Paris Fashion Week divulga calendário oficial para 2026

Nessa quinta-feira (18), a Fédération de la Haute Couture et de la Mode divulgou oficialmente o calendário da Semana de Moda Masculina Outono/Inverno 2026, além da Semana de Alta Costura Primavera 2026. Os eventos reforçam Paris como principal polo criativo do mercado fashion de luxo internacional, e acontecem entre 20 e 29 de janeiro.

A Paris Fashion Week está marcada como a responsável por abrir as perspectivas da moda global em 2026, com protagonismo absoluto no cenário da moda global, reunindo moda masculina e alta-costura em uma sequência intensa de desfiles, apresentações e momentos simbólicos. Por isso, a capital francesa recebe em janeiro grandes maisons, novos talentos e mudanças que equilibram a tradição e a renovação.

A estreia na moda masculina

A Semana de Moda Masculina acontece entre os dias 20 e 25 de janeiro, contando com 67 marcas no total (sendo 35 desfiles e 32 apresentações). A abertura oficial será na terça-feira, ás 15h, com a estreia da estilista parisense Jeanne Friot – um nome que anda em ascensão pela sua abordagem contemporânea, política e os novos debates sobre gênero e identidade na moda.


Vídeo oficial divulgando a Semana de Moda Masculina 2026 (Vídeo: reprodução/Instagram/@parisfashionweek)


Já o encerramento fica por conta da Jcquemus, no domingo, ás 19h30, garantindo um apelo mais pop e midiático ao último dia. Os momentos restantes da semana serão repletos de importância e simbolismo, como o último desfile de Véronique Nichanian para a Hermès, no dia 24 ás 20h. A estilista se despedirá da maison após décadas de trabalho com a identidade masculina, e deixando um legado criativo e elegante.

Outro desfile importante é o da Dior Men, marcado para o dia 21 ás 14h30, que apresentará a segunda coleção masculina com Jonathan Anderson á frente da casa. Os próximos passos do estilista estão sendo fortemente observados, considerando seu trabalho atual de trazer uma energia mais contemporânea á grife e o que ela representa.

Alta-costura aposta em tradição e novos nomes

Logo após o encerramento do masculino, é hora de Paris receber a alta costura. Entre 26 e 29 de janeiro, 29 casas levarão suas coleções de Primavera 2026. A abertura tradicional fica por conta da Schiaparelli, no dia 26, às 10h – sendo seguida por desfiles icônicos como Dior, Chanel e Giorgio Armani Privé.

A apresentação da Armani Privé promete ganhar novos contornos históricos por ser a primeira coleção de alta-costura da marca após o falecimento de Giorgio Armani, um dos maiores nomes da moda mundial. O momento marca não apenas uma continuidade criativa, mas também uma transição simbólica dentro da maison.


Desfile da Armani Privé na Semana de Alta Costura 2025 (Foto: reprodução/Instagram/@hautecoutureweek)


Entre as estreias, os maiores destaques são a estilista grega Celia Kritharioti e o vietnamita Phan Huy, ampliando a diversidade cultural da semana. Segundo o Whoopsee, o encerramento ficará por conta da Germanier, no dia 29, às 18h30, com uma proposta autoral e alinhada às novas narrativas da alta-costura contemporânea.

Gkay brilha em Paris com look escultural e rouba a cena na semana de alta-costura

Chegando com força total no primeiro dia da semana de alta-costura de Paris nessa segunda-feira(7), a influenciadora paraibana Gessica Kayane, conhecida como Gkay, chamou atenção ao desfilar na front row do desfile de Rahul Mishra com um look escultural em metal que cobriu parcialmente seu rosto, em formato inspirado na árvore-da-vida, um símbolo profundo da cultura indiana.

A produção ousada não apenas causou burburinho nas redes sociais como também foi destaque imediato em veículos internacionais de moda. Com essa estreia impactante, Gkay deixou claro que seu nome já figura entre os principais influenciadores da alta-costura mundial.

