Trump recorre à Suprema Corte em busca de imunidade antes de sua posse

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, solicitou à Suprema Corte que suspenda a sentença do caso envolvendo o pagamento de suborno à ex-atriz pornô Stormy Daniels. A sentença está marcada para ser anunciada na próxima sexta-feira(10), antes de sua posse, marcada para o dia 20 de janeiro.

Condenado em 2024 por falsificação de registros comerciais, Trump tenta adiar a decisão alegando imunidade presidencial, enquanto o caso gera intenso debate político e jurídico.

Defesa argumenta “grave injustiça” e busca imunidade presidencial

Os advogados de Trump entraram com um pedido de emergência na Suprema Corte dos Estados Unidos. O objetivo é adiar a sentença do caso de suborno à ex-atriz pornô Stormy Daniels. A defesa argumenta que Trump, como presidente eleito, possui imunidade que justifica o adiamento, evitando, segundo eles, uma “grave injustiça” e impactos negativos sobre as funções da Presidência e do governo federal.


Stormy Daniels durante evento em Las Vegas, 2018 – Foto: Reprodução / AFP / Arquivos

A condenação original ocorreu em maio de 2024, quando Trump foi acusado de falsificar registros comerciais para ocultar o pagamento de US$ 130 mil a Daniels. O suborno foi realizado para silenciar a ex-atriz sobre um suposto caso extraconjugal com Trump antes das eleições de 2016.

Na ocasião, o Tribunal de Apelações de Nova York já havia negado anteriormente o pedido de suspensão, o que levou a defesa a recorrer à Suprema Corte.

Caso pode estabelecer precedentes sobre imunidade presidencial

Especialistas jurídicos divergem sobre os limites da imunidade presidencial em casos que antecedem o início do mandato. A defesa de Trump baseia-se em decisões anteriores da Suprema Corte que reconhecem a proteção legal do cargo, mas o caso atual apresenta especificidades inéditas.

A decisão, prevista para antes da posse, poderá criar precedentes importantes sobre até onde se estende a imunidade presidencial. Além disso, o caso reflete o impacto de questões legais nas eleições e no governo. Até o momento, a Suprema Corte não se pronunciou, o que aumenta as expectativas em relação ao desfecho e às implicações políticas e legais da decisão.

Juiz rejeita pedido de Trump para anular condenação por pagamento a ex-atriz pornô

Nesta segunda-feira, 16 de dezembro de 2024, um juiz de Nova York, disse não ao pedido para anular a condenação de Donald Trump no caso envolvendo o pagamento à ex-atriz pornô Stormy Daniels, sob o argumento de que estava sobre imunidade presidencial, na época do ocorrido. O juiz Juan Merchan declarou que a decisão aos presidentes ações realizadas durante o mandato não pode ser aplicada nesse caso, pois se trata de “conduta não oficiais

Os advogados do presidente reeleito alegaram que o processo foi politicamente motivado e que havia falhas legais no julgamento. No entanto, o juiz responsável rejeitou os argumentos, afirmando que o julgamento foi conduzido de maneira justa e que as provas apresentadas eram suficientes para a condenação. 

Trump que proteger a família de constrangimento

Segundo site G1, Trump alegou que o advogado dele foi pago legalmente pelos serviços prestados, e justificou que a história de Stormy Daniels foi abafada para evitar constrangimento de sua família, e não para influenciar seus eleitores. A decisão representa mais um capítulo no caso que gerou ampla repercussão nos Estados Unidos e no mundo.

Donald Trump foi acusado de ter tido um caso com a ex-atriz pornô Stormy Daniels (nome verdadeiro: Stephanie Clifford) em 2006. A alegação veio à tona publicamente em 2018, quando Daniels revelou detalhes do suposto relacionamento em entrevistas e no seu livro.


Donald trump e Stormy Daniels (Foto: reprodução/G1 )

O caso divide opiniões entre apoiadores e opositores

Donald Trump, que tomará posse para seu novo mandato no início de 2024, voltou a classificar a decisão como uma “perseguição política” e prometeu recorrer. Aliados do presidente criticaram duramente o sistema judicial, acusando-o de parcialidade. Por outro lado, opositores de Trump destacam a importância do veredicto como um símbolo do princípio de que ninguém está acima da lei, independentemente de ocupar a presidência.

