STJD reabre inquérito a pedido do Grêmio sobre possível interferência externa no jogo contra o Bahia

O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) decidiu, em sessão plenária, pela reabertura do inquérito relacionado a uma possível interferência externa na partida entre Bahia e Grêmio, realizada na Arena Fonte Nova, em abril deste ano. A decisão foi tomada após a apresentação de um recurso pelo Grêmio, que havia solicitado a reabertura do caso, inicialmente arquivado.

Pedido de reabertura

O Grêmio ingressou com um Mandado de Garantia, pedindo a reavaliação do arquivamento do inquérito. Os auditores do STJD, acompanhando o relator do caso, decidiram de forma unânime pela concessão da garantia solicitada pelo clube, resultando na reabertura do inquérito.

O caso em questão envolve a expulsão do jogador Diego Costa, do Grêmio, durante a partida. O clube gaúcho argumenta que a expulsão ocorreu devido a uma interferência de Jailson Macêdo Freitas, ex-árbitro e atual presidente da Comissão Estadual de Árbitros de Futebol da Bahia, que atuava como delegado da partida, conforme indicado pela CBF.


À esquerda, Jailson Macêdo Freitas durante o jogo (Foto: reprodução/Sportv)

Dois dias após o jogo, o Grêmio apresentou uma Notícia de Infração ao STJD. A Procuradoria do tribunal analisou o caso e recomendou a abertura de um inquérito. No entanto, o então procurador-geral do STJD optou pelo arquivamento do caso, decisão que foi posteriormente mantida por Paulo Dantas, o novo procurador-geral. Após a manutenção do arquivamento, o Grêmio recorreu ao Mandado de Garantia, que culminou na reabertura do inquérito.

Próximos passos

Com a decisão do STJD, o próximo passo será o sorteio de um novo relator. Enquanto isso, o processo disciplinar relacionado à expulsão de Diego Costa aguarda a conclusão do inquérito para ser apreciado em primeira instância.

A expulsão de Diego Costa ocorreu nos minutos finais da partida, quando o árbitro Bráulio da Silva Machado foi informado pelo quarto árbitro que o jogador teria proferido ofensas contra ele, resultando em sua expulsão. Em resposta, o técnico Renato Portaluppi ordenou que os jogadores reservas do Grêmio deixassem o campo antes do término do jogo.

STJD autoriza Santos a jogar com público na Vila Belmiro, com a finalidade de doar renda para o Rio Grande do Sul

O clube paulista obteve a autorização do Superior Tribunal de Justiça Desportiva, para receber a torcida na partida contra o Brusque, dia 19 de maio, às 11h no horário de Brasília, válida pela sexta rodada da Série B. Após punição recebida devido às confusões no ano de seu primeiro rebaixamento, a renda dos ingressos vendidos, serão revertidos integralmente ao Rio Grande do Sul, estado que tem sido muito afetado pelas enchentes.

100% da capacidade será liberado, com proibição de comercialização de ingresso gratuitos. Existe uma obrigatoriedade de doação da renda integral do jogo, 500 mil reais como valor mínimo estipulado. Então, caso a renda da partida, seja abaixo desse valor, a equipe da baixada santista terá de complementá-lo para o repassar às vítimas das tragédias. Decisão essa, que já foi publicada pelo Tribunal.

Uma sugestão feita ao Santos, foi de entrar em contato com o Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul e a Defesa Civil para cogitar a possibilidade da doação ter o valor revertido em mantimentos básicos, colchões, produtos de higiene pessoal, remédios, mantas térmicas, entre outros.


Parte externa da Vila Belmiro. Foto: (Reprodução/Instagram/@santosfc)

Punição não foi retirada

Apesar da autorização para jogar de portões abertos, o alvinegro praiano ainda tem que cumprir a punição.

As próximas três partidas depois do Brusque, deverão ser com os setores de arquibancadas fechado aos torcedores, apenas podendo a presença nos outros setores, ao contrário do que irá ocorrer no jogo do dia 19, quando estará permitido 100% do estádio ao público pela ocasião de doação.

Desta forma, o Peixe só poderá receber o público normalmente sem punição, no sétimo jogo como mandante na Série B do Brasileirão.

O Santos até aqui, fez duas partidas como mandante com portões totalmente fechados. A punição inicial era de seis jogos sem público, tendo sido imposta devido aos incidentes aos arredores da Vila Belmiro, quando a equipe foi rebaixada ano passado.

STJD divulga nova decisão e torna “parcial” o efeito suspensivo para o Sport

Nesta sexta-feira (22), o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) publicou uma nova decisão sobre o efeito suspensivo solicitado pelo Sport para suspender a pena de oito jogos sem público até o julgamento do recurso referente ao incidente com o ônibus do Fortaleza. Agora, a decisão proíbe qualquer torcida organizada ligada ao clube de ir ao estádio.

A decisão

Na prática, o Sport continuará com o principal: poderá contar com a torcida “regular” até o julgamento do recurso. Porém, Felipe Bevilacqua, auditor-relator do STJD, depois de uma nova análise do processo acrescentou a proibição às organizadas.

Por meio do despacho, Bebilacqua afirmou: “fica expressamente vedada a presença de toda e qualquer torcida organizada ligada ao clube, cabendo a este zelar para que ninguém entre ou permaneça nas dependências do estádio com qualquer indumentária, equipamento, bandeira, instrumento e/ou qualquer outro objeto que faça alusão a esse grupo”.


