Givenchy celebra elegância da mulher moderna na Semana de Moda de Paris

A Givenchy subiu à passarela nesta sexta-feira (03), durante mais um dia de desfiles na Semana de Moda de Paris. Em sua segunda coleção na grife, a diretora criativa Sarah Burton traz sua personalidade às criações, sem deixar de respeitar a identidade da marca.

Neste novo trabalho, ela manteve o foco no olhar feminino e adicionou elementos de glamour, sensualidade e descontração. Nos bastidores do desfile, Burton explicou ao jornal The Guardian a proposta da coleção de Primavera/Verão:

“Eu queria que fosse erótico e sensual, e que mostrasse a pele. Quando queremos empoderar mulheres, muitas vezes recorremos a códigos masculinos, mas eu queria observar a inteligência emocional feminina e o modo de se vestir e despir.”

Ainda sobre o tema, ela disse à WWD que a sensualidade também é um desejo das mulheres e que considera esse sentimento poderoso.

Destaques do desfile

A trilha sonora do desfile trouxe a música Straight to Hell, da banda britânica The Clash, para reforçar o clima de rebeldia da coleção.

Entre os destaques da tarde estavam os body chains usados sobre um body preto, um casaco tomara que caia longo com franjas na barra e um vestido laranja de malha de rede, peças que representam o glamour feminino e o clima solar da estação.



Além disso, Sarah Burton apresentou versões modernas do clássico little black dress usado por Audrey Hepburn em Bonequinha de Luxo. Uma delas era um vestido de alças, com decote reto e saia levemente drapeada.

Outros destaques do desfile incluíram um top cropped com tecido semelhante a plumas e um vestido vermelho com babados no busto e saia transparente sobre um body da mesma cor.

Nos acessórios, as modelos usaram colares e brincos maximalistas. Alguns sapatos também chamaram atenção por serem decorados com franjas e camadas de tecido.



O desfile da Givenchy foi transmitido ao vivo pela própria maison e está disponível no YouTube.

Feminilidade e futuro da Givenchy com Sarah Burton

Com uma proposta que une força e delicadeza, Sarah vem construindo uma nova fase para a Givenchy. Ao valorizar o olhar feminino e priorizar o equilíbrio entre sensualidade e elegância, a diretora criativa mostra que pretende conduzir a grife por caminhos mais emotivos, humanos e modernos.

Sarah Burton lança campanha para a Givenchy e celebra o olhar feminino

Após estrear sua primeira coleção para a Givenchy em março de 2025, Sarah Burton revela agora sua primeira campanha visual à frente da maison. Conhecida por sua sensibilidade narrativa desde os tempos de Alexander McQueen, a diretora criativa aposta novamente na profundidade emocional como assinatura estética. Para isso, ela convocou duas colaboradoras que simbolizam sua visão: a modelo Kaia Gerber, sua musa recorrente, e a diretora de cinema Halina Reijn, responsável pelo elogiado Babygirl (2024).

Mais do que uma campanha tradicional, o trabalho propõe uma narrativa: “A ideia era focar na amizade entre uma diretora de cinema e uma atriz”, declarou Burton. “Eu queria celebrar o olhar feminino”, completou, em nota oficial. O resultado é uma série de imagens intimistas que destacam não apenas as peças da nova coleção, mas principalmente a troca de olhares, gestos e cumplicidade entre duas mulheres criativas.


Kaia Gerber e diretora Halina Reijn (Foto: reprodução/Instagram/givenchy)


Moda com narrativa e propósito

A campanha se distancia dos estereótipos visuais comuns e adota uma estética suave, quase cinematográfica. A direção de arte valoriza luz natural, tons neutros e cenários minimalistas em Paris. As roupas são fluidas, refinadas e marcadas por cortes precisos que acompanham essa proposta de leveza e introspecção. A intenção, segundo Burton, é mostrar a moda como extensão da identidade, e não como um fim em si mesma.


Kaia Gerber (Foto: reprodução/Instagram/givenchy)


Um novo capítulo para a Givenchy

Com essa campanha, Sarah Burton não apenas reafirma sua assinatura estética, mas também posiciona a Givenchy em uma nova fase, mais sensível e autoral. Ao trazer referências do cinema e da narrativa feminina, a marca ganha camadas de significado que vão além da roupa. O trabalho marca também o início de uma linguagem que pode se tornar a assinatura de Burton na maison, uma moda que valoriza processos criativos e relações humanas, sem abrir mão do luxo e da sofisticação. Ao colocar a intimidade no centro da imagem, ela reforça que elegância também pode ser silenciosa, delicada e cheia de intenção.

Paris Fashion Week inicia com desfiles ousados e novas promessas

A Paris Fashion Week começou em 3 de março de 2025, trazendo uma programação intensa até o dia 11. O evento promete estreias de diretores criativos e apresentações de jovens designers que estão moldando o futuro da moda.

