A semana de moda de Paris mostrou que a moda dos homens anda, sim, mais ousada, mas curiosamente também mais adaptável. Entre alfaiataria desconstruída e os casacos que parecem ter sido emprestados de um guarda-roupa três tamanhos maior, o que realmente chamou atenção foi a construção de silhuetas exageradas e funcionais. A moda masculina quer mais volume, mais textura, mais presença. E você também vai querer usar.
Entre bolsas gigante, calça cargos atualizada e o retorno inesperado do veludo, apresentada por Prada, Louis Vuitton, Dior, a vibe que dominou as passarelas foi uma só: conforto com intenção. Pense em um homem que sabe o que veste, mas não se prende a rigidez. Esse conceito pode funcionar para qualquer armário, inclusive o seu.
Novo uniforme urbano
O visual masculino pós-2020 encontrou um ponto de equilíbrio entre elegância e utilitarismo. O paletó agora tem caimento folgado. A calça de alfaiataria ganha múltiplos bolsos. O tênis convive em harmonia com peças clássicas, e as bolsas deixa de ser acessório e vira protagonista com seu tamanho exagerado.
Essa tendencia esta longe de ser restrita ao gênero. O oversized não é só sobre tamanho, mas sobre atitude. Sobre presença. Um maxi trench por cima de um vestido justo? Funciona. Uma calça cargo de tecido nobre com blazer estruturado? Também. Essa moda masculina é, na prática, absolutamente genderless.
Street Style no Paris Fashion Week 2025 (Foto: reprodução/Jeremy Moeller/GettyImages Embed)
O que a tendência realmente apresenta
A tendência que dominou a Semana de Moda Masculina de Paris vai além da estética: ela redefine o modo como nos vestimos ao propor peças amplas, utilitárias e elegantes que ultrapassam as divisões tradicionais de gênero. Alfaiataria desconstruída, bolsa oversized e tecidos com caimento confortável criam um visual impactante, mas acessível que valoriza a liberdade de movimento, o esquilo pessoal e a mistura entre o clássico e o contemporâneo.
Mais do que uma escolha de look, essa tendencia representa uma mudança cultural: vestir-se passa a ser um ato de expressão, não de adequação. O que se vê nas passarelas e começa a ganhar as ruas é uma moda que convida a experimentação, a autenticidade e a fluidez. Em um mundo cada vez mais atento à diversidade e à sustentabilidade, peças duráveis, versáteis e sem rótulos se tornam o novo padrão de estilo.