O veredicto, que o tornou o primeiro presidente em exercício condenado criminalmente, levanta debates sobre seus impactos na governabilidade de Trump em seu segundo mandato. Apesar da controvérsia, o apoio de sua base política continua sólido, consolidando sua influência no cenário americano.

Trump tem pedido de transferência de processo negado por juiz

O candidato à presidência Donald Trump teve sua petição movida na última quinta-feira (29) negada por um juiz federal. O pedido era para mover seu caso criminal para um tribunal federal em Manhattan, em Nova York. Trump é acusado de suborno e aos olhos do juiz, mesmo com a imunidade limitada concedida ao ex-presidente pela Suprema Corte em julho, não havia nada que alterasse sua visão de que os pagamentos foram de caráter privado e não-oficial.

A petição também pedia que o tribunal adiasse a sentença de falsificação de registros comerciais para encobrir os subornos à atriz pornô Stormy Daniels, mas a mesma segue marcada para 18 de setembro.

A decisão do juiz

O juiz federal Alvin Hellerstein declarou que nenhum fato havia mudado desde a rejeição, no ano passado, do pedido de adiamento de Trump. O juiz escreveu em sua decisão publicada nesta terça-feira (03) que a decisão da Suprema Corte não afeta sua conclusão de que os pagamentos feitos para silenciar a atriz foram atos privados, e não-oficiais de Trump durante seu mandato presidencial.   

O ex-presidente defendeu que o caso deveria ser movido para a corte federal porque, segundo ele, o juiz que presidiu o julgamento, Juan Merchan, foi tendencioso contra ele. Mas Hellerstein respondeu que não cabia a ele avaliar o julgamento de Nova York. 


A condenação de Trump gerou reações mistas na população americana (Foto: Reprodução/Andrew Lichtenstein/Corbis/ Getty Images embed)


Trump também pediu, separadamente, que Merchan adiasse a sentença até depois da eleição, que acontecerá em novembro. O candidato reublicano está atualmente em campanha contra a candidata do partido rival, Kamala Harris. Os promotores não se opuseram ao pedido e o juiz pode emitir a decisão esta semana ainda.

Trump também arguiu em uma moção que sua condenação deveria ser anulada devido à decisão da Suprema Corte, que concedeu imunidade presidencial limitada ao candidato. O juiz informou que sua decisão sobre essa moção será feita no dia 16 de setembro.

Relembre o caso

Donald Trump foi eleito presidente dos Estados Unidos em 2016 e durante a parte final de sua campanha, Trump tentou abafar uma relação sexual extraconjugal que teve dez anos antes com a estrela pornô Stormy Daniels. O candidato teria pagado US$ 130 mil (cerca de R$ 660 mil na cotação atual) para comprar o silêncio da atriz.

Os pagamentos a Daniels foram maquiados por Trump como pagamento dos honorários de seu advogado, Michael Cohen. Em julgamento feito em maio deste ano, Trump foi considerado culpado no processo criminal em decisão unânime em todas as 34 acusações. Analistas consideram pouco provável que o ex-presidente cumpra pena na prisão, mas caso isso ocorra, Trump poderá pegar pena de quatro anos.

Julgamento de Trump: Stormy Daniels ainda não acredita que venceu o caso

Barrett Blade, marido da atriz pornô Stormy Daniels (envolvida na acusação contra Trump que levou ao veredito de culpado em seu julgamento), informou que Daniels está digerindo a condenação do ex-presidente pois seu depoimento continha apenas a verdade dos fatos e que o julgamento não era uma busca de justiça e sim sua defesa diante do ocorrido.

Em declarações à CNN, Blade relatou que sua esposa Daniels, tirou um peso dos ombros e que está aliviada por contar o que aconteceu “ela se sente um pouco justificada por estar dizendo a verdade”.

Além disso, o marido de Stormy Daniels confirmou que a atriz pretende continuar nos Estados Unidos após o veredito. Ela havia cogitado a ideia de se mudar caso a decisão fosse a favor do ex-presidente.