Desfiles iniciais destacam a criatividade e a diversidade das novas coleções, enquanto o calendário reserva estreias aguardadas nos próximos dias

Destaques do primeiro dia

O primeiro dia da Paris Fashion Week foi marcado por desfiles que evidenciaram a ousadia e a inovação dos designers. Victor Weinsanto abriu a semana com sua coleção Outono-Inverno 2025, apresentando designs corsetados com saias curtas, casacos cintados e vestidos longos com fendas.

Modelos desfilaram em saltos agulha, tops estilo bustiê combinados com calças de cintura baixa e minissaias com cintos, além de um macacão prateado que se destacou na passarela. Weinsanto, ex-bailarino e com passagem pela casa de Jean-Paul Gaultier, encerrou o show com vestidos brancos transparentes sustentados por estruturas de espartilho, descrevendo uma das peças como representando um “iceberg”.


Desfile de Victor Weinsanto (Foto: reprodução/Victor Virgile/Getty Imagens Embed)


Outro destaque foi a apresentação de Alain Paul, que trouxe uma coleção inspirada no balé e na dança contemporânea, refletindo sua formação no Balé Nacional de Marselha. Suas peças intrincadas, como vestidos de náilon vermelho e botas Pina, demonstram a fusão entre moda e arte performática.

Paul, que já trabalhou na Vetements e na Louis Vuitton sob a direção de Virgil Abloh, lançou sua marca própria, Alainpaul, que rapidamente ganhou atenção, vestindo celebridades como Madonna.

Expectativas para os próximos dias

A semana de moda parisiense reserva estreias aguardadas que prometem redefinir os rumos de grandes maisons. Julien Klausner apresentará sua primeira coleção à frente da Dries Van Noten, enquanto Haider Ackermann fará sua estreia na Tom Ford.

Sarah Burton, conhecida por seu trabalho na Alexander McQueen, assumirá a direção criativa da Givenchy, trazendo expectativas sobre como ela reinterpretará os códigos da maison. Além disso, a Saint Laurent alterou sua programação tradicional, encerrando a semana de moda, o que adiciona uma expectativa adicional ao evento.


Sobre a primeira coleção de Klausner na Dries Van (Vídeo: reprodução/Instagram/@myfashionblomme)


Com uma programação intensa até 11 de março, a Paris Fashion Week promete continuar surpreendendo e encantando o público com desfiles que mesclam tradição e inovação, reafirmando a posição de Paris como a capital mundial da moda.

Paris Fashion Week comemora seus 50 anos com esperadas estreias, grandes desfiles e novos nomes

Hoje, 23 de setembro, começa a Semana de Moda de Paris. Depois de uma sequência de Nova York, Londres e Milão, o evento na capital francesa marca o fim das grandes semanas, residentes nas capitais da moda, do calendário. 

Com uma abrangente expectativa, essa edição é comemorativa, já que a semana parisiense está completando 50 anos. Como sempre, a cidade da luz contará com grandes momentos, como a estreia de Alexandre Michelle na Valentino, uma colaboração inusitada entre Coperni e a Disney e a estreia de novidades quentes para a temporada primavera/verão 2025. 

Ausências importantes

Uma surpresa para os que sempre acompanham a Paris Fashion Week é a ausência da tradicional francesa Givenchy do evento. A marca acaba de admitir Sarah Burton como sua nova diretora criativa, assim, faltando tempo hábil para a produção de uma nova coleção. A estreia de Burton com a maison será apenas na próxima edição do evento, em março de 2025.


Último desfile da Givenchy na PFW, em 2023 (Foto: reprodução/The Fall Magazine)

Mais um figurinha carimbada que dessa vez não dará as caras nesta edição é a inovadora Off-White, que desfilou sua última coleção, inspirada na mescla cultural entre Estados Unidos e África, no começo do mês, na New York Fashion Week. 

Outra personagem tradicional da semana de moda parisiense que não comparecerá ao evento será a estilista Virginie Viard. A designer saiu do posto de diretora criativa da Chanel no começo do ano e ainda não está ao comando de nenhum outro ateliê. Mas isso não significa que a histórica maison francesa faltará ao evento. No dia 1 de outubro, a Chanel realizará no Grand Palais –  reinaugurado esse ano, após quatro anos em obras – o desfile de uma coleção, pela primeira vez na história da casa, assinada pelo estúdio criativo.

Alessandro Michele chega a Valentino

A talvez mais aguardada estreia da semana está nas mãos do italiano Alessandro Michele. Após uma longa história de sucesso na Gucci, o designer lançou recentemente uma pré-coleção para sua nova casa, Valentino, para mostrar como irá dirigir uma diferente, mas não menos importante, tradicional maison.


Pré-coleção de Alessandro Michele para Valentino (Foto: reprodução/Instagram/@valentino)  

A estreia por completo acontecerá no sétimo dia da Semana de Moda de Paris, dia 27 de setembro, para agora, pela primeira vez, o público contemplar seu trabalho fora da Gucci.

