Donald Trump ordena retomada dos testes de armas nucleares

Na quarta-feira (29), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que está na Coreia do Sul por uma agenda de compromissos na Ásia, em entrevista afirmou que mandou o departamento de guerra que retomasse o programa de armas nucleares e fizesse testes.

O presidente Trump diz que ordenou o retorno dos testes das armas nucleares de seu país por conta de outros países testarem os deles. Donald afirma que assim os EUA poderá demonstrar que ainda possuem o maior arsenal, mas, ainda assim, os outros países até 2030 podem chegar perto deles.

Volta dos testes de armas nucleares 

O último teste nuclear dos EUA foi realizado em 1992, no estado de Nevada, EUA. O teste foi chamado de “Divider” e fazia parte da Operação Julin, sendo um teste subterrâneo de uma ogiva nuclear. Porém, depois disso, foi esquecido até Donald Trump voltar ao poder. Nesse período, segundo os EUA, a Rússia seria a segunda que tem mais armas nucleares e em terceiro a China, que cresceu seu arsenal, passando de cerca de 300 armas nucleares em 2020 para 600 em 2025. Autoridades militares estimam que o país terá mais de mil armas nucleares até 2030.


Vídeo mostrando as declarações do presidente dos Estados Unidos Donald Trump (Vídeo: Reprodução/YouTube/UOL)


Ademais, um dos motivos recentes para a volta dos testes de armas nucleares pelos americanos foram movimentos da Coreia do Norte, China e Rússia, que por sua vez, testou um super torpedo nuclear submarino, o Poseidon, que tem capacidade nuclear devastadora. As autoridades dos Estados Unidos e da Rússia, descreveram o Poseidon como uma nova categoria de arma de retaliação, capaz de gerar ondas radioativas no oceano para tornar cidades costeiras inabitáveis. No domingo (26), a Rússia já havia testado seu novo míssil nuclear Burevestnik, uma arma considerada “invencível” pelo presidente russo. Esse exercício foi criticado pelo presidente americano Donald Trump, que devolveu uma ameaça de que seu país tem um submarino nuclear posicionado na costa da Rússia.

Repercussão da volta dos testes de armas nucleares 

Para concluir, os chineses fizeram um apelo para que os EUA não conduzam testes com armas nucleares, enquanto os russos disseram que farão o mesmo caso os americanos testem seus armamentos. A Rússia aproveitou e negou que ambos os exercícios realizados nos últimos dias com armamentos nucleares tenham sido testes nucleares. Isso tudo foi comentado horas depois da coletiva de Donald Trump sobre a volta dos testes de armas nucleares. China e Rússia reagiram ao anúncio de Trump.


Foto de uma arma nuclear da Rússia (Foto: reprodução/Getty Images embed/Vyacheslav Argenberg)


Além disso, os Estados Unidos e a Rússia são as duas maiores potências nucleares do mundo e têm mais de cinco mil ogivas nucleares cada, segundo dados divulgados pelo Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo (Sipri) em janeiro deste ano. A China citou o Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares (CTBT, na sigla em inglês), é um tratado global que proíbe os testes de armas nucleares, que foi assinado em 1996 por 186 países, incluindo todas as potências nucleares à época: EUA, Rússia, Reino Unido, França e China. A Coreia do Norte não é signatária. Segundo a agência de notícias Reuters, testes como esses fornecem evidências sobre o que qualquer nova arma nuclear é capaz de fazer. Caso seja usada, teria um impacto imaginável, muito além do impacto das armas nucleares antigas.

Rússia acusa Europa de estar impedindo acordo de paz com Ucrânia

Nesta quinta-feira (02), o porta-voz da Rússia, Dmitry Peskov, junto ao Presidente Vladimir Putin, entregaram um press briefing em Moscou. Nela, Dmitry Peskov falou que a histeria dos governantes europeus atrapalha as negociações de paz entre Rússia e Ucrânia. Do mesmo modo, o presidente Vladimir Putin informou que essa histeria levava a acreditar que a Rússia pretende atacar a Otan, mas que não constava nos planos de Moscou.

Entretanto, Putin afirmou que está observando as movimentações militares da Otan e dos países europeus, e responderá a qualquer provocação à soberania da Rússia. 

