No domingo, também foram registrados outros dois veículos aéreos não tripulados e um míssil de fabricação ucraniana, que foram derrubados pelos drones, de acordo com comunicado do Ministério da Defesa russo.

Joe Biden faz discurso direcionado à Rússia em celebração do Dia D

Nesta quinta-feira (6), Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, participou da celebração oficial dos 80 anos do Dia D, na França. Em seu discurso de abertura, Biden disse não ter futuro para a Rússia e declarou apoio à Ucrânia.

Dia D

Em 6 de junho 2024 comemoram-se os 80 anos do Dia D, dia que marca o desembarque e a histórica invasão das tropas aliadas (Reino Unido, Estados Unidos e França) à Normandia, na França, para libertar a Europa das tropas nazistas em 1944. Essa operação teve um grande efeito na história mundial e foi fundamental para pôr um fim na Segunda Guerra Mundial.


Tropas aliadas invadindo a França dominada por nazistas em 1944 (foto: reprodução/Keystone/Getty Images Embed)


Nesta quinta-feira (6), houve a celebração oficial das oito décadas do Dia D, em uma praia da Normandia, na França e contou com a presença dos representantes dos países aliados e do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fez um discurso de abertura direcionado à Rússia. Em sua fala, Biden disse que continuará dando apoio à Ucrânia até a vitória.

Não se enganem, nós não nos curvaremos, não nos renderemos aos agressores, isso é simplesmente impensável. Se fizermos isso, toda a Europa estará ameaçada

Joe Biden, em discurso de abertura do Dia D

Outras figuras importantes presentes no evento foram o rei Charles III, do Reino Unido, e Justin Trudeau, primeiro-ministro canadense. Junto com Biden, eles representaram as três grandes potências que participaram da invasão às praias normandas no dia 6 de junho de 1944.

A Rússia, antiga União Soviética, não foi convidada para o evento, mesmo que na época tenha lutado ao lado dos aliados (Reino Unido, Estados Unidos e França) contra os nazistas. Assim, o presidente russo, Vladimir Putin, representantes da oposição russa e da sociedade civil não estiveram presentes, sendo este um sinal de isolamento da Rússia pelos países do Ocidente.

De acordo com alguns dissidentes russos que estiveram presentes na comemoração do Dia D, a exclusão dos representantes de Vladimir Putin foi fundamentada, porém eles não concordaram com a falta de convite aos membros da oposição russa.

“Não é normal que representantes da Rússia, que sacrificou milhões de soldados nesta guerra, não estejam presentes. Os representantes da Rússia fascista não têm lugar lá, mas acredito que a oposição poderia e deveria ter estado lá”

Lev Ponomarev, co-fundador da ONG russa de direitos humanos

Em abril, as autoridades francesas mencionaram que convidariam as autoridades russas, sem incluir Putin, devido a contribuição soviética na luta contra a Alemanha na Segunda Guerra Mundial. Porém, esse convite não aconteceu por causa da guerra contra a Ucrânia.

A França indicou que a ajuda da URSS na vitória contra o nazismo seria citada durante as cerimônias e nos eventos que ocorrerão em cemitérios onde os soldados russos estão enterrados em terras francesas.

Argumento russo

Ao contrário do que foi relatado pela França, Dmitri Peskov negou que tenha havido qualquer conversa ou menção sobre a participação russa nas cerimônias do Dia D. O porta-voz do Kremlin disse que não houve contato sobre o assunto nos últimos meses.

Para Dmitri Muratov, co-fundador do jornal independente Novaya Gazeta e jornalista russo, a única presença russa importante nas comemorações dos 80 anos do Dia D foi estimada de ser a dos veteranos da Segunda Guerra Mundial. Além disso, ele implorou para que os veteranos peçam um cessar-fogo na guerra contra a Ucrânia.

Compromisso com a ética: Fabricante do ChatGPT faz ação contra desinformação

Cinco operações secretas focadas em tentativas de influência foram desmanteladas pela OpenAI nos últimos três meses em países como Rússia, China, Irã e Israel. Os produtos de Inteligência Artificial descendentes do fabricante do Chat GPT eram usados com má conduta. 