Além da performance fashion, Gkay vem investindo em uma estratégia de presença digital que alia entretenimento, branding pessoal e diálogo com grandes maisons. Durante a temporada, ela documenta os bastidores dos desfiles e encontros com estilistas em tempo real, o que contribui para aproximar o público brasileiro do universo exclusivo da alta-costura. Essa abordagem, que mistura espontaneidade com posicionamento estratégico, tem se revelado uma poderosa ponte entre o digital e o luxo tradicional.

Visual escultural e mensagem simbólica

No evento de abertura da temporada de outono-inverno 2026, o estilista indiano Rahul Mishra apostou em uma estrutura metálica que representava a árvore-da-vida, um símbolo de renascimento e equilíbrio.

Gkay vestiu legging e top em aramados moldados, que remetem a essa simbologia, chamando a atenção por transformar seu rosto em parte da arte viva da passarela. A peça impressionou pela ousadia e autenticidade, reafirmando a presença da paraibana entre as cerca de 4 mil pessoas no mundo que adquirem alta-costura sob encomenda de peças com valores que ultrapassam R$ 200 mil.


Gkay no primeiro dia da semana de alta-costura em Paris (Foto: reprodução/Instagram/@gessica)


Gkay no primeiro dia da semana de alta-costura em Paris (Foto: reprodução/Instagram/@gessica)


Presença consolidada e impacto internacional

A participação de Gkay em desfiles emblemáticos tem se intensificado. Considerada “queridinha” de marcas como Schiaparelli, ela vem se consolidando no cenário global da moda. Com presença confirmada na front row de Thierry e em almoços exclusivos da Chanel, além de conversas com editoras como Anna Wintour, Gkay reforça o poder do Brasil no calendário fashion internacional.

Mas Gkay não limita sua participação ao que veste sua trajetória inspira. Em entrevista à L’Officiel Brasil, a influenciadora relembrou a infância em Solânea (PB) e celebrou a conquista:

“Se alguém me contasse anos atrás que eu estaria na primeira fila de Schiaparelli e Chanel, eu não acreditaria. Viraria e diria: ‘Você conseguiu, deu certo’”.

Ela encara cada look como um capítulo da sua história, que conta detalhes da musa paraibana que ocupou espaços antes impensáveis.

No primeiro dia de desfiles, Gkay confirmou sua postura de trendsetter internacional ao transformar uma peça de alta-costura em metáfora cultural e autobiográfica. Ao participar da Semana de Alta-Costura de Paris, ela consolida uma trajetória marcada por representatividade: ao usar peças que contam suas origens e contam uma história de superação, Gkay reafirma que o luxo também pode ser veículo de narrativas profundas.

No desfile de ontem, mais do que vestido, ela usou identidade e mostrou que está, de fato, de corpo inteiro na maratona fashion parisiense.

Gkay rouba a cena em Paris com looks ousados e cheios de brasilidade na Semana de Alta-Costura

Gkay elevou o tom de ousadia na Semana de Alta Costura de Paris ao exibir um look revelador que destacou suas pernas, combinando sensualidade e atitude em meio à sofisticação dos desfiles. A influenciadora, conhecida por seu estilo irreverente, aproveitou a visibilidade do evento para reforçar sua identidade fashion e provocar reflexões sobre liberdade estética. Com escolhas que desafiam convenções e brincam com o inesperado, ela se posiciona além da estética como uma narradora visual que traduz tendências em declarações pessoais.

Ousadia acompanhada de estratégia

A ousadia, porém, vem acompanhada de estratégia: cada visual carrega uma intenção clara de causar impacto e abrir diálogos entre moda, cultura pop e autenticidade. No palco parisiense, Gkay se destaca como símbolo da nova geração de fashionistas que misturam provocação, brasilidade e sofisticação.

A escolha por peças marcantes em um dos eventos de moda mais prestigiados do mundo também reafirma o espaço crescente de criadores de conteúdo no circuito de alta-costura. Ao lado de estilistas consagrados e editores influentes, Gkay prova que a influência digital pode redefinir o protagonismo na indústria e que o street style ousado pode ocupar, com naturalidade, a primeira fila dos desfiles mais cobiçados do planeta.