Mundo mágico Coperni X Disney

Coperni virou sinônimo de espetáculo durante desfiles. A grife inova em cada passarela que pisa, como fez anteriormente com seus cachorros robôs e o vestido pintado na hora no corpo da modelo Bella Hadid, em 2022.


Coperni pinta vestido no corpo de Bella Hadid, na Paris Fashion Week de 2022 (Foto: reprodução/Instagram/@coperni)  

A marca não irá deixar a desejar e dessa vez, apesar de não terem revelado nenhum outro detalhe, realizará seu desfile na mágica Disneyland Paris, no último dia do evento, fechando a semana de moda parisiense com chave de ouro.

Sarah Burton assume a direção criativa da Givenchy 

Conhecida mundialmente pela sua trajetória dentro da Alexander McQueen — primeiramente como braço direito do estilista e, depois, por assumir o comando após sua morte — trazendo um aspecto mais artesanal e menos subversivo para a grife, a britânica Sarah Burton acaba de ser nomeada como a mais nova diretora criativa da “maison” francesa Givenchy. 

O anúncio aconteceu na manhã desta segunda-feira (09), após um ano da saída de Burton da McQueen. Com esse acontecimento, ela marca seu nome na história mais uma vez, sendo a primeira mulher a assumir esse cargo na história da marca pertencente ao grupo LVMH. 


Sarah Burton é a nova diretora criativa da Givenchy (Foto: reprodução/Givenchy)

Caminhando em sentido oposto ao estilo tradicional da marca francesa, a estilista, conhecida por suas criações destemidas, costuma brincar em sua forma de criar com contrastes de cortes, formas e texturas. Em comunicado, ela afirmou: “É uma grande honra me juntar a esta magnífica maison que é a Givenchy, uma verdadeira joia. Estou muito entusiasmada com a ideia de escrever o próximo capítulo desta emblemática maison e de levar a minha própria visão, a minha sensibilidade e as minhas convicções para a Givenchy.”  

No anúncio, a equipe de comunicação da Givenchy prontificou que a estilista estará sob o comando da direção criativa das coleções femininas e masculinas das “maison”. O nome de Sarah era muito especulado para o posto, depois da breve, e pouco elogiada, passagem de Matthew Williamson, graças a sua capacidade de inovar com elegância e requinte.


Coleção masculina “Pompa e circunstância”, criada por Sarah Burton para Alexander McQueen, em 2023 (Foto: reprodução/Harper’s Bazaar Brasil) 

A estreia de Burton no comando da casa está marcada para março do próximo ano, 2025, quando apresentará sua coleção outono/inverno na Paris Fashion Week.

Um pouco mais sobre Sarah Burton

A designer britânica iniciou sua carreira com o pé direito: um ano antes de se formar na Central Saint Martins College of Art and Design, em 1997, Sarah Burton já era estagiária de Alexander McQueen, que fundou sua marca homônima em 1992. Rapidamente se firmou no centro jovem e revolucionário da marca e, posteriormente, ganhou o posto de assistente e braço direito do estilista, se tornando uma peça fundamental nas criações de vestuário feminino da grife.


Sarah Burton e Alexander McQueen (Foto: reprodução/ELLE Brasil)

Quando McQueen faleceu subitamente em 2010, Burton ficou encarregada de tocar em frente e honrar o nome do estilista. No cargo de diretora criativa, Sarah permaneceu durante 14 anos, e sempre foi vangloriada pela imprensa e amantes da moda por seguir o caráter revolucionário e subversivo do de McQueen, mas sem nunca tentar copiá-lo, mantendo sua veia pessoal de criação mais sofisticada e menos bruta. Uma mudança na gestão de sua primeira casa acabou por acelerar o processo de saída de Sarah. 

A estilista é notória em sua precisão de cortes e construções, enquanto abusa de sua criatividade sem limites, sendo um encaixe perfeito para esse novo capítulo que a Givenchy parece desejar.

Dança das cadeiras na Givenchy

Além da mudança na cadeira de diretores criativos, a maison francesa também passou por uma importante mudança nos últimos tempos: a chegada do novo CEO, Alessandro Valenti. O novo comandante também celebrou a contratação de Burton: “A chegada de Sarah Burton como chefe do nosso design criativo é um momento muito emocionante para a Givenchy. Sua carreira notável e visão criativa já lhe renderam uma vasta base de fãs, e temos certeza de que, sob sua direção, a Givenchy continuará a inovar e cativar um amplo público em todo o cenário mundial. Antecipo ansiosamente a nova energia criativa que Sarah trará enquanto trabalha ao lado de nossas excelentes equipes“. 

A nova dupla marca a chegada de novos ares para a Givenchy, após uma perda notável de relevância que enfrentou nos últimos anos.