Trump pressiona Rússia após fim do ultimato sobre guerra na Ucrânia
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pressiona a Rússia após o fim do prazo para encerrar o conflito na Ucrânia, que terminou nesta sexta-feira (8) sem acordo. Diante do impasse, Trump reafirmou a intenção de aplicar tarifas de até 100% e sanções mais severas contra Moscou. Além disso, as medidas também miram países que […]
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pressiona a Rússia após o fim do prazo para encerrar o conflito na Ucrânia, que terminou nesta sexta-feira (8) sem acordo. Diante do impasse, Trump reafirmou a intenção de aplicar tarifas de até 100% e sanções mais severas contra Moscou. Além disso, as medidas também miram países que mantêm comércio de energia com a Rússia.
Pressão de Trump sobre Rússia e busca por cúpula
No início da semana, Trump prometeu avançar com as chamadas “sanções secundárias”. Essas medidas podem atingir a Índia, segunda maior compradora do petróleo russo, e possivelmente a China, principal cliente energético de Moscou. Apesar da retórica dura, a Casa Branca confirmou que o presidente prepara um encontro com Putin. A reunião pode ocorrer já na próxima semana, em formato bilateral ou trilateral, incluindo também o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
Trump não condicionou a reunião a um encontro prévio entre Putin e Zelensky. Segundo ele, o objetivo principal é “parar o derramamento de sangue”. O republicano não descarta novas medidas econômicas caso Moscou não demonstre abertura para um acordo de paz.
Resistência do Kremlin e reação internacional
O Kremlin ignorou o ultimato. Segundo fontes próximas ao governo russo, Putin acredita que a Rússia mantém vantagem militar e não cederá sob pressão. Moscou insiste que qualquer negociação precisa incluir garantias de segurança para ambas as partes. No entanto, evita atender diretamente às exigências norte-americanas.
A iniciativa de uma cúpula foi discutida entre Putin e o enviado especial de Trump, Steve Witkoff. O Kremlin afirma que a proposta partiu do presidente dos EUA, enquanto a Casa Branca sustenta que a ideia veio dos russos. A possibilidade de um encontro nos Emirados Árabes Unidos está em negociação, mas ainda não há confirmação oficial.
Enquanto isso, líderes europeus e o presidente ucraniano discutem como lidar com as movimentações diplomáticas. Eles temem que uma nova rodada de conversas sirva apenas para adiar medidas mais duras contra Moscou.
Semanas decisivas para a guerra na Ucrânia
Especialistas em geopolítica avaliam que a postura de Trump busca equilibrar pressão econômica e abertura diplomática. Para isso, a estratégia tenta criar um cenário em que Putin se sinta compelido a negociar, mas sem dar sinais de recuo que possam enfraquecer a imagem norte-americana. No entanto, analistas alertam que esse tipo de ultimato pode ter efeito limitado. Para que funcione, ele precisa vir acompanhado de um plano concreto para encerrar o conflito.
Além disso, em meio à crise, Trump pressiona Rússia com sanções e negociações, buscando um desfecho para o conflito que tem provocado instabilidade global.
Com o ultimato encerrado e as conversas diplomáticas ainda incertas, o impasse entre Washington e Moscou se aprofunda. Trump aposta em sanções e tarifas para forçar um cessar-fogo. Enquanto isso, Putin mantém a narrativa de que a Rússia está em vantagem.
O desfecho das próximas semanas será decisivo para definir se a pressão econômica dos Estados Unidos resultará em negociações de paz ou se a guerra na Ucrânia entrará em um novo ciclo de escalada.