Elegância e provocação no coração de Par­is

Durante os dias de alta-costura, a influenciadora brasileira marcou presença em desfiles de grifes importantes como Schiaparelli, Chanel e Ashi Studio. Em uma de suas produções, um body claríssimo com decote e comprimento curto destacou as pernas de Gkay, chamando atenção por equilibrar sensualidade e elegância.

Os acessórios também tiveram papel de destaque: para um dos eventos, ela usou um chapéu com tela integrada reminiscente de mosquiteiros brasileiros e, no desfile da Ashi, usou um colar feito de batons, uma peça que virou febre nas redes. O look ousado despertou elogios tanto de celebridades como Letícia Colin (“Uauuuu, amei”) quanto comentários curiosos do público. Alguns chegaram a brincar com a ideia de “mosquiteiro portátil”.


Gkay durante a semana de moda em Paris (Foto: reprodução/Instagram/@igoormelo)


Gkay apostou na combinação entre o preto e o branco com muito estilo (Foto: reprodução/Instagram/@igoormelo)


Transformando crítica em estilo

A escolha inteligente de peças ousadas e bem pensadas mostra como Gkay transforma opiniões em estilo pessoal. Ela escolhe referências do cotidiano e as reinventa dentro do contexto dos eventos de moda de alto nível, provando que looks autênticos podem dialogar com alta-costura sem perder o humor.

Gkay não se limitou a um único visual. Ela desfila diversas propostas ao longo da semana, como body glitter, peças estruturadas e vestidos com transparência, sempre correndo entre desfiles e trocando de look, até dentro do carro, seguindo o ritmo frenético da alta-costura.

Gkay firmou-se como uma das figuras mais emblemáticas da Semana de Alta Costura de Paris de 2025, articulando ousadia nas pernas, senso de humor e autoconfiança em looks cheios de personalidade, ela converteu o evento em plataforma para expressão criativa e cultural. Sua presença extrapolou a simples participação como convidada; transformou-se em performance visual, marcada por narrativas que unem moda, identidade e irreverência. Ao inserir referências brasileiras em um contexto tão tradicional e internacional, Gkay desafiou os padrões estabelecidos e mostrou que a alta-costura também pode ser terreno para discursos autênticos e inclusivos.

Com isso, reforça seu papel como protagonista de uma nova era da moda, onde o impacto está menos na obediência às regras e mais na coragem de rompê-las. E, nessa temporada, ela rompeu com elegância.

Semana de Alta Costura inicia com desfile da Schiaparelli

Nesta segunda-feira (7), Paris abriu oficialmente a Semana de Alta Costura de inverno de 2025/26, que continua até o dia 10. O evento, um dos mais aguardados no mundo da moda, sucede à temporada masculina e reúne nomes renomados do circuito da alta costura. 

Os desfiles contam com diversas marcas apresentando suas coleções de inverno, como Chanel e Balenciaga. O evento, voltado para o lado artístico da moda, ficou marcado por momentos e presenças dramáticas, luxuosas e elegantes. 

Abertura do desfile

De acordo com a tradição, a abertura do desfile é feita pela Schiaparelli, que neste ano traz a coleção comandada por Daniel Roseberry, com um olhar único e surrealista. 

Com todas vestindo Schiaparelli, temos artistas como Dua Lipa, Cardi B e Hunter Schafer marcando presença no evento e apresentando perfeitamente a essência da marca nessa edição.

Fila A 

Dua Lipa demonstrou impacto com seu vestido no tom de branco, carregando ombros marcados e longos, com recortes e aplicações que remetiam a pétalas, montando uma silhueta marcada, remetendo a uma escultura. 


Dua Lipa comparece à fila A do desfile (Foto: reprodução/Jacopo Raule/Getty Images Embed)


Já Cardi B, surgiu no desfile usando uma composição preta repleta de franjas e marcante, atraindo olhares. Demonstrando o surrealismo da marca, a rapper carregava em suas mãos um corvo verdadeiro. As peças de Dua Lipa e Cardi B, ambas da coleção de alta costura 2024, demonstram uma mistura entre o luxo e a ousadia, reunindo a alta costura com uma dose perfeita de pura arte e elegância.