Guerra entre Rússia e Ucrânia, situação atual

Após um mês e meio das negociações entre o presidente da Rússia e o presidente dos EUA no Alaska, segue um caminho longe do fim da guerra entre Ucrânia e Rússia. Ao afirmar o porta-voz da Rússia, Dmitry Peskov, que os países europeus estimulam a Ucrânia a não negociar a paz e sim continuar a guerra. Além disso, Peslov falou sobre os EUA entregarem informações à Ucrânia sobre locais de alvos de infraestrutura energética de longo alcance na Rússia. Ele minimizou, falando que não é a primeira vez que isso acontece.


Porta-voz da Rússia, Dmitry Peskov (Foto: Reprodução/Getty Images Embed/Contributor) 

Ademais, Dmitry Peskov comentou que a Rússia analisa o pedido da Ucrânia e é financiada por países da Europa para receber mísseis Tomahawk dos EUA. Esses mísseis têm um longo alcance, eles chegam a atacar alvos a 2.500 km. Desse modo, podem chegar os ataques no interior da Rússia. O presidente dos EUA, Donald Trump, recusou enviar esses mísseis no passado, porém, com as últimas falas, onde ele cita que a Rússia não queria um acordo de paz e que era um tigre de papel, é possível que ele envie atualmente. O porta-voz da Rússia falou que, caso isso realmente ocorra, seu país irá responder à altura aos atos.

Mais informações sobre a guerra 

Em resumo, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, mantém a narrativa de que a Rússia não vai recuar. O país afirma que havia uma crescente propaganda do nazismo e neonazismo na Ucrânia, e a Rússia estaria combatendo isso. E que ela quer o reconhecimento de parte do território ucraniano como parte da Rússia e que a Ucrânia não entre para a Otan. Também, a Rússia quer manter um certo domínio tanto linguístico quanto cultural sobre a Ucrânia, quase transformando o país em uma nova Rússia, ou melhor, uma antiga União Soviética. 


 Kyiv destruída por ataques russos (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Global Images Ukraine) 

No entanto, a Ucrânia solicita que as tropas da Rússia saiam do seu território e devolvam os territórios que já foram atribuídos à Rússia. A Ucrânia, também, quer uma comprovação de que a Rússia não voltaria a atacá-la, e uma compensação econômica para reconstrução do país, com líderes da Rússia assumindo a culpa da guerra e pelas mortes dos cidadãos ucranianos, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, com países europeus e os EUA, tentam não ceder territórios a Rússia em um possível acordo de paz, porém os russos acreditam que a única forma é parte do território ucraniano se torne parte da Rússia.

Reino Unido autoriza Ucrânia a usar armas britânicas na Rússia

O Reino Unido autorizou a Ucrânia a utilizar armamentos britânicos em operações dentro do território russo, marcando uma nova fase no apoio militar de Londres a Kiev. Essa decisão reflete um comprometimento ainda mais profundo do governo britânico com a defesa ucraniana, em meio à escalada do conflito.

A medida foi anunciada pelo Ministério da Defesa do Reino Unido, que reforçou a importância de apoiar a Ucrânia na resistência contra as agressões russas. No entanto, para evitar uma escalada maior do conflito, foi estabelecida a restrição ao uso de mísseis de longo alcance, os quais devem ser empregados exclusivamente em operações defensivas dentro das fronteiras ucranianas.

Gabinete militar na Rússia

Nos últimos dias, a Ucrânia divulgou imagens de uma reunião entre o presidente Volodymyr Zelensky e altos comandos militares, na qual foi anunciada a criação de um gabinete militar dentro da Rússia. O objetivo deste gabinete, segundo o chefe das Forças Armadas ucranianas, é manter a ordem e garantir a segurança dos civis nas áreas ocupadas.


 Tanques britânicos apoiam as tropas ucranianas na ofensiva em território russo (Foto: reprodução/Getty Images News/Chris McGrath/Getty Images Embed)


Desde a semana passada, as tropas ucranianas têm mantido posições na região russa de Kursk, após uma incursão surpresa. Autoridades ucranianas afirmam que já controlam 82 comunidades em uma área de aproximadamente 1,1 mil km².

Uso de tanques Challenger 2

O governo britânico confirmou que as armas fornecidas à Ucrânia, incluindo tanques Challenger 2, estão sendo utilizadas nesta operação. Esse tanque é um dos mais avançados britânicos, pesa cerca de 60 toneladas, possui blindagem reforçada contra ataques diretos e tem capacidade para transportar até quatro soldados. A confirmação do uso desses tanques em solo russo representa uma escalada significativa no apoio do Reino Unido à Ucrânia.

Enquanto isso, a Rússia divulgou vídeos mostrando a suposta captura de militares ucranianos e alegou ter retomado alguns vilarejos na região de Kursk, numa tentativa de conter o avanço ucraniano.