Acusação de suborno contra Donald Trump

Stormy Daniels e Donald Trump mantiveram relações sexuais em 2006 após se conhecerem em um torneio de golfe – como relatado em depoimento. Em 2016, próximo às eleições presidenciais nos Estados Unidos, o reupublicano fez um pagamento de $130 mil doláres a Daniels para que ela não trouxesse o caso extraconjugal a público, interferindo assim na campanha.

A transação foi feita por intermédio do ex-advogado de Trump, Michael Cohen, que também depôs reconhecendo que havia mentido em outros depoimentos iniciais e que realmente pagou a Daniels a mando de Trump.


Stormy Daniels na saída do Tribunal Criminal de Manhattan, em 9 de maio (Imagem: reprodução/Charly Triballeau/Getty images Embed)


Julgamento caso Donald Trump x Stormy Daniels

O julgamento teve início em 15 de abril totalizando 7 semanas de duração e 22 testemunhas ouvidas com Trump presente em todos eles, mesmo contra sua vontade.

Entre os depoimentos, destacam-se o ex-advogado de Donald Trump, Michael Cohen, responsável pelo depósito do valor e David Pecker, ex-diretor do jornal “The National Enquirer”, que relatou a “compra” das histórias de celebridades para que não viessem a tona e que haviam dois casos extraconjugais de Trump: A modelo da playboy Karen McDougal e a atriz pornô, Stormy Daniels.

Após a decisão do júri composto por 12 pessoas, Donald Trump foi considerado culpado por 34 crimes de fraudes contábeis envolvendo o pagamento feito a Daniels.

Stormy Daniels está aliviada após a condenação de Trump

Stormy Daniels segue processando a notícia sobre a condenação de Donald Trump, segundo Barrett Blade. Trump foi condenado na última quinta-feira (30), o que marca um momento histórico e significativo na saga envolvendo o ex-presidente dos Estados Unidos.

Depoimento de Stormy

Em entrevista à CNN, Blade, esposo de Daniels, informou que isso foi um grande peso tirado dos ombros de Stormy. Daniels esteve no julgamento criminal de Donald Trump, candidato republicano, no dia 7 de maio, na cidade de Nova York. Ao depor, relatou que conheceu Trump em um torneio de golfe para celebridades e também descreveu o encontro que tiveram no quarto de hotel de Trump em Lake Tahoe, em 2006. Stormy Daniels revelou detalhes sobre o pagamento secreto no valor de US$ 130 mil recebido do ex-advogado de Trump, Michael Cohen, antes das eleições de 2016.


Donald Trump prestando depoimento (Foto: Reprodução/Pool/Getty Images Embed)


Segundo Blade, Daniels deixou claro que, apesar de seu envolvimento, o julgamento não era para buscar justiça para si mesma e que se defendeu desde o início dizendo o que era certo. Blade informou que Daniels se sentiu um pouco justificada por dizer a verdade após ser ouvida pelo júri.

“Espero que as pessoas finalmente comecem a ver a verdade. Não sei se isso muda algo” comentou Barret Blade, ao refletir sobre as incertezas sobre o impacto da condenação na percepção pública.

Condenação de Trump

Trump foi considerado culpado das 34 acusações de falsificação de documentos comerciais relacionados ao reembolso a Michael Cohen, que realizou pagamentos para encobrir o caso entre Trump e Daniels. Essa condenação marca um momento histórico, pois Trump é o primeiro ex-presidente condenado dos Estados Unidos por acusações criminais, e esse marco sublinha a gravidade das alegações e implicações legais para o futuro do magnata dos negócios e ex-líder nacional.

Defesa de Trump acusa ex-advogado de Stormy Daniels de extorsão

Aconteceu nesta quinta-feira (02) o julgamento penal do ex-presidente dos Estados Unidos, no qual ele enfrenta acusações por supostamente falsificar registros comerciais para ocultar um pagamento de $130 mil dólares feito à estrela de filmes adultos Stormy Daniels, pouco antes da eleição presidencial de 2016.