Cantora Cardi B na fila A (Foto: reprodução/Arnold Jerocki/Getty Images Embed)


Karol G chegou no evento em um vestido sereia elegante, combinando detalhes em preto e branco, com flores ao longo do vestido e um decote acentuado. 


Karol G na semana de Alta Costura de Paris (Foto: reprodução/Jacopo Raule/Getty Images Embed)


A brasileira, Gessica Kayane, mais conhecida como GKAY, se destacou e ousou no azul, combinando um decote ombro a ombro com um detalhe trançado em seu vestido, que se prendia em seu pulso. 


GKAY comparece pela segunda vez no desfile de Alta Costura (Foto:reprodução/Arnold Jerocki/Getty Images Embed)


A atriz Philippine Leroy-Beaulieu trouxe sofisticação com seu vestido marrom de ombro único, mantendo o visual contemporâneo através das faixas que modelavam a peça.


Atriz Philippine Leroy-Beaulieu (Foto: reprodução/Arnold Jerocki/Getty Images Embed)


Ícone e documentarista francesa, Farida Khelfa apareceu nos degraus com a própria essência da Schiaparelli, ornando uma peça de veludo preto com silhueta reta e recorte estruturado no busto.


Farida Khelfa (Foto: reprodução/Jacopo Raule/Getty Images Embed)


Enquanto isso, Marisa Berenson optou por um visual com bordados dourados que percorrem o busto, mangas e punhos, com um trabalho artesanal impecável.


Marisa Berenson nos degraus do desfile (Foto: reprodução/Jacopo Raule/Getty Images Embed)


A semana da Alta Costura de Paris mal começou, mas a fila A do desfile já garantiu sua presença memorável da temporada. Novamente, Paris se provou como a cidade da moda, principalmente quando a arte se mostra mais do que vestir e se torna presença.

Germanier traz o crochê brasileiro para a Alta Costura

A Semana de Alta Costura de Paris sempre surpreende com criações exuberantes e inovações técnicas, e a edição de primavera/verão 2025 não foi diferente. O estilista suíço Kevin Germanier encerrou o evento com um desfile vibrante, repleto de cores e texturas únicas. No centro desse espetáculo estava a colaboração com o brasileiro Gustavo Silvestre, que trouxe sua expertise em crochê para dar um toque artesanal e sofisticado às peças apresentadas.


Germanier Alta Costura 2025 (Foto: reprodução/Francois Durand/Getty Images Embed)


Quem é Kevin Germanier? 

Formado pela Universidade de Arte e Design de Genebra e pela Central Saint Martins, Kevin Germanier tem se destacado no mundo da moda por sua abordagem inovadora, unindo glamour e sustentabilidade. Antes de lançar sua própria marca em 2018, ele acumulou experiência colaborando com grandes nomes da indústria, como Shanghai Tang, na China, e Louis Vuitton, em Paris. Seu trabalho se diferencia pelo uso criativo de tecidos reaproveitados, além de pérolas e strass, resultando em peças marcantes que conquistaram celebridades como Kristen Stewart e Björk.

O Crochê como expressão de Alta Costura

Gustavo Silvestre já vinha colaborando com Germanier em coleções de prêt-à-porter, mas esta foi a primeira vez que sua arte manual entra oficialmente no universo da alta-costura. O crochê, muitas vezes associado a um estilo clássico e tradicional, foi reinterpretado pelo designer brasileiro de forma contemporânea, com um olhar ousado e inovador. Cada peça demandou horas de trabalho minucioso, reforçando o valor da exclusividade e do feito à mão, pilares essenciais da alta-costura.


Germanier Alta Costura 2025 (Foto: reprodução/Francois Durand/Getty Images Embed)


A coleção apresentou vestidos curtos e justos adornados com bordados coloridos e miçangas, criando um efeito visual impactante. Entre os destaques, estavam peças com volumes estratégicos e uma paleta cromática vibrante, resultado da fusão entre a estética maximalista de Germanier e a precisão artesanal de Silvestre. O estilista suíço enfatizou o uso de materiais sustentáveis, incluindo roupas de segunda mão e sobras de oficinas de diversos países, como Brasil e Índia.