Putin assina indultos em troca de prisioneiros, afirma Kremlin

Em uma movimentação estratégica, o presidente russo Vladimir Putin assinou indultos para prisioneiros libertados como parte de uma troca humanitária. A informação foi confirmada pelo porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, durante uma coletiva de imprensa.

Ação direta de Putin

O anúncio veio após relatos de uma troca de prisioneiros que envolveu detentos russos e estrangeiros. Peskov destacou que os indultos foram uma ação direta do presidente Putin, sublinhando a importância dessas negociações para a Rússia.

Ele também mencionou que tais indultos são assinados diretamente pelo presidente, enfatizando o envolvimento pessoal de Putin em tais decisões. Nesta recente operação, os prisioneiros libertados incluíam tanto cidadãos russos quanto estrangeiros que estavam detidos sob diferentes acusações.

O Kremlin não divulgou detalhes específicos sobre os indivíduos libertados ou as condições exatas das trocas, mas a iniciativa é vista como uma estratégia do governo russo para negociar e liberar detentos em troca de cidadãos russos detidos no exterior.


O presidente russo, Vladimir Putin, assinou decretos para perdoar cidadãos estrangeiros trocados (Foto: Reprodução/Anadolu/Getty Images Embed)


Impacto internacional

A troca de prisioneiros é uma prática que tem sido utilizada por diversos governos ao longo dos anos, especialmente em situações de tensão internacional. Essas trocas frequentemente envolvem negociações delicadas e são vistas como uma forma de aliviar as relações diplomáticas entre os países envolvidos.

A comunidade internacional frequentemente observa essas trocas com interesse, pois elas podem sinalizar mudanças nas relações diplomáticas ou intenções de cooperação futura. Para os indivíduos libertados, essas trocas representam uma nova oportunidade de liberdade e um retorno à normalidade após períodos de detenção que muitas vezes são prolongados e difíceis.

A decisão de Putin destaca a complexidade e a importância das negociações internacionais em tempos de conflito e tensão. A Rússia, através desses indultos, demonstra uma abordagem pragmática e estratégica para a gestão de suas relações internacionais e a proteção de seus cidadãos.

EUA anunciam novo pacote de 1,4 bilhões em armas e equipamentos para a Ucrânia


Um novo pacote de 1,4 bi em ajuda para que a Ucrânia possa combater os ataques da Rússia, próximo à cidade de Kharkiv, foi anunciado pelos Estados Unidos, nesta sexta-feira (24). O porta-voz americano, Departamento de Estado, detalhou quais os suplementos urgentes necessários para a operação e combate.

No pacote, estão inclusos, munição para HIMARS (lançador múltiplo de foguete), mísseis, cartuchos de artilharia, sistema antiblindados e munição aéreas de precisão.

G7 também discute em como ajudar a Ucrânia

Os ministros das finanças do G7 se reuniram nesta sexta-feira (24), para debater as formas de utilizar os aproximadamente R$ 1,3 trilhão das reservas cambiais da Rússia, congelados pelos países ocidentais quando ela invadiu expansivamente a Ucrânia, em fevereiro de 2022.



Ilustração da Cúpula do G7 reunida (Foto: reprodução/Pinterest)

Essa mobilização, somada aos EUA aconteceram quando o governo russo montou um ataque surpresa à região da cidade de Kharkiv, localizada ao norte da Ucrânia. A intensificação desses ataques marca e movimentam o ocidente para mobilizar ajuda militar ucraniana, em Kiev.

A intenção é mobilizar esses recursos que eram da Rússia para o benefício do povo ucraniano.

Apoio dos EUA e União Europeia (UE) pode movimentar R$ 258 bilhões

Ambos os apoios expostos na reunião do G7, levantam o apontamento que, dos R$ 1,3 trilhão dos recursos congelados da Rússia, será possível destinar R$ 258 bilhões, como empréstimo concedido.

Esse ainda é um debate que vai passar por uma série de acordos, entre eles, a assinatura do presidente americano, Joe Biden, e outros membros da cúpula, no próximo mês, na Itália.

O plano não retira todo o fundo da Rússia, uma vez que a UE teme que os outros países pertencentes ao bloco, sejam desencorajados de manter as suas reservas financeiras.

Logo, se trata de um empréstimo das reservas cambiais da Rússia, que estão no bloco da UE, e devem ser vindos dos futuros lucros das reservas cambiais do país, que estavam detidas no bloco.