Trump está sendo alvo de uma investigação devido a suspeitas de ter realizado 34 transações contábeis fraudulentas para reembolsar o advogado pelo pagamento. O ex-presidente nega as acusações e refuta a afirmação de Daniels de que tiveram relações sexuais uma década antes.

O julgamento avançou com a presença de Keith Davidson, ex-advogado de Daniels, testemunhando no tribunal. Após ser questionado pela promotoria, o advogado de defesa de Trump, Emil Bove, procurou desafiá-lo.

No centro deste julgamento, onde um ex-presidente está sentado no banco dos réus pela primeira vez na história do país, está o pagamento feito a Daniels. A alegação é que o magnata tentou encobri-lo com despesas legais através de seu então advogado, Michael Cohen, que adiantou o dinheiro de seu próprio bolso.


Donald Trump e seus dois advogados Todd Blanche e Emil Bove em seu julgamento do dia 02/05 (Foto: reprodução/Bloomberg/getty Images Embed)


Acusação x Defesa

Depois que Davidson testemunhou que acertou um pagamento de $130.000 com Michael Cohen, advogado pessoal de Trump na época, Bove indagou sobre as alegadas tentativas de Davidson de obter dinheiro de Hulk Hogan em troca de um vídeo sexual envolvendo o ex-lutador. Ele também investigou Davidson sobre suas supostas tentativas de obter dinheiro com informações comprometedoras sobre celebridades.

O antigo advogado de Daniels contestou a utilização do termo “extorquir”, embora tenha admitido que foi objeto de investigação por autoridades federais e estaduais por suspeita de extorsão enquanto representava clientes que possuíam um vídeo sexual do ex-lutador profissional Hulk Hogan. No entanto, ele esclareceu que não foi formalmente acusado de nenhum crime.

Desacato e Penalidade

Os promotores estão buscando uma penalidade adicional para o ex-presidente dos Estados Unidos por desrespeitar uma ordem de silêncio que o impede de discutir testemunhas e jurados com a intenção de interferir nas investigações.

O valor de 4.000 dólares somaria à multa de 9 já recebida  pelo juiz do caso,na terça feira (30/04), que considerou que o ex-candidato presidencial republicano estaria violando a ordem do tribunal por conta de postagens nas redes sociais que levantavam dúvidas sobre o processo de seleção do júri e difamavam seu ex-advogado Michael Cohen, uma figura central no caso.

Fora das audiências, Trump declarou: “Não estou autorizado a testemunhar por causa de uma ordem de mordaça inconstitucional”, embora essa afirmação não seja precisa, já que a ordem de silêncio impõe proibições para testemunhar em seu julgamento

Em sua terceira campanha à presidência dos Estados Unidos, Trump está aproveitando a atenção da mídia (ainda que de forma negativa) para ressaltar que está sendo alvo de um “caça às bruxas” por todas as acusações que recebeu, afirmando ainda que seu julgamento atual é uma “interferência eleitoral”.

Donald Trump é multado ao atacar testemunhas do caso de fraude

Nesta terça-feira (30), o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump foi multado em 9 mil dólares (46 mil reais) por ataques a testemunhas e demais envolvidos no caso criminal por suspeita de fraude contábil. 

Como funciona 

Uma ordem de silêncio foi aplicada a Trump na intenção de proibi-lo de fomentar ataques contra testemunhas, promotores, jurados e funcionários do tribunal com relação direta ao caso onde o ex-presidente é investigado pelo suposto crime de fraude contábil. No entanto, a determinação judicial não foi suficiente para conter Trump, que foi acusado de desrespeitar a ordem 11 vezes. 

Juan Merchan, juiz responsável pelo caso, instalou que Trump poderá ser preso caso continue a contrariar a ordem judicial, advertindo que o tribunal não terá nenhuma tolerância com violações intencionais por parte do Republicano, o levando ao cárcere caso ele continue insistindo. 