Uma ressignificação sobre um tipo de trabalho ancestral e manuel, por meio de técnicas que resultam em peças singulares que representam a moda brasileira em território parisiense. 

Projeto Ponto Firme como transformação social

A colaboração entre Silvestre e Germanier não se limita ao universo da moda; ela carrega um forte impacto social. No Brasil, as peças desenvolvidas para o desfile demandaram mais de 640 horas de trabalho e contaram com a participação de dez artesãs do Projeto Ponto Firme. Criado por Silvestre em 2015 dentro de uma penitenciária masculina, o projeto expandiu-se em 2020 com o Ateliê Ponto Firme, oferecendo capacitação e oportunidades para mulheres trans e cis em situação de vulnerabilidade.


Germanier Alta Costura 2025 (Foto: reprodução/Francois Durand/Getty Images Embed)


“Essa coleção é uma celebração da moda como arte e transformação. No Ateliê Ponto Firme, aqui em São Paulo, temos explorado novas possibilidades para o crochê, utilizando materiais inovadores e volumes impactantes. É gratificante ver como uma técnica ancestral pode ser ressignificada na alta-costura, mostrando o potencial ilimitado do trabalho manual”, afirmou Silvestre em entrevista.

A parceria entre os designers reafirma o crochê como uma expressão sofisticada dentro da moda contemporânea. Mais do que um simples detalhe artesanal, ele se consolida como uma técnica poderosa, capaz de unir tradição, inovação e impacto social. Com essa colaboração, Gustavo Silvestre e Kevin Germanier provaram que a moda pode ser ao mesmo tempo artística, sustentável e inclusiva, redefinindo os conceitos de luxo e criatividade na alta-costura global.

Schiaparelli abre a Semana de Alta- Costura 2025 

A Semana de Alta-Costura de Paris começou em grande estilo nesta segunda-feira (27), com Schiaparelli, sob a direção criativa de Daniel Roseberry, abrindo os desfiles da temporada de primavera/verão 2025.

A coleção, intitulada “Icarus”, trouxe para a passarela uma celebração das décadas de 20 a 50, combinada com o glamour e a ousadia característicos da maison.


Schiaparelli Alta-costura Verão 2025 (Foto: reprodução/Vogue Runway)

Uma declaração à Alta-Costura

Daniel Roseberry aproveitou o desfile para questionar os padrões estéticos contemporâneos. “Estou tão cansado de todo mundo igualar constantemente a modernidade com simplicidade. O novo também não pode ser barroco, ser extravagante?”, escreveu no release do evento. Suas peças demonstraram que a moda pode ser elaborada, imaginativa e grandiosa sem perder relevância no cenário atual.

Essa visão levou à criação de silhuetas que dialogam com o legado de Elsa Schiaparelli e reafirmam a maison como um ícone de inovação e fantasia. O estilista também destacou o peso de sua responsabilidade em liderar a casa de alta-costura: 

“Eu nunca me esqueço que eu tenho que comandar o que é talvez a última grande maison a ter sido ressuscitada. É minha alegria, mas também é minha responsabilidade continuar melhorando o trabalho. A alta-costura aspira a atingir grandes alturas; ela promete escapar da nossa realidade complicada. Ela também nos lembra que a perfeição tem um preço”



Referências históricas e a coleção “Icarus”

A coleção trouxe elementos do movimento art déco dos anos 1920, o glamour dos anos 1930 e as saias estruturadas dos anos 1950. Cada peça refletia o compromisso de Roseberry em honrar o passado enquanto impulsionava Schiaparelli em direção ao futuro.

O nome da coleção, “Icarus”, faz referência ao personagem da mitologia grega, simbolizando ambição e desejo de alcançar novas alturas (Plumas, pedras, pérolas e bordados em corsets, saias, vestidos e casacos estruturados de seda, veludo e couro).