Felipe Bevilacqua, auditor do STJD. (Foto: Divulgação/CBF)

Ainda no documento, o auditor afirma que, nos jogos como mandante, o Sport deverá manter o espaço destinado às organizadas fechado e colocar uma faixa com dizeres de paz, até o julgamento final do Pleno do STJF, que ainda não possui data para acontecer.

Punição para o Sport

No mesmo despacho, Felipe menciona que o clube já cumpriu metade da pena de oito jogos. Ou seja, o auditor leva em consideração jogos do clube também como visitante, o que corrige uma decisão do dia do julgamento, quando a pena foi para oito jogos apenas como mandante.

“O Recorrente já cumpriu metade da pena- 04 (quatro) partidas e, preenche os requisitos autorizados do presente pedido efeito suspensivo na forma do CBJD (arts. 147-A e B) e da Lei Pelé 9.615/98 (art.53 e seg)”.

O Sport foi intimado para se manifestar em um prazo de três dias e, igualmente, indicar os locais que ficarão fechados no estádio. O time voltará a jogar como mandante na próxima quarta-feira, quando recebe o Juazeirense, pelo Nordestão.

STJD define sentença contra Sport após atos de sua torcida contra o Fortaleza

Nesta terça-feira (12), o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), levou ao júri o caso extra campo que ocorreu depois da partida entre Fortaleza x Sport, em partida válida pela Copa do Nordeste.

Como ocorreu

O ocorrido aconteceu na madrugada do dia 22 de fevereiro. Após o empate com o Sport, a delegação do Fortaleza estava voltando em um ônibus particular da equipe, pois iriam retornar para a capital cearense. Mas durante o trajeto da equipe, eles foram surpreendidos com pedras e bombas caseiras de vândalos que se passaram por torcedores do plantel pernambucano.

O resultado foi que atingiu gravemente alguns jogadores, de modo que, eles foram encaminhados urgentemente para o hospital mais próximo da BR-232. Tudo isso, com o acompanhamento do presidente do Sport, dado que prestou grande suporte naquela situação.


Alguns jogadores tiveram que levar pontos em algumas partes do corpo (Foto: reprodução/Instagram/@fortalezaec)

Resultado do júri sobre a equipe pernambucana

O julgamento aconteceu na sede do STJD, no Rio de Janeiro. Tendo em vista que aconteceu em primeira instância, o Sport poderá recorrer da sentença que lhe foi colocada.

A equipe pernambucana, vai pagar um preço alto por tal ato extra campo, pois dada a sentença, o time terá de pagar uma multa de 80 mil reais. Além de que também ficará sem torcida em suas partidas por oito jogos, de modo que não terão direito a ter incentivo dos torcedores em jogos como visitantes. Isso tudo enquanto durar a pena dos oitos jogos como mandante.

O esporte brasileiro nos últimos anos vem acumulando atos de vandalismo como esse. De modo que dos últimos casos como esse, a maioria teve uma penalidade para tal ato. Algo que cada vez mais se acumulando, uma punição mais severa aos clubes, em que eles tem de se responsabilizar por atos fora do campo de futebol.

Julgamento do Sport por ataque a ônibus do Fortaleza tem data marcada pelo STJD

O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) definiu para a próxima terça-feira (12) o julgamento do Leão pelo atentado ao ônibus do Fortaleza no dia 21 de fevereiro. Até o presente momento, nenhuma pessoa foi presa pelo ataque.

O Sport Clube do Recife está jogando de portões fechados em seu estádio, assim como sem sua torcida quando é visitante em competições da CBF desde o dia 23 de fevereiro. A medida foi tomada pelo presidente do STJD como medida cautelar. O limite máximo de gancho nesse caso é de 10 partidas até o julgamento.


Foto: Dudu após ser atingido (Reprodução/Redes Sociais)

Contudo, a situação do Leão da Ilha só será definida após o julgamento formal do clube. No julgamento marcado para o dia 12 de março, o STJD decidirá qual vai ser a pena imposta ao time de Recife. A diretoria do clube acredita na reversão da condenação.

Em entrevista à Globo, Rodrigo Guedes, vice-presidente jurídico do Sport afirmou estar confiante quanto ao julgamento. “Estamos, sim, confiantes que iremos amenizar a penalidade, pois acreditamos nas instituições. O clube não pode ser penalizado por atitudes de terceiros”, disse Rodrigo.

A Procuradoria do STJD alegou descumprimento do Sport art.158 da Lei 14.597/2023, que aborda o dever dos clubes em garantir a segurança aos torcedores. Sendo assim, a acusação é de que o clube rubro-negro se mostrou incapaz de preservar a integridade física daqueles que vão aos seus jogos.

Entenda o caso

Após o empate por 1 a 1 entre Sport e Fortaleza pela Copa do Nordeste, o ônibus do Fortaleza foi atacado por torcedores do Leão da Ilha na saída da Ilha do Retiro, estádio do clube recifense. Diversos jogadores foram atingidos por pedras lançadas contra o ônibus da equipe cearense. O jornalista Paulo Cobos defende que o Fortaleza receba imunidade contra rebaixamento devido as consequências físicas e psicológicas enfrentadas pelos atletas. O jogador Thiago Galhado, por exemplo, foi afastado para tratar de sua saúde mental.