No início do julgamento, em 15 de abril, Trump já havia sido condenado ao pagamento de multa no valor de 3 mil dólares após atacar a atriz pornô e testemunha Stormy Daniels e também Michel Cohen, ex-advogado, chamando ambos de “safados”

Incontrolável 

A determinação de multas não foi suficiente para conter o ex-presidente, denunciado pela Promotoria por outras sete postagens em suas redes sociais, inclusive fortalecendo as palavras do comentarista conservador da Fox News, Jesse Walters, que afirmou, de forma precipitada e sem provas, a existência de progressistas mentirosos infiltrados compondo o júri que definirá a sentença de Trump.

A publicação nociva de Trump levou a desistência de uma candidata ao júri por medo de ser reconhecida e retaliada. A sucessão de ações levou o juiz a decretar a proteção de imagem dos 12 integrantes do júri e seis suplentes. 

Dias antes da determinação de multa, Trump, de praxe, usou suas redes sociais para se manifestar, se colocando na narrativa como o “Nelson Mandela dos dias modernos” e atacando o juiz Juan Merchan, ao chamá-lo de “lacaio partidário”.  O ex-presidente considera que as proibições de ataque fere sua liberdade de campanha eleitoral, as classificando como injustas.

Credibilidade esgotada 

Em uma tentativa de amenizar os atos de seu cliente, Todd Blanche, um dos advogados de defesa de Donald Trump, afirmou não existir uma violação intencional e que Trump reconhece os limites da ordem de silêncio. Blanche ainda disse que os ataques são de cunho político, mesmo que citem possíveis testemunhas, não são especificamente ligados ao caso tribunal. 

As declarações do advogado, no entanto, não surtiram efeito, contrário a isso, levaram a uma declaração um tanto emblemática do juiz, que afirmou que Todd Blanche estava “perdendo toda a credibilidade com o tribunal”.

Escândalo sexual e suborno 

O estopim para o primeiro julgamento de um ex-presidente dos Estados Unidos teve como gatilho uma tentativa de manter um escândalo sexual na encolha, através do suborno da atriz pornô Stormy Daniels, no intuito que Daniels mantivesse sob sigilo sua relação extraconjugal com Trump, ocorrido na véspera das eleições presidenciais de 2016. 


Stormy Daniels, atriz pornô e pivô de investigações de suposta fraude contábil da Trump Organization (Foto: reprodução/Drew Angerer/Getty Images Embed


Para encobrir a movimentação de 130 mil dólares, usados como suborno a Stormy Daniels pelo seu silêncio, Trump realizou uma série de fraudes contábeis. A quantia foi paga por Michel Cohen, na ocasião advogado de Trump e agora testemunha fundamental do processo e também uma das vítimas de ataques do Republicano. 

Trump se declara inocente, no entanto, caso condenado poderá pegar até 4 anos de prisão.

Segundo promotores, Trump violou ordem de silêncio

Na segunda-feira (15), promotores de Nova York solicitaram ao juiz, durante o julgamento criminal do ex-presidente Donald Trump, que aplicasse uma multa e o alertasse sobre o risco de prisão por violar uma ordem de silêncio. Essa solicitação surgiu após Trump ter criticado publicamente possíveis testemunhas do caso.

O juiz Juan Merchan agendou uma audiência para 24 de abril para discutir o pedido de multas, concedendo aos advogados de Trump até a próxima sexta-feira para apresentarem uma resposta por escrito. Este julgamento envolve o ex-presidente dos Estados Unidos em relação a um pagamento de suborno feito em 2016 à estrela pornô Stormy Daniels.

Trump pode ser multado por interferir em testemunhas

Os promotores também solicitaram ao juiz que multasse Trump em 1.000 dólares por cada uma das três publicações nas mídias sociais feitas este mês sobre Daniels e seu ex-conselheiro, Michael Cohen, advogado de Trump. O promotor Christopher Conroy enfatizou que Trump demonstrou desrespeito à ordem de silêncio, atacando publicamente testemunhas e jurados do caso.


Donald Trump fala à mídia em uma de suas propriedades em Nova York. (Reprodução/ Spencer Platt /Getty Images Embed)


De acordo com a ordem de silêncio emitida por Merchan, Trump está proibido de fazer declarações públicas sobre as testemunhas em relação aos seus possíveis depoimentos, bem como sobre os promotores, funcionários do tribunal e seus familiares, com o objetivo de interferir no caso

Defesa de Trump

Todd Blanche, advogado de Trump, defendeu que o ex- presidente não violou a ordem de silêncio ao responder publicamente às declarações das testemunhas. Blanche enfatizou que as testemunhas frequentemente faziam comentários depreciativos sobre Trump, justificando sua resposta.