A modelo brasileira Luiza Perote para Schiaparelli (Foto: reprodução/Vogue Runway)

Kendall Jenner na passarela

Kendall Jenner foi um dos destaques do desfile, desfilando criações esculturais que mesclam rigor e fantasia. Daniel Roseberry, estilista da grife, explorou volumetrias ousadas, detalhes decorativos e materiais luxuosos, como seda, veludo e couro. Plumas banhadas em glicerina, pedras preciosas, pérolas e bordados complementam as peças, trazendo um toque de extravagância que marcou a essência da coleção.


Schiaparelli Alta-costura Verão 2025 (Foto: reprodução/Vogue Runway)

A paleta de cores foi dominada por tons de bege, creme, dourado e preto, conferindo sofisticação às criações. Ao som de “Father Figure”, de George Michael, a passarela refletiu um mergulho profundo na imaginação de Roseberry, que desafiou os limites entre modernidade e tradição.

Temporada promissora

Com um desfile de tirar o fôlego, a Schiaparelli abriu a temporada de alta-costura com maestria, marcando o início de uma semana que promete destacar o melhor da moda global. As criações de Roseberry reafirmaram a importância da alta-costura como uma forma de arte, capaz de inspirar e emocionar ao mesmo tempo.

Convidadas da Chanel assistem desfile na Semana de Alta-Costura em Paris

A cidade de Paris recebe a Semana de Alta Costura 2025 e, para abrir o segundo dia de desfiles, nesta terça-feira (25), a Chanel apresentou sua primeira coleção desde que sua diretora criativa, Viginie Viard, anunciou que estava saindo do cargo.

O desfile foi sediado na Ópera de Paris, onde diversas celebridades e fashionistas compareceram para prestigiar a nova coleção com 46 looks, assinada pelos designers do Estúdio Criativo da Chanel.

É possível ver o espetáculo na íntegra através do vídeo:


Desfile Chanel de Alta-Costura Outono/Inverno 2024/2025
(Vídeo: reprodução/Youtube/FF Channel)

Convidados da maison

Nas poltronas da conhecida Ópera Garnier, celebridades como Naomi Campbell, Keira Knightley, Michelle Williams assistiram a nova coleção que combinava perfeitamente com o ambiente teatral. 

Perfeitamente no tema, as convidadas posavam em peças totalmente consoantes com o desfile com seus brilhos, babados, vestidos bufantes e visuais com detalhes românticos.


Naomi Campbell no desfile da Chanel (Foto: reprodução/Stephanie Cardinale/Getty Images Embed)

Keira Knigthley no desfile da Chanel (Foto: reprodução/Stephanie Cardinale/Getty Images Embed)


A supermodelo Naomi escolheu um terninho acompanhada de uma saia midi, enquanto a atriz Keira Knightley optou por um visual mais romântico com um vestido branco com cauda e manga bufante feito de tule, com babados na gola.


Gkay (Foto: reprodução/Instagram/@igormelo)
Greta Gerwig no desfile Chanel da PFW Haute Couture em Paris, France (Foto: reprodução/Reuters)

Greta Gerwig, diretora de Barbie e Ladybird mostrou seu lado romântico com peças em branco acompanhada de bordados em flores e uma saia no comprimento midi, para complementar o visual, a diretora portava diversos colares prateados delicados com pingentes retrô e flores da própria grife.

Detalhes da coleção

As peças da coleção portam símbolos clássicos da grife em suas peças como jérsei, comumente usado em peças masculinas, tecido tweed, muitos bordados e laços com brilhos até mesmo em roupas formais. 


Chanel, desfile de alta-costura 2025
(Foto: reprodução/Spotlight Launchmetrics)
Chanel, desfile alta-costura 2025
(Foto: reprodução/Spotlight Launchmetrics)

Peças com comprimento midi também marcaram presença na passarela, acompanhada de detalhes românticos como laços e babados. Incluindo um vestido de casamento oitentista que chamou atenção dos convidados para o que poderia estar por vir para a próxima coleção em setembro.

Chanel couture: maximalismo e elegância fecham o desfile da maison

Nesta terça-feira (25), tivemos o segundo dia da semana de alta costura parisiense, e, para fechar seu desfile, Chanel apresentou muito brilho, volume e maximalismo.