Relatórios

Após a descoberta do uso indevido de inteligência artificial por países estrangeiros, a OpenAI chegou a bloquear cerca de cinco operações que tinham como objetivo a manipulação de opinião pública ou molde de resultados políticos, dissimulando verdadeiras identidades.  

Com novo relatório do fabricante do famoso chat de inteligência artificial, Chat GPT, a preocupação relacionada ao uso autônomo de plataformas de tecnologias inteligentes ganha mais força, especialmente com o possível papel que tais tecnologias podem desempenhar nas eleições globais programadas para este ano. De acordo com a empresa, foram listadas várias maneiras nas quais usaram ferramentas para enganar pessoas com mais eficácia, todas elas utilizadas por grandes redes de influência. 

São exemplos de tais crimes, o uso de IA na geração de textos e imagens em grandes quantidades e com mínima aparição de erros na linguagem do que aconteceria se fossem escritos apenas por humanos. Apesar do cenário devastador, a empresa ressaltou o equívoco das campanhas relatando não terem conseguindo aumentar de forma significativa seus resultados com os serviços da OpenAI.  


Foto em em Mulhouse, leste francês, onde expõe figuras ao lado do logotipo do ChatGPT (Foto: reprodução/ SEBASTIEN BOZON/ AFP)

As cinco redes encontradas pela empresa incluíam grupos, redes e operações, respectivamente como “Doppelganger” (pró-Rússia), “Spamouflage” (pró-China) e a União Internacional de Mídia Virtual (IUVM). Outras redes também foram apontadas pela OpenAI, a empresa as identificou como vindas da Rússia e de Israel. O novo grupo russo apelidado de “Bad Grammar” pela startup usou modelos de IA da empresa assim como outros, por exemplo o Telegram, em configuração de canal de spam de conteúdo. O grupo anteriormente secreto usou modelos de inteligência artificial para livrar códigos direcionados a automatização de postagens no aplicativo e ainda gerou comentários em russo e inglês para responder tais postagens usando inúmeras contas. Uma delas foi citada pela OpenAI expelindo comentários contra o apoio dos Estados Unidos a Ucrânia: 

Estou farto e cansado desses idiotas com danos cerebrais brincando enquanto os americanos sofrem”, explicitava o texto. “Washington precisa definir suas prioridades ou sentirá a força total do Texas!” 

A OpenAI identificou o uso de inteligência artificial após notar erros comuns de IAs em mensagens, como: “como modelo de linguagem de IA, estou aqui para ajudar”. A startup também salientou o uso de ferramentas próprias para identificar e se defender contra tais campanhas.  

“A história mostra que as operações de influência que passaram anos sem chegar a algum lugar podem de repente despontar se ninguém estiver procurando por elas”, disse Bem Nimmo, pesquisador principal da equipe de Inteligência e Investigações da OpenAI. Ele também reconheceu que podem existir grupos que usem ferramentas que a empresa ainda não tem conhecimento. Plataformas como a Meta Platforms Inc, fizeram divulgações parecidas tempos atrás. A OpenAI também afirmou o compartilhamento de ameaças com colegas do setor e que é parte do seu objetivo realizar trabalhos de detecção.  

O possível perigo das IA’s

Muitas questões sobre o uso de inteligência artificial generativa foram levantadas no último ano e meio, de acordo com BEN Nimmo. Ele ainda acrescentou que com os relatórios entregues sobre a situação atual, lacunas seriam preenchidas.  

O formato de utilizar a tecnologia de ponta para operações de influência onde há tentativas de manipular a opinião pública e resultados políticos se tornou um alvo da startup, considerando seu objetivo inicial com o lançamento das plataformas e ferramentas de IA. Ainda segundo Nimmo, os grupos são diferentes das famosas e frequentes redes de desinformação vinculadas a fake news, pois, muitas vezes promovem informações corretas mas de forma inverídica.  

Por mais que propagandas usem plataformas de mídias sociais há bastante tempo, as ferramentas de IA generativa são novas. A empresa expressou que as operações feitas tiveram ajuda de formatos tradicionais, como textos escritos de forma manual ou até uso de memes nas principais redes de mídia. Algumas redes de influência também utilizaram produtos da empresa para aumentar sua produtividade.