O procurador distrital de Manhattan, Alvin Bragg, acusou Trump de falsificar registros para encobrir um pagamento de 130.000 dólares, feito por seu advogado Michael Cohen a Stormy Daniels durante a campanha presidencial de 2016. O pagamento visava silenciar Daniels sobre um encontro sexual alegado em 2006.

A falsificação de registros comerciais em Nova York seja punível com até quatro anos de prisão, embora muitos dos culpados tenham sido condenados a multas ou liberdade condicional. Trump nega qualquer envolvimento no caso e se declarou inocente das acusações. Ele alega que isso é uma perseguição política.

O julgamento, programado para durar até maio, abrangerá a seleção do júri e o depoimento das testemunhas, com medidas de segurança rigorosas em torno do tribunal durante todo o processo. Donald Trump, conhecido por sua trajetória como empresário e político americano, foi o 45º presidente dos Estados Unidos. Atualmente, ele é o principal candidato à indicação republicana na eleição desse ano.

Julgamento de Trump em caso envolvendo atriz pornô começa nesta segunda

A repercussão de um escândalo sexual para um político nos Estados Unidos é bem diferente do que no Brasil. O ex-presidente – e candidato Republicano para 2024 – Donald Trump vira réu por esconder pagamentos à atriz de filmes adultos Stormy Daniels em 2016, quando ele venceu as eleições. O julgamento começa nesta segunda-feira (15). A acusação vem da promotoria de Nova York e é um dos quatro processos criminais pelos quais Trump responde na Justiça.

As acusações contra Trump

Trump responde o total de 34 acusações, cada uma punível com até quatro anos de reclusão, totalizando uma sentença de mais de 130 anos. Trump declarou-se inocente e afirmou ser vítima de perseguição política por parte dos Democratas, numa tentativa do partido rival de impedir sua volta à Casa Branca.

As eleições americanas acontecem em 5 de novembro deste ano e será uma disputa entre Donald Trump e o atual presidente, Joe Biden, que pertence ao Partido Democrata. O julgamento deve começar às 09h30 no horário local, na cidade de Nova York. As sessões devem durar até 16h30, começando hoje e terminando nesta quarta-feira (17).

De acordo com a acusação, durante a parte final de sua campanha presidencial de 2016, Trump tentou abafar uma relação sexual extraconjugal que teve dez anos antes com Stormy Daniel, uma ex-atriz pornô. O candidato teria pagado US$130 mil (cerca de R$660 mil na cotação atual) para comprar o silêncio da atriz.


O ex-presidente foi acusado de mascarar pagamentos à atriz pornô durante sua campanha (Foto: reprodução/Joe Radelle/Gabe Ginsberg/Getty Images embed/Montagem por Fernanda Eirão)

As acusações em si não configurariam um crime, mas a promotoria afirma que Trump maquiou o pagamento como se fossem os honorários de seu advogado. Portanto, o ex-presidente está sendo julgado por esconder o valor nos registros contábeis do que seria uma despesa de campanha, já que dinheiro desembolsado por Trump teria como fim esconder uma informação que poderia prejudicá-lo nas urnas.  

O pagamento foi feito a Michael Cohen, que na época era seu advogado pessoal, mas hoje, os dois são inimigos mortais. Cohen foi um dos maiores defensores de Trump por mais de uma década, mas quando uma investigação do FBI começou a fechar o cerco em Cohen, o advogado mudou seu discurso. Ele confessou ter cometido fraudes fiscais com o aval de Trump, incluindo o pagamento a uma modelo da Playboy Karen McDougal, que afirma também ter tido um caso extraconjugal com Trump.