20 dias após o anúncio da saída da diretora criativa Virginie Viard, a coleção foi preparada pelos ateliês Chanel e foi a primeira vez da grife realizando uma apresentação na Ópera Garnier de Paris.

Drama e glamour

A última peça apresentada no desfile haute couture da Chanel vestia a modelo Angelina Kendall como uma noiva luxuosa. O vestido maximalista possui volume na saia e nas mangas, além de aplicações brilhantes no torso e um laço no cabelo. O look foi escolhido para fechar o desfile e representa bem o conceito definido para a coleção: sofisticado e teatral.


Vestido maximalista encerra desfile da Chanel couture (Vídeo: reprodução/Instagram/@voguefrance)


Essa coleção de outono/inverno foi creditada ao estúdio de criação da Chanel, agora que sua ex-diretora criativa, Virginie Viard, está de saída. O local escolhido complementa a narrativa da apresentação. A Ópera Garnier é considerada uma das obras-primas da arquitetura de seu tempo, símbolo de criatividade e liberdade. O cenário é perfeito para as peças artesanais apresentadas pela maison.

Uma nova era

A sucessora de Karl Lagerfeld, Virginie Viard, anunciou que estaria deixando a direção criativa da Chanel no início deste mês. A estilista trabalhou com a marca por 30 anos e assumiu o cargo em 2019, após o falecimento de Lagerfeld, aos 85 anos.

Mesmo com opiniões divididas, Virginie construiu seu legado com a marca e teve um papel importante trabalhando ao lado de Karl. “É a pessoa mais importante não só para mim, mas para todo o ateliê Chanel. Virginie é o meu braço direito e esquerdo” , disse ele no documentário “Reta Final” da Netflix.

Apesar das especulações e possíveis nomes, como o britânico John Galliano e o italiano Pierpaolo Piccioli, ainda não foi confirmado quem será o substituto para a vaga na maison.

Anitta compartilha perrengues nos bastidores da Semana de Alta-Costura em Paris

Em vídeo compartilhado nos Stories do Instagram nesta segunda-feira (24), Anitta mostrou um pouco dos bastidores da Semana de Alta Costura em Paris. Na publicação, a cantora brinca e mostra como é feito o processo de troca de cabelo e roupa sem alterar a maquiagem: “Vamos lá, são as correrias do fashion”.

Desafios na semana de moda

Em meio à agenda de shows da sua turnê “Baile Funk Experience”, a cantora de funk e pop Anitta, de 31 anos, foi até Paris para prestigiar um dos eventos mais importantes para a indústria da moda que começa nesta segunda-feira (24). Além de compartilhar imagens dos looks escolhidos para a ocasião, Anitta também mostrou um pouco dos perrengues por trás da troca de looks entre os desfiles. No vídeo, ela aparece de roupão lavando o cabelo com um chuveirinho em uma banheira, para não molhar o rosto. “Quando tem que trocar o look, mas não trocar a maquiagem”, disse brincando.


Anitta durante troca de visual na Fashion Week (Vídeo: reprodução/X/@AnittaPatroa)


Para assistir ao desfile da Schiaparelli na Fashion Week, Anitta apostou em um visual preto e branco da coleção de primavera/verão da grife italiana. O vestido assinado pelo diretor criativo Daniel Roseberry traz uma ilusão de ótica ao utilizar o tule em tom nude, criando um efeito de transparência e costas nuas. As joias douradas e robustas complementaram o look com uma bolsa surrealista avaliada em R$ 32 mil, também da Schiaparelli.

Do Brasil para o mundo

Após se despedir de Paris, Anitta embarcou rumo a Berlim para dar continuidade à sua turnê internacional, que passará por 13 países da América do Norte, do Sul e da Europa. Os shows estão marcados para locais que comportam, no máximo, 4 mil pessoas e, segundo a cantora, a ideia é proporcionar uma experiência mais próxima ao baile funk do Brasil. A setlist conta com lançamentos do álbum “Funk Generation”, inspirado na sonoridade dos hits tocados em bailes no Brasil.