Como havia um grupo de pessoas envolvidas no esquema, Trump também enfrenta acusações de uma conspiração “para fraudar a eleição presidencial e mentir em documentos comerciais” para encobrir a verdade, segundo o promotor distrital de Manhattan, Alvin Bragg. Os promotores são eleitos para o cargo nos Estados Unidos e Bragg faz parte do partido adversário de Trump.

A defesa afirma que Donald Trump fez os pagamentos porque estava sendo extorquido, mas a acusação diz que Trump já fez isso duas outras vezes, configurando uma prática recorrente do político e por isso, os eleitores americanos foram enganados nas eleições presidenciais de 2016.

Como será o julgamento

O processo estava em um certo “limbo” jurídico há bastante tempo na Promotoria de Manhattan. De acordo com especialistas, este é o caso mais fraco do qual Trump é acusado. Entretanto, a repercussão do julgamento pode afetar significativamente a imagem de Trump para as eleições deste ano.

Os outros processos de Trump foram adiados e provavelmente serão julgados após as eleições. Os advogados de Trump até tentaram manobras para adiar este processo também, incluindo um pedido de afastamento do juiz Juan Merchan do caso, mas não obtiveram sucesso.


A seleção do júri é uma etapa de extrema importância antes do julgamento e pode selar o destino de Trump nas eleições (Foto: reprodução/Pool/Getty Images embed)


Se tudo correr como o planejado, o julgamento se inicia nesta segunda-feira com a escolha de 12 membros do júri, processo que pode durar até duas semanas. Estes cidadãos serão mantidos em anonimato, por motivos de segurança, e decidirão o destino do ex-presidente durante um julgamento que pode durar entre seis e oito semanas.

O caso não será transmitido, mas o público americano pode assistir, assim como a imprensa. O ônus da prova sempre recai sobre a acusação e pode ser difícil de provar a ligação com a campanha eleitoral. Se provado o dolo eleitoral, o candidato republicano pode enfrentar uma atribulada campanha rumo ao segundo mandato presidencial. Mas independentemente do resultado final, todos estarão acompanhando se Donald Trump sairá destas acusações fortalecido ou derrotado.

Juiz rejeita pedido de Trump e marca julgamento do caso Stormy Daniels

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, teve seu pedido de retirada das queixas no caso envolvendo a atriz pornô Stormy Daniels negado em uma audiência relâmpago realizada nesta quinta-feira (15). A decisão foi proferida pelo juiz Juan Merchan, que marcou o julgamento para o dia 25 de março. Esta rápida decisão marca um novo capítulo nas batalhas legais enfrentadas pelo ex-presidente americano.


Julgamento de Trump já tem data marcada para o próximo mês (Vídeo: reprodução/YouTube/Band News)

Disputa judicial: Trump versus Stormy Daniels

A acusação contra Trump remonta a alegações de falsificação de pagamentos destinados a Stormy Daniels entre os anos de 2015 e 2017. Trump se declara inocente e argumenta que o promotor Alvin Bragg, membro do Partido Democrata e responsável por conduzir o processo criminal, está agindo por motivos políticos.

Trump em Território Legal Desafiador

A audiência, que durou menos de 10 minutos, colocou Trump no caminho para se tornar o primeiro ex-presidente dos Estados Unidos a enfrentar um julgamento criminal. A saga legal de Trump também se estende a outros estados, com acusações federais em Washington, D.C., relacionadas aos esforços para anular a derrota nas eleições de 2020, e na Flórida, por questões relacionadas ao manejo de documentos governamentais. Em todas as instâncias, Trump mantém sua declaração de inocência.

O caso ganhou destaque quando veio à tona um pagamento de US$ 130 mil à Stormy Daniels pouco antes da eleição presidencial de 2016. Trump buscava impedir que ela divulgasse detalhes de um suposto caso entre os dois para uma revista. A promotoria alega que o pagamento foi feito pelo então advogado de Trump, Michael Cohen, e registrado como uma despesa legal.

Trump, por sua vez, defende que o pagamento foi feito para evitar escândalos pessoais e não configura uma irregularidade. A disputa legal entre Trump e seus acusadores continua a gerar intensa atenção pública nos Estados Unidos, enquanto o ex-presidente enfrenta múltiplas frentes judiciais que poderão moldar seu legado político e pessoal.